Chu! escrita por Mothra


Capítulo 1
— Único ✳


Notas iniciais do capítulo

Faz algum tempo que eu tô com essa ideia na cabeça, mas estive ocupada com outros ships e acabei deixando de lado. Mas hoje eu decidi matar a Batsu e um fandom inteiro junto, escrevendo essa pequena oneshot - que muito provavelmente ficou ooc pra caramba -, apenas em "retaliação" ao que ela me fezzzzz.

Espero que seja do agrado de vocês, e me perdoem se não estiver. Vejo vocês lá embaixo e boa leitura. ♥



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Depois de dias em águas revoltas, estavam em paz. O tempo no Novo Mundo era volátil demais, mas aos poucos a navegadora conseguia entende-lo e então, antecipá-lo. Colocava em prática todo o conhecimento sobre o clima obtido em seu treinamento em Weatheria, desempenhando muito bem sua função como a imediata do bando. E em momentos de paz, os membros do bando do Chapéu de Palha se espalhavam pelo navio para se ocuparem em seus próprios negócios.

Naquela semana, Robin era a encarregada pela lavagem das roupas da tripulação e Brook, para não deixa-la sozinha com a tarefa, acompanhou. Sanji cuidava da cozinha e das louças após o almoço, enquanto já pensava no que preparar para o lanche da tarde. Franky estava em sua oficina trabalhando em seu próprio corpo cibernético; Chopper organizava seus frascos de remédios, antídotos e ocupava-se em estudar mais sobre medicina, a fim de ajudar seus companheiros.

Zoro não era encontrado em lugar algum, então deduzia-se que ele estava no ninho da gávea – sempre muito disciplinado e rígido com seus treinos diários; fazia musculação ali, e treinava arduamente com as espadas no convés. Luffy e Usopp estavam sentados na amurada do navio, ambos munidos com varas de pesca, numa tentativa até então frustrada de capturar algum peixe.

O moreninho suspirou pesadamente e deixou o corpo pender para trás, caindo sobre o convés gramado do navio. Usopp foi rápido o bastante para pegar a vara antes que esta caísse no mar.

— Ahn... Que chato... – queixou-se Luffy.

O atirador assentiu.

— Parece que não tem um peixe sequer no mar hoje.

Apoiou as varas na amurada de madeira do Thousand Sunny e se sentou próximo do capitão. Luffy esboçou sua expressão emburrada e entediada enquanto fitava o céu, sentindo a garganta mais seca do que nunca antes e também um incômodo nos lábios ao abrir a boca para bocejar. Levou uma das mãos e tocou o lábio inferior, sentindo pequenas rachaduras. Passou a língua por ele, mas não melhorou.

Usopp percebeu a aflição do Chapéu de Palha.

— Seus lábios estão ressecados. – constatou.

Foi fitado em confusão pelo outro, que arqueou a sobrancelha.

— Quê?

O atirador então explicou que as mudanças climáticas repentinas podiam afetar o corpo daquela forma, deixando os lábios rachados pela falta de hidratação. Quando questionado sobre o que poderia fazer para melhorar, Usopp disse que um beijo poderia amenizar. Luffy o encarou fixamente ao dizer.

— Usopp, me beija!

O moreno de nariz grande se afastou do capitão, ficando de pé ao fazer o formato de “x” na frente do corpo com os braços.

— N-não! Tem que ser uma garota! – exclamou.

Ao ser fitado com desconfiança pelo capitão, apenas contou uma lenda sobre aquele fosse beijado pela garota que julgasse ser a mais bonita seria completamente curado. Luffy, envolvido pelo relato do amigo, nem pensou duas vezes antes de se levantar e sair correndo pelo navio – sem nem mesmo averiguar a mentira vinda do narigudo.

— Nami! – gritava o moreninho. – Nami! Cadê você?

xxx

A Gata Ladra estava na biblioteca do navio, onde ficava sua mesa de pesquisas. Ali, ela fazia seus estudos e anotações no diário de bordo, como também, aos poucos, desenhava os trajetos e rotas tomados por eles desde o East Blue – fazendo a cartografia de toda a jornada que os levariam até o final da Grand Line e faria de seu capitão o Rei dos Piratas. Capitão este que berrava seu nome enquanto a procurava pelo Sunny, desconcentrando-a do que fazia.

Uma veia saltou em sua testa quando ele finalmente a encontrou.

— Nami! – proferiu, quase sem fôlego, ao andar até a mesa dela.

A navegadora franziu o cenho, ao acariciar uma das têmporas.

— O que foi, Luffy?

Ao alcançar a outra extremidade da mesa, debruçou-se sobre a mesma e inclinou seu rosto em direção ao rosto de Nami – que não entendeu o motivo da aproximação até que seus lábios se tocaram. Um toque terno, inocente e suave. Cálido. Que durou segundos, antes que o capitão recuasse o rosto para tocar os lábios com os dedos.

— Oh, já ‘tá melhor! – comemorou. – O Usopp tinha razão.

Nami estava inteiramente atônita, travada na cadeira. Seu rosto enrubesceu furiosamente, enquanto seu coração retumbava dentro do peito em batidas descompassadas. Até mesmo prendeu a respiração diante daquele acontecimento. Aquele tinha sido seu primeiro beijo. Um beijo que fora roubado por seu capitão por um motivo que ela sequer sabia. Quando se deu conta de seus atos, tinha dado a volta na mesa para espancar Luffy.

— V-você não pode sair beijando as pessoas assim do nada! – falava com a voz vacilante, entre um soco e outro na cabeça dele.

Luffy tentava em vão esticar o corpo para desviar dos golpes da Feiticeira do Clima enquanto tentava se explicar entre uma risada e outra.

— O Usopp disse que se eu beijasse a garota mais bonita, eu ficaria bem!

Parou de soca-lo, sentindo o rubor se apoderar de seu rosto novamente. Deixou-se levar por instantes por aquela frase que entoou em sua mente. Respirou fundo e suspirou, tentando se recompor.

— Idiota! – o puxou pela gola da camisa até o convés.

— Shishishi! – sorria, aparentemente sem culpa ao ser arrastado por ela.

Entregou Luffy sob os cuidados de Chopper na enfermaria, que passou um bálsamo sobre os lábios para hidratar e fechar as rachaduras. Fez questão de espancar Usopp pela mentira contada ao capitão, que tão ingênuo, acreditava em qualquer coisa. Voltou para a biblioteca, mas não conseguiu focar em nada. Tudo em que pensava era o contato de seus lábios com os do moreninho. Na maciez e na textura, mesmo ressecados.

Mal sabia Nami que aquele também fora o primeiro beijo de Luffy.

E que ele não beijaria nenhuma outra boca, senão a sua.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Espero que tenham gostado, mas se não, me perdoe. Não sou muito acostumada com o ship, e sou um desastre tentando escrever comédia e fluffly - mas a intenção também conta, né? NÉ? TOMARA. Enfim, comente o que achou e bem... Até a próxima! Beijos apimentados da Lis. ♥