An Ordinary Life escrita por JhullyChan


Capítulo 6
Capítulo 6 - Um grande susto.


Notas iniciais do capítulo

I have no idea. ^^'



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LEGENDA:

Itálico - pensamentos

Negrito - sonhos/lembranças

By Li Syaoran

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Ainda estava dançando com Meiling, e não que eu não estivesse gostando, mas o modo como a Sakura havia agido foi muito suspeito. O que ela está tramando? Quando a música acabou olhei em direção a mesa onde Sakura estava e tinha um cara conversando com ela. E ela parecia estar gostando. Foi quando Meiling falou algo comigo e eu desviei o olhar. Quando olhei novamente, Sakura não estava mais lá.

Minutos depois eu ouvi os nomes de Sakura e Tomoyo serem chamados para cantar no karaokê. As duas subiram e começaram a cantar. Confesso que elas cantaram bem e a performance delas foi bastante engraçada. Logo quando terminaram fui até elas.

— Eu falei para você ficar lá sentadinha na mesa, não para subir e cantar. – O quê que deu na cabeça dela para ter feito aquilo?

— Depois a gente conversa, ok? Tenho que devolver essa mocinha aqui. – Sakura me respondeu com pressa. Tomoyo se limitou a sorrir para mim.

— Como?

— Depois. – E elas sumiram no meio da multidão.

Continuei com Meiling por mais algumas músicas, mas logo retornei à mesa. Encontrei Sakura sozinha, com um sorriso largo no rosto. Estranhei, mas não perguntei nada.

Depois de um tempo resolvemos ir embora. Despedimo-nos do restante do pessoal e fomos para o carro. Fomos Sakura e eu na frente, enquanto Tomoyo e Eriol iam conversando no banco traseiro.

— Que cena foi aquela lá no karaokê?

— Como assim Godzila? Ficou bravinho só porque você falou para eu não sair da mesa e eu fui cantar?

— Bravinho? Só estou querendo saber o que foi aquilo, só isso.

— Sei. Isso é uma longa história.

— Temos todo o tempo do mundo.

— Ok. Eu conheci um cara, o nome dele é Shitaru Pietro... – Não consegui aguentar, tive que interrompê-la.

— Certo, já entendi tudo, pode parar.

— O quê? Já entendeu o quê? Eu nem comecei!

— Você conheceu esse cara, o tal de Pietro, e foi se exibir para ele cantando no karaokê. Tudo para chamar a atenção dele.

— É claro que não! Você nem me deixou continuar... Ele é o entregador de pizzas que eu conheci no primeiro dia que eu cheguei aqui.

— Pode...

— Se você me interromper de novo... – ela disse apontando para mim e com uma veia saltando da testa - Não sei o que eu vou fazer com você Li. Então, fica quieto! – Ela esperou alguns segundos antes de voltar a falar. – Bom, voltando... Depois que você saiu, sentou um cara muito chato no seu lugar, que por falar nisso, eu nem lembro o nome... – ela apoiou o dedo indicador no queixo. – Aí o Pietro chegou e mandou o cara embora. Conversa vai conversa vem, ele me propôs um desafio, que seria cantar no karaokê, então arrastei a Tomoyo comigo e o resto você já sabe. – Ela mexeu os ombros como se não fosse grande coisa.

— Hum...

— O que foi? Ficou com ciúmes é? – Ouvi sua risada.

— Eu com ciúmes de você? – Soltei o ar em forma de risada. – Você bebeu?

— Se eu não estivesse de bom humor, com certeza isso renderia uma briga. Mas, como é o contrário, vou fingir que não ouvi.

...

Depois que cheguei ao apartamento, não a vi mais naquele dia só no outro e assim se passou um mês, entre confusões, brigas, risos, brincadeiras e saídas. Reparei que ultimamente Tomoyo andava mais séria, acuada e desconfiada do que o normal, mas não tinha intimidade o suficiente para questionar. Comentei com Eriol. Ele também havia reparado, mas ela não tinha comentado nada.

Hoje, como sempre, voltamos todos juntos, mas Eriol decidiu ir direto para o apartamento das garotas. Algumas horas depois ele me mandou uma mensagem pedindo para eu fosse para lá também.

Chegando lá encontrei uma Tomoyo assustada, uma Sakura preocupada e um Eriol angustiado. Quando me viram, pediram que eu me sentasse e começaram a me contar tudo o que estava acontecendo.

— Obrigada por ter vindo Syaoran. – Tomoyo se levantou e ficou em pé, enquanto o resto de nós continuou sentado. Balancei minha cabeça em resposta. – Eu sei que ultimamente eu não estou no meu estado normal, e eu gostaria de explicar para vocês. – Ela respirou fundo, e logo os olhos dela ficaram marejados, o que me deixou preocupado. – Há cinco anos atrás, quando eu ainda morava na França, minha mãe recebeu uma proposta para lecionar empreendedorismo nos Estados Unidos, mais especificadamente na UCLA – University of California, Los Angeles – e com a recente morte de meu pai, ela e eu nos mudamos para lá. O primeiro ano foi bem tranquilo, a adaptação tanto dela quanto a minha foram supreendentemente rápidas e logo minha mãe precisou de um assistente, - a voz dela falhou e foi então que percebi que esse 'assistente' era o problema – e o aluno que se ofereceu foi Josh Torn, um rapaz de 22 anos que vinha da família mais influente da UCLA. Desde o primeiro momento em que vi Josh, senti uma sensação estranha, mas como ele havia sido tão bem indicado e estava ajudando tão bem minha mãe, resolvi ignorar essa sensação e continuei com minha vida. Foi quando eu reparei que ele me olhava diferente, o que me deixava muito incomodada e eu acabei falando com minha mãe. Ela resolveu pedir para que substituíssem Josh e esse foi o pior erro que nós poderíamos ter cometido. – A frase foi terminada em um fio de voz e eu percebia como ela estava nervosa em nos contar aquilo.

Ficamos em silêncio, respeitando o tempo dela.

— Por seis meses, - ela continuou - ele me espionou, seguiu, entrou na nossa casa, mandou bilhetes, mensagens e e-mails sarcásticos com tom ameaçador, sempre sem remetente ou forma de rastreamento. Por fim, Josh acabou se descuidando e as guarda-costas de mamãe conseguiram provas de que ele era responsável por nos atormentar. A unidade responsável por esse tipo de perseguição foi acionada, eles recolheram as provas, mas não o suficiente para prendê-lo. – Tomoyo respirou fundo. – A família dele era influente demais para isso. O máximo que conseguiram foi uma restrição: ele não pode chegar a menos de dois quilômetros de distância, tanto de minha mãe, quanto de mim. Voltamos para França, sem prejuízos para a carreira de mamãe. Tenente Davis, a responsável pelo caso, ficou encarregada por nos avisar, sobre qualquer acontecimento suspeito com relação ao Josh. E há duas semanas ela entrou em contato com mamãe, avisando que Josh havia sumido, sem opção de rastreamento, e a família dele não quer colaborar. – Senti que cada palavra que ela falava com relação a esse cara, trazia de volta lembranças que ela gostaria de esquecer.

Sakura se levantou e abraçou Tomoyo. Ouvimos os soluços da morena e a sala continuou em silêncio até ela se acalmar.

— O caso é muito pequeno para que haja a intervenção da Interpol, mas mesmo assim as autoridades já foram alertadas. Josh é muito paciente e esperto. Pode ter esperado todos esses anos, achando que ele cairia no esquecimento, mas o que ele fez conosco não pode ser esquecido. – Tomoyo passou a mão pelo rosto e fungou um pouco.

— O que nós podemos fazer para ajudá-la, querida? – Eriol foi o primeiro a se pronunciar depois de alguns segundos.

— Na verdade, o intuito dessa conversa era apenas explicar o que está acontecendo comigo. Eu não sei se ele realmente está vindo para cá, mas só de saber que ele não está sob o olhar atento da Tenente Davis, já me deixa aflita. – Sakura foi até a cozinha e pegou um copo com água para Tomoyo.

— Então, se esse cara quer você, a polícia deveria tomar alguma atitude. – Questionei.

— E eles vão. Hoje eles vão conversar com o reitor e no máximo amanhã com a Matsumoto-san. Mas eu não sei no que isso vai ajudar. – Ela tomou um gole da água ficou brincando com a boca do copo.

— Como assim Tomoyo-chan? É claro que contatar as autoridades ajuda. – Sakura tentou animar a colega.

— Eu sei Sakura-chan, concordo com você. Mas isso nunca o impediu, e não vai impedi-lo agora. – Tomoyo respondeu.

— O que sua mãe acha disso? – Perguntei.

— Ela está furiosa. Queria que eu voltasse para casa, mas voltar seria um sinal de que Josh ainda exerce influência sobre nós. – Ela bufou e tampou o rosto com as mãos. – Então ela contratou seguranças particulares para nós. Não estranhem, por favor! Com o tempo eles farão parte da nossa rotina.

— Calma Tomoyo, a polícia pensará em alguma coisa. – Eriol se levantou e a abraçou, enquanto Sakura veio até mim e se sentou ao meu lado.

...

Alguns dias se passaram e Tomoyo conseguiu ficar um pouco mais relaxada. Não conseguimos voltar à nossa rotina usual, mas ficar mais tempo no alojamento não estava sendo tão ruim assim.

Conforme combinado, Tomoyo havia passado no ginásio e descobriu que ainda havia vagas para vôlei, então as inscrições ainda estavam abertas.

Estava no apartamento das garotas esperando Sakura. Assim que todas as vagas forem preenchidas, as inscrições serão encerradas. Temos que nos apressar! Além do mais, já está quase no horário do meu treino.

— Anda logo Sakura, se não, vamos nos atrasar. – Reclamei.

— Estou indo! – Ela respondeu, ainda dentro do quarto.

— Estou indo, estou indo... Você já está falando isso faz dez minutos. – Essa garota ainda vai me matar de raiva.

— Pronto, acabei. – Ela me encontrou na sala de estar.

— Até que enfim. Até a Tomoyo se arrumou mais rápido que você e já foi com o Eriol para o coral.

— Ô, esquentadinho, vê se não enche e vamos logo.

— Ah, agora você está com pressa, não é? – Ela me deu um cutucão com o cotovelo. Rolei os olhos. – Ei, nanica, que roupa é essa? – Reparei que ela usava uma blusa justa e short curto.

— Como assim que roupa é essa? Sempre treinei assim.

— Está muito curto esse short.

— Ah, pode parar! Tamanho normal... – Se defendeu Sakura.

— Coloque algo por cima. Lá fora está frio. – Falei enquanto seguia para a janela. – Eu vou descer pela escada, me espera lá em baixo, na cerejeira, ok?

— Tudo bem. – Ela bufou e eu sorri.

Depois de descer todos aqueles lances de escadas, esperei-a na cerejeira. Ela chegou minutos depois.

Passamos um tempo em silêncio enquanto caminhávamos. Sabia que os guarda-costas de Tomoyo não estavam nos seguindo diretamente, porém a sensação de que eles estavam nos acompanhando começava a fazer parte da nossa rotina. Eles não andavam ao nosso lado, porém estavam sempre por perto.

— Pronto! Chegamos. Vamos lá ver se você ainda pode fazer a inscrição. – Tentei aliviar um pouco o clima. Desde que Tomoyo nos contou sobre Josh, passamos a ficar mais atentos, em estado de alerta, o que diminuía um pouco as brincadeiras.

— Tomara que sim.

Subimos alguns lances de escadas, entramos do prédio e fomos a bancada da recepção.

— Com licença. Ainda está aberta a matrícula para o vôlei?

— Não. Elas encerraram ontem, quando todas as vagas foram preenchidas. – Percebi que Sakura ficou um pouco decepcionada.

— Tudo bem. – Sakura disse. – Obrigada.

Seguimos para a entrada da quadra e paramos lá.

— Eu tenho treino. – Disse, apontando com a cabeça para a quadra, onde os outros jogadores já se aqueciam.

— Eu sei. – Ela soltou um meio sorriso. – Vou ficar na arquibancada te esperando, pode ser? – Ela perguntou e eu confirmei balançando a cabeça.

Cada um seguiu o seu rumo e assim que cheguei até meus companheiros de time, as brincadeiras começaram.

— Quem é a beldade que esta com você, Li? – Hitashi, um dos caras que cursava administração comigo e era da minha sala, perguntou.

— Uma amiga. – Me limitei a responder. Fiz o mesmo com todas as piadas e brincadeiras.

— Amiga. Sei... – Shun, nosso goleiro, abriu um sorriso malicioso, que fez com que eu ficasse mais sério ainda.

— Quem fizer mais alguma brincadeira sobre isso, ou soltar alguma gracinha perto dela, vai ter uma conversinha comigo depois do treino. – Usei meu melhor tom ameaçador. Com a visão periférica, vi alguns rapazes levantando as sobrancelhas e desviando os olhos. Nessa hora é ótimo ser o campeão de Kung Fu em Hong Kong.

...

O treino havia acabado e estávamos voltando a pé para o apartamento quando Sakura resolveu bancar a louca.

— AH!

— Ei! Por que você gritou? – Perguntei me afastando dela com a mão sobre a orelha esquerda.

— Porque eu estou tentando me animar!

— E precisa disso?

— É claro! AH! – Ela gritou novamente e eu balancei a cabeça em negativa. – O que foi?

— Você está parecendo uma maluca.

— Ah, nem vem! Gritar faz bem a saúde. Alivia o estresse. – Ela balançou a cabeça tentando dar crédito as suas palavras.

— Não me lembro de ter lido nada parecido. – Comentei com a cara mais sarcástica que pude.

— Para de fazer essa cara de deboche. É sério! – Então ela acelerou o passo e parou na minha frente, me obrigando a parar também. – Grita também. Que tal?

— Ficou maluca? Eu não.

— Vamos lá, deixe de ser chato. Eu grito com você também.

— Quem sabe outro dia, pode ser? A essa hora da noite se a gente gritar, ou vão achar que somos malucos ou então que aconteceu algo sério.

— Chato!

— Olha só, - parece até que estou falando com uma criança - quando nós terminarmos esse período de provas, eu prometo que, depois do futebol ou em qualquer hora, nós vamos para o meio do campo de futebol e você vai poder gritar o quanto quiser, ok?

— Só eu não, você também.

— Claro, claro. Vamos logo...

Passamos por uma das cantinas no Campus e eu vi alguns colegas de sala, que estão no mesmo grupo que eu para o trabalho da matéria de teoria econômica.

— Nanica, fica aqui só por um instante, eu vou ali falar com a galera da minha sala. Já volto.

— Vou aproveitar para ir ao banheiro. – Ela me avisou e mexeu os ombros.

O tempo que passei conversando, o que deve ter sido por uns 5 minutos, foi o tempo de Sakura sumir. Ela não havia me respondido quando chamei por ela no banheiro e não estava nas proximidades da cantina.

— Sakura! Sakura! SAKURA! – Continuei chamando por ela. Será que...

— Aqui! – Ouvi a voz dela vindo da parte de trás do banco, onde havia várias árvores, formando um bosque. Fui até ela. Sakura estava subindo em uma árvore. Mas o que deu nessa garota? Foi então que eu ouvi o motivo. Um pequeno gato estava no alto da árvore, miando muito e ela parecia ter a intenção de tira-lo de lá.

— Você está conseguindo enxergar alguma coisa?

— Se você puder ligar o flash do seu celular, agradeceria. – Fiz o que ela me pediu e cada vez mais ela subia e os galhos iam se afinando.

— Você sabe que o galho que ele está é fino demais para aguentar vocês dois, não é?

— Eu sei, Sherlock, mas preciso arriscar! – Por fim, ela conseguiu alcançar o bendito gato. Porém, na hora de descer, quando estava quase no galho mais próximo ao chão, Sakura escorregou e começou a cair. Por puro reflexo, fui até ela. – Ai! Desculpe Li! – Sakura caiu, deitada de barriga para cima, em cima da minha barriga, o que me causou dor imediata.

— Gato idiota! – Esbravejei enquanto Sakura se levantava e me ajudava a levantar.

— Não fale assim dele!

— Ele me arranhou e foi embora.

— Ele era um filhote assustado!

— Vamos logo para casa. – Reclamei enquanto alisava o local dolorido. Vi, por minha visão periférica que os MIB, eu havia apelidado assim os guarda-costas que Tomoyo havia contratado, estavam lá, mas não interferiram quando perceberam que estávamos bem.

Fizemos o caminho para casa em silêncio e quando avistamos nosso alojamento Sakura resolveu quebrar o silêncio.

— Me perdoe Li. Foi muito imprudente da minha parte tentar tirar aquele filhote de lá. Acabei te machucando. – Ela parou de andar e ficou parada na calçada. Respirei fundo.

— Sim, foi uma atitude imatura e infantil. Achei que Josh tivesse feito alguma coisa com você. – Vi que ela se encolheu depois que falei. – Porém, foi ingênuo e puro. E acho que aguento um saco de cem quilos caindo em cima de mim. – Sakura levantou o rosto vermelho de raiva e me empurrou. Rimos e voltamos a caminhar. Foi quando ouvimos som de freios e senti uma forte pancada no meu lado esquerdo.

...

— Bom dia, Bela Adormecida. – Escutei a voz de Sakura enquanto abria os olhos.

— Onde eu estou? – Perguntei enquanto me acostumava com a claridade. Achei a agulha que estava em minha mão e fui seguindo com os olhos o tubo até chegar à bolsa com soro.

Vagamente, lembranças de ontem começaram a voltar, mas estavam muito confusas. Lembrava de estar na calçada, junto com Sakra, voltando para o apartamento. Depois a próxima coisa era uma imagem com vários rostos e pessoas falando ao meu redor. Reconheci a voz de Sakura, porém não a vi. Tirando isso, não me lembrava de mais nada. Encarei a bolsa com sono por mais alguns segundos antes de reclamar.

— Ah, qual é! Foi só você ter caído em cima de mim e eu ter sido arranhado por um gato que vocês me trazem para o hospital! Com direito a soro e tudo?

— Você não se lembra?

— Não me lembro do quê? Só me lembro de você me empurrando e de nós caminhando para casa, só isso. – O restante era absurdo demais para ser verdade.

— Alguns segundos depois disso, um carro, que batia racha dentro do Campus, nos atingiu. Sorte nossa que ele havia acabado de passar pela guarita e não estava em alta velocidade. Ganhei apenas hematomas e escoriações, já você, por que estava na beirada, levou a maior parte do choque. Quebrou a perna e deslocou o ombro, além dos outros machucados superficiais.

— E os caras? – Então faz sentido o que me lembro.

— Os seguranças do Campus conseguiram pega-los. Eriol está cuidando do restante. – Percebi que ela realmente estava com alguns locais roxos no rosto e no ombro. – Syaoran... – Antes de dizer qualquer outra coisa, Sakura foi interrompida por um estrondo vindo da porta. Olhei atordoado, por conta dos medicamentos, para aquele estardalhaço de mulheres, todas falando alto e ao mesmo tempo, o que é isso? Foi quando vi minha mãe. Tanto minhas irmãs, quanto minha prima, deixaram-na passar.

— Mãe? O que a senhora faz aqui? – Sabia que raramente minha mãe deixava Hong Kong, principalmente se isso significasse deixar o Clã nas mãos dos anciãos, mesmo que temporariamente.

— Olá querido! Está tudo bem comigo também, não se preocupe. – Respirei fundo, tentando me acalmar.

— Me desculpe mãe. Só estou surpreso por a senhora estar aqui. – Fiz o melhor que pude para me desculpar. Esperava que ela soubesse que aquele não era o melhor momento.

— Liguei para você há algumas horas atrás, uma senhorita muito adorável atendeu o celular e me disse que você estava no hospital, então eu resolvi vir. – Aí está! Respirei fundo e olhei em direção à Sakura.

— Sério? Muito obrigado Kinomoto. – Eu disse em um tom de voz mais alto para que ela pudesse ouvir.

— Xiao Lang! Não brigue com ela! – Shiefa, como sempre, saiu em defesa dos injustiçados. Olhei com tédio para ela.

— Shiefa não a defenda. – Agora sim, a confusão estava armada.

Todas voltaram a falar ao mesmo tempo, porém uma enfermeira entrou, reclamando que havia muitas pessoas dentro daquele quarto e que estávamos fazendo muito barulho. Todas elas, menos a minha mãe, tiveram que deixar o quarto.

— O que realmente aconteceu Xiao Lang? – Minha mãe perguntou enquanto se aproximava da cama.

— Para ser sincero, eu não sei mãe. – Olhei em direção a porta. – Em um segundo estava conseguindo tirar um sorriso de Sakura e no outro, acordo aqui. É confuso para mim também. – Fui sincero em tudo. Se uma coisa que aprendi ao longo desses anos é não mentir para Li Yelan.

— Eriol nos informou que os delinquentes foram detidos e vão responder pelo acidente. – A voz de minha mãe estava dura e eu sabia o que aquilo significava: que aqueles caras saberiam o que é a fúria do Clã Li. – Como você está?

— Um pouco perdido nessa situação toda, mas acho que os remédios também tem alguma parcela de culpa.


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Notas finais do capítulo

Olá, pessoas!
Mais um capítulo ON! #Uhuuuu
Então, mais coisa pra processar kkkkk Stalker, acidente, Dona Yelan na área o/ Vamos ver o que nos aguarda nos próximos capítulos. #PutzGrila

Agradecimento especial para:
— Pandinha : Obrigada pelo comentário *----* Respondi por lá ;) (Já disse que amei o seu nick? kkkk) :*
— ValentinaV : Minha Beta maravilhosa! *---------* Sem você, eu não estaria, Flor ♥ Obrigada por todo apoio, paciência (as 'vírgulas' que o digam), pelas dicas e incentivo! *----* #YouAreTheBest #ThankYouSoMuch #BetVGirl

Bom, por hoje é só, povo...
#Beijos



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