TWD - Quinta Temporada escrita por Gabs


Capítulo 17
Onze e Meio


Notas iniciais do capítulo

"Você também o quê, Daryl?"



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Passei praticamente a tarde inteira apresentando meus pais, meus irmãos e suas esposas para os meus amigos. Minha mãe adorou Maggie e conversou durante bom tempo com Glenn, enquanto meu pai conversava com Rick. Zachary e Michonne começaram a conversar sobre advocacia, suas carreiras antes de tudo isso acontecer e ficaram conversando pelo que me pareceu, horas. Lisa e Faith engataram uma conversa animada com Kylie, Rosita e Tara, enquanto ao lado delas, Sam, Jason, Andrew e Abraham conversavam sobre o nosso trabalho no exército.

Apenas saí da casa da Deanna depois do anoitecer, após deixar Theodore nos braços de Carl e murmurar que precisava de um pouco de silêncio, pois minha cabeça estava começando a doer, por causa do falatório e da música clássica. Ao fechar a porta atrás de mim, suspirei, aliviada pela música ter sido abafada, junto com as conversas tediantes que as pessoas estavam tendo lá dentro. Tirei aquela rasteirinha desconfortável e fiquei descalça, já que era melhor andar com o pé no chão do que andar com aquele negócio duro, pior do que o concreto. Ao pegar a rasteirinha que tinha pego emprestada da minha cunhada do chão e olhar para frente, vi Daryl, parado na rua, me olhando com as sobrancelhas juntas.

A única coisa que diferenciava sua aparência da última vez que eu o vi é que agora, ele estava com uma camiseta preta de manga cumprida.

Desci as escadas da casa de Deanna e me aproximei dele, esperando por todo o momento um comentário dizendo o quanto eu estava ridícula, mas nenhum comentário maldoso chegou aos meus ouvidos.

— Oi. – Ele me cumprimentou, quando cheguei perto o suficiente dele

— Você nem ao menos ia entrar, não é? – Perguntei, ignorando seu “oi

— Não, mas pela sua cara, eu não vou estar perdendo nada. – Daryl comentou, balançando a cabeça negativamente e então, me olhou dos pés à cabeça – Aonde conseguiu o vestido?

— Lisa praticamente me obrigou a usá-lo hoje. – Respondi, encolhendo os ombros enquanto fazia uma pequena careta – Estou ridícula, não estou?

— Não. – Daryl negou, logo em seguida, depois de rir fraco – Não está.

Um riso escapou pelos meus lábios e eu balancei a cabeça negativamente, pois ele não tinha dito com todas as letras que eu estava horrorosa, mas também não disse com todas as letras que eu estava maravilhosa.

Mas eu sabia que vindo de Daryl, aquele era um elogio e tanto.

— Já que você não vai entrar e eu não estou com a mínima vontade de escutar aquele pessoal falando sobre a vida tediosa deles, quer dar o fora daqui? – Perguntei, como quem não quer nada, com um sorriso nos lábios

— Achei que nunca ia pedir.

Daryl passou seu braço pelos meus ombros e me abraçou. Passei meu braço ao redor de sua cintura enquanto começávamos a andar e o senti me puxar mais para perto, fazendo com que nossos corpos se chocassem de tempos em tempos, conforme andávamos.

— O que ficou fazendo lá fora por tanto tempo? – Perguntei, enquanto olhava por onde andava, para não pisar com meus pés descalços em qualquer coisa que poderia me machucar, mas não era como se eu pudesse enxergar muita coisa naquela escuridão – Não está se encontrando secretamente com outra mulher, está? – Fiz minha melhor cara de desconfiada, enquanto forçava minha voz para realmente parecer que eu estava sequer considerando aquilo – É melhor ter cuidado, Dixon.

Daryl gargalhou, ele literalmente gargalhou como se eu tivesse dito a melhor piada dentre as melhores piadas do planeta. Aquela risada sua significava muita coisa, porque só quem convive com ele sabe que o caçador não é muito de rir ou jogar conversa fora e acima de tudo, talvez aquela risada mostrava que ele finalmente estava começando a superar as coisas que tinham acontecido conosco.

— Claro. – Ele me disse, afirmando com a cabeça – Tenho me encontrado com uma morena peituda do lado de fora dos muros. Sexo selvagem, sabe?

— Ah, eu sei. – Murmurei, olhando-o, segurando o riso – Eu sei muito bem.

Ele me olhou por alguns segundos, como se no fundo, estivesse tentando saber se eu tinha dito algo de duplo sentido ou não, mas quando me viu revirar os olhos, resmungou, apertando meu ombro.

Parte da minha atenção foi desviada quando a luz da casa em que estávamos passando ascendeu e a porta abriu, de princípio, não dei muita importância, pois pensei que era alguém atrasado para a festa de Deanna, mas praticamente obriguei Daryl a parar de andar quando escutei nossos nomes serem chamados, por uma voz conhecida.

Aaron.

— Oi, e aí. – Eu falei, lhe cumprimentando

— Oi. – Aaron me cumprimentou, sorrindo

— Pensei que ia na festa. – Daryl comentou com ele, apontando em direção à casa de Deanna, no final da rua

— Não. – Aaron negou, após rir fraco, enquanto colocava as mãos nos bolsos da calça – Não vou, por causa do tornozelo do Eric, graças a Deus.

— Então por que me disse para ir? – Daryl perguntou, balançando a cabeça negativamente

— Disse para tentar. – Aaron lhe corrigiu – Você tentou e acabou roubando uma integrante da festa no processo.

— Ah, por favor. – Resmunguei, rindo fraco – Nem a dor do parto pior do que escutar Spencer falar sobre a vida dele. Eu praticamente fugi de lá de dentro.

Aaron riu, balançando a cabeça negativamente.

— Ah, então você já o conheceu.

— Quem é Spencer? – Daryl me perguntou, num chiado

— Alguém tediante. – Murmurei, apenas para ele escutar – Muito, muito tediante.

— Por que vocês não entram? – Aaron nos perguntou, chamando nossa atenção novamente para si – Venham jantar conosco. – Ele nos convidou e ao ver minha troca de olhar com Daryl, logo acrescentou – Eu sei que vocês tinham outros planos, mas vamos lá. Nós temos um macarrão muito bom.

— Macarrão? – Repeti, meio surpresa e depois olhei para Daryl – Ele disse macarrão? – Mas não esperei uma resposta, antes de olhar novamente para Aaron – Macarrão com molho e tudo?

— Macarrão com molho e tudo. – Aaron repetiu, como se fosse um juramento, enquanto sorria para nós

Virei meu rosto lentamente para olhar meu marido e assim que o vi afirmar com a cabeça, reprimi um gritinho de felicidade. Coloquei a rasteirinha no chão e assim que a calcei, segui Aaron para dentro de sua casa, puxando Daryl pela mão durante todo o caminho.

Provavelmente fui muito mais legal do que eu costumava ser com pessoas que eu mal conhecia, mas assim que eu me sentei à mesa com eles, e Aaron me serviu com um pouco do macarrão, tudo pareceu valer a pena. Não que eu era uma interesseira ou algo do tipo, mas aquele era um convite que eu não poderia recusar nos dias de hoje.

Mas com certeza não pareci uma desesperada enquanto comia, diferente de um certo alguém que conheço muito bem. Daryl enchia o garfo e colocava uma quantidade absurda de macarrão dentro da boca, mas claro, a cereja do bolo era o fato de que ele chupava o macarrão que ainda estava pendurado do lado de fora da sua boca.

Ah, meu marido.

Encantador e educado.

— Então, – Falei, chamando a atenção deles, enquanto colocava a mão sobre a perna de Daryl, para ver se ele comia direto – agora que eu tenho um fogão, vou me sentir obrigada a pedir essa receita para vocês. – E ao ver Eric e Aaron rir, continuei – É sério, está maravilhoso.

— Vou anotar pra você. – Aaron me disse, sorrindo

— É, isso seria bom. – Daryl concordou comigo, depois de limpar a boca suja de molho na manga da sua camiseta – Obrigado.

Apertei a perna de Daryl e isso fez com que ele me olhasse, meio confuso, meio bravo. Mas depois de uns dois segundos olhando nos meus olhos, ele finalmente pegou o guardanapo e passou em sua boca, de forma lenta, enquanto me olhava e assim que me viu balançar a cabeça positivamente, emitiu um grunhido baixo.

É querido, era só isso que eu queria.

Peguei minha taça de cima da mesa e dei um gole na água, odiando o fato deles três estarem bebendo vinho e eu não. Daryl pegou sua taça de cima da mesa e deu um gole em seu vinho, sem saber que estava me causando uma pequena inveja.

Fazia décadas que eu não ingeria algo alcoólico e normalmente, não estaria com vontade de beber, mas eles estavam bebendo vinho tinto e eu amava vinho tinto.

— Hm... – Eric murmurou, enquanto passava o guardanapo na boca para limpar os restos de molho do macarrão e assim que o colocou de volta em seu colo, disse – Quando estiver lá fora, se for a uma loja ou coisa do gênero, a sra. Neudermyer quer muito uma máquina de macarrão. E todos queremos que ela pare de falar nisso. Digo, temos caixas de macarrão aqui, mas ela mesma quer fazer. Acho que só quer ter assunto, então... – Ele riu, enquanto olhava diretamente para o caçador enquanto falava – Se vir uma nas suas viagens, seria uma grande... – Ele se calou, quando viu o olhar do namorado e depois, encarou a comida em seu prato – Pensei que tinha acabado. – Levantou seu olhar, para encarar seu namorado – Ainda não perguntou a ele?

Alternei meu olhar entre os três, logo que vi Aaron negar com a cabeça.

Do que Eric estava falando?

— Perguntou o quê? – Daryl perguntou pra Aaron

— Vamos conversar lá na garagem...

Daryl me olhou por alguns segundos, bebeu o resto de vinho na sua taça e se levantou, seguindo Aaron até a garagem para eles conversarem o que quer que seja que Eric estava falando segundos antes. O namorado de Aaron chamou minha atenção ao limpar a garganta e assim que eu tirei meus olhos da porta que eles haviam acabado de passar, a voz dele soou.

— Me ajuda com os pratos?

— Sobre o que eles vão conversar? – Perguntei logo em seguida, um pouco baixo, enquanto me inclinava levemente na direção dele

— Aaron quer que Daryl seja um recrutador. – Eric respondeu, animado, enquanto sorria para mim – Não é ótimo?

Recrutador...

Soltei minha respiração pela boca e peguei a taça vazia de Daryl de cima da mesa, enquanto com a outra mão, pegava a garrafa de vinho e me servia do que daria pelo menos uns dois goles.

Não estava muito surpresa com aquilo, não mesmo. Para falar a verdade, já estava esperando o momento de alguém abordar meu marido para lhe dar um trabalho. Mas ser um recrutador... Bom, não era lá muito seguro. Claro, hoje em dia nada era seguro, mas sem dúvidas, quando envolve lidar com pessoas desconhecidas, se torna muito mais perigoso do que poderia ser apenas com os caminhantes.

— Não. – Murmurei, forçando um riso fraco e então, dei um pequeno gole no vinho que tinha acabado de me servir – Mas se ele quiser.... Será ótimo para vocês. Daryl é um homem incrível e muito forte.

— Não fique preocupada. – Eric me disse, balançando a cabeça negativamente – É seguro. Claro, o maior problema são os caminhantes, mas.... Eles são fáceis de lidar.

— Não, Eric.... Não. – Murmurei novamente, tomando meu último gole do vinho – Quando se está a tanto tempo lá fora como nós estamos, é certo dizer que o maior problema não são os mortos, mas sim os vivos. – Suspirei, deixando a taça em cima da mesa – Vamos, vou te ajudar com os pratos.

Percebi que enquanto eu me levantava e recolhia os pratos de cima da mesa, Eric parecia refletir sobre o que eu lhe disse e quando pareceu entender, encolheu os ombros e balançou a cabeça negativamente, como se dissesse que eu estava errada em dizer aquilo. Coloquei os pratos dentro da pia e enquanto ignorava o namorado de Aaron dizer para eu não me incomodar em lavar a louça, eu já estava lavando-a.

Era o certo.

Eles forneceram a comida e era no mínimo minha obrigação lavar os pratos do jantar ótimo que tivemos.

— Pelo menos me deixe ajudar. – A voz de Eric soou atrás de mim e ao me ouvir resmungar para ele ficar sentado, o namorado de Aaron riu, enquanto pegava o pano de prato e enxugava os pratos – Eu já estou bem. O segredo é não colocar peso no tornozelo machucado.

— Se a Kylie te ver forçando seu tornozelo, ela vai te matar. – Comentei com ele, balançando a cabeça negativamente – E provavelmente o Aaron vai me matar por ter te deixado levantar. Por favor, Eric, vá se sentar.

— Eu estou bem. – Eric afirmou, depois de suspirar

Olhei para ele de canto de olho e assim que o vi rir do meu olhar, resmunguei, dizendo que se ele caísse de cara no chão, eu não conseguiria carregá-lo no colo. Mas no fundo, me vi obrigada a lavar o mais rápido possível a louça para apenas pegar o pano de prato das suas mãos e enxugar os pratos eu mesma.

Parecia que eu estava tendo muitas obrigações ultimamente.

Quem diria.

Pareceu uma eternidade até eu colocar meus pés para dentro da casa onde morávamos com o nosso grupo e ao encontrar a maioria dos meus familiares ali, supus que a festa na casa de Deanna já estava beirando ao fim. Larguei a rasteirinha de Lisa perto da porta e caminhei calmamente até Carl, para pegar Theodore no colo.

— Impedi muitas pessoas de apertarem as bochechas dele. – Foi a primeira coisa que Carl me disse, ao me deixar pegar o bebê do seu colo – Não tive muito sucesso quando as mesmas pessoas notaram a Judy.

— Já sinto pena dela. – Murmurei, enquanto ajeitava meu filho no colo e assim que o deixei confortável, baguncei o cabelo do menino – Obrigada, garoto. Te devo uma.

— Já falei para parar de fazer isso. – Ele resmungou, voltando a arrumar o cabelo que já estava bem grandinho, mas mesmo assim, riu – De nada.

— Pensei que você fosse deixar o Theo com o Sam. – Comentei, dando de ombros – Ele é a nossa babá oficial.

— É, bem... – Carl murmurou, rindo – Eu até procurei ele nos primeiros minutos, mas depois que Jason me contou que o Sam e a Kylie saíram da festa, desisti. E fiz certo, porque eles não voltaram.

Ergui minhas sobrancelhas e ao pensar em mil e uma desculpas para os dois terem saído da festa, dei risada. Sam não perdia tempo. Ou seria a Kylie?

Tanto faz, porque agora vou poder tirar uma com a cara dos dois, igual a Kylie me zoa quando deixo Theodore com eles.

Deixa aqueles dois comigo.

Depois de amamentar os bebês e rezar silenciosamente para que o álcool que eu havia ingerido não interferisse no leite, coloquei Theodore para dormir no berço que ele havia ganhado de Rick. E logo fui pegar uma troca de roupa para tomar banho, mas mesmo sendo rápida, percebi que tinha uma mini fila do lado de fora do banheiro.

— Tá me zoando. – Murmurei, olhando para as três pessoas – É sério?

— Acha que só você pode tomar banho? – Maggie me perguntou, era a segunda na fila e logo atrás dela, tinha seu marido

— Tara, eu vou ficar te devendo uma se você for tomar banho na outra casa e me der o seu lugar na fila. – Falei, olhando diretamente para a primeira da fila – Por favor.... Eu to morrendo de cansaço.

— Só você? – Tara murmurou de volta, balançando a cabeça negativamente enquanto ria fraco – Desculpa Gabi, mas eu tô morta também e... – Ela suspirou e me ignorou por alguns segundos, apenas para poder dar umas batidas na porta do banheiro – Anda logo, Noah! Você desceu pelo ralo do chuveiro?

Já tô saindo!— A voz abafada do menino soou, logo depois de uma risada

Balancei a cabeça negativamente e me afastei resmungando o quanto eu gostaria que eles fossem rápidos no banho, mas mesmo assim, não poderia culpa-los, porque eu também pretendia demorar um pouco.

Ao voltar para a sala e perceber que mais algumas pessoas do grupo haviam chegado, decidi ir tomar banho lá na outra casa, porque sem dúvidas o pessoal iria ter muita preguiça de sair daqui para ir até a casa do lado. E depois de dizer a frase “Vamos tomar banho” para Daryl, ele nem pensou muito antes de concordar com a cabeça, mas depois que eu enfatizei o “Tomar banho”, querendo dizer que era apenas isso que íamos fazer, ele pareceu ter reconsiderado sua resposta anterior.

Felizmente, já era tarde demais para voltar atrás, pois já tínhamos entrado na outra casa. Puxei Daryl pala mão durante quase todo o caminho até o banheiro e assim que coloquei minha mão na maçaneta do banheiro, escutamos um riso feminino soar no segundo andar da casa, mas antes mesmo de Daryl largar minha mão para ir investigar, um outro riso soou, um riso muito, muito conhecido.

Sam.

— Deixa. – Murmurei, abrindo a porta do banheiro puxando Daryl para dentro, conforme eu entrava – É o Sam e a Kylie.

Daryl riu baixo, enquanto balançava a cabeça negativamente. É, ele também não parecia muito surpreso com aquela novidade e me seguiu sem muita resistência para dentro do banheiro e trancou a porta atrás de si.

— Você aceitou, não foi? – Perguntei, enquanto facilmente tirava o vestido branco emprestado e o colocava em cima da pia – Ser recrutador.

— Não tenho mais nada pra fazer. – Ele me disse, como se estivesse justificando, enquanto tirava seu colete e camiseta – Ele tem uma moto, vai ser minha. Mas eu preciso concertá-la antes. – Tirou as amarras do seu tornozelo e depois de uns segundos, conseguiu tirar as botas – Melhora essa sua feição. – Daryl resmungou, balançando a cabeça negativamente – Só vamos sair quando eu concertar a moto, talvez uns dois ou três dias...

— D, não tem como eu melhorar a expressão do meu rosto. – Murmurei, observando-o terminar de se despir – Eu sei que você tá meio animado por ganhar uma moto, por ter a chance de sair e passar uns dias longe de Alexandria, mas... tenha cuidado. Por favor, tenha cuidado.

— Ei, eu sei. – Daryl murmurou de volta, enquanto se aproximava de mim e colocava uma de suas mãos na minha nuca – Não precisa me dizer isso, porque já faz um bom tempo que eu tenho tido cuidado não só por mim, mas por vocês dois também.

Eu sabia que aquelas palavras não sairiam tão fácil como saíram se ele estivesse sóbrio, esse era um dos efeitos que o álcool tinha em Daryl. Ele ficava falante e muito aberto para conversas sentimentais com aquela.

— Amo você. – Sussurrei, ficando praticamente nas pontas dos pés, para dizer aquilo olhando diretamente para seus olhos

— Eu também. – Ele disse baixo, depois dos poucos segundos que passou olhando diretamente para os meus olhos

— Você também o quê? – Perguntei, abrindo um pequeno sorriso enquanto falava e assim que o vi balançar a cabeça negativamente, subi em cima dos seus pés e o abracei pelo pescoço – Você também o quê, Daryl?

— Você sabe. – Ele resmungou, passando seu braço pela minha cintura, me abraçando firmemente contra seu corpo – Você sabe muito bem, ruiva.

— Apenas sei que você “Também”. – Murmurei, mordendo os lábios, como se fosse me ajudar a segurar o riso – Preciso que você diga com todas as palavras, Dixon, eu preciso ouvir isso pelo menos uma vez. Então, vamos, me diga. Você também o quê?

— Eu também... – Ele começou a dizer, mas logo depois parou, respirando fundo, como se estivesse tentando se lembrar como que dizia aquelas palavras – Eu também amo você.

Desta vez, deixei meu sorriso transparecer, enquanto passava e repassava suas palavras em minha mente. Finalmente estava li, posto em palavras o que ele sentia por mim. E mesmos sabendo que ele não teria dito aquilo se eu praticamente não implorasse, assim como fiz para ele me fazer o pedido de casamento, não me importei, pois sabia que era verdade e no momento, era só isso que me importava.


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Notas finais do capítulo

Precisou de mais de dois anos, várias demonstrações de amor, um filho, um pedido de casamento e algumas taças de vinho para ele finalmente dizer com todas as palavras o que sente. Não sei se rio ou se choro skajghdhjasgd Daryl tão Daryl ♥



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