Crush escrita por Mari


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá wolfs! Como vocês estão? Eu acho que não estou respirando direito desde o último ep da sexta temporada! Ansiosos para a parte B? Estou surtando!
Bom, como a nostalgia me tomou esses dias, voltei para a terceira temporada e a ideia me surgiu ♥
Boa Leitura, amorxinhos ♥



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Abriu os olhos e a claridade que vinha da janela aberta lhe cegou por completo. Mas não era apenas a luz excessiva que lhe doía a vista. O corpo todo parecia ter sido esmagado por algo bem grande, pesado e do mal. Como a Estrela da Morte. Tentou mudar de posição e gemeu baixinho quando sentiu uma pontada na costela. Quem quer que estivesse deixado ela naquele estado lamentável pagaria um preço muito caro se tivesse quebrado algum ossinho tão precioso. Apesar de todas as renúncias de seu corpo para apenas deixar para lá e dormir o resto do dia, seu estômago não parecia concordar e roncou alto. Um claro sinal de que a tempos não comia algo minimamente decente. Pensou em donuts com recheio de amora e um café forte, uma caneca de chocolate quente. Talvez um chá gelado. Qualquer coisa que não fosse água suja estava valendo.

Relutante, tirou as cobertas e deparou-se com seu corpo tão gostoso repleto de hematomas coberto por uma roupa, que sem dúvidas, não era sua. Nunca usaria detalhes em renda. A jovem odiava renda, pinicava a pele e era hipersexualizada pela sociedade. Cora Hale podia ser considerada uma adolescente do contra. O que quer que tenha acontecido na noite anterior tinha interferido no seu sistema de cicatrização deixando-o insuportavelmente lento. Quase tão patético quanto de um ser humano normal. Tinha um corte profundo na coxa. Argh. Cicatrizes na coxa eram sexys? Pelo menos continuava gostosa. Um sorriso amargo apareceu e ela revirou os olhos por tentar fazer piada com uma situação crítica que nem aquela. Nota mental 1: Parar de fazer piadas de suas próprias desgraças. Apenas ria das complicações dos outros. Nota mental 2: Conseguir a senha do Netflix e do wi-Fi. Nota mental 3: Atualizar suas fanfics Wolfstar urgentemente.

Quando finalmente venceu a grande batalha que era sair da cama e raciocinar ao mesmo tempo, percebeu que a guerra estava muito longe de acabar. Deu o primeiro passo. As pernas falharam, tremeram e ela caiu no tapete peludo que não foi o suficiente para amenizar a queda. Se tudo lhe doía antes, agora ardia até a alma. Seus ossos pareciam pegar fogo e tinha a leve impressão que seu cérebro havia se transformado em leite em pó. Isaac, que até então fazia um omelete esperando a irmãzinha do Derek acordar, não conseguiu definir o que foi mais alto: o estrondo de algo caindo no chão ou o grito feminino de raiva e sofrimento que o seguiu. O uivo de um animal sem controle sobre si. Correu o mais rápido que pode e não hesitou ao abrir a porta do quarto que o grande irmão do ano tinha dado um jeito de arrumar com a placa "proibido garotos". Como se o quarto de Cora fosse um grande Clube da Luluzinha. Derek conseguia ser ciumento até com uma irmã quase morta que Isaac não iria crushar. Pelo menos, não quando a moça parecia uma boneca de porcelana esfarelada.

Defrontou-se com a morena em questão espalhada pelo tapete, e em parte, no chão frio. Vestia uma camisola de malha cinza e a estrutura pálida repleta constelações arroxeadas, negras e esverdeadas. Estava péssima. Ela lhe lançou um olhar assustado para se transformar em uma trágica expressão de agonia quando a costela voltou com uma sensação de aperto cinquenta vezes pior do que já estava. Sempre fora uma garota durona, mas naquele momento só queria chorar, engolir trinta comprimidos para aliviar as dores e ver todos os episódios de The Originals deitada na cama em New Orleans, sua antiga casa. De brinde, queria um cafuné para voltar ao seu sono profundo que, por santo Yoda, nunca deveria ter saído tão cedo. Era pedir muito mais algumas horas de sossego? Isaac se aproximou devagar.

— Onde está doendo? — perguntou cauteloso. Cora percebeu o tom de preocupação e recolheu as garras que não percebera que tinha posto a mostra quando o loiro entrou.

— O corpo inteiro — ela tentou se levantar, mas a tarefa continuava impossível e quando o gelado piso parecia ficar tão próximo, Isaac a segurou pela cintura, apoiando-a. Para a maioria das garotas, seria um sonho. Cora via como uma pura demonstração de fraqueza. — Parece que o Jabba sentou em cima de mim com força.

— Referências de Star Wars — O loiro sorriu para ela, que retribuiu de bom grado mesmo com o orgulho ferido. — Acredito que os nerds piram em você.

Cora deu de ombros, mas sorriu convencida. O gesto causou uma leve piora na costela. Uma falta de ar singela lhe decidiu dar um oi e ela respirou fundo contando até cinco. Tinha o irritante hábito de contar. Apesar do péssimo histórico da família em matemática, Cora sempre se destacou na matéria. As mãos de Isaac continuavam em sua cintura. Rostos próximos o suficiente para que ela visse o quão azuis eram os olhos do loiro.

— Eu acho que quebrei uma costela — ela sorriu desconfortável, e os lábios tremeram antes que ela conseguisse segurar.

Ele pegou a pequena Hale no colo e ela passou os braços pelo pescoço dele, a fim de ter mais segurança. Um arrepio percorreu o corpo de Isaac ao sentir o toque dela. Balançou a cabeça e tentou se concentrar. Já a mente da moça viaja até marte e voltava. Andar definitivamente não era uma opção viável. Rastejar era humilhante demais até para uma menina órfã com alguns distúrbios de personalidade e parcialmente quebrada. Ser levada por um gostosão, naquela situação, parecia a mais vantajosa.

Estranhamente, sentia-se protegida e segura. O cheiro de Derek estava impregnado no ambiente. O que significava que ali era onde morava. E seu possível futuro lar se seu irmão quisesse mais uma adolescente cheia de hormônios e problemas por perto. Cora estava torcendo para que a resposta fosse sim. Com isso, confiar no garoto que ela nem sequer sabia o nome parecia uma atitude inteligente.

Seus olhos se fecharam e sua cabeça tombou um pouco para trás no ombro de Isaac quando uma rápida sensação de alívio, proveniente do nada, lhe abraçou com braços calorosos e fortes. Seu corpo, antes rígido de sofrimento, ficou mole e relaxado quando a dor diminuiu pela metade. Foi só então quando os abriu novamente que percebeu os lábios roxos e rosto pálido do garoto. Seu rosto divertido tinha agora a mesma expressão de agonia dela minutos atrás. Sentiu-se agradecida. Quem quer que fosse, havia tomado sua dor para si. Ela não sabia ao certo como reagir.

— Não faça mais isso — ela disse num tom levemente irritado encarando-o nos olhos, quando este os abriu — Eu aguento, não se preocupe.

Se o garoto tinha sorrido de um jeito tão bonito antes, ela não tinha reparado. Mas o sorriso de canto que ele lhe dirigiu fez a boca de Cora abrir levemente. Ela contou até três. Quatro. Cinco. Tudo bem, contar não estava dando muito certo. E contar sempre dava certo.

Isaac sentiu os batimentos da menina aceleraram, fazendo seu sorriso maroto aumentar de tamanho. Quando chegaram a tão esperada cozinha, e ela foi posta sentada em cima da bancada, sentiu uma falta do calor do corpo do moço contra o seu. As bochechas coraram, ela desviou o olhar para baixo. Passava os dedos pela bainha da camisola, brincando com a renda tão odiada. Isaac sentiu a mesma falta e tratou-se de se ocupar com o término do café da manhã. Entretanto, ao contrário da garota envergonhada, estava incrivelmente contente. Havia prometido - obrigado, é claro - a manter uma distância segura. Todavia, Derek não havia mencionada toda a beleza e charme atraente da sua caçula. A tarefa tornara-se muito difícil e dificilmente Isaac se esforçaria para mantê-la.

— Gosta de omelete? — a garota lhe lançou um olhar que dizia claramente "Claro que sim, neh? Derek já lhe falou isso. Dããã!". Ele gostava das esquentadinhas. — A propósito eu sou o Isaac, um dos betas do seu irmão.

Derek escolhia bem, muito bem mesmo. Passou a mão pelos cabelos e percebera que alguém os havia penteado, porque estavam somente com pequenos nós provenientes de uma noite de sono. Se não tivessem sido penteados antes dela ser posta na cama, possivelmente teria que corta-los. Agradeceu à pessoa que teve a simpatia para tal secretamente.

— Cora — ela subiu o olhar para o garoto e sorriu de maneira amável. Estava tentando ser simpática para agradecer as gentilezas do garoto. E é óbvio, estava tentando seduzi-lo. Os dois objetivos foram alcançados. Isaac era do tipo que crushava rápido demais. E os Hale's eram mestres no jogo da conquista. O garoto sentia-se a beira do perigo e não conseguia tentar resistir a ele. — Pode me ajudar, eu me sinto uma daquelas atrizes pornôs toscas sentada aqui.

Isaac gargalhou alto e ela o acompanhou sentindo uma leve pontada na costela novamente. O Loiro terminou a omelete e o colocou em cima da mesa. O corpo da morena havia respondido ao estímulo que a boa ação de Isaac havia proporcionado e curvasse rapidamente. Isaac continuava sorrindo. Aproximou-se da garota e passou as mãos pela sua cintura fina. Os machucados começavam a cicatrizar, as dores haviam cessado quase completamente. Envolveu a garota mais do que necessário e recebeu um olhar questionador. Fora a fez de Isaac dar os ombros. Estavam tão próximos que era possível ouvir claramente o ritmo acelerado de seus corações. Isaac apaixonou-se pelo som. Trocaram olhares famintos. As respirações oscilaram e misturavam-se. As bocas roçaram uma na outra e as mãos de Isaac desceram pelas coxas de Cora. A morena quase podia sentir o gosto de Nutella nos lábios do lobisomem. Uma porta se abriu e ambos se separam mais rápido que o Flash, (Mas afinal, quem não é mais rápido que o Flash?), quando Derek apareceu, sua voz soando irritada chamando pelo seu beta. Com a rapidez que se aproximaram, se separaram. Mais uma vez naquela manhã sentiu falta do calor dele. O loiro deu o prato para Cora que começou a comer para disfarçar.

— Está delicioso. Obrigada — Isaac piscou para Cora sem que Derek percebesse. Este murmurou algo. O Loiro virou-se para ela e lhe lançou um olhar malicioso. A Hale, que nunca fora de corar, sentiu as bochechas queimarem de novo. Torcia para que não se tornasse um hábito.

— Bom Dia, pequena — Derek pareceu ficar menos irritado quando a viu de bom humor. Ela estaria mais feliz ainda se ele não tivesse atrapalhado sua pegação. Ainda sim sorriu com sinceridade. Ansiava pelo carinho, amor e companhia do irmão a tempos.

— Disponha, lobinha — seu novo crush respondeu, como se não tivesse sido interrompido. Cora notava agora como seu cabelo era dourado e seu semblante agradável ao olhar. Vestia-se melhor que ela. Cora queria usar aquela jaqueta.

Quando os dois garotos se dirigiam a saída e a porta da cozinha foi fechada, Cora se pegou pensando no que havia acabado de acontecer. As coisas para ela estavam mudando para melhor desde que botara os pés naquela cidade infernal. Tudo bem, quase havia sido morta, mas isso era apenas um detalhe insignificante. Agora tinha um irmão irritado, um lar transtornado, um tio psicopata, uma pack inteira para vigiar, problema com alfas fodões, umas coisas a resolver sobre a escola, um omelete para devorar, um café para fazer e um novo crush tão gostoso quanto o Han Solo para ocupar seus tempos vagos. Se sobrar tempo, é claro. Mas ela daria um jeito, sempre dava.

Pulou da banca já revigorada. Correu e abriu a porta da cozinha com mais força do que calculava. Seu irmão e Isaac lhe olharam surpresos e ela sorriu inocente.

— Vocês não poderiam me arrumar um computador, alguns donuts, a senha do Netflix e o do Wi-Fi? — Derek lhe olhou irritado, uma clara expressão "Você não muda mesmo", o garoto ao lado só conseguia abafar o riso — Preciso atualizar minhas fanfics.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Sempre achei que a Cora tinha um lado geek e por isso ela ficou bem próxima do Stiles (e porque ele é gostoso). Eu me senti muito representada por ela. Acho que todo mundo tem um lado de Cora Hale! Isaac é um amorxinho total, neh non? Enfim, vem mais ones dos dois juntos por ae, fiquem ligados ♥
XOXO, Mari.



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