Lana e o Vale Encantado escrita por Zangada Bond


Capítulo 2
Uma Afrontosa Chamada Katya


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoinhas, mais um cap no capricho para voces.
Como eu disse, essa fic é um projeto do SSQ SQUAD, feito a sete mãos, sim, por incrivel que pareça, cada uma de nós escrevemos uma parte, e tendo como BETA a nossa coleguinha Jade, mestre das gramaticas.
Enfim, é isso e apreciem com moderação.



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February , 13th, 2017, 07:00 p.m - Vancouver, Canadá.

Pov Érica

Já haviam passado cerca de trinta minutos desde que Lana passou pela porta do Wicked Diners.  Todos os dias neste mesmo horário ela vinha tomar seu cappuccino acompanhado do famoso croissant de chocolate, nada mais que uma das melhores especialidade da casa.

Lana estava sentada bem à nossa frente. Meus olhos inevitavelmente percorriam suas curvas delineadas, que vestia apenas uma calça jeans justa com rasgos nos joelhos, moletom e sandálias.

Em um certo momento, capturei Lana bebericar em sua xícara. Seus lábios  o tocaram, deixando uma pequena marquinha de batom. De repente, ela girou o rosto em nossa direção, logo em seguida minhas companheiras engasgaram.

— Tão perto e ao mesmo tempo tão longe...— Day divagou ainda encarando Lana, provavelmente não percebeu que ela havia olhado em nossa direção.

— Mas isso vai mudar em breve, ah se vai! — Maria pronunciou levando o guardanapo à boca.

Todas do grupo estavam sentadas na mesma mesa de sempre, localizada no fundo do estabelecimento permitindo uma vista privilegiada de todo o ambiente, inclusive da porta.

— Meninas, se vamos mesmo fazer isso, precisamos de um nome para nossa operação.— Bea, se pronunciou.

— Ok, mas deixa para depois, Lana está bem ali, não quero perder um lance.— Maria dizia, pressionando o guardanapo contra os lábios.

— Gente, ela olhou pra cá! Olha isso, tô tremendo até agora.— Érica dizia, literalmente tremendo.

A música que pairava no ambiente ajudava a abafar o assunto que era tratado naquela mesa. Alguns segundos se passaram e uma garçonete se aproximou da mesa, fazendo assim todas disfarçar sobre o assunto.

— E aí, vão pedir algo hoje? - Perguntou.

— Não!— Diana responde seca.

— A Dona Hermínia deveria cobrar aluguel de mesa, pois vocês batem o ponto e não consomem nada. - Reclamou, debochada.

— Olha aqui minha filha, isso não é da sua conta, tá legal?— Mih, disse já se levantando.

— É por causa da famosa ali é? Ela sabe que vocês perseguem ela?— Riu sarcasticamente.

Olha, não vamos querer nada, pode por favor nos deixar em paz?— Bea, num tom mais ameno, pediu.

— Por favor nada, dá o fora logo! - Maria, que já tinha se envolvido  em uma briga mais cedo, se colocou ao lado de Mih.

— Ih, ela é afrontosa, ela.— A garçonete de nome Katya, retrucou petulante.

— Ok meninas, chega! - Me levantei e fiquei entre Mih, Maria e Katya. — Katya, eu quero uma água com gás.

— Depois disso tudo vocês vão pedir apenas uma água? Sério?— Reclamou novamente.

— Olha, sinceramente, isso é o melhor que você vai conseguir aqui.— Disse Barbe.

— Ok, volto já!— Assim que Katya se afastou da mesa, todas voltaram a seus devidos lugares.

— Olha lá, Lana pediu a conta.— Day apontou.

— Para de apontar criatura, ela vai perceber. – Barbe que estava ao lado de Day, abaixou seu braço rapidamente.

— Ela chega às 07:00 p.m em ponto e sai exatamente às 08:05 p.m, isso significa que temos exatamente 1 hora e 5 minutos para colocar o plano em prática.

— Uou, é muito pouco tempo.— Mih fala.

— Sim, porém, se cronômetrarmos direito, irá dar tudo certo.— Bea continuou rabiscando suas folhas. — Eu estava pensando aqui, poderíamos…

— O que vocês estão planejando aí?— Katya apareceu fazendo com que todas saltassem de suas cadeiras.

— Nada que te interesse, dá aqui minha água logo.— Falei sem paciência.

Ela colocou a água sobre a mesa e se afastou desconfiada, mas antes, apontou para seus próprios olhos e em seguida mirou os dedos para Mih e Maria, numa ameaça silenciosa.

Lana que estava no caixa, olhou para a garçonete e depois para nossa mesa, poderia jurar que havia um sorriso alí. Pude sentir seu perfume pairar no ar, aquele cheiro revigorante, doce e penetrante. Aquele aroma de ‘couro’ que trava a garganta e te deixa completamente excitada.

— Érica, Érica, ÉRICA!— Day, passava as mãos em frente ao meu rosto, me tirando do transe que era Lana Parrilla.

— Oi, então qual é o plano mesmo? — Perguntei, abrindo a garrafinha e virando na boca.

— Você não ouviu nada mesmo? NADA?— Bea um tanto histérica perguntou, me fazendo arregalar os olhos, disfarçando.

— Claro querida, concordo com tudo oque vocês disseram.— Disfarcei.

— Sério? Eu achei que ficaria irritada por ter de se vestir de Tiazinha.— Diana falou olhando para mim, claramente percebendo a minha expressão de assustada.

— Eu vou até lá, não aguento mais isso.— Mih levanta-se e seguiu em direção ao caixa, onde Lana conversava com a atendente.

— AH PORRA! SEGUREM ESSA MALUCA AGORA! - Bea praticamente gritou, levantando-se e  correndo em direção a Mih, acompanhada de Barbe.

Tudo girou em câmera lenta. Parece que um holofote tinha sido colocado sobre a pobre Mih, todos na lanchonete acompanhavam a cena. Algumas pessoas assustadas, outras davam risada. Mih tropeçou nos próprios pés e saiu escorregando, parando diante dos sapatos de ninguém menos que Lana Parrilla. Barbe e Bea estavam paradas estáticas observando a cena, as bocas abertas e as mãos ainda estendidas depois da tentativa falha de segurar Mih.

Eu olhava para Lana, depois para Barbe e Bea e logo após para Mih, que estava com a boca igualmente aberta, ninguém parecia disposto a quebrar o silêncio.

— Ih, alguém não sabe andar direito.— Katya surgiu ao meu lado mascando um chiclete enquanto mexia no próprio cabelo, observando a cena das meninas. — Mas devo acrescentar, de vocês, aquelazinha alí... — Apontou para Mih. — É a que mais tem sorte.

— O que quer dizer?— Disse sem tirar os olhos de Deus.

— Observe.— Disse.

Lana deu um pequeno sorriso e se abaixou, indo em direção à Mih. "Que rapariga!", foi o que pensei.

— Você está bem?— Como se um anjo tivesse iniciado algum culto, a voz dela preencheu o local e todos os olhos que antes estavam em Mih, viraram em direção à Lana.

Mih não falava nada, enquanto isso Lana ajudava a erguê-la. Balançava a cabeça concordando e eu podia imaginar como os olhos dela estavam vidrados na nossa musa.

— Você precisa tomar mais cuidado, ok?— Lana abriu um sorriso ainda maior e eu suspirei, ouvindo as meninas na mesa fazerem o mesmo. Meu queixo ainda estava caído.

— S-sim!— Mih gaguejou e eu não a culpava. LANA PARRILLA HAVIA TOCADO NO BRAÇO DELA. — Obrigada!— Se levantou totalmente.

— Não há de quê.— Lana olhou para Barbe e Bea, que em seguida lançou uma piscadela. Bea se apoiou no braço de Barbe como se fosse cair, em seguida deu a volta seguindo o mesmo caminho de antes, Lana olhou para nossa mesa. Parei de respirar enquanto sentia ela nos observando, com o mesmo sorriso no rosto. PUTA QUE PARIU!

— Acho que suas amigas estão preocupadas com você.— Disse Lana.

"Mentira! Pode ficar aí desde que a gente possa te observar, ou se preferir sentar aqui com a gente, podemos fazer algo muito útil como beber água e olhar." Foi o que pensei. Aquela mulher parecia uma miragem.

— É, talvez.— Eu queria muito perguntar por que Mih estava agindo dessa forma, mas a resposta estava clara: era Lana Deus Parrilla em sua frente falando com ela.

— Melhor eu ir.— Lana disse e em sincronia, eu e as outras meninas falamos "não", até mesmo Mih. Lana abaixou a cabeça, vimos um sorriso brincando em seus lábios avermelhados. — Até amanhã. - Se despediu.

Ela tocou novamente o braço de Mih, olhou para nós e caminhou em direção à porta. Que porra tinha acabado de acontecer?

— Eu falei!— Katya, que até então eu havia esquecido que estava ao meu lado, cortou o silêncio. — É sério, vocês são bizarras. Sete pra uma mulher só? Estão achando que estão aonde? Isso é nojento!— Falou e em seguida saiu rebolando. Ela não faz ideia  do que está falando. E não é uma mulher, é A mulher.

Bea, Barbe e Mih estavam voltando para a mesa com a expressão "eyes heart".

— Que porra acabou de acontecer?— Eu disse quando elas se sentaram novamente, sussurrando já que de alguma forma, atraímos atenção para a nossa mesa.

— Eu nunca mais vou lavar o braço.— Mih disse e todas olhamos compreensivas pra ela.

— Eu também não lavaria.— Maria disse em concordância.

— A pergunta é: Quem lavaria?— Dessa vez foi Day quem se pronunciou.

— Eu preciso de uma água, de preferência com bastante açúcar.— Bea usava as próprias mãos para se abanar, o rosto ainda estava pálido. Em outra ocasião eu estaria rindo, mas tenho certeza de que todas naquela mesa se encontravam na mesma situação. — Ela piscou pra gente. CARALHO ELA PISCOU PRA GENTE!

— Cala a boca, Bea! — Maria disse quando nossa amiga começou a se exaltar. — Você tá chamando atenção.

— Culpe a Mih pela minha histeria, eu não estaria assim se ela não tivesse tombado na frente da rainha.

— Precisamos colocar esse plano em ação o quanto antes.— Falei. Ainda não tínhamos tudo planejado mas a adrenalina da expectativa já corria nas minhas veias. — Eu não aguento mais esperar.

— Então vamos parar de enrolação e ir direto ao assunto.— Diana se pronunciou. — Já conseguiram o carro?

— A Day ficou de conseguir.— Bea disse a olhando. — Você conseguiu?

— Consegui! Vou pegar o carro do meu irmão.— Ela disse empolgada.

— Mas vocês são em sete. — Disse a insuportável da Katya enquanto colocava uma garrafa de água na mesa, nos assustando.

— O que você tá fazendo aqui, demônia dos infernos?— Maria perguntou claramente irritada.

— Vim trazer a água pra sua amiguinha, que está quase morrendo aí. - Ela disse enquanto encarava Bea.

— Não me lembro dela ter pedido água nenhuma.— Disse encarando-a.

— E eu não pedi mesmo!— Bea a olhou com o cenho franzido.

— “Eu preciso de uma água, de preferência com bastante açúcar.” — Ela disse enquanto imitava Bea, balançando uma das mãos enquanto segurava uma bandeja com o que parecia ser suco de uva.

— Isso é desculpa suja de vagabunda ridícula.— Maria disse se levantando e encarando a garçonete insuportável.

— Quer saber da vida dos outros e fica inventando histórinha.— Mih ficou em pé ao lado da Maria.

— Vão fazer o quê? Me bater? Só estou fazendo meu serviço.— Ela disse debochada.

Vi Maria cerrar os pulsos e percebi que se alguém não intervisse, não iria prestar. Mih ameaçou ir pra cima dela, mas Maria a deteve.

— Não vale a pena. Deixa essa desclassificada, aposto que nem fazer o trabalho dela direito ela não consegue. - Afirmou convicta.

— Quem é você para dizer se faço ou não meu trabalho direito?— A garçonete questionou enfrentando Maria mais uma vez.

— Sou uma vítima da sua incompetência.— Maria disse enquanto eu segurei Diana, que estava levantando para separar. Foi então que Maria fez com que Katya derrubasse nela todo o suco que estava na bandeja.

— VOCÊ FICOU DOIDA?— Maria gritou chamando a atenção de todo que estavam no restaurante. — MINHA BLUSA É BRANCA, SUA DOENTE!

— O que? Mas…— Katya estava sem reação, enquanto eu e as meninas prendíamos o riso.

— Saía daqui, ou iremos chamar Dona Hermínia. - Bea disse entrando no teatro.

— Vocês são malucas!— Ela protestou, e saiu andando a passos largos e pesados.

— Então, onde estávamos?— Maria perguntou enquanto se acomodava e pegava um guardanapo para se secar.

— Maria, o que foi aquilo?— Day perguntou, rindo.

— Só afastei aquela vadia, e ainda me vinguei dela.— Respondeu calmamente.

— E perdeu uma blusa, né querida?— Dessa vez foi Diana quem falou.

— Nada que uma tinta roxa não resolva. Não sou fã do branco mesmo.— Ela disse dando de ombros, e todas rimos.

— Mas numa coisa ela tinha razão.— Barb disse chamando nossa atenção.— Somos em sete, oito com a Lana. Um carro comum não dá.

— Que tal uma Kombe?— Diana sugeriu.

— Antigo demais.— Eu disse — Chamaria a atenção…

— Uma van, então?— Bea disse.

— Certo, mas já pensaram que podem rastrear a placa?— Barb nos lembrou.

— É só adulterar, e eu já sei como e com quem vamos conseguir isso.— Maria disse com um sorriso diabólico no rosto.

— Eu odeio quando ela faz isso.— Day disse.

— Bom já está ficando tarde, meninas. Até mesmo nós, Rainhas do Vale precisamos descansar.

— Espera, Rainhas do Vale? Que parte eu perdi?— Perguntei confusa.

— É o nome da nossa gangue.— Bea me encarou confusa.

— Nós decidimos isso hoje a tarde, caso não se lembre.— Barb disse.

— Ela devia estar igual a Mih, viajando na Lana.— Diana disse.

— E quem não viaja?— Perguntei retoricamente.

Pov Érica off.

Com a noite agradavelmente fria em Vancouver, as sete garotas dormiram, quase, tranquilamente. A cena na lanchonete horas atrás não deixava as pequenas birutas em paz.

Mih contorcia-se na cama, passando a mão no braço onde Lana havia tocado, reprisando aquele momento em que Parrilla a ajudou a se levantar.

Pobre Mih! Mal sabia que a mulher que povoava tanto sua cabeça, assim como a das suas amigas, ria do acontecimento em sua hidromassagem.

As setes estavam reunidas na casa da chefona, Bea. Esta que comia uma bela coxa de frango, se lambuzando com o molho, que escorria pela blusa.

— Meninas, vamos para a nossa sala secreta, precisamos elaborar nosso plano.— Dizia, apontando para as outras, que estavam sentadas no sofá,  com a coxa de frango.

— Ela tem razão.— Disse Day, pegando um pedaço de bacon do prato na mesinha de centro.

Elas se levantaram, seguindo Bea pelo corredor.  Jogando o osso que restará no lixo e abaixando-se, puxaram uma espécie de portinha no chão.

— Eu odeio essa sala, me dá medo, é muito escuro.— Disse Érica, entrando primeiro.

— Qual é? A bandidona tem medo do escuro?— Barbe debochou.

— Movam logo essas bundas moles antes que eu empurre vocês.— Diana se irritou com a demora das amigas.

— Olha, você não me provoca não!— Disse Maria, se virando para Diana.

— Parem de ser barraqueiras!— Berrou Mih, depois de já ter entrado.

— Falou a delicadinha do grupo. Menina de branco, inventou a paz. - Barbe zombou.

— Gente, foco!— Bea falou, as repreendendo.

Todas sentaram na cadeira da mesa redonda.

— Espera!— Day correu para o interruptor.

— O que você vai fazer?— Érica perguntou, sem entender. No mesmo instante, tudo escureceu. Day havia apagado a luz.

— Mas que porra?!— Maria abriu as palmas das mãos, demonstrando que não estava entendendo nada.

— Isso é para dar um ar mais misterioso, igual nos filmes. Vamos acender apenas essa luz aqui.— Day foi até a mesa, acendendo uma espécie de abajur no centro dela.

 — Essa menina só pode ter problemas...— Bea revirou os olhos.

— Esquece! Vamos logo com isso.— Continuou, colocando um caderno em cima da mesa e uma caneta na mão. — O plano vai ser o seguinte...

 


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Notas finais do capítulo

Lanço um desafio a voces, descobrir quem escreve o que no cap hahahaha
Dificil né?
E não esqueçam, hoje tem tag para a nossa Abacatinha.

Beijos e comentem!!



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