Mansão Malfoy... Masmorras

Os gritos de Hermione podiam ser escutados em cada canto daquela mansão. Os pensamentos de Harry e Rony, impotentes diante daquela situação, os deixavam cada vez mais desesperados, imaginando que fim teria a amiga. Tinham que encontrar uma solução.

POV RONY

— Vamos Harry não podemos ficar parados, enquanto a Mione esta la em cima nas garras daquela víbora – Estava muito nervoso, não conseguia colocar a minha cabeça em ordem, so conseguia pensar na garota que amei escondido durante anos e agora estava com a vida traçada.

— Estou tentando Rony! – Pude ver nos olhos de Harry que ele realmente estava tentando buscar alguma solução para sairmos daquele lugar. Lugar que nem prestei atenção como era, até aquele momento.

É nessas horas que agradeço a Merlin a nunca ter tido a possibilidade de ter ido para a Sonserina. Claro que as masmorras em Hogwarts nem se compara a que estamos agora, essa é muito pior. O frio entrava em cada canto daquelas paredes de concretos, a pouca iluminação, praticamente a luz de fora que entrava em uma pequena janela, fazia ficarmos contra as nossas próprias sombras. Agora tenho uma ideia do que muitas vitimas dos comensais da morte, passaram e podem passar entrando aqui. Mas o pior de tudo é que nunca imaginei, ser uma delas. 

Tentamos fazer todos os feitiços que conhecíamos para tentar escapar, mas foi inútil. Os gritos de Hermione finalmente pararam, um silencio agonizante, será que esta morta?, foi quando a nossa solução apareceu a nossa frente.

Seus olhos brilharam ao nos ver, mas era nítido a sua preocupação.

— Dobby... - murmurei

— Dobby, consegui nos ajudar a sair daqui? Pode aparatar em qualquer lugar? – Harry perguntou de uma vez, quase nem tomava folego.  

— Srº Harry Potter, mas é claro. Vi que rabicho esta descendo para busca-los. Ouvi quando Bellatriz o ordenou. Sejam rápidos, estarei os esperando no topo da escada. Dizendo isso Dobby saiu do nosso campo de visão.

— Vamos Harry... temos que ser rápidos. – Harry assentiu.

Ficamos um de cada lado da grade, pois sabíamos que rabicho iria abri-la. Dito e feito. Quando estrou nos procurando, lançamos Petrificus Totalus nele e desabou como uma rocha. Saímos correndo em direção ao topo da escada. Meus olhos não acreditavam no que viam.

Hermione esta jogada no meio da sala, com um ferimento no braço, não conseguia ver a gravidade, seus olhos estavam marejados, vermelhos, mas quando me viu, ficaram brilhantes, quase como se quisesse me agradecer por esta ali. Eu estava e tentava de todas as formas passar para ela através do olhar, que tudo ficaria bem. Prometi para mim mesmo que ficaria, nada de mal iria acontecer de novo com ela.

Vi Bellatriz se aproximando de Hermione, não aguentei esperar, na verdade nem parei para pensar, era a minha oportunidade de cumprir a minha promessa. Avancei em direção a ela tentando desarma-la, escutei Harry me chamando, pedindo para me controlar, mas nem dei ouvidos. Nessa hora foi tudo muito rápido, feitiços foram lançados para todos os lados, nos atavam, nos defendíamos e atacávamos.

Xingue a mim mesmo com todos os palavrões possível quando vi Bellatriz com a varinha na garganta de Hermione. Tudo não passou de uma distração.

— Todo mundo parado ou ela morre!! – Bellatriz olhou para nos com uma risada baixa de deboche – todos naquela sala petrificaram, nos, os comensais, os Malfoy, todos. So se ouvia o choro baixinho de Hermione. – Ora se não é o traidor de sangue e seu amigo. Vieram ver sua amiguinha morrer? ... nossa mas que apressados, nem esperaram um convite, que indelicadeza. Já que estão aqui, o que me sugerem, querem que ela tenha uma morte rápida ou lenta?... hum, acho que vou escolher a segunda opção, muito mais divertido. – sua risada foi alta, maléfica. Era o diabo encarnado no corpo daquela mulher.

O silencio pairava naquela sala... segundo depois so ouvimos o lustre despencar. Dobby soltou o lustre quase caindo em cima de Bellatriz e Hermione, foi a oportunidade de pegar Hermione em meus braços. Ela me abraçava tão forte, como se dependesse da minha segurança e dependia. Minha promessa não tinha acabado.

Permanecemos juntos, eu, Hermione, Harry e Dobby, a ultima coisa que vi, foi Lucius dando um soco em Draco, o fazendo cair com violência no chão, enquanto dizias as palavras mais cruéis que poderia ouvir de alguém que chamava de pai. Ele me encarou como se por trás dos seus olhos azuis me pedisse perdão por tudo, por todo o mal que nos causou, me pedisse para não desistíssemos e me pedisse para que... cuidasse de Hermione.

POV DRACO

Caído no chão, conseguia ouvir os gritos da minha mãe repreendendo o meu pai, nunca recebi um soco com tanto ódio como aquele. Seus olhos me encaravam mais frios e sádicos do que geralmente eram. Segurei o choro com todas as forças que conseguia, não iria fraquejar, apesar de tudo eu era um Malfoy.

— Você é a decepção da nossa família. Você não merece nada do que sempre teve e tem. Pensa que não percebi a formas como encarava os três? Pensa que não sei que quer estar do lado deles? ... como pode Draco? Sabe... tem situações que o silencio também são palavras – disse me dando mais um soco. - Você é o pior dos traidores... se eu soubesse que chegaríamos a esse ponto, preferia que não tivesse existido. De agora em diante não tenho mais um filho, não quero um filho como você...um fraco.

Suas palavras me atigiram de uma forma muito pior do que a maldição da morte. O que era um Avada perto delas, vindo de alguém que sempre acreditei ser o meu maior exemplo a ser seguido. Vindo de alguém que era o meu espelho para a vida.. não era nada. Subi para o meu quarto, batendo a porta com toda a força que conseguia. Atirei na parede tudo que via na frente, nenhum daqueles objetos tinha significado para o que estava sentindo. O ódio, a tristeza, a frustração, a decepção e o cansaço. Ali naquele quarto escuro, chorei em silencio. Aquelas palavras foram demais para mim.

“Você é o pior dos traidores... se eu soubesse que chegaríamos a esse ponto, preferia que não tivesse existido. De agora em diante não tenho mais um filho, não quero um filho como você...um fraco”

Um fraco...

Deitado na cama exausto Draco fez uma promessa, prometeu a si mesmo que nunca mais iria ser considerado daquela maneira, nunca mais... quase fechando os olhos para cair no sono, mantinha as esperanças que o Weasley tivesse entendido o que queria dizer por trás de seus olhos azuis, tivesse entendido que tudo o que ele queria era pedir perdão. Adormeceu com as palavras de seu pai vagando em sua mente, tentando se convencer de que seu pai estava errado, ele poderia ter sido tudo menos...

Um fraco.