Stefan andava de um lado para o outro, ansioso.

—Será que vai demorar muito? –questionou para o irmão

—Acalme-se, eu estou mais confuso que você. –respondeu Damon com preocupação na voz

—Não estou confuso, estou nervoso. Se der alguma coisa errado...

—Stefan pare! Não vai dar nada errado, o bebe já deve estar nascendo.

—Os bebes Damon. –corrigiu Stefan

—Aé. –ele coçou a cabeça –Os bebês –corrigiu-se

Não demorou muito para que o médico procura-se pelo Senhor Salvatore para informar que os novos Salvatores haviam nascido em perfeita saúde. Stefan entrou primeiro no quarto da esposa, observando as duas pequenas criaturinhas com lágrimas nos olhos.

—Eles são tão pequenos. –disse para a esposa

—Eles são lindos não são Stefan?

—Sim meu amor. –ele fungou –Posso pega-los?

—Claro, pega pelo pescoçinho e cuidado eles são frágeis.

Stefan engoliu em seco, com medo de machucar os pequenos. Tomou coragem para pegar a menina, que viria a ser sua princesinha pro resto da vida. Ele colocou seu braço por trás do pescoço da pequena e com a outra mão segurou suas costas com cuidado.

—Parece que ela vai se quebrar a qualquer instante. –comentou

—Não se preocupe, não vai machuca-la.

Stefan sentiu parte de seu mundo ali, no seu colo. Ele viu a responsabilidade pairar sobre seus ombros, ele sentiu medo, mas todo o medo que sentia parecia pequeno com tamanho amor que tinha em seus braços.

—Vou trazer Damon para ve-los. –ele disse colocando a pequena de volta no berço e parando em frente ao menino –E você garotão? Você é bem gordinho não? –ele riu

—Pare te inticar com ele, vá logo chamar Damon para conhece-los.

Stefan assentiu e saiu do quarto, indo até a sala de espera para chamar Damon.

Damon estava sentado no sofá, com Elena ao seu lado. A expressão do homem parecia de vergonha e ao mesmo tempo surpresa. Stefan suspirou, pensando em como seria quando Elena finalmente descobrisse a verdade sobre a doença de Damon e talvez quissese deixa-lo por mentir para ela.

—Ei Stefan, como ela está? –perguntou Elena ao notar a aproximação do cunhado

—Bem, bem. Os bebes são saudeveis, tudo ocorreu bem.

—Eu não te falei que não precisava se preocupar? –gabou-se Damon colocando a mão sobre o ombro do irmão e dando um leve apertão

—Sim irmão.

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Passou-se um ano e meio desde o nascimento de Hannah e Thomas. Durante todo esse tempo, Damon escondeu de Elena sua doença, as vezes quase contando, as vezes quase desistindo dela sem dar explicação para a mesma. Isso o corroía por dentro toda vez que ele saia com ela e mentia pra ela.

Damon nunca se lembrava de nada dos encontros antigos quando Elena relembrava alguma coisa. Elena por sua vez achava que o namorado apenas esquecia sem querer. Mas isso mudaria, já estava na hora de algumas coisas acontecerem, já estava na hora de Damon contar, mas ele não tinha essa coragem, mas a vida por si só contaria por ele.

Durante todo esse tempo, Elena e Damon nunca dormiram juntos. Damon a respeitava demais, não que ele não quisesse, ele apenas esperava a oportunidade perfeita. Elena não forçava a barra também, para ela estar com seu namorado era o mais importante.

Quando Damon acordou essa manhã e viu suas anotações etc sobre Elena ele pensou “Como manti essa mentira por tanto tempo?”. Mas quando ele olhou para a foto que tinha dos dois, no porta retrato ao lado do computador, sentiu uma coisa no peito, uma coisa estranha, uma sensação diferente.

Um dos recados dizia que eles sairam essa noite, e que era especial, pois completariam um ano de namoro assumido. Era uma noite especial e Damon precisava fazer algo. Mesmo que não se lembrasse, se ele aguentou todo esse tempo por alguma razão.

De acordo com o registro que ele tinha deixado para si mesmo, a comemoração seria em seu apartamento às 8 horas. Ou seja, ele tinha exatamente 4 horas, contando do momento em que chegaria em casa, para preparar tudo.

Quando Damon chegou em casa, tudo em sua mente já estava planejado, ele já tinha passado no mercado e comprado todo necessário para fazer o jantar e o sorvete para a sobremesa.

Primeiro ele colocou o arroz e a batata para cozinhar, depois cortou os tomates para a salada, e por fim fritou os pedaços de frango. O prato da noite seria um dos seus favoritos, frango frito, arroz, tomates e purê.

Damon terminou de arrumar a mesa, colocando tudo direitinho para que nada faltasse. Quando  ouviu a campainha ele correu para atendê-la, ansioso por conhecer Elena pessoalmente.

—Oi. –cumprimentou ela dando-lhe um breve selinho

—Oi. –respondeu surpreso

—O cheiro está bom. O que tem pra hoje?

Elena colocou sua bolsa no sofá e então deitou-se nele. Damon a olhou de cima a baixo, observando que a namorada usava uma roupa não muito elegante e também não muito simples, do jeito que ele gostava nas mulheres.

—Um prato especial. –ele sorriu

—Eu estou morta da fome! –exclamou jogando a cabeça para trás

—Não seja por isso, vamos comer?

—É pra já amor.

Os dois sentaram-se na mesa e comeram em silêncio.

—Estava delicioso. –comentou Elena

—Obrigado, fui eu mesmo que fiz. –gabou-se ele

—Bobo. –disse e revirou os olhos Elena

—Pois é, já faz um longo tempo. -ele comentou

—Sim, o melhor tempo da minha vida. -respondeu sorrindo ela

Damon sorriu sem graça, sem ter o que dizer.

—Você quer o sorvete? - perguntou por fim

Elena fingiu pensar.

—Se você for me dar… Sim. -ela sorriu maliciosa, Damon ficou mais sem graça ainda

O moreno levantou e apontou para que ela se sentasse no sofá, enquanto ela sentava Damon abriu o sorvete e colocou em duas pequenas tigelas para eles. Ele sentou-se ao lado dela e lhe deu a tigela.

—Meu favorito. -comentou ela

—Serio? -Damon questionou, surpreso

—Sim amor, você sabe.

—Ah, claro.

—Como foi seu dia Damon? -perguntou ela, dando mais uma colherada no sorvete

—Normal, eu acho. -ele sorriu

—Que bom.

—E… e o seu?

—Normal tamém.

Damon assentiu, ele não sabia como agir direito, para ele era tudo novo.

Quando o homem terminou o sorvete, levantou-se e colocou a tigela na pia, começando a lavar a louça. Elena suspirou ao perceber que seria apenas isso para a noite.

Afim de ter uma noite melhor, Elena se levantou e foi até Damon devagar. Ele continuava a lavar tranquilamente a louça. de mansinho, ela colocou a tigela na pia por trás, com os braços passando por sua cintura. Elena colocou a mão no abdome do namorado, deixando bem claro suas intenções com as mãos ali.

—Elena. -o tom da voz de Damon era de reprovação, mas ele sentia-se queimar

—O que? -fingiu-se de inocente

—Para com isso.

Elena continuou a passar sua mão devagar sobre o abdome de Damon e subiu as mãos até seu peitoral.

—Parar com o que? -sussurrou no ouvido do namorado

—Mas que saco… -falou para si mesmo

Damon largou a louça na pia, fechou a torneira e virou para Elena. Agora as mãos da morena estavam no seu peitoral, mas ambos estavam frente a frente.

—Isso não é legal. -disse ele

—O que?

— Você ficar me provocando desse jeito!

Elena suspirou devagar.

— Desculpe.

Elena virou de costas, um tanto decepcionada. Damon bufou, percebendo que a morena tinha um controle sobre ele, mesmo ele vendo-a pela primeira vez.

Ele colocou as mãos nos ombros dela e desceu pelo seus braços, fazendo um simples carinho.

— Desculpe-me por não dar o que você quer. -ele disse

—Por que não dar? -Elena se virou para ele, os dois agora estavam a poucos centímetros

Damon sentiu seu coração bater rápido demais, a última vez que sentira isso fora com Rebekah. Ele não raciocinou direito. Só sentiu os lábios de Elena contra os seus e não pode evitar. Ele queria senti-los pelo resto da vida, que beijo bom.

Quando ambos pararam para olhar um pro outro já era tarde, já estavam na cama de Damon, semi nus. Damon lembrou-se que na manhã seguinte não a reconheceria e se afastou, mas Elena o puxou de volta e o beijo. O cérebro de Damon derreteu e ele não recuou.

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Damon sentiu seus olhos arderem pela luz do sol. O teto a sua frente parecia normal, mas alguma coisa não estava normal. A posição tornou-se desconfortável com o tempo e ele virou- se lado.

Damon gritou assustado ao ver uma mulher ao seu lado.