O conto do Cavaleiro da Árvore que ri escrita por Hemera


Capítulo 1
O breve conto


Notas iniciais do capítulo

Vai ser bem curtinho mesmo porque a história tava pipocando na minha cabeça, além do fato de não se saber se a Lyanna foi raptada mesmo ou foi de boa vontade, o que não abre brechas pra romance. Além dela ter 16 anos e o Rhaegar uns 26(?) o que torna as coisas bizarras.
A história gira em torno da teoria em que ela era o Cavaleiro e justifica como ambos se conheceram.

Edit1: Cinco anos depois e eu acho extremamente engraçado minha escrita da época e como até hoje o livro novo ainda não saiu.



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Lyanna Stark sabia que tudo aquilo poderia ter sido evitado se tivesse desposado o grande e tolo Robert Baratheon. O rapaz tão destemido, convencera-se que estava apaixonado por ela no momento em que pousara os olhos na donzela parada no salão de Winterfell, enlaçado pela beleza fria e melancólica da única filha mulher da casa Stark.

Tinha quase 15 anos na época em que fora prometida a ele. Aceitou seu fado, mas sem deixar de questionar a personalidade do prometido.

“O amor é doce, querido Ned, mas não pode mudar a natureza de um homem.

Lembra-se da exata frase, seu tom de voz cansado de discutir e o olhar de pena que recebera de Ned, pois sabia que seu irmão não teria como negar um fato. Cresceu junto a ele no Ninho da águia.

Já tão jovem seu prometido era pai de uma bastarda no Vale Arryn, não se ressentia pela pobre criança, ela apenas endureceu, a seu ver, o fato que nunca teria amor mútuo em seu casamento. O que a irritava era o tratamento que Robbert dava a ela, como se fosse uma rosa crescida nos vales do sul, ao invés da rosa azul de inverno que era, crescendo e lutando contra aos mais desfavoráveis tempos.

Mas os sete deuses, e talvez até mesmo os deuses antigos do norte, nunca paravam de brincar com a paz que os mortais lutavam para manter. E de fato sua vida deu uma guinada no torneio de Harrenhal... ah tanta coisa teria sido evitada se não fosse sua teimosia e a covardia de Howland Reed.

Mas não, não podia culpar o pobre homem de não querer entrar em conflitos, fora tudo ideia dela afinal.

Até agora, enquanto encontrava-se naquela situação lembrava-se do ódio que sentira diante da injustiça de três jovens escudeiros para com Lorde Howland.

Esse que chutam é vassalo de meu pai”

Ela gritou enquanto, como a criança que era, empunhava uma espada de torneio que sabia que brandia melhor do que aqueles covardes. Seu irmão mais velho fizera questão de ajudá-la quanto a isso. A única coisa boa que fizera em toda essa situação foi cuidar dos machucados do pobre homem, baixo demais para defender-se de três outros.

A fatalidade da situação se desenrolou para no banquete que marcava o início do torneio. O dia em ela conhecera o jovem dragão, o belo e triste Rhaegar, com seus cabelos prateados que cintilavam naquela taverna escura e seus olhos purpúreos que apenas a perceberam quando escandalosamente derrubara uma taça de vinho na cabeça de Benjen por zombar de suas lágrimas.

Lágrimas que se converteram em raiva quando identificou os três paspalhos e quando Howland se recusou a desafiá-los. Lyanna poderia ter deixado os homens e sua honra em paz, mas sentia a sua própria honra ferida pelos três adolescentes implicarem com aqueles que estavam em desvantagem.

Ao se recordar disso, ela sabia que era tarde demais para se arrepender de ter inventado o Cavaleiro da Árvore que ri, tinha orgulho de ter lutado contra o cavaleiro da forquilha, o cavaleiro porco-espinho e o cavaleiro das duas torres, o Haigh, Blunt e o Frey; e mesmo com toda a pompa que eles tinham, ela conseguiu vencer todos e tomar-lhes suas armaduras e cavalos, exigindo como moeda de recuperação a punição dos jovens escudeiros.

Sentia o orgulho disto aquecer seu peito, havia ensinado uma lição para eles, mesmo que esses nunca fossem saber quem fora o baixo e subestimado cavaleiro que os vencerá. De fato morreria com aquele segredo e junto a ele morreria toda sua história com Rhaegar.

Seu pobre príncipe que nasceu de luto, o pobre príncipe que acreditava piamente em uma história de príncipes prometidos, o príncipe que a amou por sua essência e não por sua beleza. Amou o Cavaleiro da Árvore que ri dentro dela, a loba Stark que corria com um cavalo, como se o animal fosse parte de seu próprio corpo.

Todavia Rhaegar tinha afeição por Elia e seus filhos e era obcecado com a história que havia criado em sua cabeça, um príncipe nascido do gelo de fogo, para ele fazia todo sentido que Lyanna e ele estivessem destinados a ficar junto, e talvez ela tenha acreditado nisso também quando encontravam-se esporadicamente às escondidas com ele. Ela amou mais ele do que a tola profecia.

Como era ingênua naquele tempo.

Devia ter recusado aquela coroa de flores, rosas azuis do inverno, suas preferidas. Ela havia contado aquilo para ele no dia em que Rhaegar, sob ordem de seu pai, correu em disparada atrás do Cavaleiro da Árvore que ri. E mesmo com toda sua astúcia em um cavalo, de algum modo seu cavalo a traiu e ambos entraram em uma luta, em que ela perdeu e seu elmo fora arrancado. Os olhos surpresos de Rhaegar a cativaram e desde daquele momento desejou tirar a faceta triste do nobre príncipe e dar-lhe momentos alegres. Lyanna sabia que mesmo que por pouco tempo, havia sido amada e amado em retorno.

Os únicos arrependimentos dela era a dor que causou a Elia, o coração quebrado de Robbert e as mortes que seu tolo romance ceifou.

Mas o único motivo que fazia tudo valer a pena repousava em seus braços.

Prometa-me Ned.”


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Notas finais do capítulo

Então é isso, queria ter explorado mais, mas a história e os detalhes de as crônicas de gelo e fogo são tantas que mê dá preguiça.
Agora é esperar saber se ele vai explicar mais sobre a história, se um dia o livro sair.
Obrigada por ler.



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