Four Shiny escrita por Casty Maat


Capítulo 2
Adagietto


Notas iniciais do capítulo

Primeira fic que consegui destravar um pouco do mindblock! Desculpe a demora!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/725087/chapter/2

#01 – Adagietto

Aeroporto Internacional de Atenas, Elefthérios Venizélos. Um vôo vindo da América do Sul pousava em solo grego as 14:36, hora local. Um elegante homem trajado em um terno de fina qualidade aguardava por uma passageira.

O homem sabia que haviam outros “como” ele, e que haveria mais pessoas como a que ele aguardava. Mas sendo o último servo de seu “chefe”, a ele ficou decidido apenas vigiar uma “delas”. Viu uma pequena menininha de cabelos castanhos vir com uma mochila e um ursinho de pelúcia.

—Sou Sorento. – se apresentou a pequena. – Sirvo ao deus dos mares e estou aqui para promover sua guarda.

A garotinha o olhou sem entender muito do que o simpático homem lhe dizia.

—Mirian Laguna. – respondeu tímida.

Sem que ela soubesse, no avião que preparava seu pouso há alguns quilômetros, haviam mais como ela. Shiny. Seguia de mãos dadas com Sorento, que para todos os efeitos seria seu tutor.

—A gente vai comer doces?

—Posso lhe comprar. Só temos de esperar chegarem colegas suas do Brasil. E seus guardiões.

—Por que?

—Eles serão um reforço na segurança.

====================================================

Milo estava sentado esperando, usando roupas civis enquanto que Camus ao seu lado, lia tranquilamente Kafka. O escorpianiano já estava bastante irritado com a demoro do avião.

—Sossegue. Aldebaran já nos disse que não é incomum vôos do Brasil atrasarem.

—Já senti aquele escamado se mexendo, a guria dele já chegou. Isso se torna um perigo cada segundo fora do Santuário ou do Templo Submarino. Ainda mais que os moleques de bronze estão fazendo nossa escola lá fora.

—Sabemos disso. Porém não temos controle das aeronaves. – o francês olhou de soslaio ao amigo. – Então relaxe e espere.

Milo bufou, irritado.

—Tenho uma sensação ruim. Muito ruim.

====================================================

Um segundo de distração do general marina e tudo aconteceu. Um homem todo vestido de preto vinha na direção dele e da menina que estavam comprando um lanch. Uma adaga tão negra quanto a noite em punhos.

Por questão de segundos, Sorento conseguiu conter o golpe que vinha em direção a sua protegida com uma flauta. Assustou-se, afinal, nada havia de indícios, cosmo. Fora apenas por reflexo.

O homem saltou para trás e Sorento se pôs a frente da garota. As pessoas corriam assustadas, gritando socorro.

—Fique atrás de mim, Mirian.

A garota tremia. Era um dos homens maus que tinham vindo para mata-la? Sorento não tinha muita opção senão lutar contra a figura que ria e partia para cima dele. Protegeu de um chute aéreo com a flauta na horizontal, a altura do rosto, impulsionando-a para afastá-lo. O homem girara o corpo com intuito de acertá-lo na lateral da cabeça, mas encontrou outra barreira.

O cano de uma metralhadora longa era tudo que separava os pés do inimigo e seu alvo, o fazendo recuar de novo. A garota agora tinha cabelos alaranjados, uma roupa temática em laranja e marrom.

—Sou o gatilho brilhante da justiça! Shiny Orso!

—Orso! Se afaste, contê-lo é a minha missão! – gritou Sorento, invocando sua escama.

O homem ria em puro desdém a cena.

—Me conter, servo divino? Não será fácil derrotar Urui.

—Não duvide de minha capacidade. – Sorento pôs-se a tocar, na intenção de deixar Urui mais fraco, mas ele parecia simplesmente ignorar o som cósmico de sua técnica.

—Som? Que coisa estúpida, servo divino... –  com um movimento de braço, quebrou a técnica do general marina, o empurrando para trás, mas logo teve de mover novamente seu braço, dessa vez parando uma bala.

Shiny Orso em seu visual fofinho tinha a habilidade de usar armas, qualquer quisesse. Ela conjurava e usava sua mana para inserir balas mágicas. A pequena garota mágica trocava a metralhadora por uma pistola, as mãos tremiam.

Orso tinha medo, muito medo. Era ainda novata naquilo e já tinha de lutar por sua pequena e frágil vida. Urui sorriu maldoso.

—Ainda nem tem experiência... – ele ergueu a mão, concentrando uma energia negra. – Que piada...

Quando a energia foi disparada, na figura de feixes, Sorento entrou na frente. As estacas negras fincaram na armadura, o protegendo, mas não resistiriam se houvesse mais.

—Que guardião inútil. Inútil como essa Shiny. Já matei melhores...

—Droga... – resmungou o general. Som não funcionava, técnicas de luta não eram exatamente seu forte. Precisava pensar rápido em como escapar para proteger a garotinha.

Via Urui novamente preparar seu golpe quando uma flecha roxa e brilhante passou em sua frente, distraindo o inimigo. Ouviu o som de motor roncando em plena força e um garoto de rosa, cabelos curtos arrepiados com uma trança surgindo da nuca aparecendo. Em suas mãos, duas katares, que decepara uma das mãos do servo de Mallumo. A figura de rosa saíra de perto do inimigo, vindo para junto do general da garotinha.

—Eu vou tirar essas estacas. – disse tirando o general para posicionar ele e a pequena Shiny em certo ângulo.

Com a mão boa, Uruia iria fazer um novo ataque, que bateu em uma barreira brilhante como prata. Em forma de lua cheia, uma garota mágica de cabelos roxos presos de lado, roupas entre branco, prata e roxo compunham seu visual. Seu poder barrava o ataque de Urui, que irritado com a investida surpresa, não notara diversas lanças brotarem do chão e lhe perfurarem.

Atrás de si havia uma garota mágica vermelha, com malha protetora colada, proteções metálicas rubis nas pernas, peito, braços e ombros. Longos cabelos lisos estavam presos bem no alto em rabo de cavalo, sua lança fincada no chão mostrava que assim criara lanças extras para desferir o golpe.

Ainda sim, Urui não havia morrido, mas estava bastante ferido. Foi quando olhou para cima, vendo uma figura com trajes azuis, armadura metálica, asas luminosas e uma potente e gigante motante de luz. Fora a ultima visão, pois a lâmina sobrenatural o partira ao meio.

Diante da confusão instalada, Milo e Camus tinha acabado de vir, pois tentavam ajudar na evacuação dos civis, vendo a cena. Eram as suas “shiny” que lutavam para proteger.

A garota de roxo enfim desfez seu escudo em forma de lua cheia. Respirou aliviada.

—Bom trabalho, Speedy. Speedy? – ela olhou para trás.

Speedy, o garoto de rosa estava estático ao constatar que o escudo não fora tão eficiente. Algumas estacas pequenas havia passado e atingido pernas e braços de Orso, cujo o olhar se encontrava sem vida, opacos.

—As estacas... – murmurou a de roxo. – eram venenosas...

A garota de azul se aproximou e fez surgir diversas penas caindo em chuvas. Apenas os ferimentos de Sorento foram sanados.

—Warrior... Usa essas penas direito... – murmurou a de roxo.

—Não tá indo, Starry. Ela... Ela já se foi... – Warrior parou a chuva de penas branquinhas. – Minha Essência de Penas não recussita...

—Lancer. – o garoto de rosa olhou para a de vermelho. – Então... Só restou nós?

Lancer abaixou a cabeça, não queria admitir, mas das shinys da América, só restaram elas.

—Temos que cuidar bem uma da outra...

—Melhor nos retirarmos. – disse Camus se aproximando do grupo. – Sorento, vamos todos juntos. Atena e Poseidon saberão o que fazer com a menina.

Sorento estava furioso consigo mesmo. Perdera de forma humilhante. Estaria ele inútil perante todos os servos de Mallumo? Ele pegou o corpo da pequena garota mágica que brilhou rapidamente e retornou a forma civil. Ainda haveria uma revanche pela humilhação e pela morte prematura da pequena garotinha. Ah, haveria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Four Shiny" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.