Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 183
Capítulo 183 - Despedidas Nunca São Fáceis


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas do meu coração, estou de volta!

Como estão todos? Espero que bem!!

Ok, sei que demorei um pouquinho, porém nos dias que o calor estavam bem intenso eu não conseguia escrever, nem pensar eu estava conseguindo. Mas ainda bem que as temperaturas diminuíram um pouco e meu cérebro voltou a funcionar.

Obrigada a todos que comentaram, favoritaram e ao pessoal dentro e fora da moita. Obrigada de coração mesmo pessoal que acompanha a história já ao longo desses três anos. Um grande obrigada!!

Só por precaução: AVISO: “Este capítulo contém cenas em que você poderá querer chorar, evite ler em público se não quiser pagar mico!”

Boa leitura, divirtam-se e deixem um recadinho ao final para a escritora :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/724796/chapter/183

Aqueles poucos dias restantes rapidamente voaram feito poeira no vento, era final de tarde do sábado, e no domingo logo depois do almoço tanto Júlia quanto Meghan finalmente partiriam para suas respectivas universidades, começar um novo ciclo em suas vidas.

— Jú? – chamou Meghan assim que se aproximou da casinha, vendo apenas as pernas de sua namorada, balançando.

— Aqui em cima. – veio a resposta. Meghan sorriu e continuou caminhando, e quando chegou a escada da casinha, viu a Júlia sentada como ela sempre sentava naquele lugar. Apoiada sobre o corrimão da escada, o olhar no horizonte, e as pernas pendidas balançando. Sem pressa subiu as escadas, e se sentou ao lado de sua namorada, imitando seu jeito de sentar.

As duas ficaram sentadas ali apenas apreciando o momento de tranquilidade. Durante a semana elas acabaram usando algumas coisas que haviam comprado no final de semana em Boston, e foi o que as mulheres mais velhas disseram, que aqueles produtos eram bons.

— O que faremos agora? – perguntou Júlia olhando para o horizonte ainda, quebrando o silêncio.

Meghan soltou um suspiro – Eu gostaria continuar namorando, mesmo com a distância e todas as dificuldades que irão surgir. – fez uma pausa e Júlia a olhou – Muito provavelmente terá final de semana que não conseguiremos nos ver, principalmente no período de provas. – olhou para Júlia – São sete a oito horas de viagem entre Boston e Orono. – Júlia franziu o cenho – Sem falar que vamos conhecer pessoas diferentes, teremos uma vida diferente daqui da fazenda...

— Hey, não pretendo me apaixonar por outra pessoa. Você já ocupa todo o meu coração. – Júlia sorriu amorosamente, então fingiu ficar brava – A não ser que você tenha essa pretensão.

Meghan riu apaixonada – Eu também não pretendo me apaixonar por outra pessoa. Faz tanto tempo que sou apaixonada por você, Jú, que parece até mentira, mas não me vejo namorando outras pessoas. – declarou apaixonadamente. Júlia não resistiu e depositou um beijo nos lábios de Meghan, que sorriu abertamente – Mas não foi isso que eu quis dizer com conhecer novas pessoas. – disse – Inevitavelmente iremos conhecer novas pessoas, e se continuarmos namorando, eu não quero que nosso relacionamento não nos deixe aproveitar os momentos.

— Você não confia em nós? – perguntou Júlia, um pouco triste.

— Claro que confio, e é por isso que quero que nosso relacionamento nos dê a liberdade de ir ao cinema com alguns amigos, ou mesmo ir a alguma festa mesmo uma não estando presente ao lado da outra. Não é porque estamos namorando que não poderemos aproveitar alguns momentos. – explicou – Ai sei que pareceu extremamente confuso e egoísta o que eu acabei de dizer.

Júlia negou com a cabeça – Eu entendi... – sorriu – Como você disse, terá finais de semana que não nos veremos, mas isso não pode ser empecilho para que aproveitemos algum programa com a resposta “ai não posso, porque namoro.” – fez uma pausa – Óbvio que será melhor aproveitado se uma estiver ao lado da outra.

— Mas como nossas mães dizem, não é porque temos um relacionamento que não podemos ter um dia para nós mesmas. – brincou Meghan, que viu várias vezes sua mãe morena saindo junto com sua tia Emma para irem beber uma noite no pub, assim como viu várias vezes sua mãe loira sair junto a sua tia Regina para o dia de madame, que elas apelidaram, quando iam ao salão de beleza ou mesmo tomar um chá no meio da tarde.

Júlia riu – Elas não estão erradas. – brincou para descontrair, e inevitavelmente o silêncio tomou conta novamente do momento.

— E você, Jú, o que gostaria de fazer? – questionou Meghan depois de alguns minutos, quebrando o silêncio – Eu reafirmo que eu gostaria de continuar namorando, mesmo a distância. – olhava fixamente para sua namorada – E você?

Júlia olhou para Meghan – Sim, eu quero continuar namorando, mesmo com toda essa distância e os obstáculos que surgirão no decorrer. – sorriu abertamente. A futura veterinária imitou o imenso sorriso de Júlia, se inclinou a frente e selou seus lábios em um beijo amoroso.

— Antes que as coisas esquentem... – disse Júlia sorrindo, suas mãos no rosto de sua namorada – Melhor voltarmos, pois hoje teremos um jantar em nossa homenagem, já que amanhã será uma correria por causa da nossa viagem. – deu mais um beijo nos lábios e se levantou.

— Só vou porque sei que elas irão mandar um grupo atrás de nós. – concordou Meghan rindo e desceu a escada logo atrás, uma vez no chão, ela segurou a mão de Júlia e entrelaçou seus dedos enquanto caminhavam sem pressa na direção da casa de Meghan.

—SQ-

A cozinha da casa de Ruby e Kathryn era bem grande, assim como a cozinha da casa de Regina e Emma, para que o cômodo pudesse acomodar a grande família e os agregados na hora das refeições e não ficassem apertados. E não muito diferente quando as refeições acontecem na casa principal a mesa estava cheia, conversas e brincadeiras enchiam o ambiente. Eugenia, Cora e Regina terminavam o jantar, enquanto as crianças menores estavam brincando no chão junto com os cachorros, os do meio estavam sentados a mesa e conversavam entre si. Os adultos conversavam tranquilamente sentados a mesa.

— Chegamos! – anunciou Meghan assim que abriu a porta e deixou Júlia entrar primeiro, entrou em seguida fechando a porta.

— Juntem-se a nós e queremos saber como foi a conversa. – falou Ruby sorrindo ao ver as duas garotas.

— Mãe! – Meghan ranhetou – Mal chegamos.

A veterinária abriu um sorriso – Eu sei filhotinha, mas é a ansiedade para saber o que acontecerá. – piscou e tomou um gole de sua cerveja.

Meghan riu e sentou ao lado de sua mãe morena – Só conto se me der um gole dessa cerveja que deve estar maravilhosamente gelada.

Emma riu Meggie saiu muito a Ruby! — Farei melhor... – a loira se levantou e pegou uma cerveja para a garota – Eu assumo o risco. – piscou entregando a cerveja para a sobrinha Ruby e Katy podem me matar depois, mas eu quero saber o que elas decidiram! — Será que essa barganha serve?

— Chantagista. – brincou Ruby rindo – Mas agora podemos ter a nossa resposta?

Júlia abriu um sorriso sapeca – Só ela ganha uma bebida? – questionou ao ver Meghan tomar um gole de sua gelada cerveja recém ganhada – Meggie, se você contar alguma coisa antes que eu ganhe uma bebida, você é uma garota morta. – completou e ergueu a sobrancelha igualmente sua mãe morena.

— Aqui! – falou Kathryn entregando uma taça de vinho, já que ela, Regina e Cora estavam bebendo – Essas chantagistas. – riu – Agora podemos saber? – pediu tomando um gole de seu vinho Chumbo trocado, sem problema!

— Acho que agora vocês podem saber. – falou Júlia rindo e tomando um gole de seu vinho – Nós tivemos uma conversa franca. – comentou – E chegamos a conclusão de que...

— Vamos continuar namorando, mesmo com toda a distância e dificuldades que surgirão. – Meghan completou sorrindo – Vamos nos adaptamos e tentando levar nosso relacionamento.

— Gostei de ouvir isso. – falou Ruby passando o braço sobre os ombros de sua filha.

Sem dizer nada, Henry e Tom se levantaram e foram abraçar sua irmã Júlia – Abraço Swan-Mills e Lucas-Midas. – falou o Tom e chamou Meghan para o abraço, que sem cerimônia se juntou ao abraço. Aquilo fez sorrisos surgirem nos rostos dos mais velhos.

— Ficou muito feliz em ouvir isso, mas o jantar está pronto. – falou Cora desligando o fogo da última panela.

— Eu adorei ouvir isso, vovó. – brincou Henry sorrindo, depositou um beijo na bochecha de cada garota e voltou para seu lugar, gesto que Tom imitou.

— Animadas para começarem a universidade? – questionou George olhando para as netas, depois de alguns minutos que já estavam comendo.

— Eu estou num misto de ansiedade, nervosismo e animação. – respondeu Júlia tomando um gole de seu suco, ela havia decidido parar com o vinho e ficar apenas no suco.

— Eu não vejo a hora de começar as aulas, vovô. – Meghan respondeu tomando um gole de sua cerveja, era a segunda da noite, havia conseguido depois de convencer suas mães. Escutaram um resmungo e viram que era Tom.

— Não acredito que as férias de verão terminaram e que segunda as aulas começam. – reclamou tomando um gole de seu suco.

Lucy riu – Mas veja pelo lado bom, pelo menos você voltará a treinar baseball. – piscou.

— Essa é a parte boa, além de que poderei participar da seleção do time de futebol americano. – comentou animado Tom dando uma garfada em sua comida e a levando a boca.

— Sabe para que posição irá fazer o teste? – questionou John, que havia se juntado a eles aquela noite, para aproveitar a última noite com suas netas antes da universidade.

— Acho que vou tentar uma posição de wide receiver. Sou um pouco magrelo para a posição de running back. – respondeu Tom assim que engoliu sua garfada – Mas a posição de wide receiver corre bastante. – piscou.

Emma sorriu Corrida e baseball foram duas coisas que não mudaram nele! — Tom e sua paixão por correr.

Samuel olhou confuso para o primo – Mas se você gosta de correr, por que não faz corrida?

— Porque correr por correr eu não vejo graça. – respondeu Tom – Eu gosto da emoção que o jogo traz durante a corrida, entendeu Sam? – piscou e o primo assentiu com um aceno de cabeça.

— Há a possibilidade de você mudar de esporte? – brincou John rindo.

— Nenhuma possibilidade, vovô. Baseball é minha paixão. – Tom riu – Mas será divertido se eu conseguir a uma vaga no time de futebol americano.

— Tenho a leve impressão de que iremos frequentar mais jogos da escola esse ano. – comentou Ruby rindo, mas adorando a possibilidade.

— Eu não tenho dúvida disso. – comentou Emma feliz Será maravilhoso ver Tom jogar em dois times!

— As malas já estão prontas? – questionou John sorrindo feliz vendo a felicidade de sua família.

Meghan negou com a cabeça enquanto mastigava uma garfada generosa de sua comida – As minhas estão a meio caminho. – respondeu Júlia depois de tomar um gole de seu suco.

— Vou sentir falta da Juju. – Lana falou com um pequeno bico nos lábios sujo de molho de sua comida.

Júlia sorriu para a irmã que estava sentada ao seu lado – Eu também vou sentir falta de você, Lala. – se inclinou e depositou um beijo na bochecha da menina e aproveitou para fazer cócegas na barriga. Lana soltou um riso infantil.

— Eu também. – falou Jennifer sorrindo do outro lado da mesa. Júlia sorriu para a outra irmã mais nova e mandou beijos pelo ar Como eu amo essa interação entre minhas crianças, mente! Realmente é coisa linda de se ver, Regina!

— Eu também vou sentir falta de você, Jen. – falou sorrindo, então olhou para toda a sua família – Eu vou sentir falta de vocês todos.

Então escutaram uma fungada, todos olharam para John que limpava os olhos – Minhas netas cresceram... – disse emocionado – Parece que foi ontem que minhas filhas chegaram anunciando que haviam adotado vocês. – limpou outra lágrima que desceu por seu rosto – Eu tenho muito orgulho de ter todos vocês como meus netos.

— Tudo bem vovô babão. – brincou Kathryn para seu pai.

— Para essa família, sou babão mesmo. – ele limpou o restante da lágrima em seu rosto e abriu um sorriso. A conversa continuou mesmo depois do jantar, as crianças menores estavam brincando no gramado na frente da casa, enquanto o restante do pessoal estava sentado na varanda vendo as crianças brincarem enquanto conversavam. Foi assim até finalmente os menores começarem reclamar de sono, indicando que a noite estava se encerrando.

—SQ-

Tom parou na porta do quarto de sua irmã, cruzou os braços na altura do peito e se encostou no batente da porta, em silêncio, a ficou vendo indo de um lado a outro quarto arrumando suas duas malas abertas sobre a cama. Depois de alguns minutos apenas vendo sua irmã, resolveu se fazer presente – Jú? – chamou ao vê-la terminar de fechar uma mala.

A garota se virou e viu seu irmão a porta, então abriu um sorriso – Tomzinho. – falou carinhosamente – A quanto tempo está aí me olhando? – quis saber.

— Alguns minutos. – respondeu abrindo um sorriso ao aceitar o convite que sua irmã fez com a mão, o chamando para dentro do quarto – Terminou de arrumar suas malas? – perguntou ao olhar para uma fechada.

— Quase. – respondeu Júlia tirando a mala pronta e a colocando no chão, então segurou a mão de seu irmão e o fez sentar na cama, onde segundos antes tinha a mala – Só falta terminar essa. – completou indo até seu guarda-roupa pegando mais umas peças de roupas – Como você está? – questionou assim que se aproximou da cama e olhou para seu irmão.

— Ah triste porque você está partindo, mas muito mais feliz porque você está indo realizar seu sonho. – abriu um sorriso – E com muita certeza bem melhor que a um mês atrás quando você foi para Los Angeles. – completou. Júlia nada respondeu de imediato, apenas ficou observando seu irmão por algum tempinho – Eu sei que mesmo você estando longe, eu posso te ligar quando eu sentir saudades.

Júlia abriu um sorriso – Com certeza você poderá me ligar e como Boston é bem mais perto que Los Angeles, você também pode me visitar. – respondeu e viu que seu irmão realmente falava a verdade no que estava sentindo. Ela sentou-se ao lado do rapaz, sorriu – Você cresceu bastante Tom. – passou a mão pelo rosto do rapaz.

— Nós crescemos, Jú... – Tom corrigiu – Estamos crescendo. – sorriu sapecamente e ai Júlia teve um vislumbre de quando ele tinha quatro anos novamente. Sem dizer nada apenas abraçou seu irmão fortemente.

— Abraço Swan-Mills. – Henry falou alto assim que apareceu na porta do quarto e viu seus irmãos abraçados e os abraçou também, mas com sua velocidade, acabou derrubando os dois sobre a cama, que por fim acabaram rindo.

— Sim Henwy, abaço Swan-Mills. – falou Júlia rindo, sendo o “recheio” de abraço dos rapazes. Então olhou para Henry – Você ficará bem? – questionou assim que as risadas acabaram e apenas o silêncio dominava o ambiente.

— Sim Jú, ficarei. – respondeu o rapaz sorrindo – Vou sentir sua falta, mas ficaremos bem. – deu um beijo na bochecha de sua irmã – Vá e conquiste seu sonho. Pois agora é o seu momento. – incentivou.

— Quando estivermos todos com saudades, peço para as mamães nos levarem para Boston para te ver. – falou Tom brincando para deixar o clima leve novamente ali no quarto.

— Excursão para visitar a Jú na universidade. – brincou Henry e os três caíram na risada. Emma e Regina estavam perto da perto, pois saíram a procura de seus três filhos mais velhos para chamarem para o almoço, mas ficaram a alguns passos da porta apenas escutando a conversa dos três. Aquela cena, as remeteram de volta ao passado quando os três eram crianças e o que mais faziam, depois de travessuras, era rir o dia todo.

— Crianças. – chamou Regina aparecendo a porta do quarto, junto a Emma, as duas mulheres com os olhos úmidos pelas lágrimas que surgiram com as lembranças Isso me trouxe tantas lembranças deles pequenos! — Está tudo bem aqui?

— Sim, mamãe. – respondeu Júlia ainda deitada entre os dois irmãos. Sorrisos estampavam seus rostos.

— Tudo arrumado, Jú? – questionou Emma sorrindo para a felicidade de seus filhos Saudade de quando eles eram pequenos!

— Falta alguns detalhes apenas, mas praticamente tudo arrumado. – respondeu a garota.

— Mãe! – escutaram Lana correndo no corredor Lá vem meu grudezinho moreno! — Jen quer me pegar. – riu e as duas mulheres mais velhas apenas viram suas duas filhas menores correndo na direção delas, rindo – Mãe! – riu novamente e pulo no colo de sua mãe loira. Jennifer rindo se abraçou a sua mãe morena.

— Eu acho que a Jú está precisando um abraço das praguinhas nesse momento. – comentou Emma travessamente colocando sua filha no chão Quero é muita bagunça!

— Abraço! – as duas meninas bradaram entrando correndo no quarto e no segundo seguinte se jogaram sobre os três irmãos mais velhos.

— Praguinhas! – exclamou Júlia rindo quando as duas meninas resolveram fazer cócegas na irmã mais velha, que foram ajudadas pelos irmãos – Vocês são todos perversos. – disse entre risadas.

— Crianças, chega. – falou Regina rindo, enquanto Emma foi tirar Lana de cima de Júlia. A menina mais nova ria, enquanto sua mãe lhe fazia pequenas cócegas – O almoço está servido. Vamos comer. – ela não precisou dizer novamente quando viu os dois rapazes saírem feito raios na direção da cozinha.

As três mulheres mais velhas riram enquanto caminhavam sem pressa para a cozinha, Lana no colo de Emma, enquanto Jennifer ia de mãos dadas com Júlia.

—SQ-

— Hey Meggie, quer ajuda? – Sarah perguntou assim que se aproximou da porta do quarto da irmã mais velha, e a viu perdida na arrumação da mala.

Meghan se assustou então olhou para sua irmã e sorriu – Não, está tudo sob controle catastrófico, mas sob controle. – riu junto a sua irmã, então percebeu que Sarah queria algo a mais do que apenas ajudar – Mas ficarei muito feliz se você me fizer companhia enquanto eu termino de arrumar a minha bagunça que chamo de malas. – disse para a irmã. Sarah sorriu imediatamente e entrou no quarto se sentando na cadeira perto da cama.

— Empolgada? – questionou vendo sua irmã quase terminar uma mala.

— Sim, mas também nervosa e um pouco apavorada, por sair de casa e ir morar longe. – respondeu Meghan decidindo qual blusa de frio levaria.

Sarah ficou uns segundos em silêncio – Será que quando for a minha vez eu ficarei assim também?

— Talvez. – Meghan sorriu, depois que decidiu qual blusa levaria – Mas você ainda tem mais dois anos para passar por isso, e poderá se preparar melhor que eu. – piscou divertida – O que você quer estudar?

Os olhos de Sarah brilharam – Eu quero fazer biologia marinha.

— Na Universidade do Maine tem esse curso. – respondeu Meghan sentando-se ao lado de sua irmã, dando um descanso na arrumação de suas malas.

— Eu não quero ir para a mesma universidade que você. – brincou a garota mais nova – Quero ir para uma bem longe. – completou.

— Com essa sua resposta, já vi que não ficará como eu enquanto for arrumar as malas para ir para a universidade. – brincou Meghan empurrando a irmã levemente com seu ombro.

— Talvez. – comentou Sarah, então se entristeceu – Mas nem por isso que eu não sentirei sua falta quando você for. – terminou.

Meghan sorriu amorosamente para sua irmã, passou o braço ao redor dos ombros e a trouxe para um abraço lateral – Eu também vou sentir sua falta. – depositou um beijo nos cabelos da irmã.

— Eu posso ir te visitar quando a saudade for grande? – questionou se aconchegando melhor no abraço da irmã.

— Claro que pode. – concordou – Eu irei adorar vocês lá me visitando. – fez uma pausa – Você sabe que pode me ligar também, não? – quis saber e Sarah apenas assentiu com a cabeça. O sil6encio se fez presente quando nenhuma das duas garotas quiseram quebra-lo.

— Sabe... – disse Sarah em um tom baixo, mas audível – Quando você foi para Washington eu não fiquei assim, pois sabia que você voltaria... – fez uma pausa – Mas eu estou triste porque você irá morar fora por quatro anos pelo menos, e provavelmente não voltará a morar mais conosco quando você se formar, mas estou feliz porque você está indo realizar um sonho, que é ser veterinária. E isso tudo me fará perder a minha irmã mais velha e meu ponto de referência. – confessou por fim.

Meghan soltou um suspiro – Sarah, não se sinta culpada por estar sentindo isso... – começou – Provavelmente no seu lugar, eu também estaria assim... – abraçou mais forte a irmã – Só guarde bem o que vou te dizer... – olhou para sua irmã – Você nunca me perderá como irmã, mesmo estando longe eu sempre serei sua irmã. Entendeu? – questionou e Sarah assentiu com a cabeça, então sorriu – E você tem duas mulheres maravilhosas como referência aqui em casa, nossas mães e não precisa de mim para isso. – piscou travessamente – Se inspire nelas, ou em nossas tias, que também são mulheres maravilhosas ou em nossas avós... Nossa família só tem mulheres maravilhosas.

— Você tem razão. – concordou Sarah sorrindo.

— Está vendo, para isso que serve irmã mais velha. – brincou Meghan.

— Mesmo assim eu sentirei sua falta. – murmurou e abraçou forte sua irmã.

— Eu também. – Meghan envolveu sua irmã carinhosamente em um abraço.

Kathryn e Ruby estavam se aproximando do quarto de Meghan para chama-la para o almoço e saber se estava tudo bem com as malas, mas acabaram escutando suas duas filhas conversarem e decidiram não aparecer na porta e atrapalhar o momento delas – Oi meninas. – falou Kathryn ao aparecer a porta, quando perceberam que a conversa havia acabado.

— Filhotinhas. – falou Ruby com um imenso sorriso – Tudo pronto, Meggie? – perguntou vendo a imensa bagunça no quarto, parecia que um furacão havia passado ali.

— Oi mães! – falou Meghan abrindo um sorriso – Mais ou menos pronto. – respondeu travessamente – Mas prometo que termino antes de pegarmos estrada. – piscou.

— Acho bom. – brincou Kathryn – Vamos almoçar que está pronto.

— Oba, comida! – Sarah se levantou rapidamente e abraçou sua mãe loira e as duas começaram a caminhar na direção da escada, deixando Ruby e Meghan para trás.

A veterinária entrou o quarto e se sentou no mesmo lugar que Sarah estava – Escutamos um pedacinho da conversa de vocês, e eu estou muito orgulhosa de você, Meggie, por você ser essa pessoa maravilhosa e essa irmã incrível e esse doce de filha. – confessou.

Meghan sorriu entre as lágrimas – Eu sou assim por causa de vocês. – respondeu.

Ruby abraçou fortemente sua filha – Vamos realmente sentir sua fata aqui, mas sei que estará lá realizando seu sonho. – comentou e depositou um beijo demorado nos cabelos da filha.

— Eu também vou sentir a falta de vocês. – falou emocionada – Mas teremos finais de semana e feriados para nos ver e matar a saudade.

— Acho um pouco difícil... – brincou Ruby – Afinal você terá esse tempo para namorar. – piscou.

— Fato. – concordou Meghan e as duas mulheres deram risada – Mas encontrarei uma brecha na minha agenda para vocês. – ainda brincando.

— Não tenho dúvida disso. – comentou Ruby – Agora vamos que o almoço está na mesa e pelos esfomeados que essa grande família tem capaz de chegarmos e ter só os ossos dos steaks que seu avô está fazendo. – brincou assim que se levantou.

— Ai, amo o steak do vovô. – comentou Meghan lambendo os beiços – Vamos!

Ruby sorriu e passou o braço sobre os ombros da filha, enquanto essa passou o braço pela cintura da mãe e assim caminharam na direção da escada e para o almoço em família.

—SQ-

As famílias se reuniram novamente para um almoço, mas um pouco mais cedo do que de costume, pois assim que terminassem já iriam pegar estrada. Como sempre, foi aquela alegria e conversa tranquila durante a refeição.

— Tudo pronto? – questionou Ruby fechando o porta-malas do carro.

— Só falta o meu violão, mas ele vai comigo na frente. – respondeu Meghan olhando para sua mãe. Ela havia se despedido de todos e só faltava Júlia.

— Olha lá para quem você irá tocar esse violão. – fingiu estar morrendo de ciúmes.

Meghan riu de lado – Só para as garotas mais bonitas da universidade. – respondeu entrando na brincadeira.

O sorriso de satisfação nos lábios de Júlia foi imenso – Então você não tocará para ninguém, pois eu não estarei na mesma universidade que você. – piscou travessamente. Meghan abriu um sorriso e não se aguentou e abraçou sua namorada – Vou sentir a sua falta. – confessou Júlia retribuindo o abraço.

— Eu também. – comentou Meghan a apertando mais no abraço, e por fim se beijaram.

— Pombinhas, eu odeio interromper, mas precisamos pegar a estrada. – falou Ruby sorrindo.

Beijaram-se mais uma vez – Me liga quando puder. – pediu Meghan já quase entrando no carro.

— Você também. – falou Júlia caminhando na direção da pick-up, que já estava pronta e apenas esperando pela garota. Lana bateu o pé e estava sentada em sua cadeirinha para ir junto.

Emma viu sua filha entrar e afivelar o cinto Hora de partir! — Tudo pronto? – questionou. Júlia apenas assentiu com a cabeça e sorriu – Boston, aí vamos nós.

— É! Vamos nós! – Lana falou feliz, fazendo as três mulheres rirem junto.

Os dois veículos estavam na estrada simples assim que saíram da fazenda, e então quando chegaram a bifurcação que levava para as cidades opostas, buzinas foram dadas e cada veículo seguiu o caminho da cidade de destino.

—SQ-

Depois de quatro horas de viagem, finalmente o carro da família Lucas-Midas adentrava no campus da universidade na direção dos dormitórios.

— Por meus cavalos pacientes! Quantos anos se passaram desde a última vez que estive aqui. – comentou Ruby nostálgica olhando a paisagem.

— Acho que faz alguns muitos mãe. – brincou Meghan olhando tudo maravilhada.

Ruby riu – Com certeza fazem alguns muitos. – concordou – Foram bons os anos que passei aqui. – sorriu com as lembranças. Andaram mais alguns metros e finalmente avistaram o prédio de dormitórios – Chegamos. – anunciou assim que estacionou.

— Olha que gostei dessa arquitetura antiga do prédio. – comentou Kathryn assim que desceu e olhou para o grande prédio a sua frente.

— Essa arquitetura é muito bonita mesma. – comentou Meghan maravilhada.

— O campus no geral tem uma arquitetura muito bonita. – comentou Ruby assim que fechou o porta-malas depois que tirou as duas malas de sua filha – Mas não se preocupe, que você terá muito tempo para ver tudo aqui dentro. – piscou ao pegar uma mala, enquanto sua filha pegava a outra, e em suas costas estava seu violão.

Foram caminhando sem pressa, assim que entraram viram um grande corredor já movimentado pelo pessoal que já morava ali, além de muitos pais e novos estudantes – Para onde? – questionou Kathryn.

Ruby olhou para sua filha que tirou o papel com tudo que precisava saber – Segundo andar. – respondeu.

— Por aqui. – disse a veterinária liderando o caminho até a escada – Para onde agora? – olhou para a filha assim que chegaram ao segundo andar.

— Quarto vinte e sete B. – respondeu a garota olhando a numeração nas portas.

— Lado esquerdo. – comentou Ruby virando a esquerda e caminhando pelo corredor – Meu quarto era o vinte e nove A. – abriu um sorriso – Realmente muitas lembranças dos anos que passei aqui.

— Imagino. – Kathryn sorriu ao se lembrar da sua época de universidade. O corredor daquele andar estava como o debaixo, com muita movimentação tanto de estudantes que já moravam ali, quanto de pais e seus filhos.

— Aqui! – falou Meghan ao parar a frente da porta de seu futuro quarto pelos anos de graduação, que estava aberta, e aparentemente já tinha alguém morando, mas não tinha ninguém ali dentro.

— Chapeuzinho Vermelho? – escutaram antes que Meghan pudesse entrar no quarto. Os olhos de Ruby se arregalaram – Não acredito, é você mesma! Chapeuzinho Vermelho! – veio a voz feminina pelas costas.

Ruby se virou – Rapunzel? – perguntou, um pouco na dúvida.

— A própria. – respondeu a ruiva – Eu sei, estou ruiva, mas sou eu mesma. – abriu um sorriso – Quanto tempo! – abraçou a amiga de curso.

— Sim, muito tempo. – disse assim que se soltaram.

— O que está fazendo aqui Chapeuzinho? – perguntou feliz em rever a amiga.

Um imenso sorriso surgiu em seus lábios – Viemos trazer nossa filhotinha. – respondeu, então a mulher a olhou interrogativamente – Kathryn, minha esposa. – apresentou – Gabrielle Dale, foi minha colega de curso.

— Prazer. – as duas mulheres apertaram a mão.

— E essa aqui... – colocou as mãos sobre os ombros da filha – É Meghan, nossa filha. – as duas apertaram as mãos – E você?

— Vim trazer meu filho. – olhou ao redor e viu ele conversando com os amigos – Ryan, vem aqui um minuto, por favor. – chamou e o rapaz prontamente atendeu – Esse é meu filho, e essa é Ruby Lucas...

— Lucas-Midas agora. – falou a veterinária sorrindo.

Gabrielle riu – Lucas-Midas, ela foi colega de curso, sua esposa Kathryn e sua filha Meghan. – apresentou e o rapaz sorriu educadamente apertando a mão das três mulheres – Ele está no segundo ano de Biologia e Ecologia.

— Meghan começará veterinária. – falou Kathryn sorrindo para a filha, cheia de orgulho.

— Tal mãe, tal filha. – brincou Gabrielle – Inclusive no cabelo. – apontou para os cabelos de ambas as mulheres – Chapeuzinho tem uma história aqui. – piscou brincalhona.

— Como se a Rapunzel não fosse muito conhecida no campus inteiro. – Ruby retrucou brincalhona.

Kathryn olhou para sua esposa – Como que eu nunca fiquei sabendo desse seu apelido e qual foi o motivo dele surgir? – quis saber.

— Acho que foi numa das primeiras festas a fantasia que teve na irmandade dos Ursos Azuis... – comentou Gabrielle – E nós não tínhamos ideia qual fantasia iríamos vestir, então no último minuto estava passando um comercial sobre o parque da Disney e vimos nossas fantasias ali.

— Eu acabei arrumando uma capa vermelha, já tinha uma saia vermelha e na época eu tinha uma pelúcia de lobo. – completou Ruby – E eu fui um arraso na festa, pois todo mundo lembrava da Chapeuzinho Vermelho depois.

— Eu, na época, estava loira e tinha o cabelo abaixo da cintura. – continuou Gabrielle – Trancei o cabelo, coloquei um vestido azul muito parecido com o da Rapunzel e por fim ficamos conhecidas no curso todo pelas personagens.

— Que legal. – comentou Meghan sorrindo para a história.

— Bom, vou deixa-las acomodar a filha de vocês. – comentou a ruiva.

— Se precisar de algo, pode me procurar. – ofereceu Ryan – Eu sei como é chegar e ficar perdido aqui. – brincou. – Eu fico do outro lado do corredor, no quarto vinte e dois A.

Meghan assentiu com a cabeça – Obrigada.

— Foi bom revê-la Chapeuzinho, e prazer em conhecer vocês duas. – falou Gabrielle.

— Igualmente. – concordou Kathryn, se despediram – Vamos entrar? – ofereceu assim que apenas as três ali. Assentiram e entraram.

— Acho que esse será o meu lado. – comentou Meghan colocando sua mala no chão perto da cama que estava do lado vazio do quarto.

— Oh desculpa. – falou uma garota entrando no quarto – Achei que vocês só chegariam mais tarde. – foi se esgueirando e dando uma leva arrumada em sua bagunça do seu lado.

— Não se preocupe com a bagunça, passamos por isso. – brincou Ruby.

— Oi eu sou Sabine Esposito. – estendeu a mão na direção de Meghan – Estou no terceiro ano de enfermagem.

— Meghan Lucas-Midas. – se apresentou – Iniciando veterinária. – sorriu – Essas são minhas mães Ruby e Kathryn.

— Prazer. – apertou a mão das duas mulheres – Está vindo de onde?

— Storybrooke. – respondeu Meghan, não querendo aprofundar nessa história de cidade natal ainda – Este será o meu lado?

— Ah sim, claro que se você não se importar. – respondeu a estudante de enfermagem. Meghan negou com a cabeça deixando seu violão sobre a cama – Nunca ouvi sobre essa cidade, onde fica?

— A quatro horas de Boston. – respondeu Meghan – Você é de onde?

— Eu sou de Santa Fé, Novo México. – respondeu.

Ruby sorriu para ver sua filha já engatando uma conversa com a companheira de quarto – Bom, acho que você já está entregue. – colocou a segunda mala perto da primeira – Então acho que vamos pegar a estrada de volta para a fazenda.

Meghan se aproximou e envolveu suas mães em um forte abraço – Se cuida minha filha. – Kathryn deu um beijo nos cabelos da filha – Vamos sentir sua falta.

— Eu também vou sentir a falta de vocês. – respondeu Meghan olhando para as duas mulheres.

— Sabe que se precisar de algo é só nos ligar que viremos rapidamente. – comentou Ruby dando um último beijo nos cabelos da filha. Despediram-se e as duas mulheres caminharam sem pressa de volta para o carro.

Meghan suspirou e se sentou em sua cama – Não se preocupe, no começo é um pouquinho difícil, mas com o tempo você vai conseguindo lidar com a saudade. – piscou.

— Espero. – comentou Meghan sorrindo timidamente – Você me lembra a personagem Tiana. Ai, desculpe, não quis ofender.

— Acha, pelo contrário, fico muito feliz quando me dizem isso. Eu gosto muito desse desenho. – sorriu abertamente. Sem perceberem engataram uma conversa tranquila enquanto Meghan começava a arrumar suas coisas.

—SQ-

— É aqui. – falou Emma assim que desligou a pick-up na vaga do estacionamento em frente ao dormitório que passará ser o novo lar de Júlia pelos próximos seis anos Agora não tem como voltar atrás! Emma! Eu sei mente, apenas divagando!

— Gostei do lugar, é bem imponente. – comentou Regina assim que desceu do veículo olhando para o prédio e seus arredores Querendo ou não, está me trazendo muitas lembranças da época que eu entrei na universidade! depois foi ajudar a descer Lana. O local ali perto estava bem movimentado, com carros passando, pessoas indo e vindo. Grupos de amigos se reencontrando.

— Lugar bonito. – falou Emma tirando uma mala da carroceria da pick-up. Júlia apareceu ao seu lado, com sua mochila nas costas e pegou aquela mala do chão, enquanto Emma se encarregava da segunda mala – Vamos procurar o quarto de Jú e conhecer sua colega de quarto. – Lana agarrou a mão de sua mãe loira.

— Nervosa? – Regina ao lado de sua filha perguntou, tinha um sorriso nos lábios, pois querendo ou não estava se lembrando de quando começou a universidade. Apesar dela e Kathryn não dividirem o mesmo quarto, elas eram praticamente inseparáveis.

— Na realidade, ansiosa para começar as aulas. – respondeu a garota olhando tudo. Emma apenas sorria com a felicidade de sua filha Por pouco não tive tudo isso! Mas eu não tenho arrependimento, meu pai era e é muito mais importante! E agora o que importa é Jú realizar seu sonho! entrando no prédio.

O corredor estava movimentado, muitas pessoas se reencontrando e muitas pessoas “perdidas” procurando pelos quartos nos quais ficarão. Continuaram andando até finalmente acharem o quarto, no segundo andar, em que Júlia iria ficar.

— Oi! – Júlia falou assim que viu uma garota ruiva sentada a sua escrivaninha lendo um grosso livro.

A garota levantou seu olhar e sorriu – Oi! – respondeu simpática e fez um gesto para que entrassem – Me chamo Florence Bolger.

— Eu sou Júlia Swan-Mills. – apertou a mão estendida – Essas são as minhas mães Emma e Regina, e minha irmã mais nova Lana.

— Que coisa mais fofa sua irmã. – comentou olhando para a pequena morena. Então o cenho de Florence se enrugou pensativo – Você é a advogada Regina Mills? – questionou olhando direto para a advogada.

— Agora Swan-Mills, mas sim sou eu. – Regina sorriu abertamente.

Os olhos da garota se abriram em emoção – Ai, sou uma grande fã sua... Acompanhei seus maiores casos. – riu – Sei que era um pouco jovem, mas direito sempre me encantou, e quero seguir o mesmo caminho que você seguiu.

— Então terminará casada e morando em uma pequena cidade no interior. – brincou a advogada ainda com um sorriso no rosto, então viu a confusão no rosto da garota – Estou apenas brincando, mas fico feliz em ouvir isso. Desejo-lhe muito sucesso. – completou e Florence sorriu feliz.

— Está cursando direito? – questionou Júlia para sua nova colega de quarto.

— Quarto ano de Direito. – Florence disse orgulhosa – E você, veio para fazer direito também?

Júlia negou com a cabeça – Não, farei medicina. – respondeu – Qual a sua parte do quarto? – quis saber.

— Nossa, me desculpe. – disse a garota – Vem. – chamou para adentrarem mais no quarto – Esse lado da janela é seu, tudo bem? Não sou muito fã de cama perto da janela.

— Eu adoro cama perto de janela, tanto que com o tempo eu mudei a minha cama para perto da janela no meu quarto. – respondeu deixando sua mala sobre a cama que seria sua.

— Vou te mostrar o resto do quarto. – deu um mini tour mostrando o banheiro, uma mini cozinha com espaço para um pequeno varal.

— Gostei. – comentou Regina depois de olhar tudo – Você é de onde, senhorita Bolger?

A garota olhou para a advogada, ainda incrédula por conhecer a pessoa que admira muito – Pode me chamar de Florence. – pediu. Regina apenas assentiu com a cabeça – Eu sou de Charleston, Carolina do Sul. – respondeu – Você é de onde Júlia?

— De Storybrooke. – respondeu Júlia, por hora preferiu falar na cidade que cresceu do que contar que era de Boston mesmo. – Conhece? – Florence fez uma cara de não.

— Fica a quatro horas de viagem daqui sentido nordeste. – respondeu Emma Entendo porque você falou que é Storybrooke, Jú! Sem problema nenhum com isso! Regina apenas olhou para sua esposa e silenciosamente elas conversaram, e a advogada entendeu a cidade de origem.

— Entendi, está perto de casa então. – comentou sorrindo.

— Tão perto e tão longe. – brincou.

Emma e Regina sorriam para sua filha conversando com sua colega de quarto – Acho que você já está acomodada Jú, então vamos pegar estrada de volta para a fazenda. – comentou a loira, Lana olhava tudo muito curiosa, mas estava usando sua mãe loira como encosto Afinal ainda teremos quatro horas de viagem, e essa praguinha aqui amanhã dará muito trabalho para acordar para ir para a escola!

Os olhos de Florence abriram surpresa – Você mora em fazenda?

Júlia riu – Eu moro...

— Deve ser muito legal. – comentou a garota.

— Na primeira oportunidade que surgiu eu te levo para conhecer a fazenda, tudo bem? – convidou Júlia sorrindo para a felicidade de sua nova colega de quarto.

— Ai, eu vou adorar. – falou Florence com os olhos brilhantes.

— Está combinado então. – comentou Regina sorrindo Será divertido receber os novos amigos que Jú fará aqui! Júlia se aproximou de suas mães e as abraçou fortemente – Vamos sentir sua falta. – falou a morena dando um beijo nos cabelos de sua filha.

— Sim, Jú, vamos sentir sua falta. – comentou Emma sorrindo depois que depositou um beijo nos cabelos de sua filha Como sentiremos!

— Eu também vou sentir falta de vocês. – comentou limpando as lágrimas que acumularam em seus olhos. Antes que pudesse falar algo, sentiu um encontro nas suas pernas e olhou para baixo e viu sua irmã lhe sorrindo e abraçada as suas pernas – Lala.

— Vou sentir falta da Juju. – falou Lana.

Júlia acabou se agachando e abraçou sua irmã demoradamente – Eu também vou sentir falta da Lala. Mas poderemos conversar pelo telefone. O que acha? – olhou para sua irmã.

— Sim! – concordou feliz e deu um beijo na bochecha da garota mais velha Amo demais cenas assim mente! São cenas que marcam nossa lembrança Regina! Sim!

— Combinado então. – disse Júlia e encheu Lana de beijos e fez a menina rir infantilmente – Agora vai com a mãe. – colocou a menina no chão, que no instante seguinte estava no colo de sua mãe loira.

— Jú, já sabe, precisou de qualquer coisa nos ligue e viremos praticamente voando para cá. – falou Regina fazendo um carinho nos cabelos da filha Nunca é demais ressaltar os avisos!

— Sim, eu sei mamãe. – respondeu sorrindo.

— E se não achar nenhum de nós, você sabe que pode ligar ou ir na casa tanto de Ângela quanto de Maura e Jane. – completou Emma olhando para sua filha mais velha.

Júlia assentiu com a cabeça – Sim mãe, eu sei. A vovó e as dindas também me disseram sobre isso.

— Vamos que precisamos pegar estrada, se não chegaremos muito tarde na fazenda e essa pessoinha aqui irá dormir muito tarde e dará muito trabalho amanhã para acordar e ir para a escola. – comentou Emma fazendo pequenas cócegas na barriga de sua filha mais nova, que riu divertida Doce para quem vê, mas não conhece essa praguinha e sua irmã!

Florence ficou toda apaixonada pela cena a sua frente – Lana é muito fofa. – comentou.

Júlia riu – É fofa porque não é com você que ela mora. – brincou – Porque ela é uma praguinha. – beijou a bochecha da irmã.

— Vamos morena. – comentou Emma rindo Hora de voltar para a fazenda! — Jú, se cuida. – sorriu para a filha. Despediram-se e Júlia viu suas mães e irmã sumirem no meio das pessoas no corredor. Ela voltou para começar a arrumar suas coisas.

— Não fique assim, todo começo é um pouco ruim, mas quando você perceber já conseguiu tirar de letra tudo isso. – sorriu e voltou para sua cadeira na escrivaninha – Lana é sua única irmã?

— Não. – respondeu Júlia sorrindo, assim que começou a tirar sua roupa de dentro da mala e deixando sobre a cama – Tenho mais sete irmãos, eu sou a mais velha.

— Sete? – questionou cheia de espanto.

— Sim, a Lana é a mais nova de todos. – respondeu – Depois de mim, vem o Henry, o Thomaz, a Lucy, os monstrinhos gêmeos George e Benjamin, e as praguinhas gêmeas Jennifer e Lana.

— Família grande, acho muito legal. Eu venho de uma família pequena. – comentou Florence incrédula por sua colega de quarto ter tantos irmãos – Meus pais, eu e meu irmão mais novo.

— Na realidade a minha família não é só isso, ela é gigante. – riu e olhou para sua colega de quarto – Mas não se preocupe que com o tempo vou te contando sobre isso. – piscou e as duas garotas continuaram conversando tranquilamente se conhecendo mais, enquanto Júlia ia arrumando suas coisas e Florence tirava um tempo de descanso antes de voltar para seus estudos.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Finalmente a famigerada conversa entre Júlia e Meghan e elas resolvendo que continuarão namorando mesmo a distância e com todos os percalços que possam surgir no decorrer do tempo. Claro que tinha que ter todo o drama da notícia para a família sobre continuarem namorando. Conversas emocionantes entre irmãos. A despedida na hora da partida para a universidade.

Conhecemos mais um apelido de Ruby e uma pequena história de seu passado na época da universidade. Meghan e Gabrielle engatando uma conversa inicial, indicando que a convivência no quarto será tranquila.

Júlia e Florence também indicando que a convivência será tranquila entre elas, e Regina descobrindo que tem mais uma fã da época que frequentava os tribunais.

Bom, finalmente eu consegui fechar esse ciclo com Meghan e Júlia. Agora voltaremos a nossa programação normal kkkk e voltarei a focar no nosso amado casal, claro que sem deixar de comentar como as outras crianças estão indo, ou mesmo Meggie e Jú, mas o foco principal será Emma e Regina.

Já sabem, se puderem fiquem em casa, mas se precisar sair, sempre de máscara! Lavem sempre as mãos e álcool em gel se não tiver como lavar as mãos! Se cuidem e protejam quem vocês amam!

Até a próxima!