Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 82
Capítulo 82 - O Castelo de Cartas Começa a Ruir


Notas iniciais do capítulo

Então, eu achei que só conseguiria atualizar ano que vem, mas me enganei, estou de volta com o último capítulo do ano huhuhu E assim não os deixo com aquela angústia de querer saber da esperada conversa até o ano que vem! ;)

Agora sim, um FELIZ 2018 para meus leitores queridos e amados!!

Agradecimentos a todos que comentaram, favoritaram, e a quem acompanha dentro e fora da moita! Muito obrigada por fazer parte de Storybrooke esse ano!

Vamos para o capítulo!! Erro por minha conta e risco! Boa leitura!!



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O silêncio que pairou no ambiente se arrastou por alguns segundos, pois Rose estava esperando por alguma reação de Regina ou mesmo Emma.

— FBI? – perguntou Regina quebrando aquele silêncio momentâneo – A menina que era conhecida por Sininho na faculdade devido ao seu pó da felicidade?  - riu a morena Só pode ser brincadeira! — Você quase me pegou. – riu mais uma vez.

Rose soltou um longo suspiro – Isso foi na faculdade... – comentou a loirinha se levantando e entregando a sua insígnia federal para Regina olhar – E sim, eu realmente sou uma agente especial do FBI, por mais inacreditável que isso possa parecer. – sorriu por fim.

Regina ficou olhando surpresa para a insígnia da amiga, assim como Emma que arregalou os olhos surpresa Isso sim para mim é surpresa! — Tudo bem... – falou a morena por fim devolvendo a insígnia para a amiga – Eu acredito em você... Mas eu ainda não sei o que você pode querer conversar conosco, Rose.

A agente olhou para Cora – Quer começar? – perguntou e a morena mais velha apenas concordou com um aceno de cabeça.

Cora olhou para sua filha e nora – Vocês se lembram da briga que vocês tiveram com Robin, alguns meses atrás, quando ele apareceu aqui na fazenda? – perguntou – Na época, minha filha, você ainda era noiva dele?

— Sim, mamãe eu me lembro. – respondeu Regina Porque trazer esses tipos de memórias de volta? — Ele havia brigado com Henry, e depois entrou no escritório falando asneiras sobre a forma que Emma administrava a fazenda e fez acusações sobre ela.

— Eu já nem lembrava que ele existia mais. – resmungou Emma com cara fechada ao se lembrar de tudo que aconteceu naquele dia Biltre! A por que ficar relembrando isso?

— Bom, vocês lembram que ele havia feito uma investigação do passado de Emma. – continuou Cora e as duas mulheres assentiram com a cabeça Como esquecer? — Eu acabei contratando um investigador particular, amigo de John, para investigar Robin também.

— Mamãe, você fez isso? – perguntou Regina incrédula.

— Fiz, porque eu achei extremamente injusto o que ele fez com Emma e queria que ele pagasse na mesma moeda. – respondeu Cora vingativa! Te amo minha sogrinha!

— Tudo bem. – Regina acabou concordando – Esse investigador acabou descobrindo algo? – quis saber Não sei se quero saber essa resposta!

Cora soltou uma longa respiração – Sim... O senhor Garcia descobriu muitas coisas sobre Robin.

— Então Rose está aqui porque essas coisas que esse investigador descobriu não são nada boas. – comentou Emma fazendo a ligação de alguns pontos Droga! Não podemos ter essa conversa outra hora, ontem foi um dia maravilhoso!

— Em parte. – respondeu Rose – Mas deixe Cora continuar a história. – pediu e Emma assentiu com a cabeça. John apenas escutava e observava tudo.

— O que o investigador descobriu? – perguntou Regina impaciente Mas você não falou que não quer saber a resposta? Eu falei mente, mas sabe que a curiosidade é grande também!

— Uma longa lista de falcatruas... – respondeu Cora com um suspiro. Regina apenas a olhou para que continuasse Isso sim é novidade!— Que incluem corridas e apostas ilegais. Ele também estava usando o escritório de vocês, na época, para fazer lavagem de dinheiro além de tirar dinheiro para um caixa dois.

Os olhos de Regina abriram imensamente diante das coisas que sua mãe estava dizendo Maldito! Emma apenas sentia a raiva percorrer seu corpo – Que pulha! – resmungou a loira Ah deixa quando encontrá-lo novamente, ele sentirá o peso do meu coice!

— Isso foi apenas a parte “profissional” por assim dizer. – comentou Cora, e sua a filha a olhou novamente Ainda tem mais? Sabe de uma coisa, eu não quero saber a resposta para essa pergunta! — Ele ainda mantinha três amantes enquanto vocês estavam noivos.

— Argh que boçal! – exclamou Emma furiosa Eu vou acabar com ele quando nos encontrarmos! Isso se o FBI não o prender antes! — Eu me arrependo de não ter dado aquele soco que ele tanto merecia. – resmungou a loira mais uma vez.

— Eu me arrependo de não ter deixado você ter dado aquele soco nele. – comentou Regina visivelmente enraivecida com tudo Seu grande merda! Me enganando sem a menos culpa!— Como pôde roubar o escritório? – perguntou revoltada Ainda nos roubando se o menor remorso, enquanto trabalhávamos duro para manter o escritório e ele nos roubando! Argh! Seu covarde! Levantou-se e caminhou de um lado a outro – Era dele também, afinal ele tinha uma pequena porcentagem nas ações do escritório... Trabalhávamos tão duro e ele nos roubando! – parou e olhou com raiva, soltou um longo suspiro irritado – Maldito! – gritou pegando um copo e jogando na parede Safado! Canalha! Imediatamente Emma estava ao seu lado e a abraçou fortemente, sentiu o corpo de Regina tremer de raiva.

— Shh morena, não vale a pena ficar assim. – sua esposa disse tentando acalmá-la Não por esse boçal! — Ele pagará por tudo que fez a você e ao escritório, isso você pode ter certeza. – murmurou e ainda sentia sua esposa tremer em seus braços, e as mãos da morena agarrar fortemente sua camiseta nas costas Eu estou aqui! — Shh... – distribuía beijos no alto da cabeça de Regina enquanto essa tinha o rosto enterrado no peito da loira – Vai ficar tudo bem. – sussurrou calmamente Eu estou aqui ao seu lado!

Os outros três ocupantes do escritório apenas observavam a interação das duas mulheres. Cora tinha o semblante triste por tudo aquilo Este era o motivo que eu não queria contar nada a elas! John queria ajudar de qualquer forma, mas sabia que ele não poderia fazer muita coisa Ah Robin, se o FBI não te ferrar, você pode ter certeza que eu te ferrarei! Rose tinha o semblante sério, apesar de por dentro estar chateada por sua amiga Não se preocupem, nós vamos fazer Robin e todos os comparsas dele pagarem direitinho! Os minutos iam passando e ninguém falava nada, apenas os barulhos de Emma e Regina eram ouvidos.

— Mais calma? – perguntou Emma ao perceber que sua esposa já não tremia mais em seus braços Isso morena, não precisa ficar assim, eu estou aqui do seu lado! Regina levantou o rosto do peito da loira e a olhou nos olhos, assentiu com a cabeça Essa é a minha esposa! Emma abriu um sorriso confortador para sua esposa, e depositou um beijo na testa de Regina – Pronta para continuar a conversa?

— Sim... – murmurou sua resposta e Emma a levou de volta para o sofá Ai que cena! — Desculpem-me pelo meu momento de raiva e explosão.

— Tudo bem Regina, eu teria reagido muito pior. – comentou Rose, e mais alguns minutos de silêncio pairou no ambiente e cada um com seus pensamentos.

— Com as provas em mãos eu procure Robert, pai de Robin e o pressionei contra a parede alegando que se ele não fizesse nada, eu faria do meu jeito. – continuou Cora seu relato quebrando o silêncio e a corrente de pensamentos de todos – Eu havia dado dois meses de prazo.

— Robert conseguiu de algum jeito parar o filho? – quis saber Emma. Cora apenas negou com a cabeça Porque eu perguntei? Era óbvio que o pai não daria jeito!

— O que você iria fazer então mamãe? – perguntou Regina preocupada Espero que nenhuma loucura!

Cora soltou uma respiração – Sinceramente eu não sei o que teria feito, mas eu teria achado um jeito... – fez uma pausa – Mas acabou que eu não precisei fazer nada, pois uma semana antes de terminar o prazo, Rose apareceu...

— O que o FBI tem haver com toda essa história? – perguntou Emma juntando mais uns pontos de tudo que foi contado Só faltava o idiota estar envolvido em coisas maiores, só assim para o FBI entrar no cenário! — Por mais que ele esteja fazendo ou tenha feito coisas ilegais acho que não é o caso do FBI interferir.

— Você tem razão, Emma. – concordou Rose – Somente isso não precisaria do FBI, a polícia daria conta, mas o problema é que ele é a nossa porta de entrada para um imenso esquema que está envolvendo grandes empresários, vereadores, prefeitos em lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e drogas. – explicou a loirinha – Quando o investigador contratado por Cora começou a ir mais fundo, tivemos que entrar em ação e interceder, pois havia o risco do investigador prejudicar e muito as nossas investigações e todo o nosso esquema de infiltração.

— Ah! – foi tudo que Emma conseguiu falar ao entender Por meu chapéu! Não é o que o merdinha está envolvido em esquemas maiores! — Então quer dizer que ele agora está fazendo parte de um esquema maior?

— Sim... E Regina, você sem saber acabou aceitando um caso que faz parte desse esquema. – comentou Rose soltando uma longa respiração, Regina apenas a olhou esperando pela continuação Juro que eu não tenho nada a ver com eles! — O caso do senhor Blanchard.

Os olhos de Regina se arregalaram Droga! Eu sabia que esse caso seria um grande desafio, mas não sabia que seria nessas proporções! — Então quer dizer que ele realmente foi fraudado e está aponto de perder tudo que tem?

— Sim. – mais uma resposta afirmativa de Rose Droga ao quadrado! Aonde eu fui me meter? Em um maravilhoso caso! Ah mente! Sério Regina imagina isso para sua ótima reputação! No momento não estou pensando em minha reputação, mente! Mas deveria! Pois como Emma disse, você sente falta dos tribunais e isso poder ser a maior porta a se abrir para você! Tudo bem, pensarei desse jeito!

 - Mas se esse caso faz parte de todo esse esquema, eu posso ligar para o senhor Blanchard e falar que mudei de ideia e que não irei assumir o caso dele. – falou Regina Você acabou de dizer que iria pensar grande, Regina! Mas se for atrapalhar as investigações do FBI, não quero o caso! — Pois não quero atrapalhar em nada nas investigações.

— Não! – exclamou Rose imediatamente – Não faça isso, pelo contrário precisaremos de você a frente do caso, pois somente dessa forma o senhor Blanchard irá recuperar tudo que eles extorquiram da indústria dele. – explicou a agente – Você sabe que mesmo eles sejam presos, o senhor Blanchard irá precisar de alguém para representá-lo e reaver tudo, pois esses são os trâmites legais das nossas leis.

— Sim, você tem razão. – concordou Regina Maravilha! Temos um grande caso a frente! Temos mente!

— Mas não se preocupe Regina, nós iremos lhe entregar provas irrefutáveis e queremos que você acabe com eles nos tribunais. – comentou Rose Que os destrocem! Que não sobre nada deles!

— Como vocês sabem de tudo isso? – perguntou Emma intrigada Tudo bem que são o FBI, mas precisam de uma fonte para ter informações mais específicas!

Rose soltou um suspiro – Das três amantes de Robin, na verdade são apenas duas... – disse – Uma é outra agente especial infiltrada para justamente tirar as informações de que precisamos. – explicou – Foi quando soubemos do caso da indústria Blanchard, pois Robin ajudou a falsificar os documentos para o sócio e o advogado da indústria.

— Que pilantra sem categoria. – exclamou Emma com raiva Ah seu merdinha engomado, apareça na minha frente que vou passar por cima de você como um cavalo selvagem! Então sentiu a mão de sua esposa sobre a sua que estava pousada sobre a coxa. A loira olhou para Regina e se acalmou parcialmente Ah minha morena!

— Ainda tem mais... – comentou Rose soltando mais um suspiro – Robin estava apenas noivo de você, Regina, por causa do escritório, e posteriormente por você ter herdado a fazenda de seu pai... – comentou a agente.

— Agora entendo o porque dele não querer terminar o noivado e começou a falar disparates de que Emma queria ficar com a fazenda, na realidade era ele que queria... Salafrário. – disse Regina com os olhos estreitos em raiva Ah meu caro Hood Gold, você mexeu com quem estava quieto, só espero que aguente as consequências sem molhar suas calças! — Ele queria me jogar contra Emma. – parou então seus olhos se arregalaram Mais uma vez droga! — Agora está explicado porque ele se aliou a filha do prefeito. - Rose a olhou curiosa – Minha mãe que sabe melhor dessa história... Mas resumindo, eles se juntaram e tentaram de tudo para nos separar. – comentou enquanto Rose escrevia uma mensagem em seu celular, assim que terminou a enviou para seu chefe.

— Não se preocupe, Regina. – disse voltando sua atenção para as duas mulheres – Se essa filha do prefeito estiver envolvida nesse esquema todo, ela também será presa. Mas se ela não tiver nenhuma ligação, aí fica mais difícil sua prisão. Mas vamos investigá-la também. – disse.

— Lilith sempre foi meio desajuizada... – comentou Emma com um suspiro cansado Maldita hora que eu me deixei levar aquela noite! Olha a dor de cabeça que está dando até hoje! — Ela achava que tínhamos um relacionamento, mesmo eu falando que não tínhamos nada, a não ser sexo casual... – uma pausa – Então quando comecei a namorar Regina ela simplesmente surtou.

— Entendo... – comentou juntando as informações – Então eles se juntaram com o objetivo em comum de separá-las e assim conseguirem o que queriam, no caso dessa Lilith a Emma para si novamente... – a loira assentiu – E Robin a Regina solteira novamente para poder conquistá-la mais uma vez e ter acesso a fazenda.  – concluiu e dessa vez fora Regina que assentiu - Mesmo com o noivado desfeito e sem chance de retorno ele estava arrumando um jeito de se infiltrar aqui na fazenda, pois ele e seus comparsas da indústria Blanchard querem fazer o mesmo aqui, o que fizeram lá. – finalizou Rose – Converter a fazenda em mina de dinheiro pessoal deles, e extrair até a última gota como fizeram com a Indústria Blanchard. – desbloqueou novamente o celular e digitou mais uma mensagem e enviou para seu chefe.

— Mas não vão mesmo! – disse Emma com o queixo travado de raiva Nem que eu tenha que acabar com cada um pessoalmente! Não vou deixar o sonho do velho Henry ir por água abaixo por causa da ganância desses engomadinhos! Isso Emma, vamos lutar com tudo que temos direito!

— O que eles pretendem fazer? – questionou Cora voltando a falar depois de ter começado a conversa – Depois eu conto tudo que sei sobre a união de Robin e Lilith. – disse.

— Vou querer saber sim. – respondeu Rose e então começou a contar – Bom, então vamos lá...

— Robin! – cumprimentou Amber com um beijo no rosto assim que entrou no carro.

— Amber! Linda como sempre. – comentou o homem dando partida no carro e o guiando até o restaurante em que iriam conversar sobre negócios e aproveitar para jantarem.

Minutos depois eles estavam entrando e avistaram Barnes e Sato já sentados, tomando uma bebida em sua habitual mesa – Olá! – cumprimentou Sato com um aperto de mãos os dois recém-chegados.

— Robin. – Barnes também apertou a mão do homem e se levantou para dar um beijo no rosto de Amber – Minha ruiva, que felicidade vê-la novamente... – sorriu safadamente – Posso dizer que esse tempo só lhe fez aumentar sua beleza. – puxou a cadeira para ela se sentar, deixando Robin com cara de bobo.

— Ah Barnes, sempre tão gentil em suas palavras. – se sentou – Obrigada. – agradeceu e apenas deu um olhar reprovador para Robin, que sem ter muito que fazer se sentou na cadeira vaga – Como tem passado Sato?

— Bem na medida do possível. – respondeu educadamente, então levantou a mão chamando o garçom, que era o agente disfarçado – O que vão querer para beber, assim podemos falar de negócio e quando tudo estiver resolvido podemos aproveitar para jantar. O que acham? – sugeriu.

— Perfeito! – respondeu Amber tomando a frente de Robin – Eu quero uma taça de vinho merlot. – fechou o menu.

— Eu quero uísque com duas pedras de gelo. – pediu Robin sem olhar o menu.

Barnes riu da cara fechada de Robin – Eu quero mais um uísque, por favor, igual ao anterior. – pediu e Sato apenas mostrou seu copo vazio indicando que também queria outra bebida. O garçom assentiu e saiu para pegar os pedidos.

— Como anda o Blanchard? – quis saber Amber iniciando a conversa, mesmo ela sabendo tudo sobre o homem.

— Para ser sincero, eu não sei, ele andou sumido essa semana. – respondeu Barnes – Talvez ainda esteja procurando um advogado, ou criando especulações por aí. – completou.

— Entendo... Mas vocês não se preocupam com o que ele possa estar fazendo? – jogou a pergunta como quem não quer nada, mas esperando colher muito mais coisas – Afinal, ele visível vocês sabem o que ele pode estar fazendo, fora de suas vistas sabe-se lá o que ele pode aprontar.

— Concordo Amber, mas essa semana a ausência dele foi providencial, pois assim trabalhamos mais em paz. – respondeu e a ruiva apenas o olhou – Essa semana fechamos uma grande quantidade de lavagem de dinheiro na indústria e com ele por perto seria muito difícil.

O garçom chegou com as bebidas antes que Amber ou mesmo qualquer outro continuasse o assunto – Então um brinde aos negócios bem sucedidos. – levantou sua taça de vinho.

— Ah minha querida, com certeza um negócio bem sucedido. – ergueu seu copo, assim como Robin e Sato, brindaram e tomaram um gole.

— Perfeito o vinho. – comentou Amber se deliciando da bebida, tomando mais um gole. Na realidade era suco de uva, assim ela poderia beber e não apresentar sintomas de embriagues que seriam prejudiciais.

— Bom, acho que temos outros assuntos para tratarmos, não? – perguntou Robin depois de um grande gole em seu uísque.

— Sim. – concordou Sato – Acho que talvez conseguimos uma maneira de infiltrar na vale dos Sonhos. – começou.

— Sou todo ouvido. – comentou Robin interessado na conversa.

Barnes deu mais um gole em seu uísque com pedras de gelo feitas com água de coco – Bom, é notório que devido ao seu relacionamento não muito bem sucedido, e sua desavença com a administradora da fazenda... – começou – Você é a última pessoa que pode aparecer na fazenda. – Robin ia falar algo, mas Barnes levantou a mão o impedindo – Nem com disfarce você entra naquela fazenda, sejamos francos.

Robin bufou e Amber apenas deu uma risada tomando mais um gole de seu vinho – Bom, então o que pretendem fazer? – ela perguntou olhando para Barnes.

O homem mais velho soltou um suspiro – Chegamos a conclusão de que nosso único jeito é alguém se fingir de comprador de cavalos, pois se matricular como aluno para ter aulas de montaria iria levar um tempo maior, sem falar talvez ainda tenha a possibilidade de não dar certo. – explicou – Então achamos que um comprador seria mais rápido e não levantaria tantas suspeitas.

— Hum entendi. – comentou Amber – Faz sentido.

— E quem seria esse falso comprador? – perguntou Robin também concordando com a ideia.

— De acordo com as informações que você nos passou Robin... – Sato tomou a palavra – Essa Emma, que é quem administra a fazenda é mulherenga de primeira, então estamos pensando em mandar duas pessoas.

— Sim. – confirmou ele com raiva – Ela é.

— Então estamos pensando em Barnes e Amber. – comentou Sato – Barnes pode se passar pelo comprador de cavalos, e Amber sua esposa mais nova e que faça a administradora dividir sua atenção com a venda de cavalos, se é que me entende.

— Você quer que eu finja ser esposa de Barnes, e enquanto ele finge interesse na compra de cavalos, eu finjo interesse em Emma? – perguntou Amber sendo direta.

— Exatamente isso, minha querida. – comentou Barnes terminando sua bebida e erguendo o copo indicando querer outra – O que acham?

— Bem fraca! – disse Robin.

— Eu topo! – concordou Amber. Eles responderam ao mesmo tempo. A ruiva olhou para Robin com um olhar mortal.

— Então? – perguntou Sato olhando para os dois.

— Eu achei fraca a ideia, mas é a única solução que teremos no momento. – comentou ele terminando seu uísque.

Barnes soltou uma sonora gargalhada – Falou o homem que tinha a faca e o queijo na mão, e os perderam para uma mulher. – outra gargalhada – Se é tão fraca, porque até o momento não escutei nada de suas brilhantes ideias? Hum? – perguntou o homem encarando Robin com o olhar sério. Robin nada disse diante daquele olhar, apenas engoliu seco – Foi o que pensei, só palavras... Talvez seja isso que a senhorita Mills cansou de você, e se casou com a Emma, porque talvez essa Emma tenha mais atitude e não apenas palavras.

— Ora...

— Quieto Robin! – ordenou Amber olhando perigosamente – Barnes tem razão! Essa é a nossa investida mais rápida e certeira na fazenda, e você ficar se fazendo de coitado ou vítima não ajudará em nada, e muito menos você ficar desdenhando também não nos levará a lugar nenhum. – repreendeu. Ela soltou uma longa respiração e tomou mais um gole de seu vinho, acabou pedindo outro assim que o garçom apareceu com a bebida de Barnes – Me diga sobre o que vocês estão em mente. – pediu ignorando completamente a existência de Robin.

Barnes e Sato tinha um sorriso sacana nos lábios – Como dito antes, nós dois iremos fingir que somos casados, e enquanto eu já um velho tenho apenas interesse em comprar cavalos, você minha esposa, mais nova e com mais alegria e energia, começa a mostrar seus interesses e dotes para Emma, e se ela cair na sua lábia... – fez uma pausa – Pois é o que tudo indica, já que ela é uma mulherenga, facilitará nossa infiltração na fazenda.

— Tudo perfeito. – comentou Amber com um sorriso travesso - Só temos um pequeno problema, a esposa de Emma. – explicou – Regina, como faremos para mantê-la longe de Emma para que eu possa encantar sua esposa com meus dotes e atributos?

— Ai eu entro na história. – comentou Sato – Nesse mesmo dia, eu vou até a fazenda a procura dela para contratar seus serviços e assim a mantenho longe de vocês.

— Olha que esse plano tem tudo para dar certo. – comemorou Amber bebendo seu vinho – Quando o colocaremos em ação?

— Ainda não temos uma data específica, mas que seja o mais breve possível. – respondeu Barnes – Assim podemos abandonar de vez a indústria Blanchard e deixar Leonard com as dívidas.

— Muito bom! Muito bom! – Amber terminou seu vinho – E Robin nessa história toda?

Sato olhou para o outro advogado – Quando tivermos alguns documentos em mãos, ele poderá começar nossa falsificação... – respondeu – Então aos poucos com suas investidas em Emma, ir se infiltrando na fazenda e aí, uma vez lá dentro tomaremos conta daquela mina de dinheiro.

— Como gosto do som disso! – comentou Barnes erguendo seu copo – Um brinde! – pediu e mais três copos foram erguidos e brindados.

— Vocês eu não sei, mas depois de tudo isso, estou morta de fome, o que acham de começarmos a pedir nosso jantar? – falou Amber olhando o menu.

— Concordo com você, minha querida. – disse Barnes também pegando o menu. Sato e Robin a muito contragosto também, pois a vontade dele era se levantar e sair, já que estava tudo combinado e não havia mais necessidade em ficar ali. Chamaram o garçom assim que escolheram os pratos. A conversa que se seguiu foi leve e descontraída, principalmente da parte de Amber e Barnes, uma vez que Sato era mais reservado e Robin não estava gostando de nada daquilo.

— Foi isso. – Rose terminou de contar – Aqui! – entregou uma pasta parda cheia de papéis e fotos para Regina, que a abriu e começou a folhear junto com Emma – Dentro desta pasta tem mais documentos contando detalhadamente todo o esquema do plano que estão querendo fazer aqui na fazenda, além das fotos de Barnes, de Sato e de Amber... – fez uma pausa – Lembrando que Amber para não levantar suspeita nenhuma irá te seduzir Emma. – olhou para Regina que fazia uma cara de quem não estava gostando Jura que vou ter que deixar isso acontecer? — Sei o quão é difícil, mas Regina, Emma precisa se deixar ser levada, mostrar que é mulherenga, de acordo com Robin. Assim eles podem achar que estão no comando.

— Ah minha morena, eu só tenho olhos para você... – comentou Emma olhando apaixonada para sua esposa Não precisa ficar assim, eu só quero você! — Eu não tenho interesse nenhum em qualquer outra mulher que não seja a minha esposa, ou seja, você. – deu um leve beijo nos lábios de Regina, que suspirou Você é a mulher da minha vida!

— Tudo bem... – comentou a morena dando mais um beijo então voltou sua atenção para a pasta que tinha em mãos Minha, só não se esqueça disso!— Assim como espero que essa tal agente também saiba que é apenas encenação.

— Ela sabe. – afirmou Rose - Também vamos lhe dar toda uma documentação falsa é claro, para que você possa fazer os negócios com o Barnes, sem expor a fazenda, e ele acreditar que está com a documentação verdadeira. – explicou Rose – Peço que invente uma assinatura qualquer. Ela não terá valor nenhum. Como também lhe daremos o número de uma conta para que possa ser depositado o dinheiro do senhor Blanchard e ser devolvido a ele durante o processo.

— Wow! – disse Emma surpresa – Vocês realmente pensaram em tudo.

— Sim, pois esse é o momento ideal e precisamos pegá-los no flagrante, para termos provas suficientes para prendê-los. – disse Rose ao se levantar – Então Regina continue a frente do caso do senhor Blanchard. – entregou uma segunda pasta com documentos – Aqui estão algumas provas das falcatruas do sócio e do advogado. Monte uma estratégia maravilhosa, que eu sei que você é capaz e os dizime nos tribunais. – falou ansiosa a loirinha – Logo eles saberão que você é a advogada do Blachard, e provavelmente irão aproveitar que o Sato entrará em contato, aproveite para virar o jogo a seu favor.

Regina abriu a segunda pasta e folheou toda a documentação, seus olhos percorriam surpresos tudo que tinha ali Quantas coisas! Mas vejo coisas interessantes! Ah meus caros! Você nem verão o caminhão que irá atropelá-los!— Pelo pouco que vi aqui, eu vou esmagá-los como um rolo compressor que ele não terão tempo nem para abrir a boca. – comentou fechando a pasta com um sorriso maléfico nos lábios Não vejo a hora!

— Esse é o objetivo. – confirmou Rose sorrindo também Eu vou adorar ver Regina passando com o rolo compressor neles! — Eu não preciso lembrá-los que tudo que foi dito aqui dentro permanecerá aqui, não? – perguntou Rose olhando para as quatro pessoas ali a sua frente – Pelo menos até toda a investigar acabar.

— Eu não vou abrir a boca. – John foi o primeiro a concordar – Principalmente que eu não escutei e não vi nada aqui dentro.

— Também não é para tanto. – comentou Rose brincalhona Acho que ele ainda está assustado com a história da prisão!

— Para tanto? – ele exasperou – Eu não quero ser preso.

Emma e Regina o olharam, confusas Como? Prisão? — Aliás, como você tio, acabou se envolvendo nisso tudo? – perguntou Minha mãe por causa das investigações que pediu para fazer! Mas e você? — Quem mais está sabendo dessa história?

— Eu fui acompanhar sua mãe até o Garcia, pois ele havia telefonado para ela, que tinha informações e precisava vê-la. – ele começou a responder – Eu acabei indo junto a sala e nisso Rose apareceu falando que era do FBI, contou tudo sobre o Robin e a investigação que eles estavam fazendo e nos fizeram assinar um papel de sigilo absoluto, caso quebrássemos o acordo nós iríamos presos. – terminou.

Os olhos de Regina se arregalaram diante da resposta Presos? Minha mãe e tio presos? — Você prenderia minha mãe e meu tio, Rose? – quis saber.

— Ah Regina, entenda que essa é uma mega investigação que inclui três estados, eu não poderia deixar nada atrapalhar. – respondeu a loira um pouco culpada pela resposta – Mas é o meu trabalho...

— Quem mais sabe disso? – quis saber Regina olhando para sua mãe, depois de entender o que Rose respondeu Não culpo a Rose! pois se fosse ela no lugar da loirinha, provavelmente teria feito o mesmo Ou pior!

— George... – respondeu Cora com um suspiro Meu sogro! ~ Meu pai! — Mas nada mais do que John soube no começo das investigações. – fez uma pausa – Kathryn sabe parcialmente, ela só não sabe que o Robin roubava o escritório e fazia lavagem de dinheiro... – outra pausa Ah eu vou ter uma conversa séria com Katy!— E Ruby, pois ela também ia me ajudar a ficar de olho em Lilith quando eu fiquei sabendo que eles haviam se juntado.

Agora era a vez de Emma ficar com os olhos arregalados diante das informações Ruby também? — Ah aquela loba sarnenta, sabia o que estava acontecendo e não nos disse nada. Até o meu pai! – exclamou incrédula – Meu pai! – murmurou.

— Calma Emma, eu que pedi para eles não contarem nada com vocês, por mais que eles me dissessem que seria o melhor abrir o jogo com vocês... – falou Cora tomando a defesa dos três Não posso deixá-las culparem eles, a culpa é toda minha! — Eu não queria envolver vocês nessa história toda... Mas agora não teve mais jeito. Eu peço desculpa por não ter contado antes, vocês também já tinham problemas suficientes em mãos para serem envolvidas nesse assunto na época.

— Tudo bem, minha mãe, entendemos. – comentou Regina sorrindo Mas nada que um leve castigo não resolva! Regina, ela tentou deixar vocês fora dessa situação toda! Sim, mente, o castigo não será nada demais! Eu espero que mesmo nada demais! Você verá!

— Mas a loba merece uma puxada de orelha. – brincou Emma descontraindo o ambiente, fazendo todos rirem Uma boa puxada de orelha!

Rose se levantou – Sei que você não queria receber esse tipo de notícia Regina, ainda mais depois de um dia maravilhoso como ontem, mas eu precisava ter essa conversa com vocês o quanto antes. – explicou – Vocês precisavam saber e se preparar para o que estão tramando fazer. – fez uma pausa – Não se preocupe que de agora em diante estaremos sempre em contato com vocês. Além de que manteremos a segurança de vocês todos da fazenda. Vocês têm a minha palavra quanto a isso.

— Eu sei Rose, agradeço a preocupação com a nossa segurança. – disse Regina se levantando e indo deixar as duas pastas sobre a mesa junto com a pasta do caso do Blanchard – Sei que você está fazendo o seu trabalho, mas sei também que tem muito da nossa amizade envolvida nisso tudo.

— Com certeza tem. – concordou Rose sorrindo. Ela se aproximou de Cora e pediu para que a morena mais velha falasse tudo sobre Robin e Lilith. John se juntou a elas na conversa também. Emma se levantou e foi até a sua esposa, e a envolveu em um abraço por trás, apertado.

— Tudo bem, morena? – perguntou ao apoiar seu queixo sobre o ombro da esposa e ver as três pastas sobre a mesa, juntamente com papéis da fazenda Prevejo ainda muitas dores de cabeça até tudo isso acabar! Sim, Emma, então melhor aumentar o estoque de remédio para dor de cabeça!

Regina pousou suas mãos sobre as de sua esposa que estava sobre seu abdômen e se encostou mais ainda no abraço caloroso da loira O que eu faria sem você, minha loira abusada? Você é minha vida! — Vai ficar, eu só preciso digerir tudo que escutei agora.

— Eu estou aqui, morena. Sempre estarei aqui para você e nossos filhos. – falou e desceu um pouco suas mãos para cima do ventre de sua esposa Nossos filhos! Nossa família! Nosso mundo!

Regina sorriu com o ato Sim, nossos filhos! — Eu sei, minha loira amada. – sorriu e virou o rosto para dar um beijo na bochecha de sua esposa. Olhou mais uma vez para as pastas – Ah Robin, você não sabe com que foi se meter... Você não saberá de onde veio o bombardeio senhor Hood Gold. – murmurou com o olhar cheio de raiva Não perde por esperar! Ah não perde mesmo!

—SQ-

E assim o dia foi passando, vagarosamente. Emma juntamente com Regina e as crianças passaram o dia na varanda deitadas na cadeira de balanço enquanto seus filhos se dividiam entre deitar com elas, e fazer desenho assim como pintá-lo ou mesmo brincar ali no chão com os brinquedos de Henry.

O resto do pessoal também acabou se juntando a elas ali na varanda, e assim o dia foi cheio de conversas e brincadeiras, lembranças da festa da piscina, como também um pequeno planejamento da festa de casamento. Conversaram também sobre a decoração dos quartos de Tom e Júlia, e também uma melhor finalização do quarto de Henry.

Kathryn já aproveitou a oportunidade de pedir para seu pai e sua tia planejarem a casa para ela e Ruby. John não se aguentando foi até o carro e pegou seu bloco de rascunhos e juntamente com a filha, a nora e Cora começaram a esboçar como seria a casa. Assim como rascunharam a decoração dos quartos das crianças.

Emma apenas sorria de tudo que estava acontecendo, com sua esposa em seu abraço. Então abriu um imenso sorriso ao se lembrar da noite anterior quando Thomaz as chamou de mãe e mamãe Aquilo não foi um sonho! Fiquei tão feliz! — Por que esse sorriso, hein senhora Swan-Mills? – perguntou a morena ao ver sua esposa olhar para o nada e sorrir.

— Ah morena, estava me lembrando de ontem a noite, quando o nosso caçula, mesmo que dormindo nos chamou de mãe e mamãe. – respondeu a loira e voltou sua atenção para o menino loirinho que se divertia com seus dois irmãos e os cachorros. Eles estavam no gramado brincando de correr juntamente com os cachorros Olha a felicidade do nosso caçula correndo de um lado a outro! A felicidade e alegria estampados no sorriso e olhos de Júlia, que aos poucos está voltando a ser criança. E nosso filho do meio Henry, que queria apenas um irmão e agora tem dois, e logo terá mais um! Ah mente, eu não preciso de mais nada! Eu também não precisaria Emma!

O imenso sorriu que surgiu nos lábios de Regina era radiante Aquilo foi tão lindo!— Sim, foi maravilhoso escutá-lo nos chamando de mãe e mamãe, com o acréscimo do: te amo. – completou vendo seus filhos brincarem felizes Como amo essas três crianças, e amarei também esse que está por vir!

— Quando será que ele irá nos chamar assim de novo? – Emma jogou a pergunta no ar Sei que pode levar um pouco de tempo!

— Eu espero que seja breve. – respondeu Regina limpando os olhos úmidos pela emoção Queria muito escutá-lo nos chamando de mãe e mamãe de novo! — Assim como também espero que não demore para Júlia nos chamar de mãe e mamãe.

Emma soltou um suspiro A Jú já outra história! — Ela talvez demore um pouco mais, pois agora que ela está começando a confiar em nós e está se abrindo mais e mostrando quem ela é verdadeiramente.

— Eu sei, minha loira. – concordou Regina – Eu sei que eles precisam de tempo...

— Sim... Eu levei muito tempo para chamar tanto Ingrid quanto George de mãe e pai... – comentou Emma se perdendo em suas lembranças de criança Mas também quando comecei, não parei mais! — Mas também quando os chamei assim foi muito bom. – comentou sorrindo feliz Foi como um mundo novo de possibilidades se abrindo para mim mais uma vez!

O silêncio pairou ali sendo apenas quebrado pelas risadas das crianças e dos latidos dos cachorros enquanto todos brincavam sem se preocupações. Assim o dia foi terminando e todos já estavam em seus quartos dormindo se preparando para a semana que iria começar e prometia ser bem corrida.

—SQ-

— Senhor Hood Gold, eu agradeço tanto por estar aqui comigo hoje. – comentou Marian sorrindo genuinamente para o homem.

Robert olhou para a mulher a sua frente – Você não precisa agradecer, se essa criança for meu neto, eu estou aqui fazendo o meu papel de avô. – comentou.

— Eu sei... Mas mesmo assim quero agradecer, passar esses meses sozinha não foi fácil, assim com sei que daqui para frente também não o será... – comentou – Sei que você estará presente quando for confirmado a paternidade de Robin, mas não é a mesma coisa, se me entende.

— Claro que entendo perfeitamente, senhorita Fitzwalter. – concordou – Não é fácil criar um filho sozinho.

— Senhorita Fitzwalter! – a enfermeira chamou. Os dois se levantaram e caminharam para a sala da médica – Entre que a doutora está esperando.

— Obrigada. – agradeceu assim que passou e Robert apenas acenou com a cabeça logo em seguida ao entra na sala. A enfermeira fechou a porta os deixando sozinhos com a médica.

— Marian. – disse Jasmine – Que bom revê-la. – Como tem passado desde a nossa última consulta?

— Vou bem Jasmine, claro que as vezes a pequena barriga atrapalha, mas não que eu não me adapte. – riu.

— Muito bom. – concordou a mulher – Você é o...?

— O avô. – disse Robert – Hood Gold... Robert Hood Gold. – estendeu sua mão para a mulher.

— Prazer senhor Hood Gold, eu sou Jasmine Lopes. – apertou a mão estendida.

O homem se sentou a cadeira oferecida a ele – Peço desculpas por não ter vindo antes, mas infelizmente tenho uma agenda muito cheia e dessa vez finalmente consegui um tempo para acompanhar o desenvolvimento de meu neto ou neta. – comentou ele.

A médica apenas assentiu com a cabeça e continuou fazendo as perguntas a Marian, e ia escrevendo no prontuário dela no computador – Vamos fazer o ultrassom? – Marian assentiu com a cabeça e foi se deitar na maca.

Jasmine levantou a blusa e abaixou o elástico da calça que Marian usava – Você irá sentir algo gelado sobre a barriga. – disse no mesmo instante que passou gel na pequena barriga saliente. A paciente apenas soltou um grunhido – Então vamos lá... – disse a médica com o transdutor em mãos e começou a passá-lo sobre a barriga – Hum... Está indo tudo bem quanto ao desenvolvimento do bebê. – observou mais um pouco a tela do computador enquanto tanto Robert quanto Marina tentavam enxergar o que tanto a médica via – Aqui... – ela desenhou o bebê no monitor. Instantaneamente sorrisos surgiram tanto nos lábios de Marian quanto nos lábios de Robert – O que querem primeiro? Saber o sexo ou escutar o coração?

— Ow dá para escutar o coração? – perguntou Robert surpreso. A médica apenas sorriu e ligou o som e em instantes a sala foi tomada por rápidas batidas de um pequeno coraçãozinho. Os olhos arregalados do advogado se encheram de lágrimas. Seu sorriso se alargou mais ainda com a emoção – Ah que coisa linda. – comentou em meio as lágrimas que desceram por seu rosto – Desculpem. – falou e limpou as famigeradas lágrimas.

— Não há o que se desculpar, senhor Hood Gold. – comentou a médica com um sorriso acolhedor – Não tem um que não chore quando escuta o som das batidas do coração do bebê, sendo ele filho ou neto.

— E o sexo do bebê, dá para saber? – questionou Marina também imersa em lágrimas e emoções.

— Claro... – a médica mexeu mais um pouco o transdutor, enquanto desligava o som – Ah o bebê está todo desinibido. – comentou – Tem preferência pelo sexo?

— Não. – respondeu Marian – Apenas que o bebê tenha saúde.

— Vovô? – Jasmine perguntou olhando para o advogado. Robert apenas negou com a cabeça, já que não confiava em sua voz para responder – Então... – fez um leve suspense – Aqui temos um lindo e forte menino se desenvolvendo.

— Um menino... – murmurou Robert sorrindo e deixando as lágrimas caírem sem culpa Aonde será que o imbecil do seu pai está nesse momento? Um dia ele irá se arrepender amargamente de te deixar de lado, mas não se preocupe meu neto, eu estarei sempre ao seu lado!— Um menino... Meu neto... – murmurou feliz olhando para Marian – Obrigado.

— Eu vou ter um menino. – falou Marian feliz – Um menino. – lágrimas desceram por suas bochechas.

— Você já havia escolhido um nome para cada sexo? – perguntou a médica escrevendo alguma coisa no teclado e então mandou imprimir dois ultrassons. Depois limpou o gel da barriga de Marian, que lentamente se sentou.

— Sim... – respondeu Marian olhando para o avô de seu filho – Bom, só não sei se você irá concordar comigo, senhor Hood Gold.

— Minha querida, eu não tenho porque me intrometer, você que escolhe o nome que quer colocar em seu filho, eu só tenho que aceitar. – sorriu – Então, quais eram os nomes?

 Marian sorriu – Se fosse menina gostaria de chamá-la Rachel... Mas se fosse menino gostaria de chamá-lo de Roland.

— Roland... – murmurou Robert – Roland... – murmurou mais uma vez – Gostei do nome. – disse quando os dois se sentaram novamente nas cadeiras a frente da mesa da médica.

— Bonito nome. – disse Jasmine – Aqui. – entregou uma foto do ultrassom para cada um – A primeira foto do bebê. – brincou.

— Ah muito obrigado doutora. – disse Robert sorrindo e olhando a foto, pegou uma caneta e escreveu o nome do menino na foto, olhou mais uma vez e depois guardou no bolso interno de seu blazer.

Marian olhava com um imenso sorriso no rosto para a imagem no ultrassom – Bom, quero vê-la daqui a um mês novamente. – disse a médica anotando alguma coisa no receituário.

— Tudo bem. – concordou Marian guardando a foto dentro da bolsa.

— Aqui estão algumas vitaminas que você pode começar a tomar a partir de agora. – entregou a receita – É apenas preventivo, não se preocupe.

— Tudo bem, muito obrigada. – guardou a receita dentro da bolsa – Até daqui a um mês. – se despediram da médica.

— Você se importaria se eu comparecesse novamente na próxima consulta? – pediu Robert.

— Claro que não. – respondeu Marian – Eu iria pedir se o senhor não gostaria de me acompanhar novamente.

Robert assentiu com a cabeça. Soltou um suspiro – Eu gostaria de poder acompanhar mais de perto a gravidez, claro se possível, pois se realmente ele for meu neto, eu não gostaria de perder todo o desenvolvimento dele. – pediu.

Marian sorriu – Eu ficaria muito contente por isso.

— Bom, então essa semana eu ainda entro em contato para saber como você e o bebê estão. – falou Robert parando na porta de seu carro – Quer uma carona?

— Não precisa, meu carro está logo ali. Mas de qualquer forma, obrigada por tudo. – agradeceu Marian – Eu estarei esperando. Passar bem. – continuou seu caminho até o carro.

— Passar bem. – disse Robert e entrou em seu carro. Ele tirou a foto do ultrassom de dentro do seu blazer e sorriu novamente – Um menino... Meu neto. – falou olhando o contorno do bebê – Eu posso ter perdido tudo isso com Robin, mas dessa vez eu não irei perder com o meu neto. - guardou a foto e ligou o carro para logo se inserir no trânsito de Boston.

—SQ-

Emma estava no escritório revendo toda a papelada de contratos, aproveitando para preencher as planilhas e fazer os relatórios atrasados Ai droga! Lembrete mente, não deixar acumular tantos relatórios e nem planilhas! Anotado Emma! Lola estava deitada ao seu lado perto da mesa, dormindo tranquilamente. Regina estava sentada no sofá com toda a papelada espalhada pela mesinha de centro. Ela estudava todos os detalhes do caso, usando tudo que Rose havia lhe entregado, assim como o que Leonard já havia deixado e tudo que ela havia pedido a ele e mandando via email.

As duas estavam concentradas em suas tarefas quando escutaram sendo chamadas – Mãe? Mamãe? – ouviram.

— Aqui no escritório, Henry. – respondeu Regina ainda concentrada no caso que não havia se atentado ao tom de voz que as havia chamado. Ela havia respondido automaticamente acostumada por Henry as chamarem assim.

Então uma risada infantil foi ouvida, fazendo Regina e Emma erguerem as cabeças e verem seu caçula, acompanhado do filhote de pelagem preta que foi imediatamente ao encontro da mãe – Eu não sou o Henwy. – disse sorrindo – Sou o Thomaz.

Instantaneamente os olhos das duas mulheres se arregalaram surpresos – Tom! – exclamaram juntas. Emma imediatamente se levantou e correu para abraçar o menino. No instante seguinte eles foram rodeados pelos braços de Regina Ah meu lindo! Você nos chamou de mãe e mamãe de novo!

— Ah meu pequeno garoto. – disse a loira enchendo o menino de beijo. Regina também começou a salpicar beijos no rosto do menino que gargalhava feliz com as duas mulheres – Repete! – pediu Emma parando brevemente o ataque de beijos Repete que quero gravar tudo na minha mente!

Thomaz ainda sorria – Que eu não sou o Henwy, eu sou o Tom. – falou e novamente soltou uma gargalhada quando os ágeis dedos de Regina fizeram cócegas na barriga e costelas do menino. Ele escondeu seu rosto contra o peito da loira tentando fugir Adoro o som da risada dele, é tão inocente e feliz!

— A outra coisa que você disse antes disso. – falou Regina parando as cócegas, fazendo o menino levantar o rosto e olhar para as duas, levemente confuso.

— Como você nos chamou antes de entrar aqui? – perguntou Emma olhando para seu filho mais novo Fale de novo!

Thomaz se concentrou tentando se lembrar do que havia chamado as duas mulheres, então seus olhos arregalaram – Eu não posso chamar vocês de mãe e mamãe igual o Henwy? – perguntou triste, olhando suas pequenas mãos. Ele ainda estava no colo da loira.

Regina abriu um sorriso acolhedor e pousou sua mão nas costas do menino, fazendo um carinho – Thomaz... – falou com a voz gentil, fazendo o menino a olhar Não precisa ficar assim que aqui ninguém está lhe chamando a atenção! — Claro que você pode nos chamar igual ao que o Henry nos chama... – um tímido sorriso adornou os lábios do menino – É que só estamos um pouco surpresa por você nos chamar assim... Mas estamos muito felizes com isso. – disse e depositou um beijo terno em sua bochecha.

— Então eu posso chamá-las de mãe... – olhou para a loira – E mamãe? – olhou para a morena.

— É tudo que mais queremos, meu filho. – disse Emma sorrindo feliz É o que queremos! — Mas você não precisa nos chamar assim se não quiser, só se você tiver vontade. – deixou claro Afinal não quero forçar nada!

Thomaz abriu um sorriso – Eu quero chamar vocês assim... – fez uma pausa – Eu só estava com veigonha... Agora eu não tenho mais veigonha para chamar vocês de mãe e mamãe. – disse Ai quanta fofura em apenas um menino!

— Que bom, meu garoto. – comentou a loira feliz e sua esposa apenas tinha um sorriso carinhoso nos lábios Que bom mesmo!

— Mamãe! – falou Thomaz e abraçou a morena que retribuiu o abraço – Mãe! – repetiu olhando para a loira e a abraçando também, que imediatamente foi retribuído.

— O que você queria conosco? – perguntou Regina olhando para o menino que ainda estava no colo da loira – Você estava nos procurando.

—Ah é... – ele disse esquecido – A Bah e a Coia falaram que o almoço está pronto. – riu quando Emma cheirou seu pescoço travessamente O que vou fazer com essa ternura em forma de gente?

— Você sabe que pode chamar a Coia de avó, não? – falou Regina rindo com a travessura da esposa, e chamando sua mãe do mesmo jeito que o caçula fazia – Assim como George de avô, não?

— Sim... – ele respondeu com um aceno de cabeça junto – Vamos almoçar? Mãe e mamãe? – perguntou Thomaz feliz – To com fominha. – passou a mão sobre a barriga Meu filho! ~ Literalmente filho de Emma!

— Só se for agora meu lindo. – disse Regina dando um último beijo no menino, assim como Emma e o colocou no chão que imediatamente Thomaz saiu correndo na direção da cozinha. As duas mulheres estava apenas sorrindo, o olhando sumir depois da porta Ai mente, que felicidade! Eu sei Regina!

Segundos depois ele voltou e colocou a cabeça na porta e viu as duas mulheres ainda paradas no mesmo lugar, deu um passo parando a porta. Com as mãos na cintura – Vamos mãe e mamãe. – chamou e saiu correndo de novo.

— Será que ficamos aqui até ele voltar e nos chamar novamente? – perguntou Emma travessa Eu gostaria de escutá-lo nos chamar assim novamente!

Regina riu da travessura da esposa Essa minha esposa, muitas vezes é mais criança que nossos filhos! E você nem gosta, não é Regina! Não, eu não gosto! Pelo contrário, eu adoro! E não queria de outro jeito! — Eu gostaria, mas não vamos fazer essa maldade. – pegou a mão de sua esposa e entrelaçou seus dedos, começando a caminha na direção da porta.

— Ah morena, não é maldade, eu apenas quero escutar ele nos chamando de mãe e mamãe novamente. – falou a loira e então escutaram passos apressados vindo na direção delas. Travessamente Emma esperou o menino aparecer na porta e o pegou no colo o fazendo soltar um grito surpresa e rindo os três caminharam na direção da cozinha, acompanhados por Lola e o filhote de pelagem preta, uma vez que os outros dois já estavam na cozinha.

 


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Notas finais do capítulo

Bom, Rose revelando tudo sobre Robin (ele continuando sendo chacota na mesa) e os planos dele e dos comparsas em quererem se infiltrarem, assim como Rose pedindo para Regina continuar a frente do caso do Leonard Blanchard. Será que dessa vez a casa caí para o lado de Lilith também? Vamos torcer para isso! Momento emoção de Marian e Robert, com ele descobrindo que terá um neto... E para encerrar o ano, essa cena fofa no final do capítulo com Thomaz as chamando de mãe e mamãe novamente!

Até a próxima!!