Seoul Fairy escrita por Gwynbleidd


Capítulo 1
Ao Trabalho!


Notas iniciais do capítulo

Oie! Então tudo começa aqui rsrs Eu me diverti muito escrevendo e quero que tenha bastante tom de humor, assim como alguns k-dramas que assisti. Aceito sugestões, ideias e opiniões de todos!!
Boa leitura!!!



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Hora de acordar.

Hora de acordar.

Hora de acorda.

 

 O smartphone começou a tocar repetitivamente e a vibrar em cima do criado mudo ao lado do abajur azul escuro com estrelinhas desenhadas, ficou tanto tempo tocando e vibrando que escorregou e caiu no chão de madeira fazendo um alto estalo *Patuff!!!* e com isso, finalmente a dona dele acordou, ainda que de uma maneira sonolenta e deplorável, juntou forças para tirar o cabelo do rosto e principalmente da boca para falar.

— Humm... Oppa* o despertador, desliga o despertador...  – Ela resmungou enquanto se enrola no edredom quentinho com estampa de oncinha e afunda a cabeça contra o travesseiro. O celular que agora mais parece uma britadeira tremendo no piso de madeira continuou com o barulho chato até que tudo ficou em silêncio, com isso um sorriso espontâneo e agradecido surgiu no rosto da jovem.

— Obrigada...

Um homem vestido com uma camisa social preta, calças jeans claras com alguns desfiados na coxa e um coturno militar preto por cima da barra, parou ao lado da cama e ficou observando-a. – Tsi tsi tsi tsi. – Fez um som de desaprovação com a boca enquanto maneia a cabeça de um lado para o outro. – Aish essa Trouble Maker, garota sempre dando trabalho para levantar.

Com as duas mãos e um sorriso maldoso, segurou gentilmente na ponta do edredom e puxou com muita, muita força e de uma vez só, a garota levantou do colchão, rodopiou no ar e caiu de cara no travesseiro fofo. *Puff!!* Como um gato assustado ela acordou pulando na cama, sentou apoiada na cabeceira, puxou sua camisola branca de dormi até os joelhos e olhou com os olhos parecendo duas laranjas para o homem.

— Kang! Por que fez isso comigo? Doeu! – A jovem levou a mão até a ponta do nariz e começou a esfregar de maneira manhosa enquanto faz uma expressão de choro.

— Larga de ser fresca Milla, um travesseiro não é capaz de te machucar. Agora levanta que o almoço já está pronto.

Ele caminhou até a cortina e a abriu correndo-a para os lados, a luz do raiar do meio dia entrou no quarto tocando a pele clara da jovem, desde os pés pequenos com as unhas pintadas de azul celeste, até os seus cabelos castanho-alaranjados. Depois de aberta ele caminhou devagar e com a cabeça erguida, como um galo orgulhoso, foi para fora do quarto recebendo olhares mortais da jovem, se fosse anotar em um caderno quantos olhares assassinos já havia recebido dela por fazer isso, provavelmente não haveria folhas suficientes para o mesmo.

— Esse travesseiro machucou. – Resmungou assim que ficou sozinha no quarto, seus pensamentos estavam envoltos com a possibilidade de voltar a dormir, mas provavelmente ela não teria mais sossego naquele dia e agora que já esta acordada mesmo, achou melhor levantar de uma vez.

— Iup... – Com um pulinho ela levantou da cama e caminhou até o seu closet, notou com um sorriso os seus casacos grossos, as jaquetas com toucas felpudas e os cachecóis multicoloridos, mas a lembrança do sol do meio dia a fez balançar a cabeça em negação. – Não, não... Muito quente. – Escolheu uma blusinha branca com o desenho de maçãs, melancias e laranjas, uma saia vermelha toda rodada e uma sapatilha preta, trocou de roupa e desceu até a sala de jantar no andar de baixo.

 

~ ~ Milla ~ ~

 

Comecei a descer a escada do nosso duplex enquanto miro o horizonte através da parede feita de vidro, acordar todos os dias e poder presenciar uma vista destas me faz querer levantar cedo todos os dias para tomar café sentada nos degraus da escadaria, mas o fato é que estou indo dormir todo dia tão tarde por causa do meu serviço, que ando ficando muito cansada. “É impossível acordar mais cedo que isso, definitivamente impossível!”.

Termino de descer a escada de pedra polida e atravesso a sala de estar até a sala de refeições, que é separada apenas por uma parede/prateleira, onde temos várias relíquias históricas, isso é hobbie do Kang e eu nem mexo nessas coisas repletas de poeira, laminas envenenadas e objetos amaldiçoados, não sei por que guardar tanta bugiganga aqui?

— Bom dia Omma*. Bom dia Oppa!

Falei com um belo sorriso no rosto, fui até a minha mãe e dei-lhe um beijo estalado na bochecha dela *smack*, depois um beijo na bochecha do Oppa Kang, *smack de novo* ele logo ficou vermelho e irritado, não sei por que sempre está irritado comigo, o que eu fiz para ele?

— Crummm – Ele pigarreou pegando a garrafa de café e despejando o líquido em uma xicara para mim. – Bom dia Milla, bebe um pouco de café.

Peguei a xicara e levei até a boca, o odor agradável me fez sorrir e logo o bebi. – Ahh... é tão gostoso Kang! Obrigada por fazer esse cafezinho todos os dias.

Finalmente sentei na cadeira e olhei toda a mesa, tem uma bandeja com torradas e potes de geleia com sabores variados, morango, uva, maracujá, figo... Recipientes com algumas frutas, como maças, laranjas e banana. Peguei uma fatia da torrada e levei a boca. *chomp chomp*

— Que gostoso mãe!

— Não me agradeça filha, foi o Kang quem fez. – Olhei para ele com surpresa e espanto, meus olhos se arregalaram e balancei a cabeça positivamente mordendo mais um pedaço.

— Nossa Kang *chomp* você é muito prendado, fazem cem anos que o conheço e ainda me surpreende. – Termino de comer lambendo os meus dedos e limpando em uma toalhinha de papel.

— Obrigado Milla, eu acho... – Ele pegou o seu celular, mexeu um pouco nele e olhou para mim. – Enviei a rota de serviço do dia, você está com seu celular ai certo?

Olhei para ele e depois para outra torrada, então o tempo ficou em câmera lenta. “E agora Milla o que vai fazer? Não pode falar para ele que está sem o celular de novo, Kang vai dar um pití! Tive uma ideia”. Com minhas ágeis mãos peguei uma torrada e enfiei um pedação na boca, comecei a mastigar e ele ficou me olhando com cara de desentendido, fiz um sinal com o ombro que não podia fazer nada.

— A fome é maior do que eu. – Falei com a boca toda cheia de pão.

— Ah francamente Milla. – Kang levou a mão na testa enquanto reclama e depois olhou para minha mãe. –Olha isso Yia, o que eu faço para essa garota ter mais responsabilidade?

— Deixa ela Kang, é por causa desse jeito feliz e espontâneo que todos gostam dela lembra? – Minha mãe tranquilizou ele com um tapinha no ombro, olhei para aquela cena com total desaprovação e cochichei para mim.

—Credo, oppa até parece o meu pai assim, er...

—O que você disse? – Ele parece ter escutado e virou sério para mim, fingi que não era comigo e bebi mais um pouco de café.

—Que já terminei o cafer! Vou escovar os dentes para sairmos.

Levantei da mesa de maneira comportada e me afastei dez passos antes de correr em disparada para o meu quarto. “Isso! Consegui ser mais rápida que ele”.  Entrei no quarto tropeçando em um ursinho de pelúcia branco.

—Oh oh... Senhor Maycols o que faz fora do seu lugar? – Peguei-o pelo braço peludo e levei até uma prateleira com vários bichinhos de pelúcia, todos são presentes que ganhei no serviço, o lugar do ursinho branco está vazio, coloco ele lá e dou alguns passos para trás. “Tudo no lugar”. Giro o corpo 180º e sem querer chuto o celular que estava no chão, ele vai arrastando pelo piso até embaixo da cama.

—Ai Milla, como você consegue fazer umas coisas dessas?

Frustrada engatinho no chão e olho embaixo da cama, ele está do outro lado perto da parede, termino de deitar no chão e vou me enfiando cama abaixo para conseguir pega-lo.

—Milla? – Escuto a voz do Kang vinda do quarto e me assusto, tento virar esquecendo que estou de baixo da cama e bato a cabeça na madeira. *Tuff*

—Igh...

Oppa deve estar me olhando com cara de bravo de novo. Alcanço o celular e escrevo uma mensagem para ele.

(Está bravo? (o-o)))) Se estiver eu vou ficar aqui embaixo mesmo xDD)

(Ñ estou bravo Milla, pode sair de debaixo da cama)

(Hummm... Mentiroso, eu te conheço Oppa U_U////)

—Sai logo dai Milla Eun. – Ele esbraveja tão assustadoramente que eu deslizo igual uma minhoca para fora da cama, isso se as minhocas deslizarem... Mas foi algo do tipo. Quando olhei para ele, Kang estava em pé com os braços cruzados.

—Vai Milla, deixa eu ver o celular.

Ele pede estendendo a mão e eu entrego para ele.

—Chato. – Faço biquinho de birra e ele nem me da moral, fica olhando para o aparelho.

—Bom... Só riscou um pouco a capinha, só um minuto que eu vou trocar.

—Não sei por que tanta fixação com esse celular. – Falei com deboche indo para trás dele e tentando ver o que ele estava fazendo com o meu celular. -Está fuçando as minhas conversas? Tem coisas ai que você não pode ver, Oppa!

—E por que não? Com quem você conversa? – Ele falou com um pouco de ciúmes, foi bem fofo.

—Por que não u-é!

Uff. Ele bufa e retira a capinha do celular colocando-a na cama, não deu dois segundos e o celular começou a tocar e piscar a tela em vermelho.

“Alerta vermelho, alerta vermelho. Sinais de Destruidor eminentes”.

Kang cerrou os dentes com raiva e olhou pela janela, será que ele está pensando em pular pela janela e ir direto? Teve uma vez que ele já fez isso. Uff.

—Milla não é hora para ficar suspirando. Se prepare que estamos saindo.

—Hai-hai.

Ele me entrega o celular e eu o jogo na minha bolsa de qualquer jeito, pego meu chapéu para sol, óculos de sol e o protetor solar, fico procurando para ver se estou preparada para ir a rua e parece que estou sim.

—Ótimo!! Ao trabalho!!


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Notas finais do capítulo

Oppa = Termo utilizado pelas garotas quando se referem a um garoto mais velho que ela. Aqui abordado com um sentido carinhoso também!

Omma = É o equivalente a mãe.

Eu espero que tenha ficado bom!! Eu devo continuar com essa pegada na história ou está muito chato??