Banshee: Entre Dimensões escrita por Teilian


Capítulo 1
O inicio do fim




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Tento me lembrar do motivo de usar saltos altos, mas me recordo que é para combinar com o vestido, mas tento entender o porquê escolhi um tão longo, pois ele cobre os meus pés, sendo assim não tem como ver eles,  mas combinam com meus cabelos longos, me diziam que eles transpassavam a luz da lua, até gostava mas começavam a me zoar pois sou tão pálida quanto a mesma, mas isso e claro quando podiam me ver, você deve estar se perguntando quem sou eu? Adoraria falar a vocês mas não me lembro, estou aqui a tanto tempo, mas deixe me explicar meu trabalho, resumindo rapidamente, sou uma das encarregadas de recolher as almas que em certo momento precisam sair do corpo, não e um trabalho agradável, admito, mas se pensar pelo lado bom, nunca estarei desempregada, afinal. A morte chega para todos.  Nesse exato momento seguro um leve pote como podem ver inúmeras almas estão vindo em sua direção, isto e um artefato único, chamado Albar, um recolhedor de almas. estou em uma guerra entre dois reinos, não costumo observar os detalhes, mas este caso me chamou a atenção.  

 
A espada, afiada que mais parece um fantasma dançando entre os guerreiros , como um vulto entre os seus olhares, em outra determinada ocasião um vulto poderia causar calafrios, talvez arrepios, conturbar uma mente complexada. Mas em uma guerra pode significar a morte, independente do quão preparado um guerreiro esteja, nunca poderá baixar a sua guarda e em hipótese alguma subestimar o seu inimigo, porém nem sempre existe essa possibilidade, humanos tendem a carregar emoções e infelizmente para Tobias ele e apenas mais um deles, com sua enorme espada em suas mãos que tracejava os pontos vitais dos seus inimigos em meio a guerra, não havia armadura resistente o suficiente para resistir ao seu golpe fatal, mas da mesma maneira não haveria preparo o suficiente de um guerreiro que não se abalaria em ver o sangue jorrando de um amigo, seu único amigo, caído dentre os demais corpos a única coisa que os diferenciavam era a coloração das armaduras, os de azul defendiam Waverland o reino dos homens, enquanto o inimigo possuiam trajes tão escuro quanto a imensa escuridão lutavam por Morthan, O reino das bruxas.  
 
Tobias gritou tão alto quanto um grito de guerra e se ajoelhou não se importando de ser morto,  o quão complexada pode ficar uma mente em ver o pai em seus últimos segundos de vida? Encoberto por sangue, mas agora nas mãos de Tobias.  
 
—Não, não. - Murmurou repetidamente, ele havia puxado os cabelos castanhos do pai e os olhos tão escuro quanto  os trajes do inimigo.  
 
—Se chorar,  será deserdado. - Se algum dia perguntarem se uma guerra poderia ser esquecida ou apaziguada por um leve sorriso, responda que sim. Pois para Tobias não havia mais batalha naquele momento, apenas seu pai diante dele tentando-o consolar o filho da própria morte 

—Não pode partir assim, morrendo para soldados de Morthan. ISTO NÂO É JUSTO. - Gritou enquanto as lágrimas escorriam sobre seu rosto 
 
—Esperar uma vida justa ou fazer justiça com as próprias mãos? - Segurou as mãos do filho juntamente com a espada e continuou 


—Qual é o nosso dilema? Murmurou já sem forças dando seu último suspiro.  
 
Deve estar pensando quem foi o pai de Tobias, pois gostaria de lhe falar que a vingança o trouxe até aqui, tão quanto também trouxe o filho, ele se chamava Morgliart era viúvo, havia perdido a própria mulher, considerada por muitas como uma das fadas mais poderosas dos reinos, mas cuja a própria bondade poderia ultrapassar isso, Lylian era seu nome, a mãe de Tobias, o único momento em que poderia deixar uma mulher com tanto poder vulnerável, talvez no que mais sonhou em toda sua vida, foi quando foi dar à luz a seu único filho, quando a fraqueza dominava o seu corpo, ela recebeu a visita de uma velha amiga, a Imperatriz do império de Morthan, Morgiana. 

 
Acreditem se quiser, mas ela vai ser a única pessoa no quão terei o prazer de recolher a alma algum dia, a crueldade estampada em seu histórico de vida, consegue me dar calafrios. Mas continuando, foi nessa visita, que tudo começou, entrou pelas enormes janelas do quarto de Lylian, como um ladrão preste a furtar, ela foi cautelosa, enquanto os gritos da dor do parto ecoavam nas paredes  e os sacerdotes ajudavam a retirar Tobias do ventre, a Imperatriz com um sorriso que nunca irei me esquecer, havia prazer em seus lábios. 
 
—Deixem-me continuar, esperei tanto por esse momento. - Gargalhou e com um leve movimento das mãos lançou ambos sacerdotes ao encontro das paredes, caindo-os desacordados no chão. 

Lilyan meio que tentou gritar, mas do que adiantaria afinal ela havia passados os últimos minutos gritando, todos pensaram que eram por causa do parto, em um estalar dos dedos a porta do quarto se fechou e ambas ficaram sozinhas.  
 
—Acha que à deixarei impune por invadir a minha casa, atacar os meus sacerdotes, irás morrer sua bruxa – Gritou. 
 
A imperatriz, caminhou vagarosamente e sentou-se na cama ao lado da fada.  
 
—Esperei tanto por esse momento. - Alisou o rosto da mesma que empurrou as mãos das bruxa.  
— Estas tão fraca, tão vulnerável, mas acredite vim ser sua amiga, ajudar você como nunca ousou em me ajudar.  
 
—Encoste em mim e farei o seu corpo em cinzas. -  
 
Em outro momento até que a fada Lylian poderia tentar e até mesmo transformar a bruxa Morgiana em cinzas, mas ela estava fraca, tão fraca quanto um humano, a Imperatriz fez sinal de silêncio e com o mesmo dedo indicador apontou para a Barriga da fada.  
 
—Aprendi algo com os humanos recentemente, tão fracos mas tão insistentes em se sobressair sobre as dificuldades, existem diversos métodos para se ter um bebê, finja que estamos em uma aula e irei ser sua professora. Disse perfurando a barriga da fada com a própria unha tão afiada quanto uma navalha.  

Devo dizer que presenciar essa cena me fez acionar um senso de justiça que não sentia há centenas de anos, era como se o sangue ainda circulasse pelo meu corpo, queria tê-la ajudado de alguma maneira, mas lamento em dizer que não foi possível, a imperatriz rasgou a barriga da fada como um animal, na verdade animais matam por necessidade e em hipótese alguma devem ser comparados aquele monstro, me desculpem. 
 
Ela agonizou até a morte e quando o oxigênio quase não circulava pelo seu corpo, a Imperatriz arrancou o bebê de dentro. 
 
Mesmo sem forças quem chegasse perto da fada poderia ouvi-la murmurar.  
 

—Meu filho, meu filho, meu filho.. - Dizia repetidamente enquanto as lágrimas se encontravam com o sangue em seu corpo.  
 
Tobias estava no colo da mulher que matou a sua própria mãe, mas ele ainda era apenas um bebê, ele iria ser morto, existem regras até mesmo para mim, regras que jamais poderiam ser quebradas.  
Porém, devo dizer á vocês que sou um pouco desobediente. 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem.



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