Miss Shadow escrita por Botiné


Capítulo 8
Só a constatação do óbvio


Notas iniciais do capítulo

Heeey
Dessa vez eu nem demorei, hm? Eu gosto bastante desse capítulo e espero que vocês gostem também.
Eu não gosto de fazer isso porque não acho que os comentários são coisas a serem cobradas ou até pedidas, mas queria muito que vocês comentassem, me ajudaria muito saber o que vocês estão achando. Então, por favor comentem.
Espero que vocês gostem do capítulo ♥



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Bom, minha pesquisa foi longa e detalhada. Nada parecia muito estranho com Felicity, mas poderia estar enganada, pois ela era uma ótima hacker com uma ótima criptografia. O azar dela era que eu era melhor. E mais modesta também, claro.

Com John Diggle, o cara que eu não sabia o nome até começar a pesquisar, também não encontrei nada suspeito. Ex-soldado que trabalha no sistema privado protegendo playboys. Divorciado de uma agente da A.R.G.U.S. O mais interessante sobre ele era o divórcio. A ex-mulher na verdade. Fora isso, muito normal. Normal até demais.

Sobre Oliver Queen, bem, esse era mais interessante. Playboy que sempre podia ser encontrado na balada e envolvido em altos escândalos. Naufragou numa ilha deserta no sul da China, Lian Yu, por cinco anos. Voltou para Starling City na mesma época em que surgiu o Vigilante o que o tornou um suspeito nas investigações e logo após foi declarado inocente defendido pela promotora Laurel Lance, filha do na época detetive, que fez a acusação. O mesmo que era agora o policial Lance. Muito interessante.

Parece que o drama da família Lance com o Queen era mais antigo que o naufrágio já que Oliver namorou a Laurel e naufragou com a irmã dela, Sarah Lane. Quase uma novela. Apostava que Oliver estava traindo Laurel com a Sarah na época do naufrágio. Aí você me pergunta, se isso aconteceu, por que a Laurel iria defender o Queen? Simples, meu palpite era que essa Lance devia ser muito honesta e achava absurda a ideia de prender alguém injustamente.

De todos os três, o que mais me atraía atenção era Oliver, não por todo o drama familiar com os Lance. Ele volta para Starling depois de cinco anos em que ninguém teve nenhum tipo de noticia dele e logo depois aparece um Vigilante mascarado? Mesmo ele tendo sido declarado inocente era muito suspeito, afinal se ele era mesmo um vigilante ele devia ter os jeitos dele de enganar a polícia. Era só ele ter um parceiro que se vestisse como ele enquanto ele estava preso que todas as suspeitas sairiam de cima dele.

Bem, depois daquilo nada demais aconteceu. Como não iria ter tempo nesse momento de ver tudo do Stark, comecei a baixar tudo pro meu notebook pessoal. No dia seguinte, todos nós voltamos e eu estava novamente no meu canto enquanto Barry falava sobre a organização dos componentes químicos com Felicity.

“Eles guardam ácido nítrico perto de hidrozina? Permanganatos em cima de acetona? Isso é a definição de perigoso!” eu ria enquanto a loira parecia meio preocupada com Barry que estava em cima de uma escada bamba.

“Se é tão perigoso, talvez você não devesse mexer nisso.”

“Não se preocupe Felicity, Barry tem certa mania de organização quanto a essas coisas. No laboratório dele é tudo perfeitamente organizado. Claro, só os componentes químicos, mas está valendo.” Depois disso ficamos em um silêncio confortável cada um com seus pensamentos.

“Barry? Alice?”

“Sim?” por coincidência falamos juntos.

“Eu consegui uma amostra de sangue do agressor do departamento de polícia. Nós precisamos isolar um sedativo no sangue. Pode levar a gente até o ladrão.”

“Como a polícia conseguiu isso?” indagou Barry.

“O Vigilante atirou nele com uma flecha.” Felicity disse isso como quem diz que o céu é azul. Bem, tecnicamente ele não é, mas vocês entenderam.

“Está brincando.” Ele desceu, finalmente, da escada e veio até a loira. “Você sabe o que isso significa, certo?”

“Não?” respondi.

“Lice, não estraga a emoção.” Me repreendeu. “Isso significa que o Vigilante está investigando o mesmo caso que a gente.” Sua empolgação era quase palpável.

“Ou seja, não significa nada.” Disse enquanto revirava os olhos.

“Claro que significa alguma coisa Alice! Estamos investigando o mesmo caso que um herói.”

“Continua não significando nada pra mim. Só porque ele tem arco e flecha não o torna tão diferente a ponto de ficar empolgada por investigar o mesmo caso que ele, desculpa.” Pareceu que ele se deu por vencido.

“Enfim, como você conseguiu?” voltou a sua atenção a Felicity.

“O Oliver tem muitos contatos.”

“Aposto que sim.” Eu preciso aprender a murmurar.

“O que quis dizer com isso?” ela entrou na defensiva, interessante.

“Nada, só a constatação do óbvio.” Encerrei o assunto. Durante a pequena discussão Barry pareceu meio alheio e voltava ao ar naquele momento.

“Uau. Vale a pena trabalhar para um bilionário.” meu amigo disse aquilo como se estivesse como se estivesse com ciúmes, o que me fez esconder o riso.

“Na verdade, a minha casa não tem nada de especial. Especialmente, porque eu mal paro em casa, já que estou com ele todas as noites.” Nesse momento o cientista pareceu ficar levemente chateado.

“Ah. Eu não sabia que você e ele estavam...”.

“Ah, não. Trabalho. Eu e ele não estamos... Não. Eu não gosto do Oliver.” E, naquele momento, ela pareceu o Barry dizendo que não gosta da Íris.

Ele assentiu e estava se virando para sair quando ela o chamou novamente.

“Eu fui convidada para um evento do trabalho. É uma... É uma festa. E eu tenho um convite extra.” Barry assentiu mostrando que ela devia continuar. Meu deus, como era lerdo. Tive que dar um empurrãozinho.

“Por Vader, garoto lerdo! O que ela quis dizer, era se você não quer ir com ela.” Ela assentiu mostrando que era isso sim. Ele pareceu uma menina sendo chamada para o baile. Que fofo!

 “Não vai ser para dançar, vai?” Barry perguntou levemente preocupado.

“Allen, pelo amor de Merlin! Às vezes parece que é você que tem 19 anos, não eu.” Revirei os olhos para a

“É que eu tenho dois pés esquerdos.” Dei um pescotapa merecido nele.

“Espera, você tem 19 anos? E é formada em engenharia elétrica?” Dizer que Felicity estava surpresa era um eufemismo.

“Sim, no MIT. Também tenho doutorado em Física.” Falei orgulhosa, sou um pouquinho arrogante, fazer o quê?

“Nossa, mas você não é muito nova?”

“Sempre tive inteligência avançada.”

“E como seus pais reagiram a isso?” nesse momento Barry me olhou meio apreensivo e Felicity reparou. “Disse algo errado?”

“Não, é que... Sou órfã. Nunca conheci meus pais. Fui criada em um orfanato católico. É só uma parte da minha vida que não gosto de lembrar.”Felicity pareceu ficar culpada por tocar em um tópico sensível de novo, mas eu não me importava. Minha infância problemática tinha deixado de me incomodar fazia algum tempo.

“Sinto muito, eu não sabia.”

“Está tudo bem.” Ela continuou parecendo arrependida, mas a olhei tentando demonstrar que eu realmente não me importava.

Depois disso fomos pra sala de Felicity na empresa e começamos a ver uma reportagem sobre o acelerador de partículas. Demos o assunto anterior por encerrado em um acordo silencioso.

“Central City está a apenas um dia de fazer história quando o controverso acelerador de partículas do Star Labs for ligado.”

“Muito legal, não é?” Barry estava tão empolgado quanto eu.

“Sabia que teve um aumento de 100 por cento em terremotos desde que eles ligaram o grande Colisor de Hádrons? Sem ofensas, Lice.” Felicity nem tanto.

“Nenhuma ofensa. Não levo essas coisas para o lado pessoal. Mas essa informação é enganosa.” Estava tranquilamente sentada conversando com eles. Em pouco tempo já havia criado certa simpatia com ela.

Como eu disse, estávamos tranquilos. Mas aí Oliver Queen entrou na sala. Ele parecia ter o dom de acabar com a felicidade do ambiente.

“Vocês sabem tudo sobre enganar, não é mesmo?” acusações, sabia que em algum momento elas viriam.

“Do que você está falando?” Barry, que estava distraído, ficou confuso. Felicity também estava confusa. Na mesma hora me levantei e me pus em posição de defesa.

“Ele não é um perito. É um assistente. E os chefes dele não sabem que ele está em Starling. E ela, realmente trabalha como engenheira elétrica no Star Labs, apesar de ter apenas 19 anos, mas o chefe dela tem certeza que ela está em NY ajudando um amigo a passar por dificuldades. Ah, e também não tem caso parecido em Central City, muito menos no Star Labs. Então, me digam, o estão realmente fazendo aqui?”

“Uau, você realmente fez a ficha completa.” Disse sarcástica e ele me olhou ameaçador.

“Eu te falei que minha mãe foi assassinada.” Barry parecia não estar bem então fiquei ao seu lado para lhe dar apoio.

“Pelo seu pai.” Oliver interrompeu. Chega, esse cara desde que chegamos tem me irritado. Agora ele mexeu com o Barry. A paciência acabou.

“Cala a boca e escuta. Você queria a verdade, escute antes de falar qualquer coisa. Você tem agido como um imbecil com a gente e eu tenho tolerado, mas já deu. Não vou tolerar mais isso.” Sentia a raiva fluir por minhas veias. Oliver e Felicity me olharam espantados, nunca me viram explodir desse jeito, enquanto Barry apenas colocou a mão no meu ombro pedindo silenciosamente para eu me acalmar.

“Você disse que a polícia não encontrou o homem que matou ela.” Felicity desviou a atenção de mim tentando entender a história.

“A polícia acha que encontrou. Meu pai está pagando pena perpétua. Eles não acreditaram em mim.” Barry contou abaixando a cabeça, eu sabia como aquela história o afetava então fiquei quieta.

“Sobre o que?” Perguntou Felicity curiosa, ela não parecia estar julgando, apenas queria entender a situação.

“Eu tinha 11 anos. Um dia alguma coisa entrou na nossa casa, que nem um tornado. Um borrão. Em algum lugar dentro do borrão, eu vi uma pessoa. Meu pai foi lutar com ele. Tentei pegar ele, quando de repente estava a 20 quarteirões longe de casa. Ninguém acreditou em mim. Eles acharam que eu estava tentando acobertar o meu pai. Mas o que eu vi naquela noite foi real. Tão real quanto o homem que arrebentou uma porta de metal com as próprias ou um cara que gruda em prédios soltando teias em NY. É por isso que investigo casos assim. Aqueles que ninguém acredita que sejam possíveis. Talvez, se eu entender um consiga descobrir quem realmente matou a minha mãe. E libertar meu pai.”

Um clima estranho pairou e Oliver pareceu arrependido de suas acusações enquanto Felicity parecia não saber o que dizer sobre a história de Barry. Resolvi não falar mais nada, apenas observando a cena.

“Eu sinto muito ter mentido pra você. É melhor você procurar outro convidado.” Barry saiu, mas eu fiquei um pouco mais.

“Sabem, eu também fiz o dever de casa. Não são os únicos com desconfianças. Já fui enganada uma vez por alguém assim, não vou deixar acontecer de novo. Pode ser que eu esteja errada. Não importa, mas, se eu estiver certa, vocês deviam ser mais cuidadosos.” Cruzo os braços encarando os dois séria.

“O que está insinuando?” Oliver já assumiu uma postura de ameaça e Felicity pareceu ficar temerosa, coisas que só confirmaram meu pensamento.

“Nada, só a constatação do óbvio.” Sai de lá com minha confirmação: Oliver é o Arqueiro.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi betado pela Cherry Pitch.
Se vocês gostaram, comentem. Se não gostaram, comentem também para eu saber no que posso melhorar :)



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