Na Mira da Fama: Um Bom Motivo Para Sorrir escrita por BeaFonseca


Capítulo 14
Capítulo 13 - Clichês, Atitudes e Noivado




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Aigoo!— V estava empolgadíssimo com algo, enquanto apontava em uma direção, junto com J-Hope e Jungkook. -  Taylor Swift!

Wowww!” – Era a expressão que eu ouvia da boca deles. Mais uma vez contive a vontade de olhar para Jimin e saber que ele também fazia parte da algazarra. Suspirei. Sook estava tão animada conversando com Tony, e de repente, os dois se levantaram. Tony parecia nervoso.

Nós já voltamos. — Tony disse, e estranhei o aviso. Deixando-me a sós com os rapazes, deduzi que Namjoo se saia bem traduzindo do inglês pro coreano enquanto os meninos conversavam com alguns artistas mais jovens ali presentes. Me levantei discretamente, e pensei em ir para o banheiro.

Onde vai? — Jimin perguntou, curioso.

Necessidades básicas. — Tive vontade de rir com sua careta e preocupação.

Eu posso te acompanhar?— Pediu.

Quer entrar no banheiro feminino?— Perguntei, perplexa. Ele ficou envergonhado e impaciente.

Claro que não!— Fez careta. – Eu apenas não queria continuar sentado aqui por mais tempo.

Tudo bem. — Sorri pra ele e andamos lado a lado para o outro lado do clube, onde ele me esperou do lado de fora.

         Quando saí, perguntei se ele não iria beber nada, no momento em que alguns garçons passavam. Ele negou, ansioso. Iniciamos uma conversa banal, até que nos deparamos com Jackson no caminho. Jimin, em um impulso, entrelaçou nossas mãos, e não sabia se ficava surpresa ou feliz com essa atitude. Acho que nervosa, era o sentimento correto.

Se estava comprometida com o ruivinho, não deveria ter aceitado dançar comigo.— Jackson fez um sinal de negação com a cabeça e estava nítido que debochava.

Eu não aceitei dançar com você! — Quase gritei, indignada. – Você me arrastou até a pista de dança, e eu não queria fazer confusão com isso.

Porque não deixa a Sophie em Paz, Jackson?— Jimin interviu. – Agora sabe que não pode mexer com ela.— Era quase uma ameaça e eu me senti absurdamente feliz com a atitude corajosa. Os dois tinha a mesma altura, e se encaravam não tão amigavelmente.

Não se preocupa, laranjinha, eu sei os meu limites.— Jackson disse, antes de esbarrar no ombro de Jimin. – Boa festa, Baby.

Qual o problema dele com vocês?— perguntei, curiosa. Jimin me fitou dando de ombros.

Provavelmente, muita inveja.— Disse, exibindo um malicioso sorriso. – É muito difícil ser um BTS, as vezes.— Ficou pensativo e comecei a rir, voltando a caminhar. Naturalmente, nossas mãos se soltaram. Mas senti que ele havia me puxado novamente.

Eu gosto disso.— Entrelaçou novamente e eu não consegui encará-lo. Se continuar assim, meu coração vai começar a sair sambando pela garganta até o centro da pista de dança.

         De repente, ele me puxou para fora do clube, por uma saída de emergência próximo ao banheiro feminino.

O que está fazendo?— Me assustei. – Não podemos sair assim.

Olha, eu não estou nem um pouco interessado em ficar naquela festa, e tenho quase certeza que você também não.— Fiquei pensativa. – Podemo passear um pouco?

— Mas não conhecemos bem o lugar.— Fiquei preocupada.

Eu decorei uma praça aqui perto. Podemos ficar um pouco lá? Longe de toda essa máscara social?— Sugeriu. Pensei um pouco mais antes de concordar.

         Nossas mãos ainda estavam entrelaçadas, e a rua que estávamos, era tão silenciosa que temia que ele pudesse ouvir as batidas do meu coração. Lá estava eu novamente, entregue aos caprichos de Park Jimin. Porque eu sempre caia nesse momento débil com ele?

         Quando chegamos, ele sentou em um dos bancos, e sentei ao seu lado. Tinham pouquíssimas pessoas por ali. A maioria eram casais, distraídos demais para prestarem atenção em nossa roupa de galã.

Ar fresco!— Expressei, soltando o ar dos pulmões. Jimin riu, fazendo o mesmo.

         Ao longe, pudemos ouvir um pouco de Jazz na rádio da praça. A música me transportou para o passado, onde eu tinha apenas 10 anos, e começava a primeira aula de Jazz. Minha professora, na época, era uma figura bastante cômica, e nos divertia com seus passos malucos e aleatórios.

Gosta de Jazz?— Ouvi jimin perguntar, e estava muito próximo.

Eu gosto.— Estranhamente, me senti uma criança novamente. Jimin me puxou, para mais próximo de si, rindo.

O que está fazendo?— Perguntei, mesmo sabendo o que ele pretendia.

         Ao fundo, tocava uma versão Jazz de Chandelier  da Sia. Jimin começou alguns movimentos básicos, muito parecido com balé e resolvi acompanhá-lo. Estávamos tão empolgados com a coreografia improvisada, que não percebemos o público que nos assistia.

            Eu estava, definitivamente, me divertindo, e estava tão em transe naquela bolha que criamos, que eu só conseguia ouvir a música e acompanhar Jimin.  Ele juntou nossos corpos de repente, e como em uma filme de romance clichê, pingos de chuva começaram a cair. Mas não nos importamos, pois a única coisa que prendia a nossa atenção, eram nosso lábios prestes a selarem.

         Era impossível pensar em qualquer outra coisa, e eu apenas me entreguei ao memento mágico. O beijo foi tão indecentemente perfeito, que levamos alguns minutos para perceber que as pessoas nos aplaudiam. 

         Nos separamos entre risos, não nos importando com nada do que havia acontecido. Curvamos em cumprimentos e a chuva começou a realmente incomodar. Corremos o suficiente para encontrarmos abrigo em um pilastre alto de uma galeria ali perto.

         Jimin me puxou novamente para um beijo, e se querem saber. Eu não me importei nem um pouco. Eu queria tanto aquilo que chegava a doer. Deixei para me arrepender depois, ou não. Não tinha ideia do que esperar a partir daquele momento, e custava a iniciar um processo de pensamentos negativos. Nunca tinha vivenciado algo assim, e estava tão ansiosa e encantada, que não conseguia nem mesmo me separar dele, com medo de que não passasse de um sonho.

Você está feliz, Sophie?— Ele me perguntou, em sussurro, me fazendo arrepiar.

Eu..?— Levei minhas mãos a sua nuca. Massageei seus cabelos alaranjados e molhados. Nossas testas estavam coladas. Fechei um pouco os olhos, tentando sentir um pouco mais aquele calor que emanava com a aproximação, mesmo com o frio do clima chuvoso. – Isso foi libertador. — Foi o que eu consegui dizer.

         Estava ciente de que eram as mesmas palavras de dias antes. Mas estes, tinham um significado ainda maior, e precisava dizer com todo meu coração e sinceridade.

         Não sei quando decidimos voltar para o hotel e esperar todos voltarem. Nada mais aconteceu além de muitas trocas de beijos, e só por isso, já me bastava a noite.

         Estávamos com roupas confortáveis e limpas no sofá, abraçados e novamente aproveitando nossa bolha. Meu celular não parava de tocar, e resolvi atender. Tony estava preocupado e avisei que eu não estava me sentindo bem e Jimin me trouxe para o hotel. Fiquei envergonhada por mentir, mas sabia que não havia a mais remota possibilidade de contar o verdadeiro ocorrido por telefone. Depois de alguns sermões e mais preocupações, Tony decidiu encerrar a ligação informando que já estavam voltando para o hotel.

Sophie... — Jimin estava com a voz um pouco roupa, e temi que fosse ficar gripado por causa da chuva. – Eu realmente gosto de você. — Disse.

         Levou mais ou menos um minuto para me dar conta do que estávamos fazendo. Era loucura e nem sabiamos se daria certo. Era até mesmo um risco para a fama do grupo e a carreira do meu irmão.

Eu também gosto. — Afirmei. Ele sorriu, e seus olhos brilhavam como nunca. – Mas jimin... — Suspirei. – Isso podo arruinar sua carreira e o emprego do meu irmão. Se a Big Hit e a mídia não permitirem? — Fiquei apreensiva e ele também.

Podemos dar um jeito, Sophie. – Insistiu. – Meus Hyungs nos apoiam, e tenho certeza que se mostrarmos para Tony que isso pode dar certo, ele irá aceitar, e quanto a BigHit, eles não vão querer perder a banda. Vão se esforçar para manter a nossa imagem intacta.— Argumentava.

— Não quero ser motivo para desemprego e sonhos perdidos.

Não será!— Tocou meu queixo, carinhosamente. – Eu prometo que vamos resolver isso.— Sorriu. Me permiti ter alguma esperança.

         Alguns minutos depois, todos mundo havia chegado, e eu e Jimin tivemos que ficar separados, literalmente, no sofá. Um de cada lado.  Todos pareciam comemorar alegremente. Fiquei curiosa. Sook correu e sentou ao meu lado, mostrando um anel incrivelmente lindo em seu dedo. Na mesma hora, não precisei perguntar nada para saber o que havia acontecido.

         Abracei Sook e Tony, parabenizando pelo noivado. Os demais abriram vinho e champanhe para comemorar. Estavam completamente alheios ao meus olhares para Jimin, que tentava disfarçar tanto quanto eu. Sabíamos que ainda não era o melhor momento para conversar nada com ninguém, e simplesmente aproveitamos aquele resto da noite.


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Notas finais do capítulo

Oi genteee!!!! Mais um capítulo fresquinhoooooo. Espero que gostem, porque estamos chegando na reta final. Só que antes, teremos alguns draminhas, é claro. (Isso é muito clichê. Mas tudo bem).

Bjsssss e até amanhã!



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