TWD - Quinta Temporada escrita por Gabs


Capítulo 12
Sete e Meio


Notas iniciais do capítulo

"Alguém fez as perguntas para ele?"



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/726317/chapter/12

Ao anoitecer, quando a hora de partir finalmente chegou, realmente precisei dar umas resmungadas e uns olhares assassinos para Rick, apenas para poder ir no carro com eles, liderando o trailer. Desta vez, Glenn estava dirigindo e sentado no banco da frente, estava Rick. Eu estava sentada entre Michonne e um Aaron ainda amarrado.

Não estava nada confortável, mas eu havia pedido por aquilo.

Quando passamos pela placa da Rota 23, me peguei dando umas olhadas para to vidro de trás do carro, apenas para ver o trailer nos seguindo, não tão de perto, mas também não tão de longe. Eles estavam a uma distância segura, Abraham não queria arriscar arrebentar o primeiro automóvel bom que dirigia em semanas.

— Quero colecionar todos os 50 estados. – A voz de Aaron soou, após alguns barulhinhos nos bancos da frente – Para botá-las na parede da minha casa.

Voltei a me sentar novamente no banco e olhei dele para Rick, o qual estava segurando um monte de placas de carro. 

— Tem sua própria casa? – Michonne perguntou para ele, franzindo as sobrancelhas

— Sim. – Aaron lhe respondeu e indicou o envelope que estava no bolso dele, com as fotos da comunidade – Veja você mesma.

Após receber um olhar de Michonne, afirmei com a cabeça e peguei o envelope para ela, mas não necessariamente lhe entreguei, apenas tirei as fotos e me inclinei em sua direção, apoiando meu ombro no dela para podermos ver juntas as fotos que não tínhamos visto ainda.

As fotos eram realmente de uma qualidade baixa, mas dava para ter uma ideia do que ele estava falando. Casas e mais casas com varandas, muros altos e resistentes...

— Por que não tem fotos do seu pessoal? – Perguntei para ele, após desviar o olhar das fotos e receber seu sorriso amigável

— Eu tirei uma foto de todos, mas não acertei na exposição. – Aaron me respondeu, balançando a cabeça negativamente – Quando fui revelar depois, só...

— Alguém fez as perguntas para ele? – Perguntei as pessoas da minha família que estavam naquele carro, interrompendo o homem amarrado ao meu lado

— Não. – Rick respondeu, depois de alguns segundos em silêncio

— Quantos caminhantes você matou? – Perguntei, virando meu rosto novamente para Aaron e esperei por uma resposta, mas apenas recebi um olhar confuso

— Me desculpe, o quê? – Ele me perguntou, franzindo as sobrancelhas

Reprimi o suspiro pesado e balancei a cabeça negativamente, me perguntando se seria tão difícil assim responder a uma simples pergunta.

— Quantos caminhantes já matou? – Voltei a perguntar, fingindo uma paciência lendária que eu não possuía

— Não sei. – Aaron respondeu, ainda confuso – Muitos.

— E quantas pessoas já matou? – Perguntei para ele, logo em seguida

— Duas. – Aaron me respondeu, um pouco mais sério e menos confuso

— Por quê? – Perguntei a ele, depois de uns segundos em silêncio

— Porque tentaram me matar. – Ele me respondeu, sem aquele sorriso amigável que sempre possuía nos lábios

Lentamente, balancei a cabeça positivamente, murmurando que aquela resposta era aceitável. E lá na frente, vi Rick levantar um aparelho de escuta e mostrar para Aaron, não muito surpreso.

— Não tinha visto isso. – Murmurei, e dei uma olhada para Glenn – Você viu e não me mostrou?

— Peguei a primeira coisa que eu vi, a foto. – Glenn me respondeu, tentando não mostrar a perplexidade no seu tom de voz, mas logo a mostrou, quando se dirigiu à Aaron – Estava nos escutando?

— Sim, eu já disse que escutando e observando. – Aaron respondeu, meio rápido – Eu...

— Eles podem ter outro e terem ouvido o plano. – Rick disse alto, interrompendo o homem – Não é seguro.

— Porra!

Só deu tempo de ouvir Glenn xingando antes de olhar para frente e me segurar no banco, ao sentir o impacto do caminhante atingir o nosso para-brisas, sendo seguido por outro, e por outro, por outro....

— Glenn!!! – Quase berrei, enquanto me segurava firmemente no banco

— Eles estavam logo atrás! – Glenn gritou, enquanto dirigia o melhor que podia, atropelando os trocentos caminhantes na nossa frente – Teriam batido em nós! Agora eles podem passar.

Me encolhi institivamente enquanto sentia meu corpo balançar e quando olhei para frente, para tentar ver se já estava acabando, franzi meus lábios ao ver todo o para-brisas coberto por sangue, sem nenhuma possibilidade de visão para nós e muito menos para o motorista. Agarrei ainda mais ao banco quando senti o carro derrapar e me preparei para um possível acidente, mas ainda bem que não veio, pois, o máximo que aconteceu foi o carro parar, cantando pneu. Ofegante, com minha visão toda vermelha por causa do sangue nos vidros, coloquei as mãos na cabeça empurrando meus cabelos para trás.

Ah céus...

Observei Rick sair do carro e logo sua voz soou, apressada.

— Não os vejo.

Assim que Michonne abriu a porta e saiu, não perdi tempo e fui respirar um ar puro, tentar recuperar o ar. Haviam caminhantes mortos ao meu redor e ainda sim, era possível escutar seus gemidos próximos. Vi Glenn escalar o carro coberto por sangue de caminhante e ficar de pé no capô, para tentar ver algo que não podíamos.

— Não, eles sumiram. – Glenn disse alto, um tanto quanto aliviado e por isso, suspirei – Eles escaparam.

— Certo, daremos a volta e os encontraremos. – Rick anunciou, caminhando de volta para o carro – Vamos!

Apressei meus passos para o carro e assim que me joguei no banco ao lado de Aaron e esperei Michonne entrar, soltei o ar pela boca, desejando que os nossos rádios funcionassem para que pudéssemos entrar em contato com o resto de nossa família.

— Eles estão bem? – Aaron perguntou ofegante, assim que eu me sentei ao seu lado e Michonne quase se jogou para dentro do carro e fechou a porta

— Sim. – Respondi, balançando a cabeça positivamente

Segurei minha compulsão por balançar a perna e observei Glenn, ainda do lado de fora do carro, passando a mão rapidamente pelo para-brisas, limpando o sangue o melhor que dava para pelo menos conseguirmos enxergar alguma coisa.

— Pegaremos à esquerda logo adiante na Rota 23. – Rick disse depressa, assim que Glenn voltou a entrar no carro e fechar a porta – Na Avenida Jefferson.

— Na Avenida Jefferson. Isso. – Glenn repetiu ainda mais depressa, e levou sua mão para a chave na ignição do carro – Precisamos sair daqui. – E assim que virou a chave, não escutamos o ronco do motor, não escutamos nada perto daquilo – Pega... Pega...

— Vamos lá. – Rick murmurou, enquanto Glenn virava a chave na ignição várias e várias vezes, tentando ligar o motor

Pelo pequeno resquício de limpeza do para-brisas, a forma de vários caminhantes apareceu, se aproximando ainda mais, assim como seus gemidos e grunhidos contínuos.

— Precisamos sair daqui. – Aaron disse meio alto, com seus olhos fixos nos caminhantes que se aproximavam

— Droga... – Murmurei, balançando a cabeça negativamente – Qual é...

— Vou fazer algo. – Michonne nos avisou e mal esperou alguma resposta e abriu a porta, saindo do carro

— Eles estão vindo para cá! – Aaron quase gritou, totalmente nervoso

— Nós sabemos! – Resmunguei, praticamente rosnando

— Vamos, vamos. – Glenn grunhiu lá na frente, virando e virando a chave na ignição, tentando fazer o motor ligar novamente – Merda, vamos....

— Precisamos partir agora! – Aaron disse alto, em meios aos gemidos próximos e as tentativas falhas do motor do carro

— Esperem! – Glenn disse mais alto ainda, parando o que estava fazendo e apontando para algo além do para-brisas

Como não conseguia enxergar nada através da sujeira no vidro, saí do carro, me apoiando na porta enquanto via um sinalizador cortar o céu a uns quilômetros à frente.

Não tínhamos sinalizador.

Isso quer dizer que...

— Merda. – Escutei Aaron balbuciar lá dentro do carro

— Quem fez aquilo? – Ouvi Rick perguntar para ele

— Preciso sair. – Aaron disse baixo – Acabou, eu vou sair. Preciso sair daqui.

— O que houve? – Perguntei para ele, me abaixando levemente para poder olhar lá dentro – Aaron, o que houve?

— Me deixe sair! – Aaron berrou, estava sentado no meu lugar do bando

— Vocês viram aquilo? – Michonne perguntou alto, chamando nossa atenção para si

Eu me levantei novamente, para olhá-la lá na frente do carro, com um braço de caminhante em mãos, e mantinha seu olhar no sinalizador que estava começando a perder altitude agora.

— Como nã...

Parei de falar e emiti um gemido ao receber um chute em minhas costelas, senti meu corpo bater no chão e grunhi, ao ver Aaron sair correndo pela floresta. Me levantei depressa, ignorando a dor latente no meu corpo e quando ameacei a correr atrás daquele homem, escutei a voz de Rick impedir.

— Gabriela, deixe-o! – Meu amigo disse alto – Precisamos achar o nosso pessoal.

— Eles viram o sinalizador e pensarão que fomos nós. – Falei alto, crispando meus lábios – Vamos, está tudo bem!

Esperei alguns segundos, apenas para ter meus três amigos perto de mim e saí pela floresta, com eles logo ao meu encalço. Com minha faca em mãos, sendo a melhor arma silenciosa que eu possuía, caminhei a passos largos e rápidos pela floresta, escutando os gemidos cada vez mais próximos. Ao ver Rick puxar o revolver e atirar nos caminhantes perigosamente próximos, enterrei a ideia de sermos silenciosos e tirei meu revolver do coldre, o destravei e logo comecei a atirar, escutando os tiros das armas dos meus amigos ecoarem também, próximas a mim.

Eram muitos.

Parecia que a cada dois que caiam, mais três surgiam entre as árvores.

Enquanto atirava e dava alguns passos para trás, agarrei na manga da jaqueta de Glenn para não me perder de ninguém, e mesmo escutando-o resmungar que aquilo estava impedindo seus movimentos, continuei segurando, enquanto nós dois atirávamos e nos movíamos para trás.

Só consegui ver que tinha um caminhante atrás de nós, pela pouca iluminação que os disparos davam e enquanto Glenn atirava nos vários caminhantes que vinham pela frente, atirei no que se aproximava das nossas costas, pois já estava quase nos pegando e logo me juntei ao meu amigo, atirando nos caminhantes restantes.

— Onde estão Rick e Michonne? – Glenn me perguntou aos sussurros, quando o último caminhante caiu e nós apressamos nossos passos pela floresta, sozinhos, praticamente grudados um no outro

— Não sei, eles estavam perto de nós. – Murmurei em resposta – Não importa, sabemos para onde eles estão indo, temos que continuar.

Larguei a manga da camiseta de Glenn e me contentei em apenas tê-lo ao meu lado, estávamos andando tão perto um do outro que as vezes, nossos ombros se chocavam e tínhamos que murmurar desculpas.

Mas eu é que não me afastaria, não queria acabar sozinha naquela mata.

Depois de alguns bons passos, percebi que estávamos nos aproximando novamente dos gemidos familiares dos caminhantes e me preparei para o que pudesse acontecer a seguir, mas ao ver o que nos esperava mais a frente, depois de algumas árvores, um sorrisinho sacana brotou em meus lábios.

Aaron estava ali, com as costas apoiadas em uma das árvores e estava afastando um caminhante com o pé, pois ainda estava com as mãos amarradas.

— Saia! – Aaron grunhiu, ao dar mais um chute no caminhante que tornou a tentar pegá-lo

— O carma é uma vadia, não é mesmo? – Perguntei meio alto, e quase ri ao receber o olhar apavorado de Aaron, suplicando por ajuda – Eu é que não saio chutando as pessoas por aí, pois posso acabar precisando da ajuda delas mais tarde.

Não era como se eu precisasse segurar Glenn ao meu lado para impedir que ele salvasse o homem, parecia que o coreano estava tendo uma luta interna para decidir o que seria pior, deixá-lo morrer ou deixá-lo por minha conta. 

— Me desculpa, ok? – Aaron pediu alto, alternando o olhar entre mim e o caminhante que estava tentando afastar – Eu estava com pressa!

— Não sei se meus irmãos te contaram, mas eu sou um pouquinho vingativa. – Falei para ele, segurando o riso, enquanto me aproximava a passos pequenos – Mas dessa vez eu vou deixar passar...

Ao alcançar o caminhante, finquei minha faca em sua cabeça e deixei com que seu corpo caísse no chão aos meus pés, e antes de limpar a faca coberta por sangue de caminhante, pedi para que Aaron virasse de costas e o livrei das amarras que estavam ao redor de seus pulsos.

— “Vingativa” não foi bem essa palavra que eles usaram. – Aaron resmungou, massageando os pulsos alternadamente com as mãos

Antes mesmo de comentar que “Cretina” seria a palavra que meus irmãos usariam, escutamos um tiro ecoar pela floresta.

— Pode fugir, se quiser. – Glenn comentou com Aaron, enquanto caminhava em minha direção – Temos mais o que fazer.

— Podemos passar por isso. – Aaron disse depressa, ao ver Glenn agarrar o meu pulso e me puxar para andar em direção ao tiro que escutamos e nós paramos, quando prestamos atenção em suas palavras, as mesmas que o coreano disse ontem de tarde, quando estávamos na estrada – Mas apenas se estivermos juntos. Você disse isso. Eu estava escutando.

Glenn virou seu rosto e olhou diretamente para o homem.

— Você por acaso não escutou a parte do leite em pó, escutou? – Perguntei para ele, fazendo uma leve careta e ao vê-lo rir baixo, respirei fundo – Ok, você escutou. Nossa, isso é meio constrangedor.

Meu irmão coreano balançou a cabeça negativamente e riu baixo, antes de murmurar “Vamos” para Aaron e largar meu pulso, indicando a direção que tínhamos que seguir com a cabeça. Segui os passos do meu amigo com pressa, praticamente atravessando a floresta e ao escutar a voz de Rick e Michonne berrarem por nossos nomes, meu coração já ficou consideravelmente leve.

Eles estavam bem.

Claro, encurralados por caminhantes, mas bem.

Encontramos Rick e Michonne mais a frente, matando os caminhantes enquanto eles se aproximavam dele e depois que Glenn praticamente jogou o revolver de Aaron para o dono, nós começamos a atirar, aproveitando o fato de que nossos amigos estavam abaixados e assim eles continuaram, até o ultimo caminhante cair no chão, morto.

Nossos dois amigos se levantaram e olharam para trás, para nós.

Rick alternou seu olhar entre nós e quando viu o que tinha nas mãos de Aaron, ele fechou o rosto que mal estava começando a se abrir em um sorriso aliviado.

— Se quiser me amarrar, tudo bem, mas seja rápido. – Aaron disse para ele, levantando as mãos, antes de colocar a arma no chão aos seus pés

— Não há tempo. – Rick disse para ele, após pegar a arma do chão e empunhá-la – Vamos por ali. – Ele se virou e apontou na direção que os caminhantes tinham vindo

Mal esperei ele terminar de falar e me adiantei, evitando pisar no caminhante que tinha virado uma lanterna de flare. Nós caminhamos a passos largos pela floresta e assim que alcançamos a estrada da Rota 16.

Não tinha nada e nem ninguém.

— Onde eles estão? – Rick perguntou a Aaron, quase rosnando

— Eu não sei. – Aaron lhe respondeu, enquanto olhava ao redor

— Se isso for uma armadilha, - Rick disse sério, olhando para os olhos de Aaron – se a história que contou para a Gabriela for mentira, seu pessoal morrerá esta noite.

Respirei fundo, passando o braço pela testa e me adiantei pela Rota 16, passando pela placa, escutando os passos deles logo atrás de mim.

— Vamos indo. – Falei, dando uma olhada para trás – O sinalizador veio da caixa d’água.

Caminhamos por longos minutos até finalmente alcançarmos o lugar que um dia teve civilização andando para todo o lado. Era uma espécie de fábricas e a caixa d’água estava entre eles, pois nos velhos tempos, possivelmente abastecia todos aqueles prédios.

Ao fundo, conforme nos aproximávamos da caixa d’água, escutamos um assobio, parte de uma música que parecia ser triste, mas que sabíamos muito bem e nos indicava quem era.

Olhei para Rick e lhe dei as honras, sabendo que não poderia assobiar tão bem quanto ele e logo escutei ele assobiando a continuação da música ao meu lado, avisando à Daryl que estávamos chegando. Desviei meu olhar de Rick e olhei para a frente, enquanto virávamos para entrar em uma vielazinha e lá na frente, vi meu marido acenar e indicar o caminho.

Apressei meus passos em sua direção e assim que cheguei perto o suficiente, lhe abracei apertado, escutando a voz de Carl chamar pelo pai.

— E o Theo? – Perguntei a ele, assim que me afastei

— Com Sam. – Daryl me respondeu e olhou ao redor antes de indicar meu amigo com a cabeça – Bem ali. Ele está bem.

Praticamente deixei meu marido falando sozinho e fui ao encontro de Sam, o qual estava segurando meu filho no colo e balançava a cabeça negativamente.

— Oi, eu sou o Sam, fui militar, mas agora trabalho como babá. – Meu amigo comentou, ao me entregar meu filho e riu assim que me viu balançar a cabeça, segurando o riso – Vou cobrar hora extra.

— No fundo você adora. – Resmunguei, enquanto ajeitava meu filho nos braços e deixava com que ele segurasse meu dedo com sua mãozinha

— Ah, Kylie faz todo o trabalho pesado. – Sam disse meio baixo, como se fosse um segredo e logo completou – Não diga a ela que eu admiti.

— Eric? – Escutei Aaron chamar – Eric?

— Aqui! – A voz de um homem desconhecido soou dentro do prédio

— Eric!

Enquanto resmungava para Sam e era cumprimentada pelo resto dos meus familiares, vi Aaron correr para dentro do prédio, como se a vida dele dependesse daquilo.

— Tá, e quem é Eric? – Perguntei, olhando brevemente para a porta que Aaron passou e Rick também estava passando agora

— O companheiro do Aaron. – Maggie me respondeu, sendo abraçada pelos ombros por seu marido – Encontramos ele rodeado por caminhantes, nós o salvamos, mas a Kylie disse que ele torceu o tornozelo.

Depois de todo mundo se cumprimentar, fomos convidados a entrar no prédio, e enquanto Eugene mantinha a porta aberta para que nós todos pudéssemos entrar, e já do lado de dentro, percebi que talvez faltasse um pouco de espaço, pois éramos muitos.

— Com licença. – Escutei a voz de Aaron dizer e me virei para olhá-lo, ele estava saindo da sala em que Maggie me contou que Eric estava – Com licença – Ele repetiu, chamando nossa atenção – Pessoal. – Disse, parecendo um pouco emocionado – Obrigado. Vocês salvaram o Eric. Eu devo a vocês. A todos vocês. E me certificarei que a dívida seja totalmente paga quando chegarmos na comunidade. Quando chegarmos em Alexandria. – Ele nos deu um pequeno sorriso – Agora, não sei quanto a vocês, mas eu adoraria não ter mais que viajar hoje. – Aaron riu baixo, e assim que notou que concordamos, com pequenos risos, continuou – Hm.... Que tal pegarmos a estrada amanhã cedo?

— Parece bom. – Rick comentou, estava encostado na porta em que Aaron tinha saído momentos antes e assim que recebeu o olhar dele sobre si, meu amigo completou – Mas se formos ficar aqui, você vai dormir ali. – Ele apontou para o outro lado da sala em que estávamos

— Precisamos mesmo fazer isso? – Maggie perguntou ao Rick, assim que ele terminou de falar

— Assim é mais seguro. – Rick comentou com ela, respondendo sua pergunta e olhou novamente para Aaron – Não conhecemos você.

— O único jeito de me impedir de ficar com ele agora é atirar em mim.

Todos nós ficamos quietos, assim que escutamos o que Aaron disse e ao ver que Aaron ia falar mais alguma coisa para Rick, Glenn, o qual estava mais perto, pediu para que ele parasse e se aproximou de Rick, para conversar com ele.

— Rick, ele nos contou onde fica o acampamento. – O coreano disse baixo, mas mesmo assim consegui escutar – E ele só viajava com uma outra pessoa. – Ao ver o olhar sério do Rick, Glenn completou – Os dois estão desarmados. Um deles até tem o tornozelo quebrado. – O coreano suspirou, ao ver Rick passar a mão nervosamente pelo cabelo já cumprido – Também quero que fiquemos seguros. Não posso desistir de todo o resto. Sei o que falei, mas... – ele balançou a cabeça negativamente – Importa.

— Está bem. – Rick concordou, depois de alguns segundos em silêncio

A segunda coisa que fiz ao poder me movimentar livremente pelo lugar foi encontrar um lugar bom para dormir, depois de fazer a primeira coisa que foi amamentar os dois bebês. E enquanto observava Daryl montar nossa cama, fiquei andando de um lado para o outro, tentando fazer com que Theodore dormisse.

Ao deitar a cabeça em cima do braço do meu marido, não deixei de pensar que o reencontro que eu tanto esperava estava cada vez mais próximo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "TWD - Quinta Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.