Amores Diferentes. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 2
2x02 - Antes Da Festa.


Notas iniciais do capítulo

Lhes comunico, que é a parti desse capítulo que a história começa a se desenrolar de verdade...
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/725272/chapter/2

O problema é que você segue em frente mas continua olhando para trás.

(Música do Capítulo)

Ponto de vista : Maggie Storm.

      As luzes coloridas e reluzentes piscavam sob meu corpo, a medida que ele já suado por toda a movimentação, dançava no ritmo da música. Eu sorri de uma forma que nunca sorri antes, ao perceber que Nick,  se encontrava do outro lado da sala de Harry, parado, me fitando com encanto. Nunca pensei que poderia ser tão feliz assim. Claro que sempre imaginei que encontrar o cara que sempre sonhei em ser o príncipe da minha vida, seria maravilhoso. Mas, o que eu sentia ao estar com Nick, era quase indescritível. Era algo como tudo estivesse certo de todas as formas. No inicio me arrependi por não ter notado, que ele era o amor da minha vida, só que depois percebi, que eu descobri no momento certo.

             Dei uma voltinha, e rebolei para ele, que riu. Ignorei todos os caras pervertidos que queriam se alisar em mim na pista de dança, e fui até onde meu namorado estava. No caminho até lá, arranjei que um drink que estava em uma das mesas, espalhadas pela casa, e beberiquei o  líquido. Havia vodka ali.

—Sério que irá se embebedar, quando temos uma prova para fazer amanhã? — Nick elevou a voz, por conta da música alta, e sem aviso prévio, tirou o copo da minha mão, e o colocou na lareira próxima a ele.

—Eu já disse que você fica sexy bancando o namorado/amigo preocupado? Se não disse é porque só notei agora. — brinquei e ele me puxou pela cintura. Nick era realmente perfeito. Ele me entendia, me apoiava e cuidava de mim.

—Eu não sei...Você costuma falar muitas coisas. — debocha, e eu aperto seu braço, me fingindo de ofendida.

—Esse Nick brincalhão não é muito legal...Prefiro você sério. — retruco rindo, e de repente a risada dele também se cessou.

—O que acha que acontecerá amanhã? — indaga.

—Como assim? — franzo minhas sobrancelhas e ele suspira.

—Quando voltarmos a escola, e o cenário ser completamente diferente...Quer dizer, eu não serei mais seu melhor amigo, serei seu namorado e tem a Jane...Eu sei lá...Sinto, que devia ter contado a ela sobre nós e... — não deixei que ele continuasse.

—Acho que não vai precisar. — Nick olhou na mesma direção que eu, e encontrou sua ex namorada que acabara de chegar sozinha á festa. Ela engoliu a seco quando nos viu juntos, e forçou um sorriso quando uma das líderes de torcida do colégio, foram falar com ela.

              Antes que Nick falasse algo, que se referia a culpar-se pelo que acabou de acontecer, Edward Richards surgiu de um dos cômodos, com uma expressão de ansiedade, e ignorando nossas próprias expressões de desconforto.

—Vocês viram a Katherine? Ela disse que estava saindo de casa há 15 minutos, e até agora não apareceu aqui. Eu ligo e ligo, mas, ela não atende. — falou frustrado, digitando algo no celular e colocando o aparelho em sua orelha. Provavelmente tentando localizar Katherine de novo.

—Vai ver ela é a única com juízo entre nós, e desistiu de vir, para se preparar para a prova de amanhã. — Nick resmungou e Edward revirou os olhos.

—Céus, não foi com Katherine que aprendi a ser certinho, foi com você...E Harry tem razão, isso soa tão idiota. Você é uma péssima influência Nicholas Adams. — O Richards debocha, em meio a sua ação.

—Katherine não desistiu...Ela deve estar xingando você agora, por você a ter convencido a vir, mas, ela não desistiria. — conheço minha melhor amiga. Tirei meu celular de dentro da bolsa, e foi minha vez de tentar contata-la. Depois de alguns segundos falei; — Caixa postal. — Edward suspirou.

—Okay...Darei um jeito de acha-la, e vocês dois, melhorem essas caras. — solicita, fazendo com que Nick e eu nos encaremos ao mesmo tempo, e engolimos a seco. O clima havia novamente sido destruído.

[...]

        Ponto de vista : Katherine Evans.

Se eu achava que minha casa era longe, era porque eu nunca tinha ido até a do Harry. O garoto morava na cidade vizinha a New Town, e a estrada até lá, era rodeada por florestas estranhas. Eu estava fazendo isso por Edward, o que era uma droga, porque tinha a ver com o controle que ele exercia sobre mim, novamente.

       Dizia a mim mesma, que a melhor coisa que eu tinha a fazer, era estudar para prova de amanhã, mesmo que já soubesse de todo conteúdo, mas, cá estava eu, indo pela segunda vez a uma festa que eu não quero, por Edward. Só espero que o fim dessa, seja menos desastroso que o da primeira.

     Por sorte, meu pai havia saído para jantar com sua nova namorada, então não precisei ouvir as recomendações dele. Porque sim, mesmo sendo o mais liberal dos pais, ele ainda era uma pessoa responsável.

        Meu  celular, conectado ao sistema de meu novo carro, tocou pela milésima vez, e nessa eu me dei ao trabalho de atender.

Onde você está? — Edward perguntou assim que atendi, e pelo barulho pude notar que ele estava no centro da festa.

Oi querido, sim, estou bem, obrigada por perguntar. — ironizo e mesmo não o vendo, sei que ele revirou os olhos. — Bom, estou no caminho, a casa do Harry não é necessariamente perto, e meu GPS está uma porcaria desde cedo. — lhe informo, e rodo o volante quando virava em uma curva fechada.

         Nenhum carro passava por ali. O caminho estava deserto, o que fazia eu me perguntar, se os outros alunos, tinham um caminho mais rápido para chegar a festa.

O GPS do Audi novinho, que você acabou de ganhar quebrado? Algo está errado ai. —  Edward fala com desdém.

Sim, o que tem de errado é que ele não funciona. — Ironizo e quando recebo silêncio em resposta, admito. — Ou eu simplesmente não sei mexer nele. — meu namorado gargalha.

Onde você está agora? Quer que eu te guie? — questiona assumindo uma postura mais séria.

Então...Eu vejo árvores...Árvores e mais árvores. —  descrevo com desdém.

Isso significa que você ainda está em New Town. — Edward dá-se ao direito de brincar.

        Não respondo de primeira, porque noto algo estranho no carro, o GPS começou a piscar freneticamente, mudando sua linguagem a cada segundo, sem eu fazer nada.

Meu GPS está louco...Acho que isso não tem a ver com a minha falta de habilidade para mexer nele. — comento um tanto assustada.

Sério? Cheque se há um... — antes que Edward acabe de falar, a chamada se encerra.

      Encaro, o painel do carro e constato que não existe mais área de telefone ali.

         Ofego por essas coisas dignas de filme de terror e tento pensar no que fazer rapidamente. Bom...Eu posso...Eu não...Eu não sei o que fazer.

     De repente o carro falha e, e para no meio da estrada. Todos os seus botões começam a fazer barulho estranhos e os faróis se auto controlam. Trêmula, me livro do cinto de segurança e tento sair do automóvel.

     Me desespero ao notar, que as travas não querem abrir, e coloco toda minhas forças para que elas se movam, mas, nada acontece. Chorando, passo a mão por meu rosto, tentando achar uma escapatória.

         Quando suponho que não pode ficar pior, as entradas de ar, começam a soltar uma fumaça sufocante. Olho a redor, procurando por algo que possa quebrar os vidros, mas, além de não ter nada, tenho que levar em conta que eles são terrivelmente resistentes.

—Socorro! Socorro!. — grito batendo na janela, mesmo que soubesse que ninguém estava ali. — Socorro! Alguém me ajuda por favor! — soco com mais força. — Por favor!. — peço. —Socorro!. — falo em meio as tosses que se iniciam.

           Não era possível, que aquela seria minha morte, me salvei de um acidente que acabou em um quase afogamento, em troca da vida da minha melhor amiga, e agora morreria sozinha, por conta de um carro louco.

       Tento respirar, mas, tenho dificuldades, levando em conta que a fumaça só aumenta e eu estou desesperada.

          Dois minutos depois, de forma mágica, as travas se soltam, e eu me jogo do carro, caindo no asfalto gelado. Toco o chão como se ele fosse um bote salva- vidas e me livro do par de saltos que usava para ir a festa. Praticamente me arrasto pelo chão, para me afastar daquele carro. Totalmente apavorada.

             Tento controlar minha respiração, só que falho quando a lista de coisas estranhas da noite, aumenta. Eu vejo um vulto. O corpo de um homem em meio as sombras, e me levanto apressada, em busca da saída.

           Eu não tinha muitas; Ou voltava para o carro louco, ou entrava na floresta. Como sou conhecida por minha estúpida  coragem, corri em direção as imensas árvores, e adentrei a mata escura e cheia de mistérios.

      Corria como uma desesperada, esbarrando em algumas árvores no caminho, e com a que assustadora sensação de estar sendo seguida. Me machuquei com alguns galhos, e posso adivinhar que estou toda suja.

          Quase tropecei nos meus próprios pés algumas vez, mas, aquilo não me fez parar. E foi ai, que eles voltaram, os flashs que há muito tempo não apareciam. Vi a imagem de uma garota correndo em uma floresta parecida como essa. E foi nesse mesmo momento, que a chuva começou a banhar New Town. Uma tempestade que com certeza não estava prevista.

                       Me assustei com o som, e isso fez com que eu deslizasse por um barranco, bolando algumas vezes pela terra áspera, até alcançar uma parte mais úmida.

              Gritei quando notei que o meu perseguidor havia me achado e arregalei os olhos ao ver de quem se tratava. Ele avaliou meu estado e encarou com certo desdém, o fato de eu estar repleta de hematomas.

—Você. — falei assustada, e o mesmo se agachou, me fitando com calma.

—Sim. Eu...Preciso fazer algo com você, Katherine...Desculpe pelo número com o carro, quis dar mais drama a situação. — me conta com um ar sádico.

—O que você vai fazer comigo? — questiono me encolhendo.

—Oh...Não se preocupe...Não vai doer muito... — garante e em seguida arqueia uma sobrancelha. — Na verdade irá sim. — não diz mais nada, antes de me puxar para perto de si, sob meus protestos, e segurar as laterais de meu rosto, fechando os olhos em seguida.

           O que veio primeiro foi o escuro.

           O que veio em segundo, foi terrível.

               Eu estava lá, me debatendo na água, tentando sobreviver, enquanto via Blair apontar para mim, tentando dizer a Dean, que ele devia me tirar dali primeiro, apesar de estar quase inconsciente, eu tinha visto isso, só não tinha entendido de primeira.

       Mesmo agora, eu sentia de forma real, a água em meus pulmões, me impedindo de respirar, e eu só queria chorar. Por que ele estava fazendo isso comigo? Blair se encontrava tão desesperada quanto eu ali, ela parecia estar sentindo minha dor.

              De repente, o cenário mudou. Agora estávamos na beira do penhasco, intactas, sem nenhum machucado e nem um pouco molhadas. Blair olhava para nosso carro afundado na água com certo desapontamento.

—Foi sua culpa. Eu fiquei lá, vendo Dean escolher você. — ela diz com uma crueldade que não era característica dela.

—Você disse a ele para me salvar...Você apontou para mim. — tentei me defender.

—Não, Katherine...Isso foi algo que você inventou, para aliviar sua culpa...Eu não pedi para que ele te salvasse...Dean escolheu você, não eu, porque quis.— a mesma gritou e eu dei um passo para trás.

—Isso não está certo...Não posso te deixar fazer isso...Eu te deixei ir. — grito de volta.

—É inocência da sua parte, acreditar que fui só eu que você abandonou...Essa alma, desde o começo, leva as pessoas para escuridão. — não entendi o que ela disse, e antes que a mesma explicasse, o cenário mudou de novo.

                    A garota que corria pela floresta caiu assim como eu, só que o que ela encontrava era muito pior do que eu encontrei, era...

              Abri os olhos, e ofeguei, tentando me situar ao receber tudo aquilo. Não eram as cenas. Eram os sentimentos conflitando dentro de mim. Olhei para minhas mãos e notei que as mesmas estavam limpas, e foi ai que percebi onde eu estava. Não era na floresta. Eu estava dentro do carro de novo. Tão limpa quanto as minhas mãos, e o mesmo parecia normal, como de fato um carro deveria ser.

Kath ainda está ai? Eu disse que se você viu somente árvores, ainda em New Town, a casa do Harry fica próxima aquele shopping que a Maggie adora. —  dou um pulo quando ouço a voz de Edward e levo meus olhos ao GPS, que magicamente funciona bem.

Eu...Desculpe...Eu só...Achei que uma coisa tinha acontecido. — conto, ainda assustada.

O que? — indaga preocupado.

Eu pensei de ter visto alguém. — conto a ele.

Quem? — pergunta curioso. Engulo a seco e suspiro.

—Esse é o problema...Eu não sei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Confuso? Misterioso? Isso será a história a parti daqui kkkkk.
Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amores Diferentes." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.