Valentine's Trap escrita por


Capítulo 1
Oneshot - Valentine's Day


Notas iniciais do capítulo

Valentine's day não poderia passar sem algo Jeller, principalmente quando se trata de Kurt Weller finalmente tomando uma atitude ;)

Espero que gostem e se divirtam tanto quanto eu ao escrever!



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“Preciso falar com você em minha sala. Agora.”

 

Um murmuro de irritação e cansaço escapa dos lábios de Jane assim que lê a mensagem de Kurt em seu celular.

O dia havia sido exaustivo e pareceu mais longo que o normal. Apesar de só querer ir para casa, tomar um banho e cair na cama, Jane havia combinado de sair com Oliver, pois ele insistiu que de jeito nenhum deixaria o dia dos namorados passar em branco. Jane olha no relógio e estranha não ter recebido nenhuma mensagem de Oliver. 8:45p.m. Ela já estava atrasada, muito atrasada.

Afim de resolver logo o que quer que Kurt quisesse para poder encontrar Oliver, Jane vai até seu armário, deixa suas coisas, pega sua jaqueta e segue para a sala de Kurt.

− Weller, está tarde, não podemos resolv-- − assim que coloca os pés na sala de Kurt, o que Jane vê na sala que geralmente é sempre clara e profissional, um típico escritório, a deixa sem reação.  

Pequenas velas colocadas em copinhos de vidro estavam dispostas no chão, formando um caminho da porta até a sua mesa. Mesa essa que está sempre coberta de papéis, mas hoje deu lugar a pratos, embalagens de comida e até um pequeno vaso com algumas flores, no canto.  A luz da sala havia sido reduzida à meia luz e ao fundo, uma suave música instrumental toca em seu computador, deixando tudo ainda mais harmonioso e aconchegante.

− O que é isso, Kurt? - diz Jane perdida, porém encantada, saber o que dizer.

− Minha tentativa de consertar as coisas entre nós. − diz ele antes parado próximo à porta. − Se não for muito tarde para isso.

Kurt exibe um sorriso leve, cauteloso e caminha ao encontro dela com uma pelúcia e uma caixinha de chocolate nas mãos.

Jane abre a boca para responder, mas antes que diga qualquer coisa, seu celular vibra, indicando uma nova mensagem de Oliver, remarcando o jantar deles para amanhã. Ela abre a mensagem pronta para responder, se sentindo culpada pelo atraso sem justificativa, mas vê que acima dessa, havia uma mensagem enviada há cerca de 1 hora atrás, dizendo:

"Um caso se prolongou mais do que o esperado, vou trabalhar até tarde hoje. Desculpa :( Podemos remarcar para amanhã?"

Mas não havia sido enviada por ela. Ela tinha certeza disso.

− O que você fez, Kurt? − pergunta ela semicerrando os olhos para a expressão neutra de Kurt, mas que escondia um sorriso no canto dos lábios.

− Eu, nada. − diz ele. − Mas posso ter pedido uma pequena ajuda à Patterson. - Kurt sorri, colocando a caixa de chocolate e a pelúcia à frente do rosto.

− Você cancelou meu jantar com o Oliver. − Jane sorri, perplexa, não acreditando que ele foi capaz de armar dessa maneira.

− Eu remarquei. Para amanhã. − explica Kurt. − Eu só preciso de um dia para.. Consertar as coisas.

− Você sabe que não está jogando jogo limpo. − diz Jane pegando a pelúcia e os chocolates e cruzando os braços, tentando conter o sorriso que insiste em tomar conta de seu rosto, pois apesar da armação, ela estava realmente aproveitando o momento.

− Tecnicamente estou, já que você não saiu do seu local de trabalho e está com o seu Diretor.

Jane abre a boca para contrariar, mas fecha novamente devido a falta de argumentos.

− Janta comigo. − pede ele. − Se não por mim, pelas massas que devem estar deliciosas e não merecem essa desfeita.

− As massas realmente não merecem isso. − diz Jane sorrindo levemente e se acomodando na cadeira que Kurt puxa para ela, colocando a pelúcia ao seu lado.

Eles se servem e começam a comer. Fettuccine alfredo: uma receita tipicamente italiana mas que Kurt havia feito algumas alterações para melhor, então além da manteiga e queijo, o molho contava também com creme de leite, brócolis e camarão suave. Ser amigo do chef de cozinha do melhor restaurante próximo ao FBI, tem suas vantagens.

− Está delicioso. − diz Jane limpando os lábios com o guardanapo e em seguida assumindo um tom provocativo. − Qual o delivery?

Kurt ergue os olhos lançando-lhe um olhar ofendido e Jane tenta segurar o riso, já que sabia que provavelmente a massa havia sido feito por ele e estava apenas o provocando.

− Ficarei apenas com o elogio. − Kurt sorri discretamente enquanto serve as taças deles com vinho branco. - Está realmente bom?

− Muito. − responde Jane fechando os olhos e saboreando. − Acho que o melhor que ja comi.

− Não tenho certeza de quão vasta é a sua experiência gastronômica. − murmura Kurt tomando um gole de vinho e recebendo um olhar de censura de Jane.

− Oliver faz um incrível Talharim Ao Pesto. − provoca ela enquanto enrola a massa despreocupadamente em seu garfo, sabendo que Kurt está olhando fixamente para ela após essa alfinetada. − Aliás, você me fez perder um noite de sushi hoje.

− Não faz o seu tipo. − afirma Kurt prontamente.

− E como você sabe? − Jane para de comer e pega a taça, tomando um gole de seu vinho, sendo respondida por Kurt ao mesmo instante.

− Porque eu conheço você.

Alguns instantes de silêncio se seguem até Kurt o quebrar, dizendo o que se recusava a sair de sua cabeça desde que ficou sabendo que Jane estava saindo com outra pessoa.

− Me apavora a ideia de você seguir em frente e ver que eu não faço mais parte da sua vida, Jane.

A declaração repentina pega Jane de surpresa, deixando-a momentaneamente sem resposta. Sentir essa espécie de culpa por nunca ter tornado as coisas mais fáceis e leves para Jane, estava consumindo Kurt por dentro. Doía saber que ela estava com alguém que apenas a escutasse e a fizesse rir, enquanto ele, Kurt, apenas a julgava e a afastava.

− Mas você faz parte da minha vida. − diz Jane com a taça de vinho na mão, circulando a borda com o dedo, sorrindo levemente.  − Você é meu chefe, tecnicamente.

Terminado o jantar, Jane se levanta e começa a juntar as embalagens para limpar a sala. Kurt junta os pratos deixando-os no canto da mesa e assim que Jane se aproxima, ele segura seu braço gentilmente, fazendo-a parar e olhar para ele.

− Eu quero ser mais que seu chefe, Jane. − a voz de Kurt soa grave, séria e cheia de verdade como ele não se permitia ser há tempos. Tudo o que havia acontecido com eles e entre eles, o havia fechado e feito com que ele ignorasse qualquer sentimento por ela, se blindando dentro de si mesmo. Perceber que Jane estava disposta a seguir em frente e desistir deles o atingiu em cheio, como um vendaval em um castelo de cartas, mas foi justamente isso que o fez enxergar o quanto idiota ele vinha sendo.

− Você não precisava ter mandado aquela mensagem para o Oliver e feito tudo isso. − diz Jane olhando para a mão que segura seu braço e jogando as últimas embalagens de comida no lixo ao lado da mesa.

− Como assim? - pergunta Kurt, piscando confuso e afrouxando a mão que segurava o braço dela.

− Porque Oliver e eu não estamos mais juntos. − Jane tenta conter um sorriso, lançando à Kurt um olhar divertido. - Ao menos, não como um casal.

− Não? − a surpresa nítida na voz de Kurt faz o sorriso de Jane se ampliar ainda mais.

− Não. − revela ela, rindo levemente. − Saímos algumas vezes e eu realmente tentei, mas.. Em todas as vezes, minha mente e o meu coração se recusavam a estar ali, a se entregar ao momento. Sempre havia uma parte de mim que não estava realmente ali.

− E onde essa parte estava? − questiona ele, agora frente a frente com ela, encarando-a.

− Estava em um certo Diretor Assistente do FBI, que surpreendentemente, toma medidas drásticas movido pelo ciúme. − Jane ri levemente se apoiando na mesa atrás de si, observando a reação de Kurt que foi da surpresa ao riso.

− Tais medidas drásticas poderiam ter sido evitadas se eu soubesse disso. − diz ele contendo um sorriso. − Mas eu faria tudo de novo. Inclusive, já que você não está namorando, tem algo que eu preciso fazer. − E ao dizer isso, Kurt a puxa contra si, fazendo-a quase perder o equilibro ao ir de encontro ao seu corpo, se entregando ao que teve vontade de fazer a noite toda: beijá-la.

O beijo é intenso, carregado de toda a expectativa, vontade e desejo de meses. Suas línguas se entrelaçam reivindicando o espaço já conhecido na boca um do outro. As mãos de Kurt se espalmam nas costas de Jane e as dela puxam forte o cabelo da nuca dele, o que faz um gemido rouco sair do fundo de sua garganta.

Em um movimento repentino, Kurt a levanta, fazendo-a sentar sobre a mesa dele. Numa tentativa de trazê-lo para mais perto, Jane o puxa para si e passa a explorar suas costas, puxando sua camisa para cima. Entendendo o gesto, Kurt se afasta apenas o suficiente para tirar a camisa e logo, ambos estão apenas com as roupas de baixo.

As mãos dele voltam a percorrer o corpo dela, dessa vez partindo de sua panturrilha e subindo, intercalando beijos com chupões e mordidas leves. Os olhos dele, atentos a cada centímetro do corpo dela, estavam ligeiramente mais escuros, tomados pelo desejo, prazer e pela adoração, desejando memorizar cada tatuagem que apesar de ja ter visto milhões de vezes em fotos e nas telas dos computadores, nada se comparava a beleza que tinham na pele de Jane. Cada uma, tinha uma beleza inexplicável.

A rosa incendiada em sua barriga era ainda mais detalhada do que ele se lembrava, e a medida que subia e descia acompanhando sua excitação e respiração acelerada, clamava por um beijo demorado, e assim Kurt o fez, segurando sua cintura e chupando de leve. O corpo de Jane reage, se arqueando contra o dele, experimentando sensações que antes habitavam apenas os seus sonhos. Aproveitando a deixa, ele desabotoou seu sutiã, deslizando-o lentamente pelos braços, acariciando-a no processo.

Beirando a perdição e absorvendo cada toque, Jane volta a beijá-lo mas seu corpo implora por mais, então sem interromper o beijo, sua mão se dirige ao membro dele, duro, espelhando a mesma excitação incontrolável que toma conta dela; ela o segura apenas por um breve momento e então o guia até sua entrada, colocando-o dentro de si. Kurt sente seu corpo estremecer ao sentir-se dentro dela como sonhou tantas vezes, e isso quase basta para que ele atinja o orgasmo, mas então ele começa a se movimentar.

Passando os braços ao redor do pescoço dele, Jane entrelaça as pernas em seu quadril, passando a montar nele, assumindo o controle dos movimentos. Kurt poderia jurar que nunca havia visto nem experimentado nada que fosse comparável ao prazer em vê-la se movimentar para frente e para trás sobre si. Seus olhos se mantém o tempo todo nos dela, exalando puro desejo, prazer e adoração. Kurt a penetra cada vez mais fundo a medida que Jane crava as unhas em suas costas, beijando e chupando seu pescoço, tendo a certeza de que está deixando marcas em sua pele, e não demora muito até que ambos atinjam o orgasmo, praticamente juntos.

− Você ainda deve uma resposta ao Bunny. − diz Kurt com um sorriso na voz, ainda tentando acalmar sua respiração. Ele olha para a pelúcia que está em cima da mesa e Jane solta uma gargalhada ao seguir o seu olhar.

− O que você aprontou ali? − pergunta ela seguindo a linha da coluna dele, relutante em sair dos braços de Kurt.

Ele apenas sorri, se esticando para pegá-lo e entrega o ursinho marron com seu focinho em formato de coração a ela.

Jane toma a pelúcia nas mãos e a analisa, sorrindo. Era um ursinho fantasiado de entregador, carregando uma bolsa-carteiro que trazia apenas uma única encomenda: envelope vermelho. Ela pega o envelope olhando para Kurt, que sorri ansioso, e o abre.

Dentro dele, escrito na conhecida caligrafia de Kurt, um cartão diz:

 

"Prometo fazer melhor no próximo ano, se você me der a honra de ser minha namorada."

 

− O que me diz?

O silêncio e a tensão ameaçam preencher o ambiente. Por alguns instantes Jane apenas fita o cartão enquanto sua mente se inunda de felicidade, banhado por cada momento, por menor que tivesse sido, em que seu coração bateu mais forte por Kurt.

A relação deles nunca foi fácil, muito pelo contrário. Sempre houveram tantos obstáculos que em alguns momentos, ambos chegaram a pensar que nunca conseguiriam fazer dar certo. Eles haviam percorrido um longo caminho até aqui, se redescobrindo, se reconhecendo e se reapaixonando, mesmo que nunca tenham deixado de se amar.

Outros relacionamentos foram iniciados na esperança ou na ilusão de que conseguissem ser ou ter pelo menos ⅓ do sentimento que nutriam um pelo outro, mas foi em vão. Com o passar do tempo e a cicatrização das feridas, o sentimento se modificou e contra todas as probabilidades, se fortaleceu ainda mais, porque em meio a toda a confusão na qual suas vidas foram envolvidas, o amor que sentem pelo outro sempre foi a coisa mais real que tiveram.

Alguns instantes se passam até que Jane finalmente erga seu olhar e encontre o de Kurt, ansioso pela resposta dela.

− Você está me deixando nervoso, Jane.. − Kurt diz a poucos centímetros do rosto dela com a respiração acelerada, realmente nervoso.

− Eu ainda não acredito que você fez tudo isso. − diz Jane abrindo lentamente um sorriso, seu olhar alternando entre os olhos e a boca dele, por fim se fixando naqueles olhos azuis que ela tanto amava e que sempre haviam sido seu ponto de luz nos dias mais escuros.

− Mal posso esperar para saber o que você fará ano que vêm. − completa ela. Kurt respira fundo, rindo aliviado. − Feliz dia dos namorados. − responde Jane abrindo um sorriso tão brilhante e genuíno, que seria capaz de causar inveja à algumas estrelas.

Feliz dia dos namorados. − responde Kurt colando a testa na dela e puxando-a para mais um beijo.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram de Kurt Weller sabotando um encontro (que não era bem um encontro) para poder ter Jane finalmente só para ele?

Comentem, digam se gostaram, o que acharam enfim, se expressem aqui ou no twitter! ❤



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