Soldier of Love. escrita por stanoflove


Capítulo 1
O primeiro.


Notas iniciais do capítulo

OLÁ MEUS MARINHEIROS, PRONTOS PARA COMEÇAREM UMA DAS VIAGENS MAIS EMOCIONANTES DE SUAS VIDAS? HAHAHAHA! ♥

Pois bem, eu não sou e nem estou perto de ser uma das melhores escritoras do mundo, mas eu me doo de corpo e alma a vocês. Peço-lhes que deem uma chance a história e que tenhamos uma aliança forte, seu lindos! ♥

Sem mais delongas: boa leitura! ♥



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O avião cargueiro deu um forte tranco assim que tocou o solo europeu, e Alexandra O’Neil pôs-se de pé com o auxílio de seu irmão, um segundo tenente, e posteriormente todos os outros soldados também se ergueram, repousando seus braços na lateral de seus corpos.

Após um dois anos e três meses, sendo exposta a bombas e tiroteios, quase ter perdido a vida quando a cápsula de um fuzil do inimigo passou raspando por sua artéria femoral da perna direita na guerra do Afeganistão, estava ela ali, de volta a sua gostosa e tão sonhada Croácia, para ser mais específica, na cidade de Split que a levaria para o seu lugar de descanso espiritual: A Ilha de Hvar.

─ Soldados, soldadas. ─ a tenente se pronunciou ao se por de pé, em frente a todos, enquanto o avião ia desacelerando.

Eram cinquenta soldados num total, sendo vinte e cinco homens, vinte e cinco mulheres. Todos fortes e determinados.

─ Fora um grande privilégio estar naquele campo de guerra ao lado de vocês, e fico grata mais ainda por não ter trago nenhum caixão com um corpo morto dentro, mas por outro lado, foi ótimo ter dado vários corpos para eles levarem de volta. ─ de quebra aproveito para adiantar-lhes que essa mulher parecia ter o maior humor ácido de toda a história, principalmente em momentos pós-guerra, mas só parecia mesmo. ─ Teremos três meses de um merecido descanso, bom, até primeira ordem né, nunca se sabe. ─ ela disse soltando um risinho, mas voltando a compostura assim que escutou o barulho da imensa porta começando a ser aberta, após o avião finalmente estagnar, e voltou a dizer: ─ Aproveitem suas famílias, amigos, namorados... e voltemos ainda mais revigorados, pois assim como vocês contam conosco, eu e toda a base contamos com vocês. ─ Alexandra deu uma piscadela e todos os soldados bateram continência junto com a tenente. ─ E olha, mamãe ama vocês, tá? Que todos tenham um bom descanso. ─ ela sorriu fazendo seus parceiros de guerra gargalhar e observou todos saindo do avião, sendo a última a se retirar junto com seu irmão.

Enquanto eles iam descendo a rampa do avião de forma lenta e atenta, por conta da perna ferida, eles avistaram mais ao longe a maior autoridade de toda a hierarquia militar, o marechal Zachary Moretzsohn.

─ Marechal. ─ Gustav e Alexandra, assim que aproximaram-se mais do superior, disseram unissonamente, batendo continência em seguida, gesto que demonstrava respeito entre as autoridades, e Zachary retribuiu de mesma forma, colocando um sorriso nos lábios

O cara era uma baita de um gato, com cabelos grisalhos, corpo sarado e dono da maior simpatia, tinha que ter né, pois para aqueles soldados terem dois tenentes incríveis como Alexandra e Gustav, algo havia acontecido antes, e esse “algo” foi o marechal.

─ Vocês fizeram um ótimo trabalho no campo de guerra, eu pedi-lhes que não me decepcionassem, e caramba, estou me sentindo um pai orgulhoso! ─ ele confessou deixando escapar um sorriso imaculado e apertando, uma de cada vez, a mão direita de seus tenentes logo em seguida.

─ Se nós não tivéssemos um exemplo como senhor, com toda certeza teríamos fracassado nessa missão. ─ Gustav disse recebendo um olhar positivo da irmã. Sua fã número um e maior admiradora.

─ Não quero tomar o tempo de vocês, sei que querem ver suas famílias e também teremos muito tempo para conversarmos. Nas segundas, quartas e quintas, teremos de nos encontrar na base. ─ os irmãos assentiram a ordem de seu superior e tomaram postura. ─ Ah, e espero que melhore rápido tenente Alexandra, você é a mais preciosa e está muito cedo para perdê-la. ─ a ruiva sorriu e assentiu, posteriormente, os três, juntamente, bateram continência e após o marechal despedir-se dos irmãos com um abraço paternal, os dois observaram o superior se afastar.

─ Eu não vejo a hora de tomar um banho de verdade e comprar botas novas. ─ a ruiva comentou com seu irmão e ele riu, balançando a cabeça positivamente e dando-lhe apoio, para que não forçasse tanto a perna que possuía a sutura bem fresca ainda. ─ E de ver mamãe e papai também, sinto tanta falta.

─ Nem me fala. ─ ele disse com felicidade em sua entonação, porém o resquício dum leve pesar sondou a sua fala, Alexandra, porém deixou quieto, preferindo falar sobre isso mais tarde. ─ E de ter uma boa noite com Celine, né... ─ a ruiva fez uma careta de nojo para o seu irmão, enquanto caminhavam pelo corredor que os levaria ao portão de desembarque, e o ruivo riu, suspirando em seguida.

Alexandra observava o céu azul, sem nenhuma nuvem, através do vidro transparente e imaculado. Como ela sentia saudade daquela calmaria de seu estado, bom, ela ainda não estava em seu estado, mas Split era também um lugar que ela chamava de seu, por passar grande parte da infância perambulando por ali.

─ Será que eles já estão aqui nos esperando? ─ Gustav perguntou ansioso enquanto caminhavam já chegando ao portão de desembarque, aquilo fez sua irmã dar um riso irônico e o cutucar. Ninguém conseguia ser tão desconfiado quanto aquele ruivo.

─ Sem dúvidas, né? Mamãe e papai com certeza estão acampados aqui. ─ ela brincou fazendo-o rir. ─ E certeza que Celine também está a sua espera, brother, fique tranquilo. ─ finalizou e nos lábios do irmão um sorriso genuíno e completamente apaixonado surgiu. Para ela, vê-lo assim era tão bom, totalmente resolvido em uma relação plenamente gostosa, e a ruiva ficava mais feliz ainda por poder também fazer parte de tudo aquilo.

Assim que a dupla apontou no corredor pequeno, de frente para o portão de desembarque, conseguiram avistar grudados na entrada, sua mãe Eloá O’Neil, seu pai Abraham O’Neil e a noiva de Gustav, Celine Updike.

Dona Eloá e seu Abraham tornaram-se ansiosos em questão de segundos, com os olhos marejados e as suas expressões faciais totalmente emocionadas. Celine conseguia ser bem expressiva, e fazendo um barulhinho alto e estranho, assim que os seus olhares se encontraram, disparou a correr em direção aos dois, mais precisamente para o braço de seu namorado, sentidos as lágrimas escorrer e esquentar o rosto, que segundos depois estava enterrado no pescoço do namorado.

─ Por Deus, como eu senti a sua falta. ─ a morena disse com a voz embargada e acabou emocionando o noivo com aquelas palavras. Fora um longo ano, distantes, somente conversando por chamadas de vídeo e cartas, pique “Querido John”, sabe?

Alexandra esquivou-se um pouco para poder ver melhor seus pais, e caminhando rapidamente até os mesmos, lançou-se aos braços de amor, e os apertou como nunca em sua vida.

─ Como eu ansiei por esse abraço! ─ ela sussurrou com a voz embargada, recebendo de sua mãe, uma mulher baixinha, gordinha e de cabelos ruivos, um “eu também”. O patriarca, um homem de cabelos tão negros quanto à noite, com um e noventa e cinco de altura e olhos castanhos, não conseguiu sequer dizer algo, somente chorava e apertava a filha num abraço.

Celine e Gustav achegaram-se mais a eles, e rapidamente foram envolvidos naquele mesmo abraço, nostálgico e cheio de sentimentos bons.

─ Sei que vai soar meio grosseiro, mas você está com uma raba que só Jesus, hein dona Alexandra? ─ Celine brincou e abraçou a cunhada e melhor amiga. ─ Você não faz ideia de como fez falta aqui nessa terrinha.

─ E você não faz ideia de como fez falta para mim. Ficar longe desse ombro aqui foi complicado, era o mais confortável para chorar aos montes. ─ ela confessou totalmente risonha, enquanto passavam a andar para a saída do aeroporto.

─ Nós temos tanta coisa para conversar que você nem imagina. ─ Celine acrescentou dando uma risada maldosa, e cerrando os cílios na direção da cunhada.

Alexandra assim que fora respondê-la, escutou seu sobrenome ser chamado e assim que virou para ver quem era, encontrou seu grande amigo Jason correndo em sua direção.

─ Vai com calma O’Neil, nem parece que quase perdeu a vida. ─ Celine cerrou os cílios na direção de Alexandra, como se dissesse “Que história é essa?” e cruzou os braços sob os seios.

─ Ahn, Jason, essa é Celine, noiva de Gustav e minha melhor amiga. ─ Alexandra iniciou, sabendo que logo menos viria a receber o sermão. ─ E Celine, esse é Jason, meu melhor amigo e seu substituto no campo de guerra. ─ ela disse risonha enquanto os via cumprimentando-se com um abraço. ─ Mas então meu bem, tá esperando alguém? ─ ela perguntou voltando-se para o amigo.

─ Na verdade sim. Junior estava de escala noite passada, e como ele passa por aqui para ir pra casa, acabou me ligando e pedindo para eu esperar, alegando que viria me buscar. ─ o moreno de cabeleira raspada e corpo marombado, disse totalmente apaixonado só de lembrar do namorado, uma figura fofa, de cabelos dourados e cacheados como os de um anjinho.

O trio de amigos estava parado a frente do aeroporto quando escutaram o barulho da buzina, do outro lado da rua estava Junior, olhando para o namorado com o sorriso mais imaculado dessa vida.

─ Essa noite a minha família vai dar uma festa, não somente essa, mas todas as noites. ─ Jason sorriu enquanto abraçava a amiga, e a sua mais nova conhecida, Celine. ─ E se minha tenente não aparecer, ficarei chateado.

─ Eu não prometo que aparecerei hoje, mas em alguma pode ter certeza que estarei. ─ Alexandra gritou enquanto o via aproximar-se do namorado, que o recebeu com um beijo caloroso e um abraço arrebatador, que o fizera esquecer-se de responder à sua superior.

Alexandra perdeu o sorriso no mesmo instante que escutou o pigarreio de Celine, que a encarava mortalmente.

─ Que história é essa de quase ter perdido a vida, Alexandra?

─ Cel, nós podemos conversar sobre isso outra hora? ─ ela pediu assim que viu dona Eloá aproximar-se, e recebeu um aceno positivo da amiga.

─ Minha princesa, na hora da euforia eu nem percebi, mas agora pude ver que está mancando da perna direita, o que houve? ─ sua mãe perguntou, já tirando a mochila pesada de suas costas.

─ Eu estava conversando sobre isso com a Celine, em casa nós podemos falar mais tranquilamente sobre isso. Pode ser, mãe? ─ dona Eloá, apesar de preocupada, positivou com a cabeça e quando chegaram ao carro, guardaram todas as bagagens e se acomodaram.

Sr. Abraham dirigiu até o porto de Stari Gard, na cidade de Hvar, e em seguida eles embarcaram num ferry-boat, um tipo de embarcação, que além de transportar pessoas, transportava também os carros, isso não era incrível? E Esse ferry os levaria para a ilha de Hvar, onde ficava a casinha da família.

Assim que o Ferry ancorou no píer, cerca de duas horas depois, Sr. Abraham saiu com o carro rapidamente da embarcação e Alexandra não perdeu tempo, desceu do automóvel e seu olhar de imediato foi levado para aquele céu lindo que envolvia a todos, aspirando em seguida à brisa marítima.

Saudade era o sentimento que mais a consumida nesses últimos dias. Saudades de sua terra natal, saudades de sua família, saudades de seus amigos, saudades de descanso mental, físico e espiritual, saudades da calmaria que Hvar lhe proporcionaria.

Sendo puxada de volta para o agora, assim que ela escutou o pigarreio e viu seu pai ao lado, a ruiva não pôde deixar de sorrir.

─ Sentiu falta? ─ ele perguntou ao observar o olhar da filha que fitava as casas de tijolos envernizados com telhados vermelhos.

─ Você não faz ideia, seu Abraham. ─ sussurrou como resposta e logo a voz aguda de dona Eloá sobressaiu.

─ Meus amores, o Luca vai estacionar o carro para nós, já podemos ir andando. ─ todos assentiram e logo iniciaram uma lenta caminhada, mas o momento não durou muito, já que de repente o corpo de Alexandra foi suspenso no ar e a mesma soltou um urro de dor, praguejando em seguida quem quer que fosse.

─ TÁ FICANDO DOIDO? ─ esbravejou socando o peito de seu irmão, que gargalhava e arrancava um berreiro de sua mãe, aquela baixinha invocada.

─ Se nós formos nos passos dela nós nunca vamos chegar em casa, mãe! E se tem uma coisa que eu quero, essa coisa é chegar em casa.

─ Sua irmã está machucada Gustav, pegasse ela com calma... ─ falou Celine, ressentida e preocupada.

E entre trocas de farpas, eles seguiram até a casa no alto da ilha de Hvar. Linda e bem cuidada, tendo um extenso portão gradeado vermelho em sua entrada.

O fuzuê pausou quando na casa ao lado o portão alto, de placa lisa e madeirada pintada na cor branca e laranja se abriu, saindo de dentro da casa um homem vestido numa bermuda, camiseta e com uma prancha de surf em seus braços, que obviamente chamou a atenção de todos.

─ Ué, dona Ana, não mora mais ali? ─ perguntou com a voz suave a seus pais, mas a pergunta chamou mesmo foi a atenção do garoto que voltou-se para a Alexandra com um olhar curioso, enquanto fechava o portão com o pé.

─ Ah, então filha, vamos entrando que lá dentro a gente conversa melhor. ─ Eloá disse meio receosa e apressada, enquanto a filha descia lentamente do colo do irmão, fazendo uma careta para o mesmo que ria em zombaria.

─ Boa tarde. ─ Alec disse sério, enquanto passava pela família.

─ Oi Alec, boa tarde. ─ a baixinha disse levemente séria, dando um sorriso mais que sem graça ao garoto.

─ E ai Alec, beleza? ─ Abraham disse animado, gostava do garoto, o achava uma boa pessoa.

Assim que o mesmo tomou uma boa distância e todos já haviam entrado para a casa, dona Eloá já foi logo dizendo:

─ Esse daí não é uma pessoa na qual você deve ter qualquer tipo de relacionamento. É um traficante de merda.

─ Eloá, pare já. ─ Abraham o defendeu, surpreendendo a todos com o tom grosseiro. ─ Só porque ele anda com um pessoal diferente, isso não significa nada.

─ Abraham, eu não quero discutir e você sabe que absolutamente tudo o que eu disse é verdade!

Alexandra só dava de ombros enquanto passava pelo pequeno, mas bem cuidado, gramado verde, esse envolvia uma grande piscina de cor azul marinho.

─ Mas o Alec é gente boa, meio explosivo às vezes? Meio explosivo às vezes. Aceleradaço? Aceleradaço. Mas gente boa. ─ Celine completou totalmente na inocência.

Eloá automaticamente rolou os olhos com aquele comentário e bufou, fazendo com que Celine se calasse no mesmo instante, e sem dúvidas, todos compartilhavam da mesma opinião: fora a melhor decisão que a morena tomara naquele dia.

 


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Notas finais do capítulo

OLÁ GALERESSSSS! Espero do fundo do meu coração que tenham gostado e de quebra já deixo avisado que o segundo capítulo está prontinho, ou seja, já, já o postarei. ♥

Então, abracinhos gostosos com cheiro de baunilha em vocês. Beijinhos! ♥



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