Breathless escrita por AlyHatake


Capítulo 1
Véspera da Formatura.


Notas iniciais do capítulo

Oiee sou a Aly! é minha primeira fic aqui no Nyah então peguem levem rsrs
Sempre quis criar uma fanfic com uma personagem original, sério. Tipo, desde de criança vendo Naruto no SBT eu ficava criando uma personagem, dando características e tal, enfim boa leitura. espero que gostem.



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Suspirei pela décima terceira vez naquela manhã. Eu só conseguia olhar para o relógio no canto da sala durante a aula, queria que aquela aula acabasse logo, as brigas de Naruto e Sasuke estavam me desconcentrando, assim como provavelmente estava desconcentrando a turma inteira. Eu tinha muito medo de não conseguir passar na academia, o que eu iria dizer a minha mãe? Eu provavelmente seria a maior vergonha de sua vida. Não! Balancei a cabeça tentando me livrar desses pensamentos.  E voltei a “tentar” me concentrar na aula.
Nós havíamos feito o Jutsu de transformação por causa de uma trapalhada de Naruto. Eu não me irritei, afinal praticar nunca é demais. A maioria da classe incluindo eu, se transformou no próprio Iruka-sensei. Não sei porque, acho que era mais fácil. Até que o Naruto resolveu fazer um Jutsu obsceno na frente de todos, e isso gerou sangramento nasal no pobre sensei. Ainda bem que eu estava acostumada à ouvir os berros dele, senão estaria surda agora. Voltamos para nossos devidos lugares, eu me sentava do lado de Haruo, um garoto divertido que nem sabia meu nome, bem, ele e todo o mundo. Sou praticamente um fantasma por aqui, ninguém sabe meu nome, ou mesmo me vê. Apenas as meninas mais populares da sala como Ino, Sakura entre outras que me enxergam as vezes, mas elas apenas me insultam. Me chamam de louca, estranha, burra, retardada,  etc. Eu não posso retrucar porque não as acho chatas.  Elas são só pessoas, e como cada um, tem sua própria idéia sobre o mundo. Acima de tudo, estão todos tomados pela monotonia, e qualquer coisa que se destaque é extremamente esquisito para eles. Não que eu me destaque, mas é que no meio de meninas estilosas, uma que use sempre saia longa abaixo do joelho, blusa social larga e um casaco enorme é realmente estranho. Mas não posso reclamar, fui rigorosamente criada para ser uma perfeita Kunoichi comportada. Nada me é mais importante do que fazer mamãe se orgulhar. Entretanto, nada é um mar de rosas, mamãe é uma mulher muito correta e odeia profundamente o resto das pessoas. Eu direi que depois que papai morreu ela se tornou anacoreta. É profundamente religiosa e acho que isso influência um pouco, mas o seu problema é querer me tornar o seu reflexo perfeito sem se importar com as minhas preferências. Talvez eu possa estar sendo egoísta, acima de tudo ainda é minha mãe, e eu a amo muito.

 

— Classe, amanhã é o dia do teste. Será feito aqui na academia para determinar quem se tornará Gennin e ganhará sua bandana — Iruka-sensei disse e então tocou o sinal.

Olhei para o meu material espalhado pela mesa enquanto todos iam embora. Por que será que eles não diziam em que consistia o teste? Essa é a nossa maior desvantagem. Rapidamente guardei meus cadernos dentro da bolsa, lembrei que tinha que passar no mercado, mamãe havia feito uma lista do que eu deveria comprar. Sai da academia
e corri pelas ruas de Konoha, pode parecer estranho mas eu me senti livre durante aqueles poucos minutos de corrida. O vento batendo no meu rosto era uma ótima sensação. Mas tinha que levantar a saia para não acabar pisando em cima e me espatifando no chão, da última vez que isso aconteceu desloquei minha mão. E até agora estava enfaixada. Cheguei no mercado, estava meio vazio, abri minha bolsa e procurei pela lista. O que levou um tempo por ela estar no fundo.

Tomates

Massa

Arroz

Molho

 

Peguei uma cesta e comecei a procurar pelos itens. Achei primeiro a massa, que estava na sessão de congelados, depois tive que dar à volta no lugar para achar o arroz e tomate. Tive uma surpresa ao ver Shikamaru, o gênio preguiçoso da turma, no mercado, ele me parecia estar confuso com os molhos.

 

— Oi? Shikamaru? — eu disse chamando sua atenção, senti meu rosto ficar vermelho quando ele me olhou.

 

— Ah, oi. Você é a? — ele fez uma careta engraçada ao tentar lembrar meu nome. Eu ri.

 

— Emi. Emi Arai, v-você está precisando de ajuda? Parece um pouco perdido.

 

— É que o Chouji vai jantar lá em casa hoje e precisamos de molho extra — agora eu havia entendido.

 

— Ah entendi. 

 

— É. Minha mãe me mandou comprar o tal do temperado, mas eu não faço a menor idéia de qual seja.

 

Olhei para a prateleira, bom não estava ali. Andei mais à frente olhando os molhos, sinceramente não era fácil, havia tantos temperados e eu não sabia qual seria melhor.

 

— A sua mãe vai cozinhar o que? — perguntei ainda olhando os vidros.

 

— Churrasco. O gordinho adora — eu ri. Peguei o que eu mais usava para carnes e o entreguei.

 

— Esse é muito bom, deixa as carnes ótimas, além do cheiro maravilhoso.

 

— Obrigado Emi — aff! Meu rosto estava esquentando de novo!

 

— De nada — tentei relevar e sorri. Peguei o molho que deveria e fui em direção ao caixa. Havia algumas pessoas na frente.

 

— Então, você sempre estudou com a gente? — ouvi sua voz atrás de mim. 

 

— Sim. 

 

— É você que é alvo dos xingamentos daquelas malucas? — eu já estava me sentindo estranha com seu súbito interesse.

 

— É, d-digamos que eu não pareço …normal para elas — falei entregando o dinheiro ao caixa. Esperei que minhas compras fossem embaladas, enquanto isso Shikamaru também pagava pelo molho. Peguei as compras e fui em direção à saída, a porta de vidro estava fechada e eu não podia abrir com as compras nas mãos. Porém Shikamaru veio e a abriu para mim.

 

— Não sei porque. Você parece normal para mim.

 

Passei rapidamente pela porta agradecendo num sussurro. Eu parecia normal para ele? Isso sim é estranho. As pessoas não costumam a ser legais comigo, fiquei meio perturbada e me apressei andando rapidamente.

 

— Até amanhã Emi! — ouvi sua despedida me fez andar mais rápido ainda. Não estava acostumada a receber essas gentilezas, me sentia sem graça diante disso, mas não posso negar que conversar com alguém que não fosse mamãe me deixou um pouco entusiasmada.

 

Cheguei em frente de casa, morávamos algumas ruas antes das cabeças dos Hokages, o que para mim era bom, lá era um ótimo lugar para pensar, embora eu só tenha ido lá uma vez na vida com mamãe, foi uma das poucas vezes que saímos de casa juntas, enfim, realmente era um bom lugar. Subi a escadinha na varanda e empurrei a porta com as costas, mamãe deixava aberta sabendo que eu iria vir com compras. Fechei a porta da mesma maneira com que a abri e deixei as compras em cima da mesinha da sala.

— Mamãe? — chamei, sem resposta.

 

A chamei novamente e sem resposta. Andei lentamente pela casa, confesso que aquele lugar enorme me assustava as vezes. Ela não estava no primeiro andar, respirei fundo e fui em direção às escadas. Cada degrau fazia ruído quando se pisava, aumentava ainda mais minha ansiedade. Cheguei no segundo andar e olhei o longo corredor à frente, haviam duas portas em cada parede, meu quarto, o quarto de mamãe, o banheiro e o outro quarto onde ela trabalhava. Andei até seu quarto e abri a porta. O quarto estava sempre organizado, seu corpo estava de costas para mim, sentada na poltrona de frente para a janela. Dava vista para rua, ela devia ter me visto chegar.

 

— Chegou Emi — ouvi sua voz calma e desafiadora. Andei até ela e me ajoelhei em sua frente.

 

— Sim mamãe. Como a senhora está? — ela me olhou e acariciou meus cabelos. Eu sorri.

 

— Como sempre estive querida. Fez as compras?

 

— Claro mamãe — ela me olhou brevemente e se levantou, me levantei também.

 

— Quem era o garoto? — essa não! Ela devia ter visto quando ele me deu tchau também. Imediatamente meu coração acelerou.

 

— Shikamaru, ele é um colega da academi…. — não pude terminar a frase devido ao estalo e a forte ardência em meu rosto. Ela havia me batido, de novo. Por que? O que eu fiz?

 

— Como pode me responder assim?! O que eu lhe falei sobre os outros?! — ela quase gritou passando a mão nos cabelos freneticamente.

  

— Não mamãe! Ele não é assim! Nem todos são do mal! — ela balançou a cabeça negativamente e saiu do quarto. Fui atrás dela. 

 

— Para onde foram os ensinamentos Emi? Você não irá jogar tudo isso fora! TODOS ESSES ANOS! — Ela gritou.

 

— Não mamãe! Eu não irei! Prometo. Me perdoe — eu digo rapidamente correndo atrás dela. Mamãe se virou para mim e sorriu.

 

— Vá tomar um banho e descanse, minha filha. Amanhã será um dia importante — ela diz acariciando meus cabelos. Eu assenti e lhe dei um beijo na bochecha antes de ir.


Corri para o banheiro e me tranquei, as lágrimas já desciam livremente por meu rosto, que ardia. Olhei para meu reflexo no espelho. Minha bochecha estava vermelha, naquele momento me amaldiçoei por ser tão branca. O cabelo loiro esbranquiçado estava desalinhado e as lágrimas desciam pelo olhos verdes, um verde escuro e sem vida. Me sentia um completo lixo, mamãe tinha razão, devia ter vergonha de mim! Tudo o que faço é errado, não devia ter respondido à ela daquele jeito e Shikamaru deve ter me odiado, claro, por que não me odiar? Sou uma completa burra!
Me despi e me enfiei debaixo da água fervendo. As gotas doíam ao chocar com minha pele. Me sentei no chão e tornei à chorar. Por que eu era assim? Defeituosa?

— Meu senhor, me ajude. Estou com medo. Me guie e me mostre o caminho da luz. Amém — sussurrei deixando que as gotas caíssem em minha cabeça.

Depois de trinta minutos naquele lugar, eu finalmente desliguei a água. Vesti um roupão que estava pendurado sai do banheiro.  Fui para meu quarto. Ele era simples, mas bem grande. Tinha uma grande janela na parede esquerda com cortinas brancas de seda, do lado da janela ficavam alguns nichos na parede com meus livros, na outra parede de frente para cama tinha uma porta de correr que dava acesso ao closet, e minha cama era grande e de casal com um colchão fofo que eu tanto amava. O que tinha de resto era apenas duas escrivaninhas minúsculas de cada lado da cama que ficavam com os abajus amarelos. Eles eram a única pouca luz que havia no quarto, eu gostava do escuro que ficava e da luz azulada do amanhecer frio que vinha da janela. De alguma forma isso me era reconfortante. Cobri meus cabelos com uma toalha para não molhar o travesseiro e me deitei. Me enrolei com a coberta e desejei que o amanhã chegasse logo. Que tudo que aconteceu hoje tivesse sido apenas um sonho. Adormeci em poucos minutos


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Notas finais do capítulo

esse foi o capitulo espero que tenham gostado!
desculpe se houver algum erro, boa noite e até o proximo!



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