Carrossel de Histórias escrita por Buttercup


Capítulo 6
História 6 - A Primeira Praia de Carmen


Notas iniciais do capítulo

Tema: Família, amizade, simplicidade.
Fiz meio curtinho, já que não conheço a Carmen tão bem, foi mal... :c



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Carmen Carrilho sempre foi uma garota tímida e de família com condições financeiras difíceis. A garota morava em uma casa pequena de um pequeno bairro. Não conhecia muito bem os outros lugares, até que...

Nas férias de verão, sua prima de mesma idade, Cíntia, a convidou para passar um tempo em sua casa de praia. A menina de óculos, aceitou, empolgada. Jamais vira o mar e seus pés jamais tocaram a areia.

Fez suas malas e se despediu da mãe, assim que sua tia parara o carro em frente à sua casa.

— Tia Emília!

— Carmen! – Cumprimentou a tia, com um abraço. – Oi, Inês!

— Oi, mana. – Sorriu Inês, abraçando sua irmã.

— Cacá! – Cíntia gritou ao ver Carmen.

— Ci! – Carmen fez o mesmo.

As duas se abraçaram e foram conversando sobre como seria legal esse tempo que passariam juntas. Carmen se despediu da mãe e embarcou no carro.

—----

Depois de um tempo viajando, Cíntia perguntou:

— Ô, mãe, já tá chegando?

— Calma, filha, está quase. – Respondeu a mãe da garota, passando protetor solar no rosto.

— Vai ser muito legal brincar com a Cacá na praia! – Comemorou Cíntia.

— Nem me fale! – Carmen estava animada também. – Vai ser a primeira vez que vou à praia, graças a vocês!

— Sério? – Cíntia perguntou, mas ela já sabia desse detalhe.

— É! – Assentiu Carmen, sorrindo sem parar. – Muito obrigada!

— Isso é o mínimo que podemos fazer por você, querida. Sempre foi uma boa companhia para a Cici. – Respondeu Emília, comovida.

— Espero que goste da praia, Carmen. O tio vai ensinar você a nadar! – Respondeu o tio de Carmen, Diogo.

— Tenho certeza que sim, tio! – Concordou Carmen, sem parar de sorrir.

—-----

Ao vislumbrar a praia pela primeira vez, o primeiro contato com a areia, Carmen não conseguia parar de sorrir, nem de falar.

— ISSO É INCRÍVEL!

— Olha, olha, é o mar!

— QUE ENORME!

— Ih, Cacá, vai ter tempo de sobra pra ver o mar. – Cíntia disse, rindo da euforia da prima.

— Nossa casa é pertinho daqui. Cíntia, pode ficar aqui com a Carmen. Eu e seu pai vamos guardar as coisas em casa. Depois, vamos almoçar.

— Entendido, mamãe.

— Comportem-se! – Advertiu Diogo.

Carmen estava maravilhada com a abundância de água que estava em sua frente. Jamais vira nada igual. Queria que seus pais estivessem ali com ela, não tinha certeza se conheciam uma praia.

Várias cadeirinhas estavam perfeitamente alinhadas sob a areia e vários guarda-sóis podiam ser vistos ao longe. Crianças brincando na areia e jogando água encantaram Carmen. Ela queria tentar de tudo.

— Por onde devíamos começar? – Perguntou Carmen, eufórica.

— Acho que molhando o pé no mar. Que tal? – Sugeriu a prima.

Os olhos de Carmen se arregalaram. Ela abriu um imenso sorriso e concordou.

— SIM! Esperei muito tempo por isso!

As duas foram até a beira do mar, onde várias pessoas também estavam. Quando a água tocou os pés de Carmen pela primeira vez, foi uma sensação que ela jamais esqueceria.

— Eu tô sem palavras... – Comentou Carmen, emocionada.

— É lindo, né? – Cíntia assentiu, batendo os pés na água, espirrando um pouco de água em ambas.

— Vai ser maravilhoso passar esse tempo com vocês! – Carmen a abraçou, tentando agradecer o máximo que podia.

— Vai mesmo! – Cíntia retribuiu o abraço.

—----

Após o almoço em um restaurante no centro da praia, muito famoso por sinal, a família foi até a casa de praia dos pais de Cíntia.

— Certo, meninas, vamos descansar um pouquinho e aí, lá pelas 16:00, vamos para a praia, tá bem? – Disse Emília.

— Tá bom! – Responderam as duas em uníssono.

A Carrilho ficou pensando em todos os seus amigos da Escola Mundial se estivessem na praia. Riu, imaginando várias situações.

O Cirilo iria ficar querendo fazer sombra para a Maria Joaquina, que ia ficar querendo tomar banho de sol, junto com a Bibi.

O Paulo e o Koki iriam querer ficar molhando todo mundo, principalmente a Marcelina e a Laura. A Alícia iria querer dar o troco neles e iria querer surfar também.

Eu gostaria de ficar com a Valéria, Margarida e as outras.

Os outros garotos iram ficar jogando bola, ou frescobol, ou brincando na água, que nem o Jaime, que adora uma boa bagunça e um bom jogo.

A garota foi tirada dos pensamentos pela prima.

— Prima, no que você tava pensando?

— Nos meus colegas. Se eles estivessem aqui e tal.

— Ah. – A prima meio que ficou mordida com aquele comentário. – Mas aproveita que você tá aqui comigo, sua priminha querida!

— Tem razão. – Concordou Carmen, com um sorriso.

****

O maravilhoso céu azul refletia naquele imenso mar e todas aquelas pessoas na praia pareciam formigas, de tanta gente.

— Cacá! – Cíntia jogou água gelada na prima.

Carmen soltou um gritinho e revidou, fazendo o mesmo na prima.

Depois de se refrescarem na água, as duas foram para a areia, fazerem castelinhos de areia. Carmen ficou maravilhada com tanta areia. A sensação da areia em sua pele era totalmente nova. Ela tinha muito para contar para seus pais e seu irmãozinho.

Sua tia Emília comprou picolé para todos. Depois, Carmen experimentou deitar um pouco na areia para se bronzear. Ela sempre quis fazer isso.

— Eu estou adorando. – Comentou Carmen, sorrindo.

— Que bom, querida. – Sorriu Emília, colocando protetor nas costas de Cíntia. – Cici, pode sentar ao lado da Carmen.

Cíntia assentiu e sentou-se ao lado da prima.

— Vamos fazer mais um castelinho, Cacá! – Empolgou-se Cíntia. – E quem sabe mais alguns bolinhos...

Carmen entrou na brincadeira e começou a fazer bolos e castelos de areia.

Tudo aquilo que parecia impossível para ela, aconteceu. Tudo parecia um sonho do qual ela não queria acordar. Parecia exagero, mas para Carmen, aquilo significou muito.

Nos dias seguintes, as primas brincaram na areia, na água, conheceram lugares próximos, conversaram, tiraram fotos...

Até que chegou a hora de Carmen voltar para casa, pois dali uma semana, suas aulas começariam.

— Foi um prazer passar essas férias com você, Cacá!

— Digo o mesmo, Ci!

E durante essa viagem, Carmen percebeu que mesmo não tendo muito dinheiro, a vida ainda podia ser colorida. As melhores coisas são de graça. Abraços, sorrisos, fotos... Ir a praia podia não ser muito barato, mas os momentos que passou, tudo o que viu... Ninguém poderia tirar dela.

Isso é o que tornava aquelas férias tão especiais e preciosas.

Assim que Carmen voltou para casa, deu um grande abraço em sua mãe.

— Se divertiu, filha?

— Muito! Vou te contar tudo! – Sorria Carmen. – Mas eu senti muita saudade de vocês...

— Também sentimos saudades... – Inês a abraçou mais uma vez.

As coisas podiam não estar muito bem, mas abraçar sua filha era de tamanha alegria que Inês nem lembrava do mundo ao seu redor. Se ela estava feliz, nada mais importava. Ela só queria vê-la feliz.


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