Doce Verao escrita por SrtaAthena


Capítulo 1
Capitulo Único - Natsu Yasumi


Notas iniciais do capítulo

Olá!!

Eu sempre quis fazer uma fanfic do anime InuYasha, mas eu nunca tive uma boa ideia pra uma long, por isso depois de muito suor e muita música - acredite, nao foram muitas - saiu esse capitulo lindo, dedicado a um dos meus casais favoritos.

Espero que gostem.

*Verao significa Natsu enquanto que Natsu Yasumi se trata do feriado prolongado no Japão, já que o verão e uma estação curta



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A aurora se aproximando era um dos momentos prediletos para a sacerdotisa, mesmo que fosse muio cedo, a jovem sempre se levantava pra apreciar seus contrastes magníficos e, quando tinha sorte, saborear os beijos do meio-yokai para começar seu dia completamente.

Pequenas nuvens escondiam a coloração de sempre e ganhavam um tom alaranjado, violeta e até mesmo um vermelho mais claro quando a natureza lhe convinha mostrar toda sua beleza para Kagome.

O vilarejo ainda se encontrava silencioso e a estrada para fora dele mais ainda, a grama fofa fazia cocegas nos dedos da morena enquanto se afastava das casas de madeira e se aventurava mais uma vez em seus mais profundos sentimentos.

Seus pensamentos vagavam pela floresta adentro assim como seus movimentos, quase que automaticamente. Vestida com seus trajes daquela era e com as madeixas presas em um penteado simples se aprofundou pelas raízes de árvores enormes, admirando o céu acima das copas abundantes.

Quando se vive em um lugar sem os luxos da tecnologia do futuro as pequenas coisas se tornavam mais importantes e muito presentes, coisa que a jovem admirava cada vez que descobria algo novo com vovó Kaede ou com qualquer outra pessoa do vilarejo, isso a mantinha atarefada por horas, mas sempre com a cabeça ocupada pela imagem de um cara de cachorro.

O que InuYasha pensaria se ouvisse aquele apelido carinho vindo dela? Provavelmente ficaria irriado com a mesma e a mandaria ir pra longe da vista dele, como antigamente, ou talvez nao.
" Deveria testar qualquer dia" Kagome riu com seus pensamentos sobre aquela ideia que teve que nem percebeu que estava em frente a árvore sagrada, onde tinha conhecido o meio-yokai.

— Quantas lembranças InuYasha, será que você ainda as remoê como eu?_ os dedos magros da morena percorreram as raízes grandes da árvore, deixando que suas palavras saíssem de seus lábios.

Desde que tinham terminado a missão de reuni todos os fragmentos da joia e derrotar o mal que tinha feito tanto estrago no mundo as coisas com o prateado ficaram mais intensas, principalmente quando a morena decidira ficar permanentemente naquela era e ter uma vida firme no vilarejo.

Mas fora isso as coisas não passaram de pequenos momentos, caricias urgentes e beijos cálidos, cheios de sentimentos ainda reprimidos por ambos, mas aquilo precisava ser esclarecido e se dependesse da jovem seria antes que o verão acabasse.

Nao aguentaria ter mais um verão com aquela incerteza.


— -
InuYasha On

A temperatura já estava subindo quando acordei, a floresta estava com seu tipico som melodioso que passei a gostar quando decidi morar por ali, junto com Shippo, o yokai raposa.

Bocejei e cocei os olhos pra espantar o sono, passei pela árvore sagrada em meu caminho para o vilarejo e, como sempre, pude sentir o perfume de Kagome por toda região da planta, o que me fez despertar completamente. Quando me dei conta já estava correndo para encontra-la.

Era sempre assim, sentia seu perfume pelo caminho até o vilarejo e meu coração palpitava, meu corpo se movia contra meu raciocínio mais logico e meu desejo por te-la em meus braços aumentava quase mil vezes mais do que o normal.

— Hei InuYasha!_ passei reto pelo monge e pulei pela estrutura vermelha, que ficava na entrada do vilarejo, encontrando a velhota ajudando algumas mulheres.

— InuYasha, bom dia_ as verrugas no rosto envelhecido da antiga sacerdotisa se moveram, formando linhas finas pela pele, assim que exibiu um sorriso de canto.

— Bom dia velha Kaede, por acaso você viu a Kagome?

— Ela passou por aqui faz alguns minutos, me disse que tinha algumas coisas pra fazer antes do almoço_ não pude deixar de ficar curioso quanto aos assuntos da morena, mas assim que ia perguntar sobre a velhota já tinha ido embora.

— Que seja!_ resmunguei e pisei duro até a casa de Kagome, precisava matar aquela curiosidade o quanto antes se não ficaria louco.

A casa da morena ficava mais afastada do vilarejo, perto do campo de ervas medicinais que ela cuidava com carinho desde que decidira ocupar a cabana, o que eu sempre fui contra.

Fazia alguns meses ( 3 meses, pra ser mais exato ) desde que a morena passara pelo poço pra morar comigo e os outros no vilarejo, foi o dia mais feliz da minha vida, admito, vê-la novamente, depois de muito tempo, era gratificantes, pra não dizer um sonho realizado. Já tinha perdido as esperanças de te-la comigo, pra mim mais necessariamente.

Aquele sentimento, aquele desejo de protege-la se tornou ainda mais forte quando os dias se passaram e pudemos ficar mais a vontade, como nunca tivemos.

E, naquela tarde nublada de outono, pude provar mais uma vez dos lábios macios da sacerdotisa, da MINHA sacerdotisa, sem presa, sem vontade de parar, o que fez meu coração aflorar mais uma vez pra um sentimento, que por 50 anos foi esquecido, o amor.

Desde aquele dia não consegui mais me manter no controle e sempre que a via sozinha, sem ninguém que pudesse se intrometer na nossa relação complicada, conseguia saborear seu gosto mais uma vez, as vezes trocávamos caricias e palavras carinhosas, mas em nenhum momento pude me abrir com ela e nem ela comigo.

— Quero concertar isso..._ subo em uma das árvores que estavam mais perto da cabana da miko assim que termino meu trajeto.

Do alto dava pra ver o resto da floresta atrás da plantação de ervas da morena, que se estendia até o limite da grama alta entre as raízes abundantes das árvores enormes que fazia parte daquela floresta que possuía meu nome.

A plantação estava quase pronta pra colheita e Kagome tinha certeza disso, já que ela sempre verificava seu progresso como plantadora, mas ela não estava fazendo isso naquele momento, o que era estranho. Desci da árvore e vasculhei aquele lugar de cima a baixo, mas não encontrei nada, ao menos nada de incomum ou a morena em sí.

— Que droga Kagome! Cade você..._ deixei a cabana e tentei encontra-la pelo cheiro, mas não seria nada fácil, com tantos lugares com seu perfume, seu rastro era quase impossível.

Merda! Logo agora você tinha que sumir!


— -
Autora On

— Kagome-chan!_ Sango gritava pelos cantos das cabanas a procura da amiga, mas nada adiantou.

— Senhorita Kagome!_ seu marido, Miroki, se juntou a busca, mesmo que tivesse sido ignorado pelo meio-yokai mais cedo e literalmente arrastado quando soube do desaparecimento da sacerdotisa pelo prateado.

— Mas que droga!_ InuYasha resmungou frustado com nenhum progresso em sua busca pelas redondezas e ainda mais quando se deu conta que no vilarejo estava a mesma coisa.
— Talvez ela tenha saído com o Shippo_ Rin se aproximou com vovó Kaede com o rosto visivelmente preocupado.

— Ela não sairia sem avisar alguém_ InuYasha se meteu e suspirou nervoso.

Ela nunca sairia sem avisa-lo, nunca!

— Temos que continuar procurando_ declarou o prateado e se afastou o suficiente dos outros, passando a correr sem rumo.

Será que teria ido embora com aquele lobo fedido? Ou será que...

Já era quase hora do almoço quando InuYasha invadia a floresta mais uma vez, indo até o poço come ossos.


***


Se eu tivesse o mundo
Que eu queria ter,
Trocaria tudo
Por você...
Só você...


***

O sol estava em seu auge quando o meio dia chegou, o vento deixava a grama da clareira do poço cintilante, como se fossem cravejadas de diamantes, a umidade da floresta aliviava o calor do verão e isso a jovem agradecia imensamente.

Seus joelhos já estavam ficando doloridos de ficar sentada quando a figura de InuYasha saiu de trás das árvores e correu para perto de si, tomando seu corpo em seus braços num abraço apertado e demorado. Seu perfume natural invadiu as vias aéreas de seu corpo, deixando a inebriada, enquanto que o conforto dos braços do prateado a deixavam mais tranquila, mais relaxada.

Poderia ficar daquele jeito por horas, sem se importar com o calor abrasador da estação mais quente do ano ou com sua decisão tomada mais cedo, o mundo poderia parar que Kagome nao se importaria, na verdade nem notaria.

— Kagome...por que sumiu?_ os dedos do jovem yokai se esgueiraram pelos fios negros da sacerdotisa em uma caricia suave, assim que conseguiu acariciar a nuca da morena, fazendo a arquear e se arrepiar.

— Estava ocupada..._ suas palavras sairão como um sussurro aos ouvidos de InuYasha, o que despertou sua curiosidade mais uma vez e, talvez, um pequeno ciume por ser menos importante naquela historia.

Os olhos do jovem vagaram pela cabeleira da jovem e depois para o local em que o poço ficava. A clareira estava decorada, os galhos mais baixos possuíam sinos que tocavam uma melodia suave quando o vento os tocava, os mais altos eram conectados por fios e panos delicados, em um tom de vermelho e laranja intenso, assim como o poço.

Ao redor algumas lampadas, chouchin moji*, brancas, estavam presas pelos mesmo fios vermelhos das árvores, com frases estampadas em prata pelo material delicado em um tamanho consideravelmente bom para ler.

Eram 6 ao todo, com as palavras Amor, Amizade, Companheirismo, Compaixão, Sinceridade e Proteção estampadas em letras grandes e suaves, provavelmente feitas a mão por um pincel.

Kagome se mexeu nos braços de InuYasha, que voltou sua atenção pra ela, seu corpo se afastou o suficiente pra que pudesse observa-lo com mais facilidade, suas mãos estavam apoiadas em seu peito e seus lábios formavam um sorriso amplo, fazendo contraste com o brilho cativante em seu olhar. Isso fez o coraçao do prateado acelerar e seu peito ser aquecido por aquele sentimento, mais uma vez.

— Kagome, o que..._ InuYasha não pode completar aquela frase, pois as palavras fugiram der repente e só conseguia abrir e fechar a boca, varias vezes.

Eram raros esses momentos em que a morena o deixava sem argumentos, afinal o prateado ou ia embora com uma carranca ou simplesmente xingava kami-sama e o mundo. Já era um ponto positivo.

— Minhas coisas_ seus dedos da mão direita acariciaram seu rosto, seu calor invadiu o corpo do meio-yokai, que se permitiu fechar os olhos pra aproveitar aquele toque, aquela sensação.

— Era o que eu queria demonstrar, mas eu sou muito teimosa pra simplesmente falar..._ sua risada ecoou pela cabeça do meio-yokai, como a melodia dos sinos ao redor, ainda de olhos fechados.

—Somos, na verdade_ admitiu e sorrio de supetão, apertando sua cintura assim que seu corpo se enroscou no dele, amassando as roupas vermelhas do prateado, passando seus braços finos pela cintura do mesmo, apertando lhe da mesma forma.

— Sim, mas eu precisava dar o braço a torcer, nao posso mais ficar com tudo isso guardado e mesmo que seja vergonho pra mim precisava te abordar de um jeito mais peculiar_ InuYasha começou a acariciar as costas da morena e deitou sua cabeça no meio dos fios da jovem, fazendo pequenos círculos pelo tecido do quimono que usava.

— Adorei sua abordagem.

Kagome se encolheu nos braços do prateado e o puxou pra grama fofa, deitando se com ele naquele tapete verde e macio, aconchegando seu corpo junto ao dele com gestos tímidos e desajeitados. Precisava te-la o mais perto possível, precisava mais do que nunca.

Aquele momento poderia durar para sempre e por um breve momento, InuYasha se perdeu no calor da morena, sentindo seu perfume lhe anestesiar completamente, seus músculos relaxaram e sua respiração ficou mais lenta, mais suave. Quando o vento do inicio da tarde balançou os sinos ao redor ambos já se perdiam em sonhos, quase parecidos.


***
Queria poder te dizer,
Nem sempre e possível concertar tudo o que eu fiz.
Sei que e difícil ter que admitir que errei.
Eu só sei que faria tudo outra vez.


***

As luzes do crepúsculo se esgueiravam pela floresta, fazendo as sombras dançarem pra fugir de sua luz alaranjada que sumia gradativamente, o vendo suave fazia a pele de Kagome estremecer e, consequentemente, se mexer nos braços do prateado, que estava dormindo tao profundamente que nem o mundo se acabando o acordaria.

O badalar dos sinos ao redor fez com que a morena acordasse de súbito, com o rosto corado e a boca entreaberta, seus olhos vagaram pela clareira e cairão no prateado, ainda imerso em um sono tranquilo.

—Nao foi um sonho..._ murmurou, colocando os dedos em cima dos lábios, que formaram um sorriso de canto, cheio de significados.

Era a primeira vez que ficavam tanto tempo assim, grudados, juntos, sem brigar, sem pensamentos confusos ou corações indecisos, apenas um momento a sós, sem palavras, apenas gestos de carinho.

Aquele verão poderia ficar cravado na história, como o dia em que Kagome sentiu seu coração preenchido com o amor de InuYasha, um meio-yokai arrogante, com um temperamento difícil e dono de um pavio muito curto, mas que amorena conseguia domar facilmente.

Ela o amava com tanto fervor que chegava a doer com a ignorância do prateado, que usava como desculpa pra fugir daquele sentimento tao caloroso, mas vê-lo ali, deitado, com o semblante tranquilo a luz do crepúsculo, toda aquela dor parecia se esvai.

Dali em diante, poderia ser primavera, outono ou inverno, as indeciçoes do coração da jovem miko transbordavam, deixando que seu amor por InuYasha preenchesse as lacunas deixadas pelos dias de sofrimento que um dia foram constantes.

— Kagome..._ daquele verão, foi o mais doce e significativo de sua vida e isso ficaria cravado em sua mente pra sempre.

Como o dia em que começou a se dedicar a ser feliz com InuYasha, pro resto de sua vida.

Seja brigando ou amando como deveriam. Nao importava, contanto que estivessem felizes, nada importaria, nunca mais.


***
Nem sempre eu quis aceitar.
O que eu fiz foi escolher pra onde ir sem saber onde andar.
Eu já me perdi, quase não consegui mais voltar
Eu só sei que eu faria tudo outra vez.

 


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Notas finais do capítulo

Como me sai?
As letras do capitulo sao das músicas Tudo outra vez da banda gloria e Seu sorriso do anime InuYasha.



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