Laços do espirito- Destinada escrita por Annelizye1205


Capítulo 5
o verdadeiro laço




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"Eu e Srt Karp somos Vampiros..."

Lissa começou a explicar e a cada palavra que saia de sua boca eu me perguntava aonde tinha me metido. Vampiros, são reais. Meu mundo estava mudando, mas que escolha eu tinha. Não havia nada que eu pudesse fazer,pois querendo ou não eu era parte daquilo. Proteger Lissa, eu devia protege la. Mas como? Nunca me achei normal, na verdade, normal era uma palavra que não existia no meu vocabulário, mas aquilo ia além de tudo que eu pudesse acreditar. Mason, o que seria de Mason. Ele era meu melhor amigo, e eu nunca poderia substitui lo por Lissa, mas não podia o envolver nesse novo mundo de vampiros.

Depois das explicações sobre Morois, Dhanpirs e Strigois. Lissa me disse que estava com fome. Após assistir tantos filmes de vampiros, eu achei melhor que ela fosse comer logo, para que eu não fosse uma opção no cardápio. Minha insegurança ainda era grande, e eu tentava processar tudo aquilo. A essa altura eu já não me impressionava com nada. Exceto com uma sala cheia de humanos doando sangue para os vampiros por vontade própria. A sala estava lotada com morois da idade de Lissa que pareceram nem me notar. O que eu agradeci profundamente.

"Oh cara, olha Lissa eu aguentei muita coisa hoje, mas isso. Acho que não estou pronta pra ver você chupando sangue de alguém." Eu fiz uma careta e ela riu.

" Tudo bem Rose. Eu te disse eles não sofrem..."

"Eu sei, eu sei, as endorfinas. Olha eu acho que vou dar uma passada lá na biblioteca de novo. Não estou com fome mesmo. E acho que depois disso, não vou comer carne nunca mais."

" Ok, te encontro lá daqui a pouco." Sai daquela sala de alimentação para vampiros, aqui me dava arrepios. Soa estranho pra mim até hoje.

A caminho da biblioteca, peguei meu celular e já não era surpresa, trinta ligações de Mason. Me senti mal por ele estar preocupado comigo, mas achei melhor não ligar de volta ainda. Lissa havia me dito que Abe resolvera a situação de meu desaparecimento, com o orfanato. O que eu não achei uma boa idéia já que tinha uma certa suspeitas de que ele não tinha feito de um jeito honesto. Mas Mason não deveria ter acredito na história que eles contaram, ele me conhecia bem pra saber que eu não tinha parentes distantes que supostamente queriam me adotar. Claramente depois disso, minha lista de desculpas já tera esgotado eu pensei.

"Vejam quem o vento trouxe. Rose Hathaway se me lembro bem. Como está passando?"

Abe Mazur, com aquele mesmo olhar astuto. Só que dessa vez não fiquei irritada ao ve lo, pela primeira vez, nada mais me surpreendia e era bom ver um suposto rosto amigo naquele mundo louco.

"Ei, velhote. Pois é, olha eu aqui. Estou bem, eu acho, ainda é tudo muito novo pra mim. Você sabe esse negócio de vampiros. Mas sabe, você poderia ter me dito que procurava por mim aquele dia. Talvez tivesse me poupado de tudo isso." Deu uma olhada em volta.

" E você teria facilitado pra mim se um estranho chegasse procurando por você?"

"Hum acho que não." Eu respondi rindo. Ele riu, e então me olhou por mais alguns segundos. Era como se ele estivesse me admirando, mas não com desejo, era orgulho.

"Abe" disse uma mulher que vinha em nossa direção. Ela parou ao lado de Abe e eu imediatamente a reconheci.

"A mulher do quadro." Pensando alto, deixei meus pensamentos escaparem pela minha boca. Os dois trocaram olhares surpresos e riram. Ela me estendeu a mão.

"Janine Mazur, sou a esposa de Abe. Você deve ser Rose. Muito prazer." Tentando não passar mais vergonha,deixei de lado, essa história de quadro e a cumprimentei.

" O prazer é meu Sra Mazur."

Assim como Abe, ela também me olhou como se me admirasse. O que eu achei muito estranho.

"Rose estávamos nos preparando para jantar, gostaria de se juntar a nós?" Janine me convidou, mas eu não me sentia a vontade para comer com eles.

" Estou bem, obrigada. Eu estava a caminho da biblioteca agora... Não é um pouco cedo para jantar?" Olhei no relógio e eram dez da manhã.

"Horário de vampiros, temos que acompanhar." Explicou Abe.

"Ah sim claro, tinha me esquecido disso. Eu tenho que ir. Mas obrigado pelo convite." Eu os deixei e continuei meu caminho para a biblioteca. Sentei em uma mesa solitária, e comecei a deixar fluir meus pensamentos.

Eu ainda precisava processar a situação toda. Não que aquilo fosse normal, mas porque meu coração insistia em se sentir em casa? Vampiros. O que era tudo aquilo. Srt Karp havia me dito para cuidar de Lissa, e mesmo meu coração me dizendo que eu nasci pra protege la, eu ainda me perguntava se seria capaz. O encontro com aquele Strigoi me assustou, como eu seria capaz de protege la daquilo? Se eu nasci para salva la, quem me salvaria?

"Rose está tudo bem?" Lissa me tirou dos meus pensamentos, eu estava tão ocupada me preocupando que mal vi o tempo passar.

"Está sim, só estou pensando um pouco." Levantei meus olhos e vi que ela me olhava com preocupação.

"Rose, sei que Srt Karp disse que você deveria cuidar de mim, mas olha, eu vou cuidar de você também, somos mais que parceiras de laço...somos irmãs ok. Uma cuida da outra. Prometo não dar muito trabalho." Mesmo não tendo certeza de como minha vida seria dali pra frente, eu me senti bem com suas palavras. Uma cuida da outra, de certa forma eu queria aquilo. Era como se eu tivesse nascido pra estar com ela. Seus olhos me olhavam, com confiança. E naquele momento eu percebi que o verdadeiro laço havia acabado de ser criado, um laço que ia além do espírito. Um laço de irmãs.

"Acredito em você Lissa, eu prometo, vou te proteger. Estarei sempre ao seu lado. Prometo." Ela me olhou agradecida, e em minha mente, eu pude ouvir sua voz. " Obrigada Rose."

" Vasilissa." Nos duas olhamos em direção a mesma pessoa. Um outro moroi. Ele era velho, olhos tão verdes quanto os de Lissa, poderiam até ser parentes. Aparentava estar muito doente, caminhava com dificuldade, e sua respiração era pesada, como se estivesse morrendo. Eu senti pena ao ver sua situação.

"Oh, titio. Não deveria estar se esforçando tanto, você tem que se sentar venha." Ela se levantou e foi em sua direção dando seu braço como apoio e o trazendo para nossa mesa.

"Rose, quero te apresentar meu tio, não é de sangue, mas é de coração." Ela disse com muito orgulho e admiração.

"Tio essa é Rose Hathaway, minha nova amiga e também futura guardiã." Fiquei feliz com a apresentação de Lissa, mas preocupada que ela já me desse títulos que talvez eu não fosse digna de receber.

"É um prazer senhor..." Ele entendeu o recado e estendendo a mão disse:

"Vitor. Vitor Dashkov. O prazer é todo meu Srt Hathaway."


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