Stolen Moments escrita por STatic


Capítulo 4
Nikki Heat


Notas iniciais do capítulo

Oláa amores!

Era para eu ter aparecido sexta passada, mas para o meu terror não da mais para fingir e minhas aulas voltaram mesmo, o que significa que já estou completamente sem tempo. E sem energia. Esse semestre vai ser AQUELE semestre, então não posso garantir postagens semanais, mas vou continuar tentando!

Esse capítulo não está tão grande, mas é do episódio Nikki Heat porque aqui não existem limites! Ele foi o primeiro que eu escrevi quando passou meu bloqueio, então tenho um carinho enorme por ele (é um dos meus preferidos) e, aliás, é uma mistura de ideias minhas e ideias da Vanessa... Está em um POV especial, espero que gostem!

Rapidinho: Muuuito obrigada pelos comentários, voces são incríveis! E obrigada todo mundo que favoritou, eu amo saber que estão embarcando nessa loucura comigo hahahal

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/725166/chapter/4

Johanna POV

Esperei impaciente enquanto o elevador subia, observando as luzes acenderem anunciando os andares. Tudo já era conhecido para mim e os segundos necessários até que parasse no andar da homicídios já estava praticamente gravado em meu cérebro.

Quando finalmente as portas se abriram, saí para o ambiente também já familiar. Em todos aqueles anos, as coisas ali raramente haviam mudado. As mesas continuavam organizadas da mesma maneira, os quadros que eu evitava olhar espalhados sistematicamente e a atmosfera era imutável. As pilhas crescentes de xícaras de café eram uma constante também. Pessoas passavam apressadas, policiais, detetives, pessoas não parecendo muito felizes em algemas... O ar de mistério pairava no ar e eu quase podia entender o fascínio de Richard Castle. 

Bom, a pequena parcela de seu fascínio. A parcela maior e quase predominante, eu entendia perfeitamente. A conhecia desde sempre e constantemente me fascinava também.

Kate e eu íamos almoçar, como constantemente fazíamos. E ela provavelmente havia esquecido – se a meia hora que fiquei plantada no restaurante era algum indicativo –, como constantemente fazia quando tinha um caso. Eu não me importava e ela precisava comer, não importa o que dissesse.

Caminhei pela delegacia, procurando pela minha filha cabeça de vento até que a avistei. Ela estava encarando o quadro, de costas para mim, e eu não podia deixar de notar a maneira concentrada que ela fazia aquelas coisas. As mãos na cintura, nervosamente colocando o cabelo atrás da orelha ocasionalmente – ou em um coque, o que geralmente indicava que as coisas haviam ficado sérias –, o olhar que não se desviava e o franzido na testa. Era fofo e eu me orgulhava dela, mesmo apavorada com a escolha de profissão.

Me aproximei, parando bem atrás dela. Nenhum dos outros detetives estavam por perto, nem mesmo Castle.

— Não é muito legal deixar sua mãe esperando. – Disse e Kate se virou.

— Ai meu Deus! – Quase gritei, pulando para trás tamanho meu susto. – Mas o que...

Não era Kate. Era Kate, mas não, definitivamente não era Kate. O cabelo, as roupas, a maneira com que se movimentava: Totalmente Kate. Mas o rosto era diferente, não estava certo. O que diabos estava acontecendo ali?

— O que é você? – Perguntei, e depois sacudi a cabeça. – Quero dizer, quem é você?

A mulher jogou o cabelo para trás e disse, como se fosse obvio e que eu provavelmente deveria ter descoberto sozinha.

— Eu sou Detetive Nikki. – Estendeu a mão e eu a peguei, hesitante.

— Nikki? – Perguntei, minha voz falhando um pouco.

— Nikki Heat! – ela esclareceu. Ou ao menos pensou ter esclarecido.

— Certo. – eu disse, tateando as cegas as minhas costas, procurando por uma cadeira. Quando encontrei uma, escorreguei lentamente até ela, ainda olhando para a mulher – Nikki Heat – a minha frente.

Eu não tinha batido com a cabeça, nem nada, certo? Ao menos não que eu me lembrasse. Talvez tivesse batido com a cabeça e agora estava presa em algum universo alternativo e bizarro onde Nikki Heat era real. Ou talvez eu estivesse enlouquecendo. Acontecia as vezes. Ou talvez, a parte mais sã do meu cérebro interviu, seja uma pegadinha.

Aquilo não fazia mais sentido do que um universo alternativo. Ninguém sabia que eu estava vindo...

— Você está bem? – ela perguntou, me tirando dos meus devaneios.

Voltei a olhar para ela, podendo sentir a confusão no meu rosto. Qual é, com certeza tinha uma explicação razoável e lógica para aquilo.

— Eu não sei. – respondi e antes que pudesse falar mais alguma coisa, a voz que mais ansiava ouvir me chamou.

— Mãe! – Kate se aproximou. O mesmo cabelo, mesma roupa, rosto certo dessa vez e eu suspirei aliviada. – O que está fazendo aqui?

— Uh, almoço. Você, eu. – Consegui soltar.

Seu rosto se iluminou com a realização. – Oh, certo! Me desculpe, eu tive algumas coisas para lidar... Você está bem? Parece meio pálida.

— Eu estou bem, só... Quer dizer... – me enrolei, olhando para ela e então para Nikki, que parecia estudar seus movimentos com determinação. Com o canto dos olhos notei Kevin, que parecia estudar Nikki. Eu estava mesmo me referindo a ela como um personagem fictício? Deus!

Kate percebeu meu olhar, virando-se rapidamente para a moça parada atrás dela. Voltou seu olhar para mim, parecendo irritada.

— Oh, ela. – Disse e revirou os olhos.

Richard Castle interviu então, aparecendo no meu campo de visão pela primeira vez.

— Essa é a Natalie Rhodes. Natalie, Johanna, mãe da Beckett. – fez as apresentações e então explicou: – Natalie vai interpretar Nikki Heat no cinema! Oi. – sorriu para mim, então.

Notei que ele tentou parecer empolgado, mas não fez um trabalho muito bom. Mas ao menos agora eu podia entender um pouco o que estava acontecendo e ter minha sanidade de volta.

— Certo! Kate havia mencionado o filme! Então é por isso que você está... vestida assim. – apontei para a atriz.

— Ela está me seguindo. – Kate disse e notei que ela também não parecia satisfeita.

— Eu estou estudando a personagem, entrando na vida dela e que melhor jeito de fazer isso do que com a verdadeira Nikki? Aliás, eu poderia conversar com você, descobrir alguns detalhes sobre... – ela tagarelou e Kate a interrompeu.

— Tudo bem! Eu vou sair por uma hora, me mantenham atualizada e qualquer coisa me liguem. Sério. – ela avisou e me olhou, fazendo aquela expressão que eu conhecia como “vamos dar o fora daqui.”.

Me levantei, acenando para o resto do time.

— Boa sorte com o caso e com... todo o resto. Até mais.

Eles assentiram e Javier segurou o riso quando viu Castle colocar o braço na frente da futura Nikki quando essa fez menção de seguir Kate. Eu ri.

— Assustador. – apontei enquanto entravamos no elevador.

— Ela roubou meu café. – Kate disse com a voz no nível máximo de emburrada, os olhos fixos em sua sósia enquanto as portas se fechavam. Se olhares pudessem matar...

Apertei os lábios para impedir a risada.

— Perigosa.

— Eu sei! – Kate me olhou, apenas para ficar mais brava ao notar que eu tentava controlar o riso. – Não ria.

— Não vou. – menti.

Andamos em silencio por todo o caminho até o restaurante. Era um lugar pequeno, calmo e agora familiar. Por ser a uma distância andável da delegacia, nós íamos muito até ali. Nos sentamos e fizemos o pedido.

O silencio estava se tornando ridículo, então eu falei.

— Como está o caso?

— Nada demais, acho que vai ter acabado em breve.

Eu ri. – Você deseja.

— Muito! – ela disse quase desesperada e eu ri novamente.

— É legal que o livro ganhe um filme. Imagine que incrível um personagem que você criou ganhar vida no cinema! É uma grande coisa! Castle deve estar orgulhoso.

Kate assentiu, o sorriso esperado surgindo em seus lábios.

— É. Eu estou orgulhosa também. É ótimo. Em algumas partes nem tanto...

— Você quer dizer sua gêmea? É estranho, é de se imaginar que eu me lembraria disso. – Brinquei.

— Mãe! Qual é.

Eu ri ainda mais, esperando até que o garçom que havia voltado com nossa comida se afastasse.

— Ela parece comprometida.

— Ela é maluca! Completamente maluca.

— Eu sei, ela roubou seu café! Se isso não é uma dica...– balancei a cabeça.

— E nem foi só isso! Minhas roupas e meu cabelo e ela me observa o tempo todo, é ainda pior que Castle. Mais assustador.

Com isso eu podia concordar. 

— Castle não usava suas roupas. Aliás, ele deveria. Pode imaginar ele com essa blusinha e essa calça apertada? Eu apareceria mais vezes.

Kate revirou os olhos. – Você é maluca.

— Eu só estou brincando! – ri da cara que ela fez. – O que mais?

— Ela faz anotações e interfere na investigação. – Parou e abaixou o tom de voz, se aproximando de mim sob a mesa. – Eu realmente tenho medo de ir para casa e acordar com ela embaixo da minha cama.

— Isso seria interessante.

Kate colocou o garfo na boca.

— Eu vou ter pesadelos por semanas. – disse, consternada.

— Não fale com a boca cheia. – a repreendi, mas só podia concordar. – Eu também! Quer dizer, eu realmente achei que estava maluca quando a vi. Se você não tivesse aparecido, eu provavelmente estaria a caminho de um manicômio. Por vontade própria.

Ela riu, e depois seu humor péssimo voltou.

— Ela perguntou ao Castle se ele dormiria com ela. Da para imaginar?

E então tudo fez sentido. Eu entendia estar chateada com tudo aquilo, mas em um nível tão alto? Mas quando envolvia Castle as coisas mudavam. Ela podia até não admitir, mas todos sabíamos o que acontecia ali. Mesmo que os maiores envolvidos insistissem em não perceber, o resto do mundo com certeza o fazia.

— Ah, entendi do que isso se trata!

— O que quer dizer? – Perguntou. Ela parecia genuinamente confusa.

— Você está com ciúmes!

— O que? – sua voz era incrédula. – Eu não estou com ciúmes.

— Do Castle! Mas é claro que está. – disse, sentindo minha teoria ganhando forma. – Essa bonitona chega aqui e pega o que é seu... Horrível, mas então ela vai atrás do seu Castle e as coisas passam do limite. Você quer que ela despareça.

— É, antes que leve minha alma!

Eu ri. – Antes que leve seu Castle!

— Você pode parar de chama-lo de meu Castle? Ele não é meu.

— Ainda. – disse com firmeza.

Ela revirou os olhos. – Talvez você esteja mesmo maluca. Você tem o telefone daquele manicômio? Acho que ainda dá tempo... – disse enquanto fazia menção de pegar o celular.

Eu a parei.

— Oh, querida... Você não precisa ter ciúmes.

— Não estou.

— Ótimo! Ela é apenas...

— Fruto da imaginação dele que se tornou realidade no corpo de uma mulher alta e maravilhosa. – ela disse de uma vez e eu fingi beber meu suco para evitar que ela visse o sorriso.

— A imitação. – continuei, fingindo que ela não tinha falado nada. – Você é a primeira e original, não tem com o que se preocupar.

Ela não disse nada por um segundo.

— Ele não dormiu com ela. Ela perguntou se ele era gay. – segurou o sorriso.

— Viu só?

— Não estou com ciúmes. – insistiu enquanto voltava a comer.

Voltei a comer também, aproveitando a comida boa. Entretanto, continuei a observa-la enquanto se perdia em pensamentos, fazendo caretas de vez em quando.

— Você está com tanto ciúme. – disse incapaz de segurar a risada e ela me olhou do outro lado da mesa, um sorriso surgindo no canto de seus lábios, mas não disse nada.

Definitivamente ciúmes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

EU AMO JOHANNA BECKETT DEMAIS!

Então, me contem o que acharam??
Beijão!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Stolen Moments" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.