Z de Morte escrita por Mallock


Capítulo 4
Capítulo 3 - Garota Insana


Notas iniciais do capítulo

Aqui o mundo pode começar a ser mais aberto... Boa leitura! :)



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Não aguento mais isso. Essas aberrações gemendo de um lado a outro. Ainda não sei dizer como sobrevivi. Mas estou aqui. Em um velho escritório de um armazém fechado e recheado de ex funcionários e clientes mortos.
Ainda não sei quem é essa garota, mas ela está fumando tantos cigarros que parece que vai ter um ataque de pânico a qualquer momento. Ela está tremendo, com uma blusa regata preta e um shorts jeans azul. E eu com a minha velha camisa do Ac/Dc e uma calça jeans também.
Estou olhando para aquele belo rosto e imaginando a história daquela bela mulher. Acho que ela era alguma funcionária daqui quando tudo isso começou. Isso seria o mais provável, mas ela poderia ser apenas uma cliente que estava por aqui quando tudo isso começou. Eu não sei. Não faço a menor ideia. E no momento, sinto uma vontade insana de gritar e mandar essas coisas pararem de gemer.
Algo me diz que ela quer o mesmo e ao contrário de mim, ela vai aprontar alguma. Isso está me deixando um pouco desconfortável. Muito desconfortável.
Ela se levantou, veio até mim e sem dizer uma palavra, me beijou. Foi um beijo de tirar o fôlego. Eu senti vontade de continuar e minhas mãos foram até suas costas. As desci um pouco mais. Não pude evitar a sensação. Ela foi ao meu ouvido e deu leves mordidas em uma delas.
    — Não sei quem é você ou se você é gay ou hetero, mas vamos morrer aqui e eu não posso mais esperar por isso. — ela disse, colocando as mãos na minha parte íntima.
     — O que você está fazendo? — perguntei, tirando as mãos dela de lá.
  — Cara, eu me guardei a vida inteira acreditando que encontraria o cara legal e faria sexo com ele na lua de mel. Agora, estamos aqui, eu e você, eu não quero morrer virgem. Entendeu? — ela mordeu os lábios e me olhou com uma cara de quem estava me devorando com os olhos.

Recuei sem saber bem o que dizer para evitar que aquilo acontecesse, mas para ser sincero, eu já estava no clima e mesmo sabendo dos doentes do lado de fora do escritório, ainda assim, minha cabeça está entrando com tudo no jogo daquela bela mulher. Ela me prensou contra a parede, me beijou, mordeu levemente meus lábios e levou uma das mãos ao zíper de minhas calças.
Eu estava sendo dominado por aquela mulher, até ouvir o tom vindo do meu notebook. Felizmente o WiFi daqui ainda funcionava e a senha estava esposta em um papel na parede.
Era um email pelo que pude ver, mas não vi mais detalhes, pois a garota estava enlouquecida e eu, enlouquecendo.
A doida tirou minhas calças e fez uma dança sensual na minha frente. Um striptease, ela começou, tirando peça por peça de roupa até ficar apenas de calcinha e sutiã. Ela virou de costas e dançando lentamente, empinou um pouco a bunda. Fazia tempo que eu não fazia nada e aquilo estava me tirando do chão.
Ela voltou até mim e tirou minha camisa. Tentei num último esforço impedir que aquilo acontecesse. Talvez eu tivesse cometido um erro, pois fiquei de costas para uma janela frágil de vidro, até então, não descoberta pelos doentes Devoradores. A garota num ato selvagem me empurrou contra a parede e veio até mim para fazer o que tanto queria. Porém, quando bati de costas, a janela se quebrou e eu cai para o lado de fora. A garota ainda pulou para cima de mim, num ato insano de última transa. Ela estava completamente fora de si. Era estava totalmente louca e perdeu a noção do perigo ou simplesmente não tem amor a vida. A maluca me beijou ferozmente. Fiquei com olhos abertos vendo os mortos nos cercarem.
Eu vou morrer em instantes e nem sei quem me mandou aquele email. Droga! Por que estou lembrando disso agora? Não faz sentido.

— O que você está fazendo? Nós vamos morrer. — eu gritei assim que ela parou de beijar a minha boca.
        — Está com medo? — ela sorriu como se não tivesse dando a mínima.
Olhei nos olhos dela e não sabia o que dizer. Ela realmente não se importava com o que aconteceria a seguir. Droga! Droga! Droga!
          — Vocês homens são frágeis demais. — ela levantou, pegou a arma e deu em minhas mãos. — Suma daqui. Eu dou um jeito neles. — ela estava apenas com um taco de beisebol e calcinha e sutiã. Uma cena sexy e bizarra ao mesmo tempo.
Sem perder tempo, levantei e corri até meu notebook. Olhei o email as pressas. Eu não conhecia aquele endereço de email, mas essa pessoa parecia saber que eu estava ali.
Refleti, peguei o notebook, coloquei na mochila e fui para a luta com a garota.
Eram cerca de 20 ou mais doentes. A peguei pelos braços a a beijei intensamente.
         — Você quer perder a virgindade? Vai perder. — eu disse. — Mas antes. Vamos sair daqui.
Acho que gastei quase todas as balas em apenas 3 deles. Mesmo sabendo atirar, eu estava nervoso demais. Ela então pegou a arma e não errou nenhum tiro. Saímos dali sem pegar roupa nenhuma. Eu até consegui colocar minhas calças, mas ela continuou seminua.
Não sei onde minha camisa ficou. Deve ter sido no escritório. Estou nervoso demais para pensar nisso agora.
Nós dois conseguimos sair do mercado e fomos surpreendidos por várias pessoas armadas logo a frente. Eles estavam mirando na gente.
   — Abaixem-se, kids! — um loiro musculoso que segurava uma metralhadora sorriu ao pedir.
Eu e a garota nos abaixamos e ouvimos disparos contínuos de metralhadoras e pistolas. Alguns instantes depois, o mesmo loiro veio até mim e esticou um de seus braços.
          — Não foi tão difícil, foi? — levei minha mão ao braço dele e ele me ajudou a levantar. Fiz o mesmo para ajudar a garota.
Olhei para trás e vi inúmeros corpos caídos. Peguei um casaco que eu tinha na mochila e dei para a garota usar. Não gostei dos olhares dos homens ali presentes. Um grupo de apenas homens não me pareceu confiavel numa circunstância dessa.
          — Então, garoto. Recebeu meu e-mail? — ele fumava um charuto e sorria com o canto da boca ao fazer a pergunta.
      — Você que me mandou o e-mail? — indaguei, já respondendo a pergunta.
        — Foi o que eu disse, não? — ele olhou para os outros homens ao redor e todos riram.
        — Quem são vocês? — perguntei, pois o medo deles parecia maior que dos doentes.

— Para saber quem somos, precisamos confiar em você. Você é confiável, garoto? — ele não respondeu minha pergunta e ainda me prensou contra a parede.
       — Eu sou sim, confiável. — respondi olhando para os carros em que eles vieram.
         — Ainda bem, garoto. Não aceitamos traidores conosco. Do contrário, teríamos que te matar. — ele piscou um dos olhos e olhou para a garota ao meu lado. — E a propósito, que bela aquisição você tem aí hein! — ele colocou o charuto na boca e seguiu caminhando até um dos carros. — Venha conosco. Não me faça te levar pelos braços.
         Novamente olhei para a garota ao meu lado e ela continuou como estava desde o começo, com a cabeça baixa. Sinceramente, não sei se posso confiar nesses homens. Mas não sei se posso confiar nela também. Espero que eu não morra nas mãos de Assassinos depois de sobreviver aos Devoradores.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que achou? Está ficando boa? O que será que aguarda Demian agora?



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