A Última Guerra de Percy Jackson escrita por Avassalador


Capítulo 6
Vossa Majestade


Notas iniciais do capítulo

Oi

Esse eu demorei pra postar, mas tenham ctz de que quando eu demorar é porque estou tentando trazer um capítulo com uma qualidade satisfatório para a Fic.
Até porque se é pra fazer mal feito é melhor nem fazer, né?



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6.

 

Um grande e expressivo palácio branco era a única coisa que fazia contraste com o céu completamente negro. A imensidão negra acima do monumento e do longo deserto era tenebrosa. Não havia vento, animais, ou qualquer som do lado de fora. Aquele lugar era como um grande vácuo escuro, uma parte do universo que fora esquecida e esteve morta por muito tempo. O único diferencial no meio de toda aquela areia cinzenta era o grande palácio branco. Uma estrutura notavelmente poderosa e bela, mesmo que com um jeito sombrio. Suas longas torres cheias de pilastras pareciam invadir o preto infinito do céu e sua base estendia-se por longas distâncias. Suas paredes eram como enormes e compridas muralhas. Na parte interior não havia móveis ou decorações. Era um lugar tão inabitável por dentro quanto por fora. Só havia um diferencial: as centenas de pessoas que estavam ali. Todas vestiam o mesmo uniforme branco, o que estranhamente iluminava o ambiente negro. Mantinham-se em grupos separados, alguns marchando sistematicamente pelos corredores e outros ficavam parados ocupando o salão principal no andar mais baixo do palácio. Poucos tinham acesso aos muitos dormitórios, geralmente só iam para lá a partir de determinado horário que era estabelecido por Vossa Majestade. Eram obedientes soldados, prontos para darem a vida pelos ideais dos quais viviam.

— Grupo oito, edifício leste! – gritava formalmente um dos subchefes.

Fileiras e mais fileiras eram organizadas e marchavam rumo às especificações. Os encarregados ficavam parados pelos corredores avaliando a movimentação. Normalmente o exército branco não se deslocava tanto assim no dia.

— Por que estamos sendo realocados? – perguntou um dos soldados enquanto inclinava a cabeça para o lado, porém, com o olhar fixo na frente.

Não seria nada bom que algum dos encarregados os pegassem conversando.

— Ouvi dizer que os Cavaleiros irão se reunir lá em cima hoje – respondeu o colega também sem nem olha-lo.

— Os Cavaleiros? – questionou ele de maneira tensa – Todos os 26?

— Parece que sim – respondeu o soldado que marchava em frente a eles – isso é tão excitante, significa que devemos agir em breve.

Então o grupo passou por uma curva, iriam atravessar um corredor na parte externa para subirem as escadas para a troca de edifícios. Ao lado direito era possível terem uma visão do amplo deserto que cobria toda a volta do palácio. Tudo que tinha do lado de fora era areia e escuridão.

— Grupo vinte e um, térreo! – gritavam em outro lugar ali perto.

O soldado curioso queria conversar um pouco mais.

— Vocês sabem alguma coisa sobre eles?

— Sei sim – respondeu o que estava ao seu lado – eles não precisam usar esses chapéus ridículos.

Por um breve momento eles sorriram. Já num lugar lá em cima, um trono duro ligado ao chão estava sendo ocupado. Uma figura alta com um largo manto branco estava sentada ali. Era um homem de pele clara e com um cabelo branco curto e repicado. Apesar de seu cabelo ser dessa cor, o restante de sua aparência era jovial. Seus olhos eram um pouco puxados, e seu manto tampava completamente sua boca e parte do nariz. Ele mantinha uma expressão calma e tranquila enquanto via o exército se movimentar nos andares abaixo. Homens e mulheres, todos prontos para lutarem. Atrás de si, ele ouviu o grande portão batendo. Estava na hora. Levantando-se calma e lentamente, ele deu a volta pelo trono maciço e empurrou o portão com as mãos. O cômodo ali não era grande como o salão, no entanto, poderia alojar facilmente mais de trinta pessoas. Ao adentrar, todos os olhares se viraram para ele. O homem estava em uma parte mais relevada do chão, estando acima, portanto conseguia uma visão de todos os 25 Cavaleiros. Não esperou que nenhum deles abrisse a boca para falar alguma coisa.

— Quero que fiquem cientes de que a cada dia que se passa, nosso objetivo se torna mais concreto – anunciou ele. Sua voz, assim como sua expressão, era calma e suave. Seu manto largo era diferente dos demais, pois de tão grande chegava a se arrastar um pouco pelo chão, além de continuar cobrindo sua boca e também suas mãos.

Todos continuaram em silêncio. Alguns ficavam de braços cruzados, outros com as mãos no bolso do capuz ou na cintura. Uma mulher mexia distraidamente em seus longos cabelos volumosos.

— Também devo trazer ao conhecimento de vocês que o cavaleiro de letra “O”, Jacques Tzvetan, foi morto durante a invasão do acampamento romano dos semideuses.

Uma agitação tomou conta dos ouvintes. Ficaram ultrajados, como se tivessem se tornado réus em um julgamento completamente injusto

— Como assim? Isso é impossível! – exclamou um ruivo com sobrancelhas grossas.

— Até o Tzvetan? – questionou zelosamente uma garota pequena de grandes olhos. Seu cabelo negro estava amarrado e ela fazia biquinho – Perdemos Yan poucos dias atrás.

— Como é possível que um de nossos membros de elite tenha perdido para um mísero semideus? – rugiu um brutamontes de pele parda e cara fechada.

O líder respondeu sem perder a paciência.

— Não foi o que eu disse. Ao que tudo indica, houve a interferência de um deus. Tenho certeza de que foi obra de um Olimpiano, embora não saiba dizer especificamente qual. Não subestimem o poder que possuem, perder para um semideus não é uma opção disponível.

— E o que será feito agora? – Indagou o mesmo ruivo de antes.

— Alguém receberá a letra dele, não é? – perguntou um loiro com expressão vazia e pálpebras caídas.

— Exatamente, o mesmo que foi feito com Yan será feito no caso de Tzvetan – o líder ele fechou os olhos por alguns instantes, refletindo – como já foi dito anteriormente, não podemos deixar com que haja letras remanescentes. A habilidade Overreact será dada para outra pessoa.

— E quem seria? – quis saber a mulher que mexia nos cabelos. Ela já não estava mais tão distraída após essa notícia.

Ele já esperava por aquela onda de perguntas. Olhou para o seu lado direito, onde se abria uma sombra ar. Parecia que um buraco negro vomitava uma pessoa. Então sai um homem com os ombros caídos e usando o mesmo uniforme branco dos restantes. Ele tinha um rosto magro e acentuado, além do cavanhaque e um repartido cabelo castanho. Seu olhar era de uma felicidade contida, quase que uma espécie de sarcasmo.

— Este é Mariva – apresentou-o – foi o escolhido por Vossa Majestade para ser o responsável em entregar a mensagem para Percy Jackson. Por ter demonstrado êxito em sua tarefa, será ele o presenteado com a letra “O”. Mais tarde, também será entregue a ele uma Kulon. 

— Olá! – ele cumprimentou os demais abaixo, sorrindo.

Ninguém respondeu. O brutamontes bufou. Ele cruzou os braços, virou o rosto com desprezo, e se apoiou com o pé na parede. Nenhum deles gostavam de reposições, e gostaram menos ainda da cara exibida do novo Cavaleiro.

— Entendo que ninguém admita mudanças com facilidade, entretanto, não é interessante para nós que desperdicemos qualquer poder que esteja ao nosso alcance – explicou o líder – quando o plano se concretizar, poderemos celebrar o esforço de cada companheiro perdido.

Ele olhou para Mariva novamente.

— Junte-se a eles!

— Sim, senhor Sen Chi Lian – respondeu para logo depois pular para o piso abaixo e se juntar aos outros Cavaleiros.

Lian, atentando-se para frente, voltou a anunciar.

— Ambos os acampamentos foram destruídos no processo e mais de vinte mortes foram confirmadas ao todo. Não foi uma aniquilação, apenas um aviso. Se quiséssemos realmente mata-los não haveria ninguém vivo agora. A lista de potencias para a guerra ainda conta com todos os membros vivos, inclusive Percy Jackson. Temo que ele e seus amigos sejam um dos nossos maiores problemas. Ao longo do tempo iremos nos encontrar com os outros listados, por enquanto devemos nos concentrar no território conquistado.

— Não seria melhor atacarmos o resto do país agora que o Olimpo está distraído? Podemos simplesmente explodir tudo o que acharmos pela frente! – exclamou a garota pequena, falando com uma alegria imensa.

— Por mais que eu ache sua vontade por destruição algo comovente, Lilibelle, as ordens de Vossa Majestade foram explicitas. Devemos esperar que ele acorde para darmos o próximo passo.

Alguém levanta a mão entre os Cavaleiros. Era Mariva, o mais novo membro da elite.

— Perdão pela ignorância, mas como todos sabem eu acabei de chegar - disse já se desculpando, ainda que não ressoasse como se ele realmente fosse ligar para o que os outros achariam - Qual exatamente seria o próximo passo?

— Atualmente temos o controle sobre o soterrado Labirinto de Dédalo e do Submundo. Nosso próximo passo será cortar o mal pela raiz: vamos atacar e destruir os deuses do Olimpo.

— Uh, todos eles? Parece ser algo bem problemático... – comentou um homem magricela com um longo topete preto.

— Graças a Vossa Majestade cada um de vocês possui um nível divino escandaloso de poder. Jacques não esperava que um Olimpiano o confrontasse, por isso perdeu. Ao que tudo indica, estão ignorando as Leis Antigas. Devem ter percebido que não são eles quem podem ou não determinar as regras nessa guerra.

O homem topetudo suspirou pesadamente e todos começaram a cochichar uns com os outros, soltando murmúrios de concordância e aprovação. O líder esperou até que todos fizessem silêncio, o que não demorou muito. Apesar da personalidade dura e orgulhosa dos Cavaleiros, eles tinham certo nível de respeito pelo superior. 

— É bom que os ânimos de vocês estejam em alta, não quero deixar a oportunidade passar - ele olhou para cima, pensativo - tem mais uma coisa que devo colocar em pauta.

Ele abriu os braços como se estivesse prestes a se jogar para baixo. Acima de sua cabeça uma longa imagem tremeluziu, para que todos a vissem. A paisagem era uma sala branca com uma grande lareira no centro. Em volta havia muitos tronos diferentes em forma de U. Perceberam instantaneamente que era o Olimpo. A imagem focou-se em um canto, onde um grande aquário se encontrava. Uma criatura nadava de um lado para o outro, metade vaca e metade serpente.Todos já sabiam do que se tratava antes mesmo do líder dizer. Ouviram boatos sobre a criatura. Um ser que, se sacrificado, poderia dar o poder de destruir os deuses.

— O Ofiotauro deve ser capturado quando forem ao Olimpo sob o comando de Vossa Majestade - Lian avisou - ele é um monstro denominado Bessie.

 


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Notas finais do capítulo

é isto!



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