The Haunting - REPOSTADA escrita por Amelina Lestrange


Capítulo 1
Capítulo Único - The Haunting


Notas iniciais do capítulo

História originalmente postada em 08/07/2016 e deletada em 17/12/2016 sob o nome de Argella Storm.
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Acho que alguém ainda lembra de mim por aqui... ou não? :v
Agora sou Amelina Lestrange, mas até a primeira dezena de dezembro fui a Argella Storm.
Peço perdão a todos os que liam as minhas fics e se depararam com o fato de que elas não estavam mais no site. Alguns podem fazer pouco do que aconteceu comigo (se sabem o que aconteceu), mas o fato é que algumas das minhas fics assim como eu fomos meio que expostos em um grupo no facebook. Isso me deixou bastante desestabilizada emocionalmente e acabei optando pela exclusão de todas as minhas histórias da categoria GoT/ASOIAF.
Espero encarecidamente que entendam o sentimento que ficou em mim, a amargura de confiar e se sentir traído desse modo :(
Também agradeço a todos os que me apoiaram durante esse tempo: a Ophelia (minha beta e grande amiga), a Thai (que era Thai Malfoy, mas que continua mantendo contato comigo pelo whatsapp) e o pessoal dos grupos do Nyah no face que me ajudaram a manter o coração focado no que realmente importa pra mim: o meu eu criativo e escritor ♥
Não sei se as minhas outras histórias serão repostadas também (as longfics, digo), mas as histórias sobre o Domeric estão sendo.
Aos que estão chegando agora, sintam-se à vontade :3
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Apreciem a leitura!



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A thousand nights we’ve been calling your name

Close your eyes but I won’t go away, we’re there for you

The cold embrace that you don’t wanna feel

Must not be but you know it is real, we’re there for you

Havia conversado com muitas pessoas sobre a não via. Do que as pessoas falaram, nada se equiparara ao que viu.

Quando Domeric morreu, ele soube a verdade sobre Ramsay, de como ele se considerava um legítimo rebento do Forte do Pavor. De tudo o que viu de Ramsay, não se espantava que ele o tivesse envenenado para tomar o seu lugar como o herdeiro da Casa Bolton.

Pela primeira vez viu como o castelo era realmente assombrado. Uma vez a Velha Ama de Winterfell contou que quando morremos sem ter chego a nossa hora, a nossa alma vaga pelo mundo até que o nosso propósito se cumpra. Não acreditou muito na época, era só uma idosa senil. Mas se viu compelido a acreditar pois ele agora vagava pelos corredores do Forte do Pavor como uma alma inquieta.

Quando foi recebido com tanto carinho pelos garotos Redfort, pensou que seria bom ter um irmão para chamar de seu já que os outros filhos de seus pais jaziam nas criptas do castelo, sequer haviam passado à infância. A sua morte era recente e isso explicava o fato de estar tão ligado ao Forte do Pavor. Andava pelos corredores com os espíritos dos mortos que estavam sob as pedras da construção, outros deles eram homens e mulheres e crianças que apenas haviam morrido no castelo.

Uma vez a sua mãe falo que havia ouvido passos em seu quarto durante a madrugada. Domeric lembrava de uma voz feminina cantarolando em seu quarto quando era criança e não era a Senhora Bethany. Boa parte das almas que estava lá tinham consciência de quem eram e do que faziam.

A visão distorcida do castelo de seu pai era horrenda. Se ainda estivesse vivo e vendo as mesmas coisas, tinha certeza que teria enlouquecido. Era como se fosse uma versão mais assustadora e real do Forte do Pavor. Mais escura, sombria e cheia de mágoas e lágrimas. Como se todos os lamentos ali presentes tivessem se personificado e tornado os medos de todos em realidade.

Via o desconforto do seu pai todas as vezes em que sua mãe o questionou sobre Ramsay. Via sua mãe se afundar cada vez mais em sua tristeza, ouvia todas as vezes que o chamava e doía não conseguir responder. Não conseguia se fazer ser ouvido e isso o matava mais do que já estava morto. Em uma ocasião, seus pais discutiam tão calorosamente que a sua raiva em presenciar a cena o fez ser notado quando um cálice atingiu o chão. Assim como os pais, também ficou chocado e aterrorizado com o que tinha acabado de fazer.

Com certa constância a sua mãe saía pelos corredores gritando o seu nome e esperando que ele fizesse algo. Por mais que quisesse, não sabia se conseguiria fazê-lo novamente. Com isso acabou chamando a atenção de um homem chamado Royce. Royce disse que ele não deveria continuar com aquilo pois era injusto brincar com os vivos.

Royce o tomou como protegido e iniciou Domeric nas artes dos mortos. Explicou como havia morrido e quem o havia matado. Não sabia se existiam deuses de verdade, mas as histórias de demônios já tinham atingido a mortalha. Aonde estavam era basicamente um vazio, uma cópia malfeita da realidade que as almas que ainda tinham algo inacabado deveriam ficar até que encontrassem a sua justiça ou a sua vingança. Todas as almas que vagavam pelo Forte do Pavor ainda não haviam encontrado o que procuravam.

O homem velho disse que haviam almas que se apegavam à determinados cômodos do castelo como o caso de Lorra Bolton, morta em sua cama enquanto o marido a possuía com as mãos em seu pescoço. Outro Royce Bolton assombrava as masmorras já que ele era o mesmo Royce que vestia a pele dos Reis Stark, por isso a risada era mais alta quando ele se aproximava das escadas inferiores. Perguntou sobre a mulher que cantarolava em seu quarto e ele disse que era Eponine Dustin.

Eponine viu os sete filhos morrerem na infância, naquele mesmo quarto. Ela ainda retornava à noite e cantava para eles, os seus pequenos. O quarto de alguns deles era o mesmo que havia sido o seu. Com o passar do tempo conheceu todos os espíritos do Forte do Pavor. Depois de algum tempo, acabou vendo uma alma que nunca gostaria de ter visto: a alma de Bethany Ryswell.

A sua mãe parecia ter se tornado uma daquelas almas que vagavam sem rumo. Demorou um pouco até que tomasse consciência de que estava morta há algumas semanas. Ela passou os dedos no rosto do filho e disse que o lugar dela sempre foi nos Regatos, assim como o dele. Ele era mais Ryswell que Bolton, disse que Ramsay era filho de Roose, mas que Domeric era o seu filho pois ele tinha mais sangue do garanhão que do homem esfolado. Royce explicou que logo ele poderia viajar entre as terras tal como a sua mãe fez, então logo começaria a planejar a sua justiça.

A sua vingança.

[...]

Notou que Ramsay havia sido mandado de volta para casa e quando retornou, retornou com capangas e reféns. Um deles ele adorava torturar. Reconheceu o garoto como sendo o rapaz Greyjoy, protegido de Ned Stark, embora mais crescido e mais apavorado. Em nada lembrava aquele rapaz que encarava o mundo como uma grande piada que somente ele entendia. Viu o filho bastardo de seu pai esfola-lo, lhe cortar alguns dedos e por fim, cortar o seu membro como se corta uma salsicha assada.

O seu mestre, Royce, havia explicado mais e mais sobre como funcionava a não vida. Eles poderiam ver e sentir os seus entes queridos, sentir os seus anseios e angústias, mas poderiam tocá-los ou interagir com eles. Essa interação nem sempre era recebida de forma positiva e os vivos se assustavam facilmente. Queria aprender as artes da manipulação, só que precisaria de tempo para isso e um treinamento bastante duro.

Royce também explicou que eles, almas e espíritos inquietos, poderiam assombrar não só lugares como também pessoas. Isso abriu a sua perspectiva, lhe ocorreu que poderia, de alguma forma, assombrar Ramsay. A garota Greyjoy, Asha, irmã de Theon, havia invadido o Forte do Pavor atrás dele para resgatá-lo. Tinha ido por água e demorado quase um ano para resgatar o que sobrou de seu irmão mais novo a quem havia sido dada a alcunha de Fedor. Ramsay obrigou-o a tomar o lugar do seu fiel companheiro.

Quando o seu pai retornou para o Forte do Pavor, já com a nova esposa, viu o seu meio irmão trata-la com cortesia e carinhos. Só podia temer pela vida da Senhora Walda, logo se encontrariam nessa visão decrépita do castelo e do lado avesso. Se dependesse somente de Ramsay, o seu pai não teria se casado novamente. Uma nova esposa significava um novo perigo. Com a nova esposa, o seu pai poderia ter filhos legítimos e que passassem à frente de Ramsay, o Bastardo de Bolton. Domeric via o perigo que Roose Bolton se colocou ao levar uma nova esposa para casa com o seu bastardo no mesmo lugar.

Ramsay não tinha medo ou pensamento militar, via isso claramente. Até Domeric, que já estava morto, via que ele agia inconsequentemente. O seu meio-irmão não via as consequências a longo prazo das suas ações. Viu o tempo todo em que ele conversava com o seu pai sobre Bran e Rickon Stark e que Fedor apenas assentia ou falava de modo automático, quebrado. O que Ramsay fez com ele não tinha nome. O bastardo tinha tanta vontade de se provar que até as migalhas de Roose Bolton eram algo que ele almejava. Mas sabia que no seu íntimo, ele queria tudo e mais.

Viu com olhos atentos cada evolução e involução de Ramsay até vê-lo passar de Snow a Bolton.

O seu pai negociava com um homem chamado Petyr Baelish. Pelo que tinha lido de relance enquanto ele escrevia para o homem no Vale, viu que estavam tratando de um casamento para Ramsay. Aparentemente Sansa Stark estava escondida no Ninho da Águia como Alayne Stone, filha bastarda do dito Baelish. Nada de bom sairia dali e além de temer por Walda Frey, agora também temia por Sansa Stark.

[...]

Conseguiu fazer o seu percurso sem muitos problemas até Winterfell. O local tinha sido queimado até à última pedra, muito diferente da Winterfell que lembrava de anos antes. Pensando bem, achava que conhecia a garota Stark. Deve tê-la visto um par de vezes antes quando ela ainda era infanta. Depois de muitas semanas, parecia que finalmente aquele castelo retornaria a seus gloriosos dias, uma pena não ser com a Casa Stark, os verdadeiros protetores do Norte.

Não demoraram muito para chegar, o tal Baelish e a garota Stark. Ela estava tão diferente. Os seus olhos não eram mais brilhantes como finalmente se lembrou, nem seus cabelos eram mais ruivos quando deveriam ser. Agora estavam escuros e diferentes. Não havia de interessante para bisbilhotar, então resolver seguir os dois até as criptas. Surpreendentemente, viu quando Mindinho a beijou. Corria o Norte de como ele tinha uma cicatriz do umbigo ao pescoço feita pelo tio da moça, Brandon, quando o garoto o desafiou a um duelo pela mão da mãe de Sansa. Talvez ele visse nela a imagem de Catelyn Tully jovem.

A amante de Ramsay, Myranda, serviu como aia. Podia ser uma alma perambulando pelos corredores, mas ainda tinha compostura e Sansa ainda era uma donzela. Segundo Myranda, o vestido que ela usaria era um que pertencia a Senhora Catelyn.

O jantar foi terrível entre eles. Walda teve a cabeça de vento de perguntar se ela se sentia desconfortável em um local estranho. Aqui é o meu lar, as pessoas que são estranhas. Começou a gostar dela, estava começando a mostrar a que veio. Ou não.

O casamento deles seria logo e os preparativos estavam sendo feitos. Ramsay continuava torturando Theon Greyjoy com seus jogos mentais. Ora era Fedor, ora era Theon. Os joguetes ficariam ainda mais perigosos agora que ele teria de encarar a irmã dos garotos que ela pensa que morreram queimados.

Já tinha percebido qual era a de Ramsay. Uma serpente bonita, mas perigosa.

[...]

Mesmo tendo morrido e visto muitas coisas na não vida, Domeric não conseguiu deixar de sentir um frio na espinha quando Ramsay estuprou Sansa Stark na noite de núpcias, obrigando Theon a observar. O modo como mordia o corpo dela, arranhava as suas costas enquanto a possuía como um animal por trás. As lágrimas dela, os gritos dela. Toda a Winterfell ouviu os gritos dela naquela noite. Podia começar ali a sua vingança, poderia enlouquecer Ramsay, chamar o seu nome. Fazê-lo ficar paranoico.

Depois que terminou com a garota, saiu e a deixou sozinha. Nunca conseguiria se colocar no lugar dela. Estava tão indefesa, quebrada. Naquele momento decidiu que nenhum inocente mais sofreria nas mãos de Ramsay Bolton.

Os dias começaram a se passar e o horror continuava. Sansa era doce, não merecia isso. Ah, Mindinho também pagaria. Royce disse que ele já sabia o básico para começar a interagir com o mundo físico. Ele também tinha dito que quando éramos muito apegados a algo em vida, esse objeto o acompanhava quando a pessoa morria. A sua harpa estava presa nas costas de seu gibão, poderia tocar para ela. Uma ideia tola de um homem tolo.

Sansa estava encolhida na cama, o bastardo não a deixava sair do quarto e as janelas eram tão estreitas. Com muita concentração, pôs seus dedos a tocar uma melodia que era conhecida como Alysanne, uma triste canção sobre a Boa Rainha Alysanne que amava tanto a sua filha mais jovem, Gael, que morreu em seu luto. Não tinha certeza se ela ouviria, mas tentaria o seu máximo para acalentar o coração da jovem Stark.

Parou de tocar quando ela saltou da cama, assustada. Era o primeiro contato proposital que fazia e havia sido incompreendido. Royce havia explicado isso. Ouviu que ela tinha começado a rezar. Uma aproximação quase bem sucedida. Ela não sentiria quando ele se aproximasse. Os lábios dela estavam rachados do frio. Mesmo com tudo que Ramsay fez, nada conseguiu roubar a beleza que ela tinha. Se concentrou mais uma vez e tentou tatear o rosto dela, vendo como ainda era bonita. O seu grito estridente denunciou que ela sentiu o seu toque.

Ela chorou, apavorada. Apavorada por conta do desconhecido, de estar ficando louca em sentir algo que talvez nem existisse. Domeric sentiu medo por estar enlouquecendo a pessoa que ele menos queria fazer de alvo.

Quando Ramsay estava sozinho, procurava fazer barulhos, emitir os sons de seus passos e movimentar uma ou outra cortina. Uma vez chegou a incitar um dos cães dele em uma de suas caçadas. Animais eram extremamente sensíveis ao mundo dos mortos e eles viam as almas daqueles que não estavam vivos. Quando percebeu que conseguia tocar as coisas e mexê-las, passou a pregar mais e mais peças nele, coisa que não poderia descontar em Theon ou Sansa.

Sabia da mulher cavaleiro que havia jurado proteger Sansa em nome de sua mãe. Nas criptas de Winterfell habitavam os mais variados tipos de almas. Teve uma conversa séria com Brandon Stark e ele disse que eles precisavam proteger Sansa de Ramsay, ele não aguentava mais ouvir os gritos da sobrinha. Brandon foi a primeira amizade verdadeira que fez no seu período no Mundo Inferior, ele e Lyanna. Lorde Rickard ocasionalmente lhe dirigia a palavra. Todos eles estavam confinados à cripta por causa do aço em suas tumbas. Enquanto o aço estivesse lá, eles estariam inúteis.

Retornou até o quarto de Sansa e viu novamente deitada na cama, era manhã. Ajudaria Theon no que fosse preciso para que ela escapasse. Seus sentimentos eram confusos por ela, mas gostava da garota. Gostava tanto a ponto de deixa-la ir mesmo gostando de observar o seu sono.

Domeric estava morto, não podia esperar que ela retornasse seu sentimento.

[...]

Por mais que quisesse mostrar a Ramsay que ele estava ali, não conseguia fazê-lo. Em um pior momento, conseguia apenas se fazer ser ouvido. Tinha dito algumas vezes que ele ainda estava lá, que ele nunca se veria livre de Domeric.

Viu quando Walda deu à luz a um menino, robusto e forte, o herdeiro verdadeiro do Forte do Pavor já que Ramsay tinha o título de Senhor de Winterfell. Além de fraticida, o seu meio-irmão agora era um completo assassino de parentes. Demorou um pouco para que o seu pai se juntasse a ele na não vida, Roose Bolton estava penando um bocado com aquela facada no abdômen. O plano de Ramsay era ousado, ele sabia que Sansa iria para o Castelo Negro se juntar ao irmão bastardo. Mas as notícias corriam rápido no mundo dos Mortos e diziam que a alma de Jon Snow havia ficado pouco tempo ali. Diziam que uma tal Sacerdotisa Vermelha o levou de volta, fazendo a arte proibida de reerguer um corpo.

Ele a tinha ajudado a fugir com Theon e ela já deveria estar a uma distância segura do Winterfell pelo que ouviu das mortes dos caçadores. Sentia saudades dela, tantas saudades de afagar os seus cabelos ruivos. Karstark e Umber, dois traidores! O Umber entregou de mão beijada Rickon Stark. Era mais fácil ele ter fugido para junto do irmão assim como Sansa.

Experimentou algo que nem em vida havia experimentado, algo que somente sentia por Bethany, sua mãe.

Não sabia quando havia se tornado assim, mas adorava sussurrar nos ouvidos de Ramsay coisas que sabia que o levariam à loucura. Chamou-o tantas vezes de bastardo e cão raivoso que notou os pequenos tiques que ele tinha adquirido, como o que o fazia mexer a cabeça.

Estava tendo a sua justiça e sua vingança. Nada nunca foi tão doce que fazê-lo pagar pelo que fez a ele, a Sansa e agora ao pai deles. Ainda temia por Walda, mas agora temia mais ainda pelo irmãozinho que morreria logo.

[...]

Viu a batalha por Winterfell correr e nada pode fazer para impedir que Rickon Stark morresse. A alma dele se materializou ao seu lado quase que instantaneamente. O pobre garoto era mais uma vítima de Ramsay. Viu a sua Sansa no fundo de tudo, ao lado de Mindinho. Ele havia trazido o exército do Vale junto e viu as bandeiras dos Redfort. Ah, os seus amigos, os seus irmãos...

Sansa parecia mais dura, mais inverno. E quando o gigante quebrou os portões de Winterfell, soube que Ramsay não duraria mais muito. Logo se encontrariam e toda a legião de vítimas dele se reuniria para dar fim a alma de Ramsay Bolton.

Sentiu uma ponta de orgulho passar por si quando viu Sansa entregar o marido aos seus próprios cães de caça. Assim que ela subiu para os aposentos que deveriam ter pertencido à sua mãe, começou novamente com a sua harpa, coisa que havia se tornado cada vez mais frequente depois da primeira vez.

“O que é você?”, ela perguntou. Então pela primeira vez ele tinha se deixado revelar para ela.

“Alguém que enlouqueceu Ramsay antes de você dá-lo aos cães. Você realmente consegue me ver?”, perguntou incerto.

“Eu já sentia você perto de mim, quando se deitava na minha cama e acariciava os meus cabelos. Eu senti que estava ficando louca quando a sua harpa tocava. Ainda não me respondeu, o que é você?”, Sansa insistiu.

“Um dia me chamei Domeric, filho de Roose Bolton. Morri tentando encontrar Ramsay, um irmão”.

“Eu sei que foi você quem colocou fogo nas roupas de Ramsay quando ele tentou me estuprar da última vez, e que tentou fazer algo em relação às outras anteriores quando trancava a porta. Apenas senti”, ela parecia chorar.

“Não chore, Sansa, acabou. Você conseguiu. Você não consegue ouvir, mas eu ouço o que as almas estão fazendo com Ramsay e não é nada agradável. Cuide melhor de si mesma agora. O inverno está aqui, vocês Stark sempre prometeram”, riu baixo.

“Você vai ficar aqui?”, ela perguntou.

“Algo ainda me prende aqui. Ainda não estou pronto para deixar os meus grilhões”, disse antes de desaparecer.

O tempo que passou longe dela, desde sua fuga até o seu retorno, refletiu muito sobre o que sentia por ela. Sabia que gostava muito dela e sabia que os seus sentimentos já estavam indo além disso. Royce disse que não era incomum almas se apaixonarem pelos mortais e explicou que eram chamados de grilhões aquilo que prendia as almas a razões vivas. Se fosse o seu grilhão proteger Sansa, ele aceitaria.

A amava o suficiente para se manter ali.

(The Haunting – Avantasia)

Mil noites estivemos chamando o seu nome

Feche os olhos, mas não vou embora, estamos aqui por você

O abraço gelado que você não quer sentir

Não deve ser, mas sabe que é real, estamos aqui por você


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Notas finais do capítulo

Me deixem saber se gostaram (ou continuam gostando) :)



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