Depois que eu li alguns dos livros eu fiquei realmente sem o que opinar com o que eu acabei de descobrir, era praticamente muita coisa pra minha cabeça processar, se passaram dois dias desde que o pai de Kuon deu permissão para eu sair mas mesmo assim eu evitei sair de imediato, porque eu ainda estava com certo receio de colocar o pé para fora sendo que existem milhares lobos lá e também porque não queria me aventurar por ali sozinha, kuon estava ocupado durante o dia e voltava tarde, já Maria nem coloquei como opção depois que ela me deixou com orelhas de lobo, tudo bem que quando acordei no dia seguinte havia desaparecido mas mesmo assim não iria sair com Maria tão pequena por aí, Kuu disse para chamar Julie para passear mas eu tinha vergonha de falar com mais alguém além de kuon e Maria, a anciã disse que eu poderia a visitar sempre que quisesse e me apontou o caminho pela janela em um dos dias que veio me visitar e esse seria o destino que eu iria ir, desci as escadas com cuidado e mesmo usando os sapatos de kuon me deu resolvi os tirar para sentir a terra em meus pés.

Segui corretamente a direção que a anciã havia me apontado mas até agora não consegui encontrar a tal ponte que ela havia me dito, alguns passos mais à frente escuto alguns barulhos como folhas balançando, o vento não estava forte e não tinha como isso acontecer, acompanhei o som das folhas por mais alguns minutos e comecei a ouvir sons de estalos como se algo estivesse se chocando repetidas vezes, quando estava subindo algumas pedras o barulho parou de repente e não consegui ouvir mais nada, achei estranho mas mesmo assim resolvi investigar, não havia nada entre as árvores e quando vi uma árvores tombada na beira daquele pequeno morro onde eu estava resolvi me aproximar dela, suas raízes eram forte o suficiente para suportar mais que seu próprio preso mesmo estando em um lugar tão perigoso para uma queda, isso que me impressionava com a natureza que sempre era tão simples e magnífico ao mesmo tempo, subi na árvore e me sentei em um de seus galhos mais forte, aquela visão era mais que perfeita como se eu estivesse voando por cima de tudo aquilo mesmo não tendo energia para isso, não havia percebido que eu estava em um lugar tão alto assim mas aquilo não me assustava, era libertador estar presente em uma lugar como esse.

“Eles vão fazer alguma coisa com você, não deixe eles chegarem perto!!”

Senti minha vista fica escura por um momento e depois uma tontura que me fez desequilibrar mas consegui me segurar, não sabia o que havia se passado mas eu reconhecia essa voz…

“Queria ter tido a oportunidade de me aproximar de você melhor irmã…”

De repente senti uma dor no coração e acabei me soltando, tentei fazer alguma força para as minhas asas aparecerem mas só conseguir as manter por alguns segundos, a altura era grande e apesar de estar caindo só conseguia sentir essa dor no coração…

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Nesses dia eu tenho tentado ficar o máximo distante de kyoko depois do que aconteceu mas a estava ignorando pois sempre acabava voltando ao final da tarde para a casa, hoje eu juntei os lobos para treinarem na floresta coisa que não fazia a algum tempo.

— OK pessoal vamos descansar um pouco! — gritei o que para eles saiu como um rosnado.

Estava prestes a me deitar debaixo de uma árvore quando senti o cheiro dela, olhei para a direção do cheiro e entre as árvores pude ver um corpo magro e pequeno subindo umas pedras, estava descalço e os sapatos amarrados à cintura, voltei meu olhar para os lobos e todos estavam exaustos sem se importar com muita coisa, quando voltei para kyoko ela estava se preparando para sentar em um galho de uma árvore caída à beira do morro, qualquer um ficaria com medo em tal altura mas ela estava confortável até seu corpo pender para o lado se segurando de última hora no galho, esse susto me fez levantar de imediato chamando a atenção dos lobos, observei ela tentar ficar dispersa balançando a cabeça mas algo a fez soltar o galho, meu coração deu um pulo e corri um pouco mais a frente na esperança de conseguir pega-la mas vi asas brancas aparecerem mas três tentativas de voo logo desapareceram deixando o seu corpo cair rapidamente, logo corri tentando prever onde o corpo cairia e assim que ela entrou entre as árvores sempre uma na lateral do corpo sendo arrastado até parar em uma árvore.

— Chefe !!

Após o grito logo todos correram para perto de mim vendo o que tinha acontecido, para meu alívio ou talvez desespero kyoko não tinha vestígios nenhum de suas asas mas sua regata estava levemente rasgada nas costas onde havia sua enorme tatuagem.

— Chefe está tudo bem? Quem é essa menina o que aconteceu?

Olhei para kyoko e ela estava começando a se mexer de novo, sua testa franzia de um jeito como se estivesse acabado de acordar.

— Kyoko? — perguntei e ela se mexeu reagindo a minha voz — kyoko acorde! está tudo bem?

Ela começou a se encolher em meu corpo e suas mãos foram para seu peito como se estivesse sentindo dor, logo comecei a cheirar seu corpo tentando ver se tinha algum vestígio de sangue mas nada.

— Shiro vá buscar um pouco de água e algumas frutas — disse a um dos lobos.

Por sorte kyoko ainda estava desacordada porque não ficaria contente em ter que explicar a visão que eu estava vendo de todos os lobos voltando a ser homens andando pelo campo pegando suas roupas, minutos depois Shiro estava de volta com o que pedi, mandei ele me ajudar a deita ela melhor deixando encostada ao meu corpo, mesmo eu pedindo pra ele fazer isso aí dá me deu uma certa vontade de arrancar as mãos dele por estar tocando nela e agora estou me odiando por pensar isso, me pergunto indignado do porque minha mãe tinha que dar essas roupas curtas pra ela.

Poucos minutos se passaram e ela finalmente estava dando sinal que estava acordando, ouvi passos vindo em minha direção e logo rosnei para os homens que ousavam vir na nossa direção pela milésima vez, ficaram me enchendo o saco cada segundo que kyoko ficou dormindo perguntando quem era ela e se ela estava bem, acho que nunca fiquei tão furioso com eles quanto agora, em relação a kyoko eu estava calmo pois seu corpo não tinha sinal nenhum do cheiro de sangue então era sinal de que não havia nenhum machucado grave, quando finalmente abriu os olhos e me encarou ainda com um pouco de cansaço fixando seus olhos nos meus como se queria ter certeza de quem eu era.

— Onde eu estou? — perguntou voltando a deitar a cabeça em meu corpo.

— Está ainda na floresta… — disse baixo próximo ao seu rosto — o que fazia sentada naquela árvore? Estava nos olhando treinar?

— Treinar?

Ela me olhava sem entender o que estava dizendo talvez pela altura que estava não conseguia ver muita coisa além das árvores olhando de cima, empurrei as frutas e o pote de água para perto dela.

— Pode comer e beber um pouco de água você parece fraca — disse e ela assentiu pegando alguns morangos.

— Isso é bom — disse depois de morder um.

— O que pretendia fazer ali em cima? — perguntei apontando com o focinho para cima.

— Nada demais… só observando… era pra eu estar na casa da anciã... mas acabei me perdendo... — disse parando para comer e beber água

— O que a fez cair? Por acaso se esforçou demais? — perguntei curioso.

— Sim e não… — disse parando de comer — não sei, do nada uma voz de criança apareceu na minha cabeça mas eu não lembro direito o que ela falou mas disse algo como “ não deixe eles chegarem perto” e por fim a palavra “irmã”... — disse com uma expressão confusa no rosto.

— Não pense nisso agora, descanse um pouco — disse e ela voltou a encostar o corpo em mim.

Kyoko deitou o rosto em minhas costas e esfregou o rosto me fazendo como se fosse um travesseiro sinceramente queria rir disso, ela começou a passar a mão sobre meu pelo até ir ao meu pescoço depois parando atrás da minha orelha, nunca havia deixado alguém tocar em mim assim somente meus pais mas foi a muito tempo atrás quando ainda era pequeno, tive uma sensação estranha sentindo a mão dela passear sobre meu pelo como se todo meu corpo tivesse tido um belo descanso como uma longa noite de sono.

— Você estava tenso… — disse com os olhos fechados — o treino que você disse eram com essas pessoas ?

— Sim… — disse e fiquei intrigado pelo fato de ela sequer ter olhado para os rapazes um pouco distantes.

— Eles estão me encarando — disse escondendo o rosto em mim — pra que serve esse treino?

— São treino de rotina, para evitar que nos peguem desprevenidos na aldeia — disse e virou o rosto olhando para mim.

— Que tipo de luta vocês treinam? — perguntou.

— Não temos nada específico, todos temos experiência em lutar contra vampiros então não temos muito com o que inovar — disse e olhei para os outros que logo desviaram o olhar — eles estão curiosos sobre você não fique com medo, apenas acham intrigante o fato de você ter caído de não sei aonde…

— Eu tentei voar quando estava caindo mas eu não consegui, não tinha forças o suficiente… — disse se sentando e olhando para mim — me desculpe, eu não queria que me vissem mas na situação…

— Está tudo bem, ninguém parece ter visto suas asas — disse voltando a olhar pra ela — está se sentindo melhor?

— Sim… — disse com um sorriso acanhado.

— Consegue se levantar? — perguntei e ela já começava a levantar se apoiando a mim.

Esse caras estavam realmente obcecados por ela ou o que ? Ela não pode nem se apoiar a mim que todos já se levantaram para ajudar, kyoko ignorando o movimento deles começou a ajeitar sua roupa tirando as folhas e areia, seu short era tão curto que eu podia ver perfeitamente boa parte de sua tatuagem na coxa além de parte das costas por seu cabelo estar trançado.

— Você acha que consegue voltar sozinha — perguntei

— Não sei, não gostaria de me perder de novo…

— Vou acompanhar você, só espere eu dispensar os outros e podemos voltar

— não quero atrapalhar, posso esperar se vocês ainda precisarem treinar....

Desde que chegou ela sempre está pensando nos outros do mesmo jeito que quando estava fraca se esforçou para curar o corte em minha mão.

— Tudo bem, espere um minuto que eu já volto.

Caminhei até onde estavam minhas roupas e encarei os homens que olhavam entre mim e kyoko, me voltei para eles e seus sussurros pararam assim que eu cheguei perto o suficiente pra ouvir.

— Parem de fofocar não é como se eu não estivesse ouvindo — disse e todos abaixaram a cabeça — vocês devem saber saber quem ela e já que fofocam como velinhas que observam a vida dos outros.

— Chefe, ela e mesmo a menina que disseram vir de uma alcatéia do sul? — perguntou um dos caras

— Sim ela veio de uma das alcateias do sul, não a fique encarando como se fosse um bicho — disse e todos pararam de olhar — vou colocar minhas roupas e tentem não se comportar como selvagens!

Sai de perto deles indo para trás das árvores e arbustos, não me demoro muito e quando vou sair vejo que todos estão ao redor de kyoko perguntando sabe-se lá o que, essa é a primeira vez que ignoram uma de minhas ordens.

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Tentei manter o máximo de calma possível diante daquela situação mas era um pouco difícil com as milhares de perguntas que eu recebia, um homens ficou a minha frente empurrando todos para se afastar de mim.

— Como vocês querem conversar com ela se não deixam espaço para falar? — disse com uma expressão cansada — assim como kuon disse estão parecendo uns selvagens, calem a boca pelo menos por uns minutos!

Eu estava um pouco perplexa com tudo aqui, estava tudo bem eles continuarem a soltar perguntas assim eu não teria espaço para responder mas agora que ele os colocou em ordem eu vou ter que inventar alguma coisa para dizer e não sei se vou ser muito boa com isso.

— Está tudo bem ? — perguntou o rapaz finalmente olhando para mim.

— S-sim… — disse meio assustada com sua aparência.

— Só ignora esses idiotas, eles não saem em viagens para outras alcateias como eu e Kuon então quando você apareceu todos ficaram curiosos — disse com uma expressão engraçada — meu nome é Rick!

Demorei um pouco para apertar a sua mão depois de ficar encarando seu rosto, com toda certeza tinha alguma história ali por trás daquela grande cicatriz e seu olho um pouco esbranquiçado, poderia dizer que boa parte de sua visão foi danificada pelo acidente que causou a cicatriz e seu rosto.

— Você é o Lobo preto daquele dia não é? — perguntei por impulso e ele sorriu.

— Eu mesmo achei que não iria me reconhecer já que é nova aqui — disse soltando minha mão.

— Substituto tá dando em cima da garota do chefe ele não vai gostar nada disso — disse um deles rindo que foi acompanhado por todos.

— Eu não estou dando cima de ninguém, isso se chama respeito você deveria tentar usar um pouco de vez em quando ! — disse fazendo todos rirem mais ainda.

Não entendi do que eles estavam falando e minha atenção da conversa foi totalmente perdida vendo Kuon caminhar até nós com os cabelos bagunçados é uma expressão que me fez querer sumir dali.

— O que eu disse sobre incomodar ela ? — perguntou sério.

— Não estamos incomodando chefe, só queria fazer umas perguntas…

— E acabaram nem deixando ela responder de tanto que falaram, vocês são como as velhinhas da aldeia mesmo só sabem ficar falando — disse Rick rindo.

Outra discussão animada começou e eu de novo fiquei perdida com todos falando até sentindo Kuon segurar minhas mão me puxando para longe dos outros.

— Está tudo bem?  Eles disseram algo que te incomodou? — perguntou olhando em meus olhos — não ligue para eles, não sabem sobre então podem ter falado algo sem intenção.

— Está tudo bem, eles não disseram nada que me magoou eu só fiquei meio sem saber o que fazer com tantas perguntas sobre uma aldeia que eu nem sei onde é — disse coçando a nuca tentando aliviar a tensão que se formou nas minhas costas pelo confusão de questionamentos a alguns minutos.

— Entendo, vamos voltar para casa depois eu invento algo para eles a deixar em paz — disse colocando a mão em meu pescoço e fazendo uma pressão de leve que por reflexo curvei minha cabeça sentindo um arrepio — você está um pouco tensa mas com um tempo você se acostuma…

Ele tirou sua mão rápido demais de mim e voltei a minha no mesmo lugar sentindo a área um pouco que o normal mas foi desaparecendo, sua pele é definitivamente mais quente do que a minha por eu ser híbrida e essa também é a razão por eu conseguir ficar tanto tempo no sol não sofrendo com queimaduras, aqueles livros que a anciã me deu estado sendo de extrema ajuda realmente pois essa era uma das dúvidas que eu tinha, os poucos momentos que eu fiquei fora de um quarto fechada sempre era a noite e nunca de dia, diziam ser perigoso demais ficar em contato direto com o sol então somente conseguia ver atrás de um vidro extremamente fosco e escuro que bloqueiam os raios solares, demorou um tempo para eu perceber que aquilo não era para minha segurança mas sim para os médicos e funcionários que entravam naquele quarto.

— Hey! Vamos apostar corrida ??

Um dos rapazes mais jovem estava em cima de uma árvore olhando com um sorriso enorme para todos, não demorou muito e todos estavam subindo nas árvores.

— Vamos chefe, quem ficar por último paga uma rodada de bebida para todos — disse Rick.

— E quem ganhar? — perguntei curiosa.

— Quem ganhar pode pedir qualquer coisa para qualquer um, mas tenho que dizer gatinha vai ser muito difícil você acompanhar a gente — disse com um sorriso convencido, não sei porque mas isso me irritou um pouco.

— Como você tem tanta certeza assim? Você não me conhece — perguntei e todos riram

Não sei o que fez eles rirem do que eu falei mas a cara do Rick foi de deboche para raiva, não por mim pois assim que seu rosto mudou todos desviaram o olhar dele.

— Kyoko tem certeza disso? — perguntou Kuon próximo a mim.

— É uma brincadeira não é? O que tem de mais? — perguntei dando de ombros — se eu vou viver aqui por um tempo eu tenho que me acostumar com as pessoas…

— Verdade mas… eles não vão deixar nada fácil pra você e se chegar por último vai ter que cumprir com o que eles disseram — disse com um olhar receoso.

— Está tudo bem — disse sorrindo — posso não ser experiente como vocês mas tenho tanta força e agilidade quanto…

Sem dizer mais nada subi em uma das árvores apenas pulando e agarrando um dos galhos o que por alguma razão de todos baterem palmas.

— Olha ela sabe fazer acrobacias — disse Rick rindo.

— OK! Deixem de comentários eu vou ver quem é que vai chegar primeiro já que eu sou o mais rápido de todos aqui — disse kuon subindo em outra árvore.

— Não vale chefe você vai querer ajudar sua namorada — disse um rapaz mais jovem.

— Primeiro ela não é minha namorada — disse contando nos dedos — segundo que eu sou uma pessoa honesta e terceiro eu sou seu chefe, se eu quiser posso fazer você voltar para os treinamentos básicos com as criancinhas !

— Magoou — disse fazendo todos rirem.

— OK! Vou contar até três prontos?

— Sim!

— 1...2...3 Já!

Todos começaram a correr na minha frente, eles eram com certeza muito rápidos mas também um pouco lerdos, em vez de subirem nos galhos mais próximos eles corriam pelos que eram muito afastados e isso me ajudou a passar alguns deles, correr entre os galhos das árvores era como o treinamento que eu fazia antes passando com agilidade e precisão entre os espaços menos mais próximos, alguns dos rapazes vendo que eu estava indo por um lugar diferente tentaram me acompanhar mas acabavam caindo no chão, Rick era o primeiro e eu estava ficando cada vez mais próxima dele.

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Nunca em minha vida eu pensei que alguém chegaria tão perto assim de Rick em uma corrida além de mim, ele já parecia estar se forçando para não deixar kyoko se aproximar dele enquanto ela parecia calma ou sequer está a se esforçando para correr, parecia mais como se tivesse dançando fazendo cara movimento diferente a cada vez de pousava em um galho com uma leveza espantosa, perdi as contas de quantos galhos os lobos havia quebrado com a força do impulso para pular, estava a alguns metros à frente dos dois e quando kyoko passou a frente de Rick me senti feliz sorrindo com a situação, kyoko chegou ao último galho e pulou fazendo uns giros no ar caindo em pé no chão como se fosse a coisa mais normal do mundo, segundos depois Rick apareceu se jogando no chão rolando até parar próximo aos meus pés com a expressão mais do que cansada era de se esperar já que estávamos a quilômetros de distância da aldeia e antes disso estávamos treinando.

— É parece que você perdeu … — disse me abaixando a sua frente — está tudo bem aí ?

— Isso não foi justo ela não estava na mesma altura que a gente — disse um dos rapazes que chegavam todos cansados.

— Por ela ser magra e pequena é fácil passar temos galhos estreitos — disse o último a chegar

— Isso não vai te livrar de pagar uma​ rodada de bebida para todos — disse Rick se sentando.

— Bom a kyoko ganhou então pode pedir qualquer coisa para qualquer um daqui — disse me levantando e indo até ela que parecia meio desligada — sabe o que vai pedir ?

— Hãm… não sei, nem estava contando que iria ganhar — disse com a face meio corada.

— Tudo bem você pode falar depois — disse o Rick se aproximando — agora vamos para o bar eu preciso urgentemente de uma loira gelada!

Rick foi caminhando e puxando o rapaz perdedor que estava tentando fugir, olhei de novo para kyoko e ela ainda estava um pouco vermelha, acho que o cansaço da corrida estava aparecendo agora.

— Vamos com eles assim aproveitamos para comer alguma coisa — disse fazendo um atenção vir para mim

— Sim — disse sorrindo

Segurei em sua mão e fui andando com ela, alguma pessoas nos olhavam e eu sabia o porque, nunca havia estado junto de uma mulher andando de mãos dadas como se fosse um casal em público e todos sabiam que eu já estive com algumas mulheres da alcateia mas nenhuma eu quis algo sério, esse é o problema por mais que eu não queria nada sério é muito menos íntimo com a kyoko eu não consigo evitar tocar nela ou querer a proteger, tenho que me manter afastado dela mas por mais que eu tente ela consegue me fazer ficar perto com o jeito dela e se eu ficar perto demais aquela marca vai voltar a aparecer, foi o que a anciã disse kyoko tem algum sentimento por mim mas qual sentimento é esse ?