Redamancy escrita por Amaya Asano


Capítulo 1
Capítulo Único




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Redamancy

AsanoAmaya

 

A distância entre nós dois era difícil, impossível dizer o contrário, porém certa coisa me confortava, esta tal coisa que fazia toda a diferença.

Não era fácil superar os trezentos e sessenta e cinco quilômetros de distância, mas certo sentimento, chamado amor, era mais forte.

Era só pensar nos curtos cabelos loiros, nos olhos dourados sendo cobertos pelos óculos de grau, junto de seu costumeiro sorriso debochado, era o suficiente para que meu coração falasse mais alto do que a razão.

As conversas no telefone, as mensagens, que fosse um mero ‘bom dia’ ou ‘boa noite’, todas essas coisas já faziam meu coração se aquecer.

Agora já em meu primeiro ano de faculdade, quase não havia mais tempo para visitar Tsukishima, a distância era complicada, difícil, e má para dois estudantes.

O objetivo atual era fazer com que Tsukishima viesse para Tokyo na faculdade, mas por alguma razão que desconheço, ele possui resistência à ideia.

E mesmo que conseguisse o convencer, dois longos anos à frente ainda nos esperavam.

Breves momentos de minha relação com Tsukishima se passaram por minha cabeça.

Seu ‘sim’ quando o pedi em namoro.

Nosso primeiro beijo, que coincidentemente também era o primeiro de Tsukishima.

Nossas usuais brigas, geralmente por sermos ambos teimosos.

A primeira vez que o toquei mais intimamente.

A primeira vez em que colamos nossos corpos como se não houvesse o amanhã.

As chegadas e despedidas.

Todas lembranças preciosas que faziam com que meu coração batesse mais forte, martelando dentro de meu peito, como se gritasse pelo nome de seu amado.

Era lembrando-se do rosto de Tsukishima, sua voz, irritado, feliz, em êxtase, a maciez de seus cabelos, o brilho em seus dourados olhos, seu corpo magro e esguio, era assim que meu corpo parecia encher-se de endorfina e ocitocina.

Sua pele me tirava o sono, e seu cheiro era viciante, e por mais que aguentar dois ou três meses fosse difícil, nunca me imaginaria traindo Tsukishima. Não mentiria dizendo que nunca houve a tentação, mas sempre antes de eu fizer alguma besteira, o rosto choroso de Tsukishima me vinha à mente.

Fazendo com que meu mundo parasse.

Nunca havia sido uma criatura diurna, as noites sempre haviam sido uma das minhas melhores companheiras (Provavelmente por eu ser constantemente comparado a um gato), mas, após conhecer Tsukishima, a lua se tornou uma de minhas melhores amigas.

Seu brilho lembrava-me dos olhos e cabelos de Tsukishima, assim como sua personalidade, então nada mais normal confiar meus mais profundos segredos a ela.

Na verdade, tudo me lembrava Tsukishima, não importa qual fosse o objeto, por mais pacato que fosse, em alguma coisa eu encontraria uma semelhança com o loiro.

Fosse uma faca que me lembrava de suas palavras afiadas, um casaco que me lembrava do calor de seu corpo, ou uma simples lâmpada que fazia com que seus brilhosos olhos me viessem à mente.

Se havia uma coisa que me incomodava em Tsukishima, eram os Três centímetros de diferença que tínhamos, mas mesmo assim, mesmo ele sendo mais alto do que eu, mesmo que sua personalidade seja ríspida e nada gentil, mesmo assim.

Tsukishima era a pessoa mais adorável que já conheci.

Sua fixação por dinossauros.

A forma em que ele corava com facilidade.

Suas reações após um beijo roubado.

Seu rosto em puro clímax.

O fato de ele ser mais sentimental do que aparenta.

Além de alguns casos raros de ciúmes.

Não importa o quanto o visse, o quanto o abraçasse, o beijasse e o amasse, nunca cairia a ficha de que tal perfeição me pertencia.

Poderia ser quase considerado um crime privar a sociedade de presenciar tais reações adoráveis, mas não ligaria de cometê-lo, afinal ser possessivos era uma de minhas características.

Uma foto de nós dois ficava em cima do criado-mudo ao lado de minha cama, para que eu acordasse e tivesse certeza, todas as manhãs de que não estava delirando de amor, que tudo aquilo era real e não algo do fruto de minha imaginação.

Vi que uma mensagem havia chegado.

“Feliz dia dos Namorados, Kuroo-san”

Sorri bobo com a frase.

“É, Feliz dia dos Namorados Kei”

A distância entre nós dois era difícil, impossível dizer o contrário, porém certa coisa me confortava, esta tal coisa que fazia toda a diferença.

A certeza de que eu o amava tanto quanto ele me amava.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Quem quiser shippar KuroTsuki comigo pode me seguir no Twitter *^* (@AsanoAmaya)

Bye bye e até uma próxima!! ^-^/



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