Vítimas Das Circunstâncias escrita por Leonardo Souza


Capítulo 9
Caindo na Armadilha


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, comecei a fazer curso e tive que me acostumar com o novo horário



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13/02/2016

Sábado

23:55

Bia

Estava fechando os olhos com tanta força que chegava a doer, tentei rezar, mas não conseguia lembrar de nenhuma reza, ouvi passos perto do carro, ele estava do lado do motorista, e ficou parado por alguns minutos então escutei o barulho de alguma coisa sendo derramada, parecia agua, mas então o cheiro de gasolina preencheu o carro, ele ia explodir o carro com a gente dentro, senti vontade de chorar, mas segurei. Ele se afastou do carro, abri os olhos e meu pai estava me encarando, por alguns segundos achei que ele estava morto até que ele falou “fuga” desesperada olhei para o banco de trás e minha mãe estava suja de sangue, o braço estava claramente quebrado e não conseguia ver se estava respirando.

— Temos que sair daqui. — Falei para meu pai.

— Não vou conseguir, querida. Não posso deixar sua mãe. — Ele respondeu.

— Mas, pai... — Estava chorando.

— Que linda cena. — Uma voz estranha falou — Era ele.

— Deixe minha filha em paz! — Meu pai gritou.

— Infelizmente não posso deixar isso acontecer, vocês todos vão morrer, bom, sua mãe parece que já está morta, tudo bem, ela sempre foi apressada.

— Maldito! — Gritei.

— Vamos começar o show? — Ele se abaixou até ficar na mesma altura da janela, ele estava segurando uma câmera.

Tentei soltar o sinto, mas quando o carro capotou acabou quebrando o encaixe e não conseguia soltar, escutei o som de um fosforo sendo riscado, o carro começou a pegar fogo e ele se afastou. Forcei o sinto outra vez, meu pai também tentou, sem resultado.

— Cadê meu celular? — Perguntei.

— O que?

— Meu celular, rápido!

— Usa o meu. — Ele tirou do bolso.

— Alô? — Marcelo atendeu, só de escutar a voz dele senti vontade de chorar outra vez.

— Marcelo, não tenho tempo, o cara da máscara sabe coisas pessoais sobre minha mãe.

— Fale mais devagar, ainda estou um pouco lento graças aos remédios.

— Ele me pegou, estou em um carro prestes a explodir.

— Não pode ser.

— Tudo bem. — Estava chorando — Pega esse desgraçado, me promete?

— Eu prom-  — O carro explodiu.

23:59

Marcelo

Estava no meio de um pesadelo onde o assassino me perseguia, só que dessa vez ele conseguia me pegar, quando escutei o celular tocar, era o pai da Bia.

— Alô? — Falei da maneira mais formal possível

— Marcelo, não tenho tempo, o cara da máscara sabe coisas pessoais sobre minha mãe. — Estava um pouco confuso por ser a Bia e pela informação aleatória que ela jogou no meu colo.

— Fale mais devagar, ainda estou um pouco lento graças aos remédios.

— Ele me pegou, estou em um carro prestes a explodir.

— Não pode ser. — Tentei me levantar e imediatamente tudo girou.

— Tudo bem. — A voz dela me puxou de volta para a realidade — Pega esse desgraçado, me promete?

— Eu prom-  — Escutei a explosão e a linha ficou muda — Senti vontade de chorar de raiva, ou de tristeza pelo bebê, naquele ponto já não sabia mais.

— Kauan! — Chamei e ele não apareceu. — Droga.

Tentei me levantar outra vez na esperança de que esse ódio fosse me manter em pé, mas cai na primeira vez e meu corte abriu manchando a camisa, na segunda com o apoio da cama consegui ficar em pé, fui até o corredor e não tinha ninguém lá, no fundo da minha mente só conseguia pensar que aquele era o momento perfeito para ele me matar, com muita dificuldade fui caminhando até o elevador.

14/02/2016

Domingo

00:03

Vinicius

Tentei ligar para os outros, mas nenhuma ligação era completada, tentei várias vezes e nada, o único número que conseguia falar era o da Ana.

— Temos um problema — Falei.

— Outro?

— Nenhuma ligação está funcionando.

— Quais as chances?

— Talvez ele fez alguma coisa para bloquear seu sinal. — Escutei Gustavo falando.

— O site voltou? — Ana perguntou.

— Deixa eu checar. — Tentei entrar no link, mas redirecionava para uma página inexistente. — Não consigo acessar, acho que ele fez alguma coisa.

— Droga!

— Onde vocês estão?

— Na frente da delegacia esperando o Detetive.

— Procure o dispositivo, ele tem que estar perto, talvez na rua — Guilherme falou.

— Ir na rua sozinho com um assassino a solta? Esse é o pior plano até agora.

— Meu amigo está desaparecido, é melhor você fazer alguma coisa útil. — Ele respondeu

— Como se você tivesse feito alguma coisa quando eu estava desaparecido.

— Não é hora de discutir, Vinicius, por favor verifica se tem alguma coisa, temos que ir, o detetive chegou.

— Tudo bem, tchau.

00:07

Kauan

Vi o carro de Ana quando dobrei a esquina, ela me viu e já saiu do carro, Guilherme estava com ela, era um pouco estranho ver ela acompanhada de alguém que não fosse Marcelo ou até Lucas.

— O que vamos fazer? — Ela perguntou antes mesmo de sair do carro.

— Com qual problema, temos dois, certo?

— Precisamos achar o Mateus — Guilherme falou.

— Ainda não sabemos se alguém foi atacado, certo?

— Até agora não. — Ana também não gostava de ficar no escuro.

— Vou mandar alguém verificar a casa de Mateus para termos certeza de que ele não brigou com alguém na cozinha. Conseguiram falar com os outros?

— Vinicius tentou, mas achamos que o assassino bloqueou o sinal dele — Ana respondeu.

— Já tentaram usar os seus celulares?

— Não.

— Então tentem!

Os dois pegaram o celular do bolso, não queria gritar com eles, mas em situações assim você precisa tomar controle logo, vidas estavam em jogo.

— Que merda é essa? — Os dois resmungaram.

— Outro maldito vídeo? — Perguntei.

— Não. — Ana mostrou a tela do celular que só aparecia uma tela preta com uma máscara sorrindo. — Não consigo sair dessa tela, acho que é um vírus.

— O meu também. — Guilherme falou.

Peguei meu celular e estava com a tela igual a deles.

— Na delegacia tem o número de todos vocês, podemos usar um telefone fixo, vamos

— Nos mostre o caminho — Guilherme falou.

Os papei estavam na minha gaveta, quando chegamos no meu escritório temporário sabia que alguém tinha entrado e não era a pessoa da limpeza, o monitor do computador estava virado um pouco mais para a esquerda assim ninguém teria certeza de que não era eu usando ele, fui até a gaveta e como suspeitava estava vazia, só com uma máscara.

— Porra!

— O que foi? — Ana perguntou.

— Os arquivos foram levados.

— Ele entrou aqui? — Guilherme sussurrou como se o assassino estivesse na sala ao lado.

— Provavelmente pagou para um policial fazer, existe muitos corruptos aqui.

— E agora? — Guilherme perguntou.

— Temos que esperar alguma ligação, dessa vez caímos na armadilha desse maldito.

O telefone tocou.

00:05

Marcelo

Entrei no elevador e quando apertei o botão do primeiro andar lembrei do meu celular que ficou no quarto, estava no sétimo andar, mas parecia que nunca ia chegar, no terceiro uma mulher entrou e me encarou como se fosse doido, talvez fosse o braço sangrando ou todos os curativos pelo corpo, quando chegamos no primeiro andar perguntei em qual direção ficava a recepção, mas ela saiu praticamente correndo sem me responder. Quando encontrei uma enfermeira me viu e fez uma cara de surpresa, logo em seguida dois enfermeiros ou dois seguranças de branco baseado tamanho me seguraram pelos braços.

— O que o senhor está fazendo aqui? — A enfermeira com o nome “Lucia” bordado no uniforme perguntou.

— Cadê o detetive que estava no meu quarto? Preciso falar com ele, é urgente.

— Ele saiu, e deixou ordens de não deixar você sair do quarto.

— Olha, eu sei que a senhora só está fazendo seu trabalho, mas preciso falar com ele, é questão de vida ou morte.

— Tudo bem, ele deixou um número aqui em caso de emergência.

— Ótimo.

O telefone ficava em uma sala, privacidade era tudo o que queria agora, falei para Lucia que precisava fazer a ligação sozinho e ela concordou, fiquei um pouco surpreso com isso, ele atendeu no primeiro toque.

— Alô.

— Bia está morta. — Falar aquilo em voz alta fez tudo ficar real, como se a ficha tivesse caído.

— Tem certeza?

— Tenho, ela me ligou, parece que ele capotou o carro deles e depois explodiu. — Segurei a vontade de chorar.

— Onde foi isso?

— Eu não sei, Kauan, ela estava gravida.

Ele não respondeu durante um tempo.

— Merda. — Ele finalmente disse alguma coisa.

— É... Eu preciso voltar para o quarto, meus pontos abriram e preciso costurar.

— Tudo bem, vou mandar um policial para ficar na sua porta.

— Obrigado.

Desliguei o telefone e comecei a chorar.

00:16

Kauan

Desliguei o telefone e me sentei, tentando processar o que Marcelo acabou de me contar, os dois ficaram apenas me encarado sem perguntar nada, como se soubessem que a notícia só podia ser ruim.

— Bia morreu. — Falei.

Os dois me olharam como se tivesse falado a coisa mais absurda que já escutaram.

— Ela estava gravida.

Ana saiu da sala, mas consegui ver de relance que seus olhos se encheram de lagrimas, Guilherme foi atrás dela.

00:25

Ana

Cheguei em casa e fiquei dentro do carro pensando em tudo, primeiro Daniel, depois Neto e agora Bia, queria chorar, mas não conseguia, estava muito irritada, com quem estava por trás da máscara, até mesmo comigo que se tivesse percebido os sinais nada disso teria acontecido, alguém bateu no meu vidro, era Lucas.

13/02/2016

Sábado

22:02

Lucas

Peguei um taxi até a casa de Marcelo, não estava no clima para momentos silenciosos no carro, melhor fazer isso com o motorista, pelo menos é considerado normal nessa situação, quando cheguei mal acreditei no que vi, Rebeca estava parada na frente da casa, fumando um cigarro e parecendo bem irritada.

— Finalmente chegou. — Ela falou quando sai do carro.

— Oi, Marcelo não pode ir no jantar, coisas aconteceram.

— Já sei o que aconteceu, sou uma jornalista, tenho meus informantes, estou aqui para falar com você.

— Falar sobre o que?

— Vai querer falar aqui na rua?

— Ah, desculpe, vamos entrar.

Não tinha nenhum tipo de bebida que as pessoas oferecem as visitas nos filmes, como chá ou café, só tínhamos refrigerante e cerveja, Rebeca não parecia o tipo de mulher que bebia esse tipo de coisa.

— Desculpa, não tenho nenhuma bebida para te oferecer. — Só agora reparei como a casa estava bagunçada.

— Não me importo. — Ela ascendeu outro cigarro — Tudo bem se fumar aqui?

— Marcelo provavelmente iria reclamar, mas como ele não está aqui, tanto faz.

— É melhor se sentar.

— Agora estou interessado.

— Agora? Normalmente as pessoas ficam interessadas no momento que entro no cômodo, gosto disso em você.

— Obrigado?

— Vou ser bem direta com você. Tenho quase certeza de quem é nosso amigo mascarado e como o loiro que morreu na festa se encaixa nisso tudo.

— O que! — Falei mais alto do que esperava.

— Depois da primeira morte comecei a minha pesquisa, queria ser a primeira repórter a cobrir tudo, acabei caindo em um beco sem saída, não vou negar, mas depois do incidente na fazenda as coisas melhoraram e tudo começou a se encaixar igual quando você o lugar de uma peça do quebra-cabeça e todas vão se unindo naturalmente.

— Tem muita metáfora com quebra-cabeça e nenhuma resposta de verdade, qual é o ponto?

— Quando estava na fazenda, quantos cômodos vocês entraram?

— Só na sala, estávamos tentando impedi-lo de entrar e matar todos.

— Todo assassino precisa de um lugar para planejar ou guardar suas armas, ninguém vai fazer isso no porão da casa.

— Você acha que esse lugar é na fazenda? Parando para pensar, os moveis estavam muito novos, considerando que aquele lugar estava abandonado, mas por que ele nos colocaria tão perto de descobrir tudo?

— O perfil da maioria deles gosta de colocar as vítimas em situações onde podem descobrir tudo, mas não conseguem.

— Isso ainda não é o suficiente para me convencer.

— Todos os caminhos até aquela fazenda não têm nenhuma câmera, radar, câmera de segurança, nada. Isso faz aquele lugar perfeito para se esconder.

— Temos que ir até lá para ter certeza. — Levantei.

— Agora? — Ela parecia genuinamente chocada com minha reação.

— Não existe hora melhor que agora.

— Tudo bem, eu dirijo.

**

A fazenda parecia mais assustadora, vi as marcas da explosão enquanto descíamos a estrada, alguns pedaços dos carros ainda estavam ali, o barração parecia maior, como se tivesse se alimentado do nosso terror e agora estava mais forte, percebi que estava tremendo.

— Pronto? — Rebeca perguntou enquanto tirava uma arma do porta luvas.

— Sabe usar isso?

— O suficiente.

A sensação de achar que ele ia pular de cada canto escuro era horrível, os moveis da sala estavam em posições desde a última vez que estive aqui, o que não ajudava na ilusão de que ele estava atrás da porta nos esperando.

— Onde? — Sussurrei?

— Olhar os outros cômodos — Ela respondeu com a voz normal.

A sala se ligava a um pequeno corredor que tinha a cozinha, sala de jantar e no final uma escada que dava no segundo andar. Não tinha nada suspeito no primeiro andar, significava que teríamos que subir.

— Não gosto disso, é assim que pessoas morrem nos filmes. — Falei — Devíamos voltar com o detetive.

— Se não olharmos agora ele pode tirar tudo, ele já fez isso antes, os policiais procuraram na casa.

— Vai na frente então.

Subimos as escadas que rangiam muito alto, lá se vai o elemento surpresa, o segundo andar tinha três quartos, dois no meio e no final o de casal, os dois de solteiro não tinham nada. O último estava trancado.

— Bingo! — Rebeca comemorou.

— Como vamos abrir? Não temos a chave.

— Assim. — Ela atirou na fechadura.

— Qual é seu problema! A bala podia ter ricocheteado e nos acertado.

— Ainda bem que isso não aconteceu.

A primeira coisa que vi quando entrei foi a capa preta, quase sai correndo, mas percebi que estava em um cabide, tinha várias em cabides diferentes, uma mesa cheia de mascaras ficava no centro do quarto, em uma parede a foto de todos estavam coladas e não só de rosto como a do policial, era a gente fazendo coisas do dia a dia, Ana chegando em casa, Vinicius na academia, Neto parado no transito, eu saindo do ônibus quando cheguei aqui, Marcelo e Felipe trabalhando, Mateus em uma festa e muitas outras.

— Olha isso — Rebeca estava olhando uma pilha de papeis.

— O que é isso?

— Horários de todos vocês entre outras coisas, rápido, me ajuda a tirar foto do máximo de coisas que puder.

Ficamos muito tempo tirando as fotos, fazíamos turnos enquanto o outro vigiava a porta, provavelmente tiramos fotos de coisas duas ou mais vezes. Quando acabamos já era quase meia noite, Rebeca me deixou em casa, pensei em ligar para Marcelo, mas achei melhor não incomodar, quando estava entrando em casa vi que Ana estava sentada no carro dela na frente da sua casa, ela parecia estar pensando em alguma coisa, bati na janela e ela nem se assustou.

00:26

Ana

Lucas me contou tudo o que aconteceu na fazenda e que agora tínhamos pistas reais para pegar o assassino, deixei ele falar, tentando esquecer da Bia, quando ele terminou de contar tudo falei sem pensar.

— Bia está morta.

— Quando?

— Ontem, durante a madrugada, ele explodiu o carro com a família dela dentro, ela estava gravida.

— Porra! — Ele socou o porta luvas — Porra, porra!

— Não podemos ficar assim, não é o que a Bia iria querer.

— Não sabemos o que ela quer porque ela está morta! A lista de pessoas que conheço que estão mortas só aumenta enquanto não estamos nem perto de pegar esse filho da puta, eu estou com medo, Ana, medo de que ninguém sobreviva a isso.

— Nós vamos sobreviver, agora me mostra as fotos.

Quando ele tirou o celular do bolso a tela preta com a máscara apareceu, droga.

— O que é isso?

— Apareceu no meu também, precisa formatar, me diga que salvou na nuvem.

— Não tinha sinal lá, tinha que conectar na internet da casa do Marcelo, merda.

— Tudo bem, a tal Rebeca também tem as fotos, certo?

— Sim.

— Vamos torcer para que ela tenha colocado na nuvem.

01:13

Rebeca

Cheguei em casa, fui direto para o banho, nada melhor que um banho quente depois de um dia de trabalho. Sai do banheiro e fui até a cozinha pegar uma taça de vinho. Eu merecia. Não conseguia tirar o sorriso do rosto, ficaria famosa por desvendar o culpado dos assassinatos, coisa que nem a polícia conseguiu fazer. Ouvi meu celular tocar, subi as escadas cantarolando uma música feliz, quando cheguei no topo da escada dei de cara com ele, sua máscara suja de fuligem, capa preta e uma faca na mão, me virei para correr, ainda estava molhada, escorreguei e cai da escada.

09:13

Marcelo

Estava no hospital esperando o médico me dar alta, a televisão estava no noticiário, queria ver se eles iam falar alguma coisa sobre a Bia, quando voltaram do comercial o ancora disse que uma notícia nova tinha acabado de chegar, quando ele chamou as imagens mal pude acreditar, a manchete era “Jornalista encontrada morta” e do lado a foto da Rebeca, cortou para um link ao vivo de um policial falando que ela foi encontrada pela empregada na base da escada com uma taça de vinha do lado, provavelmente ela bebeu demais na última noite e acabou caindo, não acreditei nem por um segundo, sabia que foi culpa dele, tinha que ser.


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Notas finais do capítulo

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