Cores e Flores escrita por Lumii


Capítulo 1
Cores & Flores


Notas iniciais do capítulo

Boa noite!

Primeira fanfic da nova geração, yey! Eu particularmente gosto mais de BoruSara, porém a inspiração para essa fanfic surgiu do nada e eu decidi aproveitar.

Espero que gostem, boa leitura!



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Desde pequeno Inojin adorava ver o pai desenhar. A delicadeza dos movimentos, o grafite riscando o papel e as tintas manchando as telas. A expressão estoica do homem extremamente concentrado em reproduzir aquilo que sua mente tinha criado ou captado no ambiente.

Gostava tanto daquilo que decidira que queria fazer igual ao pai, mas logo fracassou. E tentou novamente, apenas para tornar a fracassar.

Tempos mais tarde, aos 15 anos, percebera que algumas pessoas têm aptidão para algo e outras simplesmente não tem. E ele não tinha aptidão para desenhos ou pinturas. E, sendo honesto, também não tinha muita disposição para treinar até que se tornasse bom.

Porém, perceber isso aos 8 anos de idade o deixou chateado o suficiente para decidir ficar mais tempo ao lado da mãe, enquanto ela trabalhava com os arranjos da floricultura, do que com o pai e seus quadros. E aos poucos ele viu que havia tanta beleza ali quanto nas pinturas de Sai.

Ino logo percebeu o deslumbramento do filho e o incentivou a ajuda-la, o que resultou em um garoto apaixonado pelas cores únicas e naturais que a natureza proporciona, pelo aroma doce e pela combinação graciosa de diferentes tipos de plantas.

Aos 15 anos, Inojin era tão apaixonado por flores quanto sua mãe, então ajuda-la na floricultura da família após a escola era mais um prazer do que uma obrigação. E foi justamente lá que a viu pela primeira vez.

Foi em um dia particularmente quente. O tempo seco e a temperatura elevada castigava a população de Konoha e ele decidiu passar na sorveteria com Shikadai após a escola, chegando um pouco mais tarde do que o habitual na floricultura.

Adentrou o local um pouco temeroso, porque não tinha avisado a mãe de que iria se atrasar. Porém Ino parecia ocupada demais atendendo uma garota que tinha uma coroa de rosas amarelas na cabeça para sequer notar sua entrada no local. Sua mãe fazia algumas sugestões, mas logo perguntou qual seria a utilidade do acessório.

— É para uma peça que irei apresentar no meu colégio, mas não sei bem que cor escolher.

Mesmo sem ver o rosto da garota, Inojin consegui vislumbrar muito bem qual cor traria mais destaque aos fios negros e a sua pele pálida. Ino passou a falar sobre as rosas amarelas, suas preferidas, dizendo que a garota estava realmente bonita com elas.

Observou-as mais um pouco, mas foi tomado por uma estranha urgência que fez com que atravessasse todo o espaço do local em passos rápidos, passando pelas duas mulheres e pelo balcão, adentrando os fundos da floricultura. Escutou a mãe lhe chamar, mas ignorou.

Sentou-se no banco em frente à mesa de madeira que dividia com a mãe no momento de criação dos arranjos. Rapidamente pegou os instrumentos necessários e iniciou o trabalho. Cortava, trançava, colava. Devido a pressa, machucou os dedos nos espinhos, mas há anos ele não se importava mais com isso.

Em questão de 10 minutos terminou o trançado e finalizou a coroa. Levantou-se e praticamente correu até onde sua mãe se encontrava com a garota desconhecida.

— Sarada-chan, eu realmente achei que essa cor combina com você.

Ao escutar a fala de Ino, não se conteve.

— NÃO!

As duas encararam o garoto esbaforido de forma assustada e suas bochechas coraram ao perceber que tinha gritado.

— E-eu acho que essa cor combina mais com você.

Estendeu a coroa e a garota, que ele agora sabia se chamar Sarada, lhe encarou por alguns momentos. Ele pode ver o olhar dela percorrer sua mão ferida pelos espinhos e levemente manchada antes dela pegar a coroa e colocar sobre a cabeça.

O vermelho sangue das rosas criava um contraste perfeito com os fios negros e com a pele clara, exatamente como ele imaginara. Se Inojin soubesse pintar, com certeza retrataria aquilo. Antes que pudesse se conter, deixou escapar:

— Você ficou linda.

A garota corou levemente antes de abrir a câmera frontal do celular, admirando o que via e sorrindo satisfeita.

— Vou levar essa.

Ino assentiu e elas se dirigiram ao caixa. Inojin ficou parado no mesmo lugar, ainda observando o quão bonito e harmonioso o arranjo ficou nela.

Quando a garota saiu do caixa, ele apenas acenou levemente com a cabeça, acreditando que ela passaria por ele e simplesmente iria embora.

Mas ela parou.

— A peça será nesse sábado, caso você queira ir...

Ela estendeu a mão e lhe ofereceu um pedaço de papel junto com um sorriso aberto e extremamente bonito que fez Inojin sorrir também.

— Eu irei.

Sarada tornou a sorrir antes de seguir até a porta da loja e sair tranquilamente.

Inojin observou o papel com o endereço e o horário da peça, junto com um número de celular e voltou a sorrir, sem perceber que Ino estava atrás de si e lendo o bilhete por cima de seu ombro.

— Own, que bonitinho.

Ao ouvir o tom zombeteiro de sua mãe, suas bochechas tornaram a se tingir de vermelho.

— Mãe!

Ino gargalhou ao ver o garoto praticamente correr para os fundos da loja e elevou a voz para que ele pudesse lhe ouvir.

— Fica tranquilo, filho! Eu gostei dela!


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Notas finais do capítulo

Bem fluffy e bobinha, algo que eu quase nunca escrevo, socorro.
Não sei se ficou bom, mas eu achei bonitinha e decidi postar.

Deixem suas opiniões, sugestões :3 E pra quem gosta de InoSai, eu tenho 3 drabbles postadas também!

Beeijos,
@lumii_uchiha