Dias Perdidos escrita por Coolis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, espero que gostem, tem uns errinhos aqui, outros ali, terminei de escrever hoje no trem, então sem muito tempo para revisar.
Naruto e os outros não me pertencem(ainda)




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                                     o tempo cura tudo.


O tempo é algo inevitável, isso é um fato difícil de se aceitar, quando era mais nova, achava que o meu futuro seria crescer, casar com um bom homem construir uma família e cuidar dela, cuidaria da casa dos filhos e a noite deveria dar a atenção merecida ao meu marido, após um árduo dia de trabalho.

Isso de fato aconteceu, aos 18 anos estava não só casada, mas completamente comandada pelo único homem qual beijei a minha vida toda, juntos desde o fundamental, Sai era o garoto prodígio, quando mais novo sempre estava cercado de pessoas, popular, lindo e inteligente, e os mais engraçado era que ele tinha-me notado no primeiro acento da sala, eu era tímida e quieta, por mais que tentassem se aproximar, eu as afastava com medo de algum familiar me ver a agir de forma inadequada, pois a minha família era muito tradicional.
Foi assim eu e ele, desde aquele tempo ele já me declarava com a sua e não tive a oportunidade de conhecer outras pessoas, e nem queria, nos meus pensamentos eu tinha encontrado o meu príncipe. Na nossa formatura ele fez o pedido de casamento e aceitei, o amava mais-que-tudo e sabia que estava segura em seus braços, pouco menos de seis meses estávamos casados, ele cursa a sua faculdade e trabalhava na empresa do pai, e eu cuidava da casa.

No primeiro ano tudo foi maravilhoso o meu marido cuidava de mim como ninguém, todos os dias trazia flores para agradar-me, ajudava-me a prepara o jantar, dançava as nossa música na sala, e depois fazia-me a sua naquela mesma mesa que dividiamos as nossas refeições. Foi um ótimo ano, repleto de alegria e momentos felizes para recordar, dediquei-me todos os meus dias a deixá-lo feliz, e isso fazia-me-me sentir bem, mas um tempo depois, tudo mudou, ele já não chegava em casa na hora, não me ajudava a preparar as jantas e muitas vezes comia sozinha, quando o questionava ele dizia que o trabalho exigia mais dedicação da sua parte, e eu acreditava, eu queria acreditar, mas aquele cheiro de perfume barato que sentia toda vez que ele abraçava-me era enlouquece-dor.


Com o passar dos anos, ele deixou de tentar esconder as suas escapadas, algumas vezes bêbado trazia as suas garotas para a nossa casa e as possuía em nossa cama, e muitas vezes, me obrigava a participar, ocorreram tantas noites que passei a esconder-me na dispensa da cozinha para quando ele chegasse não me obrigasse a humilhar-me, dormia no chão frio apenas com um cobertor e um travesseiro, e chorava a noite toda quando ouvia os gritos de prazer das outras. Na manhã seguinte ele vinha até mim pedia perdão e dizia que iria melhorar, que aquilo nunca mais aconteceria, nesse tempo eu tinha uma semana de paz, até ele ter outra recaída e fazer tudo novamente ou pior.

Nesse tempo procurei a minha mãe, mas tinha medo de contar o que Sai me fazia, e por muitas vezes ela dizia que o meu dever era acatar o que me marido mandava, pois, ele era responsável por mim e por minha vida. Sentia-Me invalida e incapacitada, não queria esse vida para mim, em momento de fúria e coragem resolvi que estava na hora de acordar, vendi algumas joias e relíquia da família juntei um bom dinheiro e abri uma conta onde sempre que podia, depositava uma quantia mínima por mês, mas mesmo com essa economia eu não viveria sozinha, precisava trabalhar, mas não tinha especialidade em nada, nunca tinha trabalhado fora, foi quando lembrei duma brincadeira que amava brincar quando criança, e era a coisa perfeita, eu seria uma enfermeira, mas antes precisar convencê-lo a deixar-me estudar, depois de muito implorar consegui o convencer de deixar-me fazer um cursinho de enfermagem e aquilo custou-me caro, pois ele só me deixaria fazer se eu aceitasse deitar-me com ele e outras mulheres, eu não queria, mas a minha única oportunidade de ser independente dependia do meu sacrifício, e eu faria, porque assim que conseguisse largaria ele e tudo isso para trás e foi assim, o meu tormento por seis meses, de manhã fazia o curso, e a noite sujeitava-me as humilhações diversas, muitas vezes pensei em desistir, mas a chance de poder-me livrar falava mais alto, faltava tão-pouco, com um ano poderia fazer estágio que não rendia muito dinheiro, mas poderia sobreviver sozinha e muito bem, compraria uma casinha com o dinheiro das joias e finalmente seria feliz.

Os meus tormentos foram deixados de lado quando um novo professor foi apresentado a Classe, ele era maravilhoso, cabelos e olhos tão negros e penetrantes que me faziam derreter, Sasuke era seu nome e ele agora nos daria aula de saúde, e essa matéria passou a ser minha favorita desde então.


Com o tempo fui notando que Sasuke dava-me uma atenção especial, sempre que podíamos conversávamos sobre banalidades e aqueles eram meus momentos favoritos do dia, mesmo sabendo que nada aconteceria entre nós pois, eu era casada, eu o desejava e o admirava em segredo, talvez eu até o amasse naquele época e não percebia. Passeávamos juntos à tarde, íamos ao cinema, até mesmo em minha casa ou o seu apartamento nos encontrávamos, mas nunca passou de amizade, um laço que se tornou tão forte em pouco tempo, ele ajudou-me a crescer por dentro, ensinou-me a ser mais forte, confidencie a ele os meus problemas de casa, ele chorou comigo enquanto contava, não me queria deixar voltar a minha casa, mas o convenci que faltava pouco para consegui a minha liberdade e que eu deveria fazer isso sozinha.

Faltava menos dum mês para que o meu estágio fosse concretizado e foi quando resolvi tomar as rédeas da situação, primeiro comprei a minha casinha num (bairro) classe média, mobilei do jeito que pude, quitei o restante que faltava do meu curso e deixei um dinheiro reserva caso precisasse, Sasuke ajudou-me com tudo isso, ele ajudou-me e orientou-me sem fazer uma única pergunta, e eu o amava secretamente, amava como ele sorria para mim, naquela noite declararia o meu amor a ele.
Quando cheguei em casa naquela tarde separei todas as coisas que me pertenciam chamei um táxi e pedi que entregasse no meu novo endereço onde Sasuke já o aguardava.

Esperei por meu marido, que demorou a chegar, passava das duas horas quando ele rompeu pela porta, não estava bêbado o que já era um milagre, quando comecei a falar que queria o divórcio e que não aceitaria mais que ele mandasse em mim, ele apenas deu as costa e subiu para o quarto, eu esperava tudo dele menos isso, por um momento a sensação de liberdade se alastrou pelo meu corpo e sorri, gargalhei de felicidade, mas durou por segundos, porque aquele homem com quem me casei desceu a escada com uma fúria puxou-me pelos cabelos e jogou-me no chão, socou-me até eu perder os sentidos.

Quando acordei estava em hospital, não havia ninguém do meu lado, eu não sentia nada, quantas horas haviam se passado ? Será que dormi por dias ? Procurei pelo botão para acionar a enfermeira e assim que ela passou pela porta se assustou comigo e voltou correndo chamando o médico, fiquei sem intender o que acontecia quando o médico veio até mim e examinou-me, perguntou se estava tudo bem ? Se eu sentia algo e neguei todas elas, ele perguntou-me o que me lembrava e relatei o que tinha acontecido detalhe por detalhe na minha casa, não ligaria se o meu marido fosse preso, quando o médico passou o meu diagnóstico disse que devido às pancadas forte em meu rosto eu tinha sofrido um traumatismo craniano que me deixaram em coma por dois anos.

O meu mundo parou, dois anos ? Dois anos apagados ? O que tinha acontecido durante esse tempo ? Sem perceber eu já estava chorando, perguntei ao médico quem estava responsável por mim, e ele disse que um amigo que já estava a caminho, pediu para descansar que logo ele voltaria para fazer novos exames.

A ficha ainda não tinha caído, foram dois anos perdidos, a minha casa, o meu curso, o meu estágio, o que teria acontecido? O traste do meu marido, e a minha família, mas isso não me importava, queria saber onde estava Sasuke, será que ele largou-me aqui ? Eu queria muito vê-lo.

Os meus pensamentos foram interrompidos quando a minha mãe entrou pela porta do meu quarto chorando aos prantos abraçou-me e chorou como um bebe, eu acariciava e dizia a ela que agora tudo ficaria bem, ela contou-me que Sai tinha se matado depois de ser acusado de tentativa de homicídio e estupro, e que o meu professor do cursinho tinha cuidado de tudo por mim, que ele era um bom homem e ele que me tinha encontrado e socorrido-me. Não escondia a felicidade em saber que ele não me tinha deixado e continuava a zelar por mim.

A nossa conversa foi interrompida por um Sasuke abobado que entrou correndo e praticamente se jogou no meio do meu abraço com a minha mãe e deu aquele sorriso que eu amava, ele continuava lindo, e eu ainda o amava.
No fim a minha mãe nos deixou as sós, ele deitou em minha cama e eu aconcheguei-me em seu ombro, não queria momento mais perfeito que aquilo, ficamos alguns minutos em silêncio, apenas curtindo um ao outro, e finalmente senti-me segura, eu tinha muito para recuperar, mas ainda tinha tempo, se as minhas contas estavam certas eu tinha vinte e três anos e uma vida inteira pela frente, me reergueria e seria feliz.

Sasuke se levantou para atender o celular e pareceu empolgando desligou, dizendo que eu precisava conhecer uma pessoa, estranhei, Sasuke era tão reservado que eu achava que era a única amiga dele às vezes. Uma ruiva esplêndida entrou no meu quarto usava um jaleco, sorriu afetuoso para Sasuke e o saudou com um beijo leve, quando Sasuke se virou a apresentando para mim eu já sabia, é claro, foram dois anos, ele conheceria alguém, e pelo jeito foi através das visitas que Sasuke fazia-me e ela era obrigada a arranca-lo do meu quarto a força e nisso se apaixonaram, aquilo matou-me, mas mesmo assim sorri, ela era uma boa pessoa e gostava dele, não deixei de pensar de como a vida era injusta, eu mesmo sem querer acabei juntando eles.

Passou um mês e finalmente recebi alta do hospital, a minha mãe e Sasuke não me deixaram por um só dia até mesmo a namorada de Sasuke que depois vim a descobrir se chamar Karin, visitava-me todos os dias, acabamos por nos tornar amigas próximas e compreendi porque Sasuke a amava, de pouco em pouco me fui recuperando e aprendendo a viver por si só, tocar no assunto Sai se tornou um tabu entre nós, eles ajudaram-me a recuperar-me e em três meses já estava de volta ao meu curso e também tinha aberto uma doceira, a minha mãe auxiliava-me e o meu pai mesmo distante apoiou o meu progresso, Sasuke e Karin se tornaram os melhores amigos que poderia ter e foi assim por longos cinco anos, já residia no hospital e dava aulas de manhã, e mesmo amando Sasuke mais do que qualquer coisa, aprendi a amá-lo como amigo, casei tive filhos e envelheci, e mesmo assim passei a minha vida toda me perguntando como seria se eu não tivesse ficado em coma por tanto tempo, Sasuke amaria-me como eu o amo ?


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Notas finais do capítulo

comentarios? criticas ? fic piloto, se for bem vista posso fazer uns capitulos extra, com uma versão do Sasuke dos fatos, e quem sabe a Sakura declarando seus sentimentos.



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