Nohara Aimee, uma história escrita por Sad Girl


Capítulo 2
The Talk


Notas iniciais do capítulo

Monny K. e Nohara conversam sobre o que houve.



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Momentos atrás, Monny K. recebe uma ligação privada.

— Alô, Mônica?
— Hum...
— Aqui é o advogado Gauterrier.

Monny seria informada de que seu filho, Pedro, foi responsável por uma série de ciberterrorismos racistas no facebook, utilizando o pseudônimo Mathildes Fernandes, tendo como provas um site com várias imagens compiladas. Entretanto, não é tola. Monny é graduada na trigésima quarta turma de Direito da UFRJ e foi capaz de descobrir que o advogado Gauterrier era um impostor.

Monny está confusa.

— Você atacou uma menina no Facebook?
— Armaram pra mim, mãe

Monny deixa o ar escapar da boca, aliviada.

— Quem é Mathildes, então?
— Ham

As sinapses no cérebro de Monny estão a mil. A capacidade de associação da advogada fora de função a leva a uma conclusão.

— Eu quero você longe daquela jararaca de Santa Catarina.
— Quem?
— Aquele seu amigo de infância... o Matheus.
— Ele é ótimo! - disse Nohara, fitando a mãe de forma séria.

Mônica parou para refletir. Seus olhos perolados escanearam o quarto algumas vezes antes que ela finalmente cruzasse os braços.

— Um advogado falou comigo hoje — ainda que soubesse que se tratava de uma mentira deslavada, Monny K. preferiu manter a classe — ele disse que o bandido Ogato Stockholm, de alta periculosidade, está a solta e que você está andando com ele na internet. Você precisa se afastar dele.

 

Nohara estava estática. Não sentia medo assim desde que havia sido suspensa por 14 dias no League of Legends. Ela olhou para os lados para procurar uma saída e então, possessa, começou a gritar. Ela esperava que seus gritos fossem responsáveis por alterações de seu corpo e que, assim como no Instituto Mutante que participava no Habbo Hotel, se mimetizasse em diamante. Vendo que a imaginação fértil não passava de mais de uma de suas dissociações, ela se acalmou e apanhou o teclado de seu computador, apertando o R várias vezes na tentativa de utilizar a ultimate de Ahri. Mas fora da Internet, Nohara não era uma raposa de nove caudas: era apenas uma jovem indefesa. Ela se acalmou e voltou-se para a mãe.

 

— Eu nunca ouvi tantas barbaridades. Você está louca.

 

Monny K. fitou Nohara de forma curiosa. Enquanto um olho formava uma linha reta, o outro permanecia aberto (-_O). Ela nunca esteve tão decepcionada.

— Vou tirar seu computador até você me contar a verdade — disse a mãe, abandonando o quarto.

 

 

Monny K. foi até a sala e retirou cabos do roteador, desabilitando o sinal de internet para o computador da filha. Quando o sinal de wi fi de seu notebook diminuiu, Nohara sentiu seu coração pulsar com menos intensidade. Mentalmente, ela cantou "hello darkness my old friend" e infiltrou-se em suas cobertas. Ela não sabia o que fazer. Pegou o celular e tentou falar com seu Samcro pelo 3G, chamando o máximo de contatos possível no Skype para dizer que era culpa da Vica. Vica era um monstro que precisava ser domado.


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