O brilho de uma vida escrita por Camila J Pereira


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Estão gostando de como o passado de Edward aos poucos está sendo revelado?
Logo saberão o porque dele ter sido preso. Curiosos?



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Sentado na cadeira, via através do espelho as mechas acobreadas caírem levemente. Já estava na hora de uma grande mudança. Quando conheceu a Bella estava com os cabelos tão crescidos que podia fazer coques. Depois de um mês, os cortou baixinho. Tinha assustado a namorada naquele dia, ela não esperava que radicalizaria tanto, mas como sempre, ela o apoiou, como fazia nas pequenas e grandes coisas.

Bella ficava tocando a sua cabeça quase desnuda e dizendo o quanto ele era bonito. Edward sentiu vontade de ter aqueles dedos finos cheios de anéis entre seus cabelos. Talvez aquele dia, pedisse para lhe fazer um cafuné. Daquela vez não radicalizaria tanto, apenas cortaria mais a sua franja e abaixaria as laterais, ainda podia usar o seu topete. Apesar de mudar o visual completamente daquela vez, seu pensamento sobre todo o resto era diferente. Não queria mais ser tentado com trabalhos que o afastavam de Bella.

Primeiro cortaria os cabelos, depois diminuiria o uso do fumo, tentaria ficar menos chapado. Admitia que nos últimos meses por causa da pressão que sentia tinha exagerado. Lembrou-se que respondeu até mesmo rispidamente a sua namorada quando ela carinhosamente lhe disse para ir devagar.

E por ela, principalmente, entraria com tudo com esse projeto de jogo com os seus amigos. Esse projeto que era muito importante para eles, o primeiro que venderiam para uma empresa conhecida. Seria o começo de uma nova vida, menos despreocupada com grana e ainda mais feliz com Bella. Já estavam na hora de ficarem sérios também, Bella, para a sua grande felicidade havia praticamente se mudado para a sua casa. Só estariam oficializando algo que já existia.

Talvez, depois de pegar um outro projeto, pensando positivamente, alugaria um apartamento maior. Viveria com um pouco mais de conforto. Não seria a mesma coisa com que ela estava acostumada. Mesmo sendo naturalmente simples, Bella cresceu cercada de mimos e conforto físico.

Quando saiu do salão, pôs os óculos escuros e caminhou até o local marcado. Não era tão longe dali e poderia chegar em poucos minutos. Atendeu ao celular que estava tocando em seu bolso.

— Ei, linda.

— Ei. Eu acabei de chegar. – Avisou.

— Também estou chegando.

— Te amo.

— Te amo. – Ele desligou com um grande sorriso no rosto. Era o efeito que aquelas palavras lhe causavam todas as vezes.

Apressou os passos, estava ansioso por vê-la. Não podia mais adiar, mesmo sem estar totalmente preparado, com toda a certeza em quando recebesse o dinheiro do jogo a compensaria da melhor maneira.

Entrou no restaurante, era diferente dos ambientes que costuma levá-la. Bella nunca reclamou por ele sempre levá-la para restaurantes mais simples, nada comparado ao que estava acostumada. A viu sentada a uma pequena distancia e caminhou até ela. Bella arregalou os olhos ao notar que ele tinha cortado os cabelos novamente.

— Gato! – Levantou-se e lhe deu um selinho.

— Gostou? – Eles sentaram um do lado do outro.

— Sim, ficou ótimo e gostei também das roupas. – Demoradamente ele escolhera um par de sapatos de couro sintético que havia comprado para algum evento mais formal, uma blusa branca de botões e por cima o seu suéter vinho.

— Sinto-me aliviado. Ter uma especialista como namorada me deixa um pouco apreensivo. – Ela lhe deu um pequeno beliscão no braço e depois o beijou nos lábios novamente.

— m novo corte de cabelo, roupas legais, restaurante diferente... – Bella pôs um cotovelo sobre a pesa e segurou o queixo com o dedo indicador e polegar, ganhando um ar pensativo. – Estamos comemorando?

— Sim, estamos. – Sentiu as mãos tremerem. O garçom se aproximou e os cumprimentou.

— Gostariam de fazer o seu pedido?

— Ah sim, por favor, primeiro nos traga champanhe. – Bella que tinha aberto o menu já disposto na mesa, olhou para ele interrogativamente.

— Claro, já traremos.

— Champanhe? Então... Não deveríamos estar com os outros garotos também? Afinal o jogo é deles também.

— Não é sobre isso essa comemoração.

— Sua formatura? É uma comemoração por ter acabado as aulas? – Estava cada vez mais curiosa e o brilho nos olhos dela o faziam querer abraçá-la.

— Como uma garota rica e viajada pode ser tão ingênua? – Ele apertou o seu queixo rapidamente. Bella deu um safanão na mão dele.

— Diga-me de uma vez.

— Vamos esperar o champanhe... Olha ele vindo. – O garçom os serviu. – O que quer comer? – Bella procurou no menu. – Pode ser o que quiser. – Ela sorriu para ele e fez o pedido. – O mesmo para mim.

— Estou tão curiosa.

— Vamos brindar. – Ergueram as taças.

— A que brindaremos?

— Ao nosso amor, a nós, a nossa vida juntos. – As taças se tocaram.

— Tim-tim.

— Eu não lhe disse o quanto está linda hoje. – Olhou bem para a namorada dos pés a cabeça. Bella calcava sapatos altos de bico fino, uma calça destroyed, blusa bege e um blazer amarelo. Seus cabelos estavam soltos como costumavam, mas agora bem abaixo dos ombros, diferente de quando se conheceram.

— Você disse quando acordamos. – Lembrou ela.

— Fica cada vez mais linda toda a vez que olho.

— Você é incrível. – Bella o beijou no rosto com carinho.

— Bella...

— Sim? – Ela estava bebendo do champanhe e parecida ter gostado.

— Crescemos em ambientes totalmente diferentes e tivemos uma educação também diferentes. E eu tive tanta sorte que mesmo nesse mundo louco, pude encontrar você.

— Somos diferentes, aí está a beleza.

— Eu sei. – Ele confirmou.

— Agora que te encontrei, não quero mais me separar de você. – Uma vez tinha imaginado se por acaso terminassem o relacionamento. Sabia que seria um cara amargurado sem Bella. Decidiu nunca mais pensar sobre aquilo.

— Também não quero nunca me separar de você.

— Só estou começando agora. Sabe que as coisas para mim... Não tenho muita grana. – Edward entrelaçou os seus dedos nos dedos dela por cima da mesa.

— Eu não me importo.

— Mas eu quero te dar uma vida melhor. Quero ficar com você, crescer com você e não te trazer para baixo.

— Acha que está fazendo isso? – Bella adquiriu um ar grave. – Não.

— Você está praticamente morando comigo. E aquele cubículo... 

— É onde você vive e eu gosto de estar com você.

— Não era exatamente isso que eu queria falar. Porque tomou esse rumo? – Ele mesmo não entendia. – Acho que é porque não me sinto tão digno e agora que estou prestes a te propor, estou me sabotando.

— Você... Está me propondo?

— Nem ao menos tenho o seu anel. Prometo lhe dar da próxima vez. – Edward estava quase sussurrando. – Eu não tenho nada, nada... Mas ouso querer você para sempre.

— Seja homem e me proponha direito. Fale mais alto. – Bella estava chorando e rindo ao mesmo tempo, o que fez ele também se emocionar. Edward segurou a emoção, respirou fundo.

— Case-se comigo, meu amor.

— É claro que sim. Sim, sim, sim! – Bella o abraçou e o beijou. Sim, foi um dos momentos mais felizes da sua vida.

— Chegamos. – O taxista lhe informou.

Edward abriu os olhos, sentiu que podia chorar. Piscou algumas vezes e pigarreou. Procurou em sua carteira as notas para pagar a viagem. Desceu do carro e olhou para o seu relógio de pulso.

Como ele havia previsto, chegou ao local na hora do almoço. Não tinha certeza de que ela sairia para almoçar em algum lugar ali perto, mas estava esperançoso. Caminhou um pouco em direção a loja. Sabia exatamente o endereço. Emmet havia lhe passado em um dos seus telefonemas daquela semana.

O brechó de Bella localizava-se estrategicamente em uma ruma comercial, entre um bairro de classe média e de grã-finos. Ela buscava roupas de grandes estilistas principalmente e estava fazendo o seu caminho no ramo. Havia um letreiro que o fez parar, estava do outro lado da rua. Sim, era a “Lookin’ 4”, esta era a loja dela.

Edward ficou de pé do outro lado olhando para lá. Esperou e esperou, esperaria até vê-la. Toda vez que a porta se abria, ele sentia o coração parar, mas daquela vez teve razão. Bella saiu e trancou a porta e estava luminosa aos seus olhos. Ela virou para a rua e pôs os cabelos longos para um lado. Ele reconhecia aquele gesto, reconhecia aquele andar.

Seu vestido preto era longo e deixava seus braços e parte dos ombros a amostra. Tinha uma jaqueta jeans amarrada na cintura, nos pés um allstar e segurava uma bolsa que deveria ser de alguma grife. Edward caminhou para tentar atravessar e alcançá-la. Até que parou no meio do caminho.

— Mas o que estou fazendo? Eu não posso. – Disse para si mesmo.

Seu celular tocou e ele caminhou devagar indo na mesma direção de Bella, mas agora não para abordá-la. Só queria vê-la um pouco mais.

— Ótimo timing.

— O que tá rolando? – Emmet perguntou do outro lado da linha.

— Estou vendo a Bella.

— Quer dizer, vendo, vendo mesmo? Estão se falando? – Seu amigo pareceu animado

— Apenas vendo. Eu preciso que venha e me tire daqui.

— Não, você precisa ir falar com ela já que fez todo o caminho. – Discordou.

— Estou perto da loja dela. Cara, vem logo. – Desligou.

Edward a seguiu até um restaurante. Bella estava almoçando com uma outra mulher que já a estava esperando. Como parecia um pouco suspeito diante do restaurante, foi para um outro que ficava quase em frente e esperou o amigo.

— Você merece que lhe quebrem a cara novamente.

— Também sinto isso. – Edward estava fraquejando mais uma vez.

— Porque não foi até ela? Porque não vai agora? Eu ligo para ela se preferir.

— Não! – Passou as mãos pelo rosto. – Olha como estou. – Apontou para si mesmo. – Estou cheio de hematomas, com uma cicatriz e o olho ainda inchado.

— E daí?

— Como eu poderia ir até ela nessas condições... Ex presidiário, sem nada enquanto ela parece tão bem. Não tenho nada para oferecer a ela, não tenho nada que ela possa gostar.

— Ela gostou de você antes. Para de se diminuir diante dela. Bella não é superficial.

— Eu não posso ir até ela assim. Tenho que recuperar a minha dignidade, por isso vim até a universidade. Estou disposto a começar.

— Você não pode fazer isso com ela?

— Não sei se consigo. – Emmet recostou-se na cadeira, cruzou os braços e encarou o amigo.

— Você está prestes a perdê-la de verdade.

— O que?

— A gente se encontrou. Estava com a Rosie... Ela queria ver a Alice, então Jasper também foi. Bebemos como sempre e então o assunto “Bella e Edward” surgiu. Sabe o que tá acontecendo? Bella esperou por você. A Rosie não queria me contar para que eu não te contasse. Bella queria que você a procurasse por sua própria conta. – Edward estava petrificado. Não podia acreditar que depois de tudo ela ainda esperava por ele. – Mas já se passou quase duas semanas e você não apareceu. Rosie acha que ela está agindo por raiva, mas...

— Ma-mas...? – Edward balbuciou.

— Ela saiu com um cara e não quer mais ouvir sobre você.  

Com os olhos vermelhos e úmidos, ele tentava se manter firme. Já sabia que isso poderia acontecer, foi pensando que ela seguiria que terminou. Evitava pensar sobre aquilo porque era doloroso, mas parecia tudo pior quando soube que ela o esperou.

— Cara, estou te falando: Vá até ela agora e terá uma chance.

Edward não foi. Depois de falar com o amigo, voltou para a sua cidade. Todo o percurso feito em estado de completo transe. Só conseguia sentir dor, nem pensava direito. A noite, em casa, tentou de todas as maneiras pôr em sua cabeça que era o melhor para ela. Estar com um cara legal, que não tivesse nada que atrapalhasse a vida dela.

No dia seguinte e no seguinte e depois deste, só trabalhava. Ajudava tanto os seus pais quanto também começava os esboços do novo jogo. Jasper já estava escrevendo a história e os gráficos estavam por sua conta. Cada um tinha a sua função e ele estava sempre indo para a cidade encontrar com os amigos e sócios.

— Porque não volta a morar aqui? Seria menos cansativo. – Jasper perguntou certo dia.

— Prefiro fazer assim por enquanto. Posso ajudar meus pais dessa maneira.

— Bella terminou com o cara. – Foi alivio que sentiu? – É, pode se sentir aliviado. Não é um cretino por isso, é por não ir procurá-la.

— Porque não deu certo? – Ele tentou ignorar a ofensa.

— Eu não sei dos detalhes. Pode saber se for hoje com a gente. As meninas estarão juntas hoje.

— Mas e ela?

— Ela foi para algum lugar hoje e chegará tarde. Lances da loja. – Edward tinha parado de trabalhar totalmente no computador a sua frente. Os gráficos eram apenas borrões. – Pode dormir na minha casa depois se achar melhor.

— Tudo bem, irei com vocês.

Eles gritaram juntos com a notícia do amigo voltar acompanhá-los depois de tanto tempo. Edward também sentiu o coração mais aquecido depois de aceitar. Marcaram com as garotas e no final do dia, eles foram para um restaurante bar.

Edward ainda não podia beber, mas bebeu. Teria que fazê-lo depois de ser ofendido ao extremo por Rosie e Alie. As duas não o perdoavam e o chamavam de fraco entre outras coisas.

— Bella ficou tão triste quando você a afastou. Eu queria esmurrá-lo por isso. – Alie disse agressiva.

— Todo mundo entende porque você fez isso, apesar de tudo, mas não procurá-la depois... – Rosie lhe deu um tapa atrás da cabeça. Edward esfregou o local, mas sentia que merecia. – Agora o que vai fazer? Continuar fugindo?

— Vocês mesmas disseram que ela não quer mais saber de mim.

— Ela está magoada. – Alie respondeu. – A tia Esme estava tão animada em ter Bella como nora. – Suspirou. – Todo mundo ficou frustrado.

— Ed, quanto mais você demorar, menos chances de consertar as coisas terá. – Rosie disse convicta. – Tenha coragem.

Eles beberam e Edward ouviu a todos. Sentiu que estava embriagado, mas aquilo o enchia de coragem. Ainda tinha o endereço da casa de Bella, assim como o endereço de sua loja, Emmet havia lhe passado.

Entrou num taxi e pediu que o levasse até lá. Saiu cambaleando, pegou o celular e discou depois de tanto tempo o numero dela. Ela atendeu, mas permaneceu calada. Talvez não acreditasse que era ele ligando.

— Alô. – Disse por fim.

— Bella, sou eu, Edward. – Ele estava tremendo, suas palavras não pareciam sair corretamente.

— Porque está ligando? – A voz dela soou tremula também.

— Que saudade da sua voz. – Foi o que ele disse em resposta.

— Você está bêbado? – Bella estava demorando em cada resposta. Parecia sem saber se estava mesmo sendo real.

— Estou aqui na frente do prédio em que mora. – Ele fungou. – Deixe-me subir ou venha até aqui. Esperarei o tempo que for. – Edward desligou e sentou-se na calçada. Suas pernas pesavam o triplo, sua cabeça girava.

Minutos depois a viu sair do prédio. Ele levantou zonzo, os olhar dos dois se encontraram. Bella estava linda como sempre, tinha os olhos úmidos, mas de alguma forma parecia dura demais para ser ela.

Mesmo assim ele a abraçou, não suportando mais se fazer de durão. Não aguentava mais um dia sem ela, não importava quantas desculpas pudesse inventar para tentar se manter distante. Encontrar com todos, como se fosse nos tempos da faculdade tinha sido a gota d’água, assim como ouvir seus amigos falando sobre Bella.

— Bella. – Inalou o perfume dos seus cabelos. Bella estava quente e macia. Seu corpo todo reagia e lembrava. Encostou as suas testas, sentia-a perto. Pensou que nunca mais o faria. – Bella... Senti tanto a sua falta... – Ele chorou, ela também, mas foi afastado. Bella tentava segurar as lágrimas, mordia os lábios. Então aconteceu o inesperado. Ela o esbofeteou algumas vezes.

— Se você precisa beber para me encarar, apenas não me procure. Vá embora, Edward Cullen e nunca mais volte aqui.

A gentileza e carinho eram só uma lembrança agora. Edward a via se afastar com os punhos cerrados, agressiva como nunca a tinha visto antes. Enquanto o esbofeteava, sentiu a sua raiva, a viu em seus olhos. A mágoa era verdadeira e ele temia saber o quanto estava enraizada.

Não se moveu, não havia o que fazer. Chorou então jogando-se novamente na calçada. Ele teve um vislumbre em sua vida, um brilho que iluminou tudo. Foi amado e desejado pela garota que amava e agora estava apavorado e completamente na escuridão porque ela estava realmente inacessível.

— Cadê você? – Edward ouviu Emm falar, mas mesmo depois de atender ao celular continuou chorando. – Você está...?

— Eu vim vê-la. Está tudo acabado.

— Você foi vê-la, nesse estado? Diabos, cara! – Ele ralhou. – Só fica onde você está que eu vou buscá-lo.  

Edward não soube direito o que aconteceu, quanto tempo ficou ali esperando e como adormeceu na casa do Emmet. Desligou-se novamente para auto proteção. Permaneceu meio catatônico também ao acordar.

— O que aconteceu? – Emmet tinha preparado um café para ambos, depois de ter feito com que tomasse um banho e vestisse roupas limpas. Estava sentados um de frente para o outro, Edward não olhava para o amigo, mas ele lhe encarava. – Você disse que ia ao banheiro e foi até a casa dela.

— É.

— Queria que ela escutasse um bêbado?

— Não estava pensando direito. Vocês ficaram falando dela a noite toda e só aumentou a minha vontade de vê-la. Quando mais eu bebia mais desesperado ficava.

— Deixa isso pra lá. Esfria a cabeça, vamos trabalhar depois de tomar um café.

— Não, antes preciso fazer uma coisa. – Avisou.

— O que?

— Vou vê-la novamente. – Decidiu.

— Você deve estar brincando comigo. – Bufou. – Fez a maior merda ontem, deve ter dito...

— Não disse nada. – Ele o cortou. – Só que sentia a falta dela e a abracei.

— Só fez isso? Tem certeza?

— Sim. – Edward parecia sem paciência.

— E?

— E que ela me encheu de tapas, disse que se eu precisava beber para ir até ela, para não fazer isso e me mandou nunca mais voltar. Ela parecia diferente de todas as vezes...

— Isso é uma mulher com raiva. Ela nunca deve ter sentido isso por você para dizer que nunca a viu assim. – Edward pensou que fosse verdade. – Não sei se seria uma boa você voltar tão cedo.

— Todos vocês estavam me infernizando para que eu fosse procurá-la, agora está me mandando não ir. – Edward gritou.

— Eu disse antes de você irritá-la mais ainda. – Emmet gritou de volta. Os dois se olharam por alguns segundos irritados até que Emmet caiu na gargalhada.

— Você é louco. – Edward concluiu.

— Cara, você precisava mesmo desses tapas da Bella. Você parece mais vivo agora, parece mais com você. – Edward sorriu sem querer.

— Não foram os tapas... Talvez um pouco. Foi porque eu a vi e a abracei. Porque eu pude tocá-la.

— Idiota apaixonado. Vá então e diga isso a ela.


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