Nossa Vida escrita por A garota do Darcy


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem tanto quanto eu adorei escreve-la. Comentários e criticas construtivas obviamente não são obrigatórios, mas são sempre bem vindos ♥



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Diego acordou com uma formigação estranha no pescoço. Desnorteado, olhou ao redor sem saber onde estava. Ele estava deitado no chão terroso de uma cabana velha, percebeu, onde se podia ver buracos no teto, uma grande superfície a sua cabeça, onde o sol passava e pequenos pontos de poeira rodopiava, dançando no ar.

— Estranho — falou consigo mesmo. — Eu acabei de acordar.

Fazia quase onze meses que não sabia o que era dormir, afinal, ele era um vampiro e vampiros não dormiam, até onde ele sabia. Diego se apoiou nos cotovelos e passou a mão pelo pescoço e sentiu uma linha fina onde se separava o pescoço e a cabeça. Inclinou a cabeça de um lado para o outro, esperando que aquela sensação estranha passasse. Não passou.  Olhou ao redor minuciosamente, com sua visão vampírica, tentando se lembrar de como fora parar ali.

— Riley —sussurrou. Tudo voltou a sua mente. A conversa com Riley, suas mentiras confessas em um último momento. A verdadeira razão de todo aquele exército: seu amor por Ela, Victoria.

— Eu não quero te matar, Diego. Realmente, não quero — confessara Riley, com um suspiro de pesar. — Achei que essa vida seria mais fácil desapegar emocionalmente, mas os sentimentos continuam sendo uma droga, você acaba se apegando, sabe. E você serviu fielmente a mim, meu caro amigo. Então talvez, quando isso tudo acabar, nós possamos nos encontrar novamente. — Com um salto repentino para a frente, Riley agarrou o pescoço de Diego e disse: — Até logo, velho amigo. — E o torceu para o lado, arrancando de suas extremidades, e arrastando depois o corpo inerte para a cabana a frente, onde se encontravam.

Bree. Lembrou-se da pequena menina com um misto de dor e emoção. Precisava encontra-la e sabia onde. Riley lhe contou seu plano, de ir para a cidade vizinha para encontrar o clã inimigo e mata-los. O mal dos vilões, pensou, se colocando em pé num salto. Era contar seus planos, antes de matar seus inimigos.

Diego correu mais do que nunca. Prometera a Bree que iria logo depois dela, e no entanto não sabia quanto tempo se passara desde a promessa. Não sabia nem se a encontraria no lugar que Riley lhe falou, ou se era mais uma de suas mentiras. A única certeza que Diego tinha é que rodaria o mundo para encontrar a garota de cabelos castanhos avermelhados que o fizera se sentir vivo outra vez.

O garoto farejou o cheiro de Riley até a antiga casa a pouca distância dali, onde os vampiros se imprensavam um em cima do outro, se escondendo no porão da casa com medo da luz do dia, porque Riley lhes disse que a luz era fatal. Mais uma mentira. Se ele tiver encostado um dedo em Bree... Não concluiu o pensamento. Em vez disso correu cada vez mais rápido, seguindo o rastro dos outros vampiros do exército, até chegar em uma floresta e sentir o estranho cheiro acentuado de uma humana, mas isso não o distraiu. Diego era um vampiro velho para os padrões do bando, o mais velho entre eles e o sangue, apesar de ser um grande empecilho, não era tudo o que ocupava sua mente. O cheiro dos outros era fresco na floresta e ele ansiava estar próximo. Em um ponto o ali, o bando se dividiu e ele teve que se concentrar para sentir o cheiro de Bree. Ao longe, ouvia-se grunhidos e rosnados, gritos e esperneios que pareciam diminuir cada vez mais que Diego se aproximava, o que o fez pensar se talvez não estivesse indo para o lado errado, mas seu faro não errava.

Então ele chegou a uma campina, grade e redonda. Havia uma densa fumaça roxa e adocicada no ar, e ninguém mais gritava, mas conversavam. Em uma semi-roda irregular estavam 8 vampiros de costas e uma garota humana, entre eles Diego reconheceu a pequena Bree, ao lado de um vampiro loiro. Eles estavam de frente para um grupo formado por 4 vampiros vestido de preto familiar a Diego, três garotos e uma garota loira que tomava a frente do grupo. Ele se recordou da última vez que viu Bree. Eles se revezaram de árvore em árvore e encontrou Riley e Victoria conversando com eles, tramando atacar um “clã local” que o garoto supôs ser esse, que ainda estava de pé. Pelo que ouviu, aqueles de capa preta queria a eliminação do outro clã, se não haveria consequências. Apesar de querer sair correndo e arrancar Bree dali, Diego se deteve nas copas da floresta a uma boa distância, ouvindo com cuidado. Um garoto de cabelos cor de bronze virou a cabeça quase imperceptivelmente em minha direção.

— Felix? — A voz infantil que Diego se lembrou como sendo a líder do grupo, chamou. Um dos vampiros atrás de si, o maior deles, deu um passo a frente.

— Espere — disse o de cabelos dourados. Ele se virou para o loiro que se encontrava ao lado de Bree. — Podemos explicar as regras à jovem. Ela não parece relutante em aprender. Ela não sabe o que estava fazendo.

— É claro — O loiro se pronunciou, olhando para a líder do clã rival —Certamente estaríamos preparados para assumir a responsabilidade por Bree.

Então eles estavam intercedendo por ela, pensou Diego e seu coração se inflamou por dentro. Outrora ele pensara que estavam se defendendo daquele clã de preto, mas eles só queriam matar Bree, e ele não permitiria isso.

— Não abrimos exceções — se pronunciou a voz infantil da líder loira num tom de prazer. — E não damos uma segunda chance. É ruim para a nossa reputação. Todos os vampiros que foram recém-criados para essa guerra devem morrer, fomos enviados para nos certificar disso.

— No entanto, vocês tiveram a oportunidade de fazerem isso com as próprias mãos a alguns dias, e não o fizeram. Queriam que nosso grupo enfrentasse esse clã. — me pronunciei saindo da minha posição de observador.

Todos os presentes se viraram para me encarar. Todos do clã que estava do lado de Bree — com exceção do de cabelos dourados — me encararam com surpresa, já o clã rival, com um misto de indignação e raiva.

— Quem é você para acusar os volturis de tal modo calunioso? — questionou a loira, sua voz infantil subindo alguns oitavos. Ela parecia no ponto de queima-lo com os olhos. Então ela o fez. Pela segunda vez no dia, Diego estava no chão, só que dessa vez, não era o pescoço que o incomodava. Seu corpo parecia estar em chamas, e ele se perguntou quem o jogou em uma fogueira.

Bree, ao lado de Carlisle que a segurava, sabia o que Diego estava sentindo, porque ela mesma passou por isso minutos atrás. Ela implorava para que Jane parasse.

— Deixe que o garoto fale Jane — brandou Carlisle para a Volturi. — Se tudo o que o garoto falou foi calúnia, deixe que ele mesmo se entregue.

Meio segundo passou até que Jane deixasse Diego livre, e então ela se voltou para Carlisle com a mesma fúria nos olhos e, antes que pudesse ataca-lo, a garota caiu no chão inerte. Dois se seus parceiro que se encontravam atrás dela olharam seu corpo com surpresa. O terceiro apenas suspirou e tomou a frente do grupo.

— Peço que perdoem os modos de minha irmã — se pronunciou.

Alec Volturi, irmão gêmeo de Jane tinha um dom curioso. Diferente de sua irmã que trazia a dor, Alec tinha o sutil dom de fazer com que seu alvo perdesse os sentidos. Os Cullens e os outros Volturis sabiam disso, mas nada os preveniu da surpresa de ser seu próprio irmão a impedir de causar mais dor. O moreno fez sinal para que Felix a pegasse do chão.

— Jane talvez tenha exagerado um pouco em suas ações — Alec dispensou sua irmã com um gesto de mãos. — Fiquem com os dois garotos. Ensine-os a nossa vida, eles são agora sua responsabilidade. — Impassível, ele falava diretamente com Carlisle, de líder para líder. — Se concordar, esqueceremos o que aconteceu aqui e iremos embora.

Apenas Carlisle se movia, todos os outros pareciam colados ao chão. Bree e Diego olhavam calados, aqueles homens decidirem seus destinos. O patriarca dos Cullen deu dois passos à frente e balançou a cabeça positivamente.

— Faremos isso, então — concluiu.

Alec olhou para atrás de si, para Felix, Demetri e sua irmã inerte, e indicou com a cabeça em direção a floresta e os três vampiros desapareceram floresta a dentro. Alec deu um passo para a floresta e se virou, lembrando-se de algo de repente.

— Caius vai ficar muito interessado em saber que ainda é humana, Bella. Talvez ele decida fazer uma visita.

— A data está marcada — disse Alice, se pronunciando pela primeira vez. — Talvez nós os visitemos daqui a alguns meses.

O moreno balançou a cabeça, como se não se interessasse muito, apenas dando um recado, lhe passado por seu superior.

— Foi um prazer encontra-lo Carlisle. — E então ele sumiu em direção as árvores.

Todos — mesmo os que não precisavam — pareceram voltar a respirar. Bree olhou para Diego, que já estava em pé, e se surpreendeu mais uma vez com como seu corpo lhe obedecia. Ela já estava correndo para seus braços. Diego não fizera diferente, e em meio segundo, um já estava nos braços do outro. Os olhos de ambos ardiam estranhamente, querendo chorar, e Bree soluçava baixinho. Diego afagou seus cabelos, inspirando o cheiro doce de sua cabeça.

— Pensei que você estava morto — sussurrou a garota em seus braços, o que fez Diego aperta-la mais contra si.

— E eu pensei que tinha te perdido — sussurrou de volta.

Eles passaram um bom assim e, naquele momento, não se importariam de passar a eternidade um nos braços do outro. Mas seus planos eternos foram interrompidos pelo pigarro de uma garota baixinha que se assemelhava muito a uma fada.

— Oi! Eu sou Alice.

Ela estava a três metros dos dois garotos, que se assustaram um pouco ao perceberem que não estavam sozinhos, apesar do grupo ter diminuído. A humana, Bella, e seu acompanhante de cabelos cor de bronze já não se encontravam mais lá.

— Bree eu já sei quem é, mas e você? Quem é o herói de Bree? — incentivou Alice.

Diego se sentiu surpreso, e até um pouco desconfortado com a palavra que a garota a sua frente usou. Ainda segurando Bree com um braço, a passou para suas costa. Apesar daquele clã ter ajudado a Bree, Riley — apesar de não ser um bom exemplo — tentou matar aqueles que lhe estenderam a mão. Quem garantiria que eles não os pouparam por vingança?

— Não queremos nos vingar, os ajudamos de bom grado, porque os Cullen são assim — Alice ecoou os pensamentos do garoto, e respondeu à pergunta seguinte antes mesmo que ela fosse elaborada: —Eu consigo ver o futuro. É um dom, sabe. Meu irmão Edward, ele não está mais aqui, mas pode ler mentes, e o Jasper aqui — Ela apontou para o garoto ao leu lado — Ele consegue mexer com as emoções de uma pessoa. Depois que acordamos como vampiros, de repente tínhamos esses poderes.

— Ok Alice, não precisa ensinar tudo para eles no primeiro contato. Eu sou Rosalie, aproposito. — A loira deslumbrantemente linda se aproximou, com um vampiro grandalhão ao encalço— Esse é o Emmett. — O grandalhão sorriu para os garotos.

Percebendo o quão mal-educados estavam sendo, Bree saiu de trás de Diego, e ainda sua mão se apresentou:

— Sou Bree Tanner, e esse é Diego — Apontou para o garoto de espessos cabelos negros e encaracolados que a salvara de um fim terrível. — Nós não sabíamos o que estávamos fazendo. Riley nos criou as cegas, achávamos que queimávamos ao sol — começou a se explicar.

— Não precisa se explicar, menina. Não estamos aqui para julga-los, mas para vos acolher — assegurou Carlisle, aproximando-se de mãos dadas com uma bela mulher com o rosto em formato de coração. — Sou Carlisle e essa é minha esposa, Esme, e essa— Ele fez menção a todos com a mão — É a minha família. Vocês estão agora sobre nossa responsabilidade, asseguramos isso aos Volturi. É claro, vocês poderão partir quando quiserem depois que lhe ensinarmos tudo sobre essa nova vida. Mas, se quiserem ficar para serem Cullens, terão que aprender a viver da nossa forma.

Bree e Diego se entreolharam. Estavam gratos aquele clã por terem salvado suas vidas, mas não os conheciam. Claro que ficariam para aprender com eles, mas para viver? Achavam que conheciam Riley, mas ele era um mentiroso, como podiam confiar em pessoas que acabaram de conhecer?

— Não precisam decidir agora, nós estaremos aqui quando estiverem prontos — acrescentou Carlisle.

— Obrigado — agradeceu Diego, estendendo a mão para Carlisle. — Obrigado por terem protegido Bree, não saberia o que fazer se tivesse chegado tarde demais.

— Mas você chegou bem na hora e salvou Bree! — disse Alice batendo palminhas. — Se não enfrentasse os Volturi daquela forma, talvez Bree não estivesse aqui conosco.  Já era de se esperar que havia um dedo deles nessa história!

— Eu não salvei ninguém, eu só... — Diego não conseguiu completar a frase, porque Bree o surpreendeu com um grande abraço.

— Eles estavam prestes a me mata Diego! Eu só vim para aqui porque Riley disse que você tinha vindo na frente com a líder. Quando não o vi aqui eu pensei... — Ela soltou outro pequeno soluço.

— Eu não me perdoaria se você tivesse morrido por me seguir até aqui Bree — disse Diego, passando a mão nos cabelos emaranhados e castanhos da garota. — Você deveria ter fugido.

— Eu não iria se houvesse a remota possibilidade de você ainda estar vivo. Mas afinal, onde você esteve? — Bree se afastou do abraço o suficiente para poder encarar seu rosto.

Diego então contou a todos sobre acordar em uma cabana e sobre a linha fina em seu pescoço. Carlisle então lhes ensinou a primeira lição: Os vampiros só morriam realmente se fossem queimados. Isso explicava a fumaça no local da batalha, pensou Diego.

— Mas Riley sabia que só se matava com fogo, não sabia? — questionou Rosalie.

— É provável que soubesse. Riley e eu tínhamos uma espécie de amizade, acho. Apesar dele sempre ter me deixado às cegas e ter partido meu pescoço ao meio— disse Diego irônico. — Então, todos morreram? — perguntou a ninguém em particular. Bree pareceu acordar de um transe, se separou de Diego e olhou para Carlisle.

— Fred — Ela disse. — Fred está vivo. Ele me disse para o encontrar na Riley Park e só me esperaria por 24 horas. Precisamos encontra-lo, ele precisa saber o que aconteceu!

— Ele fugiu? — Diego estava surpreso — Garoto esperto!

Carlisle olhou para Esme, que assentiu. Um parecia conseguir ler o pensamento um do outro, apenas com o olhar. A convivência e o amor de várias décadas atuando juntos ao favor dos dois.

— Fred estava com vocês no grupo de recém-criados? — inquiriu Carlisle.

Bree, com seu casaco cinza gasto e alguns centímetros maior que ela, estava disposta a falar em prol do amigo talentoso que a manteve segura no acampamento de Riley, que era composto, em sua maioria, por ex-gangues de rua e pessoas perigosas.

— Nós entendemos o tipo de poder que você tem Alice, ou o seu Jasper, porque na sede de Riley tinham um vampiro com um talento especial. Fred repelia as pessoas ao ponto de você não conseguir encara-lo. Para uma guerra ele seria perfeito, mas Fred é um garoto da paz, que não queria ter sido transformado para lutar em uma causa que não era dele. Nós dois sabíamos que Riley mentia em muita coisa, e sei que ele gostaria de aprender sobre essa vida tanto quanto nós. — Bree, ao lado de Diego, que concordou com tudo que a garota disse, olhava com expectativa para Carlisle que assentiu, entendendo a situação.

— Eu entendo — disse o líder, enfim. — Alice e Jasper, os levem até o garoto e o ofereça o mesmo que oferecemos a Bree e Diego. Prometemos nos responsabilizar pelos recém-criados e faremos isso com todos. — Alice e Jasper assentiram, e Carlisle continuo: — Eu irei aos Quileutes agora, Jacob está precisando de mim. Falarei com eles sobre as crianças.

Falando isso, Carlisle correu para o norte, em direção a floresta. Esme pediu para que Bree e Diego os seguissem até sua casa, para poderem planejar a viagem. Os dois jovens vampiros correram de mãos dadas, como costumavam fazer ao que agora parece ser milênios atrás, pensando como seriam suas vidas e se Fred aceitaria fazer parte dela, porém não pensaram em quão grandiosa e bela era a casa dos Cullen. Muito diferente dos porões abandonados, velhos e fétidos que costumavam chamar lar, a casa de seus salvadores era limpa, arejada, espelhada e grandiosa, pintada em tons claros e de uma arquitetura bela, com quadros e objetos de artes que representava grandes épocas históricas onde a arte era verdadeiramente bela. Diego olhou impressionado para Bree, mas a garota não o encarava, estava boquiaberta e seus grandes olhos vermelho-vivos olhavam tudo, encantada, e Diego soube naquela hora que lutaria com todas as suas forças para dar a Bree todas as coisas belas do mundo, tudo o que ela desejasse. Ele faria tudo por ela, independente do que lhe custasse, ele faria de bom grado, se no final pudesse ver o encanto em seus olhos.

Riley Park era um bairro que ficava no Canadá, mais precisamente em Vancouver, quase 6 horas de carro indo pela via I-5 S, pegando uma balsa no trajeto. Pegar um avião seria bem mais rápido, mas os recém-criados não tinham condições de ficar cercados de humanos sem matar até os taxistas do aeroporto, e o mesmo valia para a balsa que teriam que pegar se fossem de carro e tinha também a questão dos passaportes — que para Jasper não era problema — mas o tempo era curto demais para que eles conseguissem entrar em contato com seus fornecedores. Decidiram então ir à pé. Correr para os vampiros era como respirar e eles percorreram o percurso em 2 horas. A única preocupação de Alice e Jasper foi manter os garotos fora das vias principais, optando sempre pelas florestas.  Foram pelo perímetro de Port Angeles, nadaram pelo estreito de Juan de Fuca e chegando em Victoria, já solo canadense, atravessando a estreito de Geórgia na Columbia britânica no Canadá e finalmente chegando a Vancouver.

Fred não especificou um lugar de encontro em Riley Park, mas os vampiros pensaram no ponto turístico mais famoso do local: Queen Elizabeth Park, um parque municipal local. Era um belo local para passear com a família, fazer piqueniques ou só andar de mãos dadas, mas é claro, no verão. Era um dia abafado, o céu de Vancouver estava nublado e abafado. Era um bom dia para um vampiro passear no parque, mas não um para um recém-criado. Fred tinha 9 messes como vampiro e o sangue ainda podia ser um empecilho para alguém tão novo.

— Vamos procurar na região onde a floresta é mais densa, ao Sul — instruiu Jasper. Assentindo em silencio, os outros três vampiros o seguiu.

Eles correram, rastreando o cheiro do vampiro que buscavam, até sentirem uma forte náusea. Um enjoou forte tomou conta do vampiros, algo que Alice e Jasper não conheciam, mas Bree e Diego souberam na hora de quem via. O que, é claro, não melhorou em nada a vontade de sair correndo dali.

— Fred — gritou Bree. — Fred sou eu e Diego.

Acima de suas cabeças, em um ponto que só podia ser perceptível ao olhos humanos se encarasse bem o topo da árvore, Freaky Fred, um mediano loiro de características mundanas se não fosse a beleza vampírica e os berrantes olhos vermelhos, saltou a frente de Bree ainda com seu poder de repelir, fazendo o casal Cullen cair no chão, enjoados.

— Bree, que bom que escapou — disse Fred. Ele olhava desconfiado para os estranhos. — Quem são seus amigos?

— Não tem do que se defender Fred, eles são realmente amigos. Me salvaram na batalha, e depois de um clã que me queria morta. Os Cullens são confiáveis.

Fred ainda mantinha-se com o pé atrás, mas diminuiu a onda de poder. Era realmente um garoto talentoso, isso era inegável. Jasper com certeza não negaria esse fato, por isso, queria mais do que tudo levar sua preciosa Alice para longe dali o mais rápido possível, até que fosse seguro.

— Bree, acho melhor vocês conversarem a sós com seu amigo. Estaremos em um dos bancos em frente do lago — Dando essa deixa, Jasper agarrou a mão de Alice e sumi sem esperar uma resposta.

Vendo-se à sós com Diego e com seu antigo protetor, Bree logo tratou de contar a Fred o que aconteceu, como quase morreu — duas vezes — e sobre a proposta dos Cullen para aprender com eles como se vivia verdadeiramente como vampiro. Fred manteve-se impassível durante toda a narrativa de Bree, estava desconfiado assim como os outros recém-criados ficara, mas confiava em Bree, que sempre se mostrou sensata e decente no meio de todos aqueles vampiros terroristas que os cercara. Os três então aprenderiam com os Cullen.


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