Kit-Kat - Livro Um escrita por Carolambola


Capítulo 1
1


Notas iniciais do capítulo

Oii mais uma fic pra vocês! Bj bj, espero que gostem!



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Bem-vindos à Academia Wordlock para Meninos e Meninas

Venha vivenciar o melhor.
           Venha para Wordlock.

  - Academia Wordlock para Meninos e Meninas? É sério isso?
  - Katherine, tente entender... as coisas estão insustentáveis por aqui. É melhor que vocês é seus amigos vão. Estarão mais seguros lá...
  - Mas mãe, fica em Londres. Isso é outro continente!
  - Kathy, não estamos pedindo sua opinião. Vocês vão amanhã, e ponto. Agora vá fazer as malas. Não precisa levar muita roupa.
  Saí da sala, resmungando. Por que eu tinha que ir? Wordlock era um colégio imenso que ficava na Inglaterra. Sim, eu amava a Europa, mas eu não queria ter que morar lá! Pelo que me foi explicado, minhas melhores amigas, Allyson e Annelise, e nossos melhores amigos Jasper e Henry, e eu dividiríamos um apartamento enorme perto da escola onde todos nós foramos matriculados. O apartamento, acredite se quiser, tinha dois andares, cinco quartos grandes, cinco banheiros, sacada, cozinha, sala de jogos... nossos pais não pouparam nada mesmo. Tínhamos disponíveis três carros na garagem. Mas ainda assim ninguém queria ir. Queríamos todos continuar nas nossas casinhas de tamanho normal aqui, na Flórida, frequentando a Horatio Prep School, onde conhecíamos todo mundo.
  Mas não, nos enfiaram em um avião e mandaram para outro continente enquanto pensavam num jeito de resolver as merdas que eles mesmos fizeram.
  Uma vez no avião, depois de toda a choradeira que eram as despedidas, eu estava sentada ao lado de Ally. Ela fazia uma trança nos meus longos cabelos louros, muito claros, até demais. Eu conversava com ela e observava seus cabelos cacheados ruivos balançando por todos os lados enquanto ela falava animadamente sobre os gatinhos britânicos que nós iríamos conhecer. Eu concordava com tudo, e essa era a única coisa empolgante sobre esta mudança de última hora. Olhei para os assentos ao lado onde Anne e Japer hora se beijavam, hora conversavam. Eles eram namorados há dois anos, desde que tínhamos catorze, e estão firmes até hoje. Eu tinha que admitir que, para um casal tão fofo e perfeito, eu nem me importava de ficar de vela.
  - Kathy, heloo? Volta para a Terra, amiga. A aeromoça tá perguntando o que a senhorita quer.
  Olhei para o lado e tinha mesmo uma moça parada ali. Disse que queria o sanduíche e o suco de laranja, o que ela me deu bem rápido e foi atender outros passageiros. Comi em silêncio enquanto observava o trabalho de Ally. Ela era muito boa. Ally me olhava com seus olhos verdes que espalhavam até a sua alma se encarasse demais. Ela sorriu para mim e comeu a sua comida bem quietinha. Foi quando Henry, com seus cabelos loiros escuros e olhos castanhos, meteu a cabeça entre as nossas e ficou tagarelando sem parar.
  - Eu ainda não acredito que fui deixado aqui atrás sozinho. Uma de vocês não quer vir aqui? Vocês viram como a aeromoça é gata? Cara, eu pediria para o Edsen vir para cá, mas ele e a Bellaville vão ficar sem lábios daqui um pouco. Collins, House, o que vocês estão fazendo aí?
  - Calma aí, "Smith", eu e a House estamos fazendo trancinhas. Quer fazer também?- Respondi Henry. Ele tinha aquela mania de jogador de chamar todo mundo pelo sobrenome. Mas ele era muito divertido e animado, e todos nos conhecíamos desde o berço, então era impossível não o amar. E ele tinha razão: Jasper e Annelise realmente só faltavam tirar a roupa. Todos nós sabíamos que eles já não eram virgens havia muito tempo, por mais que houvesse um acordo silencioso de não falar sobre o assunto com os amigos do sexo oposto.
  Depois de horas intermináveis e muitos risos, finalmente chegamos ao apartamento, e era realmente gigante. Um bilhete na mesa mandava que Anne e Jasper subissem, enquanto dizia que eu, Henry e Allyson deveríamos virar o corredor e achar a porta com o nosso nome. Realmente, eu achei uma porta com uma plaquinha de madeira onde se lia Katherine. Abri e encontrei um quarto gigante decorado em tons de lavanda e branco. A cama de tamanho Queen tinha um grande docel por cima. No chão, um tapete felpudo roxo sobre o piso de madeira clara. Uma penteadeira, uma cômoda, uma escrivaninha, um closet. Era um ótimo quarto. Fui abrindo as gavetas. Na da penteadeira, achei centenas de maquiagens. Nas da cômoda, entre várias outras coisas, encontrei uma especialmente para o uniforme fofo da Wordlock. Camisa branca, saia xadrez azul, blazer azul, meia acima dos joelhos branca e saltos pretos, com ou sem fivela. Me joguei na cama fofa e abracei um dos muitos travesseiros dali. Em dois dias, começarão as aulas. Exausta que estava, acabei dormindo.
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  Fui para a escola já atrasada. Meus amigos da onça saíram da escola sem me avisar. Como gentileza, me deixaram um bilhete na mesa de jantar, junto com algumas chave. Logo reconheci a letra caprichada de Annelise.

  Querida amiga Katherine Collins♡
Você foi vítima da primeira pegadinha do ano! Parabéns, você deve estar muito feliz!
É melhor se apressar caso queira chegar a escola. Como um ato de bondade, lhe deixamos o Mercedes, e suas chaves já estão separadas. Se apresse!
Com amor, Annelise, Allyson, Henry e Jasper. ♡

  Isso da pegadinha já é algo tão antigo que eu não podia acreditar que eles tinham feito esse ano. Se bem que fizemos ano passado também... enfim. Peguei as chaves e minha mochila e voei. Sempre me considerei uma boa motorista, mas eu estava com muita pressa e fiz algumas manobras contestáveis. Finalmente estacione o carro e sai correndo, olhando para baixo, arrumando minha bolsa e meu uniforme, quando bati de cara em alguma coisa sólida. Caí para trás e derrubem tudo. Fiquei de joelhos para pegar aquilo tudo quando um menino se abaixou para me ajudar.
  - Ei, me desculpe. Você está bem? - Perguntou ele. Ainda com a cabeça baixa, respondi
  - Sim, estou bem. Você me desculpe, eu que esbarrei em você. Sinto muito.
  Levantamos e foi quando olhei para o menino. Ele era lindo. Cabelos escuros, praticamente pretos, e a pele clara como papel. Seus olhos eram azul gelo, como os meus, mas eram diferentes, quase translúcidos. Ele era alto, magro e musculoso. Ele sorriu para mim, eu sorri para ele.
  - Qual é o seu nome?
  - Katherine Collins. E o seu?
  - Arthur Allen, ao seu dispor. Ano?
  - Segundo. O seu?
  - O mesmo. - disse ele, sorrindo. - Minha primeira aula é biologia, e a sua?
  - Acho que é biologia também. Meus amigos tem essa aula comigo.
  Vamos juntos até a sala e eu me sento perto dos meus ex-amigos traidores e vejo que Arthur senta perto de mim. As meninas me mandam um olhar malicioso e eu reviro os olhos para elas. O professor pede para que todos digamos o nosso nome completo, por ordem das carteiras. Não presto muita atenção aos nomes dos meus colegas, mas mesmo assim posso ouvi-los.
  - Mabel Hart.
  - Benjamin Renne Souls.
  - Maya Brile.
  - Mason Swan. - Olho para o lado e vejo um casal meio debilitado, como se tivesse sido atropelado.
  - Erik Jordant.
  - Henrique Sullivan Smith.
  - Annelise Marie Bellaville.
  - Jasper Laizzer Edsen.
  - Allyson Hope McHunt House.
  - Katherine Elisabeth Collins.
  - Arthur Van Der Hundster Allen.
  Achei o nome de Arthur esquisito. Tá que ele era britânico, mas Van Der Hunster era muito diferente. Não que eu pudesse reclamar dos nossos nomes. Ora alguem ter Hope (esperança) de segundo nome e ter o sobrenome Hunt ( caça )?
  O professor passou sua matéria. A sala tinha muitos casais, aparentemente. Maya e Mason, Jasper e Anne, e alguns outros deixavam a atmosfera romântica. Passadas algumas horas, era hora do almoço. Sentamos todos em uma mesa e Arthur sentou conosco. Perguntei a ele o que tinha acontecido com o Mason e a Maya, porque parecia que o garoto estava quase morto, já pensando que ele estava morrendo.
  - Não é nada disso, Kit-Kat, eu vou te explicar. Só não espalhem, porque é delicado. Tá bom. A  menina sofreu um acidente de carro por causa de um louco bêbado e ficou em  coma por três meses. O menino, Mason, é namorado dela. Ele ficou mal pra caramba. O cara parecia um zumbi, dava dó de olhar. Pensa que agora ele tá mil vezes melhor, ele não comia, não dormia, não fazia nada. Era tipo, um eco de vida. Daí ela acordou e agora eles vivem felizes para sempre, fim.
  Fiquei chocada com a história. Passamos então para assuntos mais leves. Todos gostamos de Arthur, especialmente eu.
  Depois que as aulas acabaram, fomos terminar aquele belo dia em um restaurante perto dali
 


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