Era um dia comum em Paris. Se é que dois garotos com joias mágicas e fantasias de animais lutando com alguém com roupas e poderes ainda mais estranhos que os deles é comum.

Outro akumatizado, Marinette e Adrien fogem e se transformam. Alya e filma tudo. Chat Noir faz cantadas e trocadilhos. Ladybug se irrita. Figurantes gritam...

Mas a nossa história acontece depois disso, bem depois...
...

Era uma sala escura, repleta de borboletas brancas que a qualquer momento poderiam virar akumas e corromper pessoas com raiva, dentro delas haviam três pessoas. Uma delas sangrava, e muito. Seu tempo de vida estava contado. Essa pessoa não falava nada, nem sequer um gemido de dor.

Ele não se incomodava de partir, foi para salvar aquela que ele amava. Ela era o alvo da terceira, e não citada ainda, pessoa.

Uma mulher com roupas semelhantes a de uma joaninha chorava sobre o corpo de um homem com vestimentas imitando um gato. O homem que sangrava, não era e nunca foi o alvo daquela faca que o acertou. Aquela que foi arremessada pelo terceiro, e dessa vez já citado, presensonagem presente na sala.

Um sujeito já um pouco velho, já com mais de 60 anos. Ao contrário dos outros dois que possuíam por volta de 25. Ele usava algo como um terno roxo e uma máscara que lhe cobria o rosto.

Ao acertar o homem, o senhor do terno ficou abalado. Conhecia o homem com roupa de gato há mais tempo que a mulher que chorava em seu corpo. Mesmo assim, foi do lado dela que ele ficou. E por ela, ele morreu. Se metendo na frente faca que acertaria perfeitamente seu alvo, a mulher.

—Você é um monstro! - ela o acusou

— Agora, quero ver ter coragem para fazer o mesmo comigo - desafiou ele escondendo a dor que sentia

—Você sabia quem ele era! - afirmou ela

—Você sabe que esse era o único jeito de acabar com isso. Se eu não fizesse, vocês fariam.

Ainda chorando a mulher respondeu:

—Desafio aceito. Talismã! - uma faca caiu na mão da mulher

Ela ainda estava triste pela morte do homem, ele não era qualquer pessoa, era o seu noivo, e ela o amava. Mas naquele momento, a tristeza foi substituída por raiva e ódio. Ela jogou a faca com uma mira impecável e velocidade incrível, acertando o coração do velho.

Ela aproximou-se e viu que ele realmente tinha morrido. Foi quando percebeu o que tinha feito, coisa que só dobrou o seu choro.

"Não podemos ressuscitar os mortos" pensou ela após o primeiro apito de seus brincos "Mas nunca disseram que não poderíamos impedir os mortos de morrerem."

Ela se aproximou do cadáver do homem mais jovem e retirou o anel que ele usava. Não o de noivado, e sim o miraculous, e colocou em seu dedo. Uma criaturinha preta apareceu.

—Olá, Plagg. - a heroína cumprimentou o kwami enquanto secava as lágrimas com o dorso da mão

—Você vai fazer, não é Marinette? - questionou Plagg com ar desconfiado, como se temesse a resposta

—Vou.

—Se fosse Tikki, você levaria um sermão. Sorte que sou eu.

Ela sorriu e disse:

—Plagg, mostrar as garras!

Uma luz forte envolveu o local. Pela primeira vez, o poder absoluto foi usado por alguém, e pela primeira vez, não ouve uma guerra para isso.