Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 131
Capítulo 131 - Conhecendo os Bebês


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas do meu coração, estou de volta!

Eu havia programado para postar esse capítulo apenas dia 06/02, mas como acabei antes, estou antecipando a postagem. Mas porque eu iria somente postar nesse dia (sim, iria ser um pouquinho má com vocês)? Resposta abaixo:

Sabem que está aniversariando? Não sou eu xD E sim a história, no dia 06/02 ela estará completando dois aninhos de vida, mas parece um mulherão kkk Brincadeira a parte, eu estou feliz pela história ainda estar viva depois de tanto tempo, e muito feliz por todos que começaram e pararam, pelos que começaram e continuaram, os que começaram em andamento e ainda estão firmes, e ao pessoal que acabou de começar a acompanhar. Feliz por continuar escrevendo e por saber que vocês adoram a história dessa família muito unida. História essa que já nos fez morrer de raiva, de ansiedade, de tristeza, de alegria, de riso, de amor e deixar as lágrimas rolarem nos mais emocionantes momentos dessa família que guardamos em nossos corações e que nos trazem muita felicidade. Desejo ainda muitos mais capítulos (pois ainda tenho muitas coisas para escrever) e que venham mais anos.

Já disse algumas vezes, quando comecei a escrever a história não imaginava que ela fosse tão longe em termos de capítulos. Teve algumas curvas que saíram da reta que estruturei da história, mas acredito que só vieram para acrescentar. Muitos dos capítulos saíram na escrita do capítulo anterior, mas sempre mantendo a estrutura do que havia planejado. Personagens que fariam apenas participações especiais, mas que acabaram sendo permanentes. Tivemos alguns shippes que surgiram na história que não estavam previstos, mas que caíram como uma luva na história. Que venham mais imprevistos que acrescentem na história e mais capítulos dessa nossa amada e imensa família.

Um imenso obrigado a todos que de qualquer forma, seja comentando, favoritando ou apenas lendo sem se manifestar fazem parte da criação dessa história! Muito obrigada mesmo!

Aproveitando o gancho quem tiver alguma ideia, me diga, quem sabe eu não consiga encaixá-la na história e assim a enriquecendo mais ainda, claro que também aceito ajuda para os nomes dos capítulos que estão sem e os futuros que serão postados!

AVISO: “Este capítulo contém cenas em que você pode querer chorar, evite ler em público se não quiser pagar mico!” - Não sei se é preciso, mas por via das dúvidas, aqui está o aviso.

Bom chega de blablabla e vamos ao que interessa! Ah no final temos mais uma surpresinha ;) Presentinho de aniversário!

Boa leitura e divirtam-se!



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— Entrem! – Emma abriu a porta da casa assim que escutou baterem. Em seus braços estava Benjamin – Vocês chegaram na hora. – sorriu.

— Olha que coisa mais linda. – disse Kiki, sendo a primeira a entrar na casa, assim que viu o bebê – Esse é quem? – quis saber já encantada pela criança.

— É o Benjamin. – respondeu a loira vendo Vincent entrar logo em seguida, e abrindo um sorriso para o filho.

— Ainda bem que chegamos na hora. – comentou Zelena antes que Emma pudesse fechá-la Ai sim, o pessoal chegando todo ao mesmo tempo! — Olha que coisa mais fofa. Oi bonitinho. – brincou com a criança que ainda estava acordada. Violet olhou o bebê e sorriu, Emma indicou a sala de tv onde estavam as crianças. A menina mais que rapidamente saiu em disparada na direção do cômodo.

— Eu havia passado no berçário quando os três meninos nasceram, mas não consegui ver muito. – comentou Elsa sorrindo também. Depois de ver para onde sua filha foi com a máxima urgência Sei que esses três meninos deixou muitos corações apaixonados naquele berçário!

Anna e Kristoff entraram logo em seguida – Olhe Kris, imagina quando formos nós que tivermos um bebê? – disse encantada pela criança.

— Calma que você ainda tem mais dois lá dentro para conhecer. – brincou Emma. Segurou a maçaneta da porta para poder fechá-la.

— Quase! – brincou Aurora colocando a mão na porta impedindo que Emma a fechasse – Deu tempo.

— Desculpe, eu não vi vocês. – comentou Emma abrindo a porta novamente para dar passagem para a engenheira, Daniel e Killian.

— Por meus vasos! – exclamou Daniel maravilhado com o bebê que Emma segurava – Eu sabia que os meninos seriam bebês magia. Olha que coisa mais linda. Quem é essa fofura?

— É o Benjamin. – respondeu Emma orgulhosa – Diga oi para os tios, Ben.

— Ele é a sua cara. – comentou Killian surpreso com a semelhança entre mãe e filho Eles têm o meu queixo e meu charme, mas espero que sejam educados e inteligentes como minha morena!

A loira riu – George também é muito parecido, mas Ben é mais a minha cara. – brincou Mas não tem como confundir! — Mais alguém para chegar? – brincou mais uma vez olhando para fora da casa.

— Nós! – respondeu David, empurrando o carrinho com Neal e Mary ao seu lado. Emma sorriu e manteve a porta aberta para que eles pudessem entrar Vamos entrando que logo o jantar começa! Uma vez não faltando mais ninguém, já que Giuseppe, John e Glinda já estavam na fazenda desde o almoço. Além da família Rizzoli.

— Acho que podemos começar a festança. – brincou a loira assim que fechou a porta e Rapaz prontamente se postou ao seu lado E você sempre ao meu lado, meu fiel escudeiro!

— Adoro, principalmente porque quero pegar no colo essas três fofuras em forma de bebês. – disse Daniel ao se aproximar de Emma, que ainda tinha Benjamin em seus braços – Vem com o tio, Ben. – pediu o paisagista estendendo as mãos na direção da criança. Emma sorriu e entregou o menino para o amigo – Ai que coisa mais gostosa. – disse olhando atentamente para o menino – Ele é todo sorridente.

— Sim, ele é mais sorridente que o irmão. – comentou Regina aparecendo com o outro bebê no colo, estava terminado de trocá-lo – Já esse aqui é mais sério.

— Ae que um é a cara do outro, que são a cara de Emma. – comentou Anna já ao lado de Regina Mas espero que eles tenham alguma coisa minha! Ah não se preocupe Regina, com certeza eles terão! — Posso pegá-lo? – pediu ansiosa. A morena apenas assentiu com a cabeça, entregando o menino para a amiga – E você, como se chama? – perguntou sorrindo carinhosamente.

— Esse é o George. – respondeu Regina olhando feliz para seus meninos – Sim, demos o nome em homenagem ao pai de Emma.

— Me chamaram? – brincou o pai da loira assim que entrou na sala, acompanhado de Cora. Logo atrás veio Ângela com Eugenia e Péppe.

— Não pai. – respondeu Emma entrando na brincadeira – Estávamos falando do George mais bonito.

— Então sou eu mesmo. – brincou novamente Ah esse meu pai, mas agora vou falar alo e ele irá parar a brincadeira!

— Eu estou falando do banguelinha ali. – apontou a loira divertida com a cara que seu pai fez.

— Tudo bem, você estava falando o pequeno George. – o pai de Emma por fim desistiu da brincadeira, mas tinha um sorriso em seus lábios Bingo! E golpe baixo isso, não Emma? Só um pouquinho! Você não tem jeito!

— Não está faltando uma fofura? – perguntou Zelena olhando para os dois meninos, e não via a hora de poder pegá-los no colo.

Kathryn entrou com o filho no colo – Não falta mais, pois ele acabou de chegar. – disse escutando a pergunta da ruiva.

— Por meus vasos! Essa fazenda só produz boy magia mesmo. – disse Daniel piscando para o namorado, entregando Benjamin para Elsa, que o acolheu maravilhada.

— Quero só ver quando começar a vir as meninas. – brincou Zelena olhando para o menino no colo de sua namorada.

— Serão todas um arraso também, assim como os irmãos. – comentou Daniel olhando para George que ainda estava no colo de Anna – Sem contar que os irmãos e irmãs já são um arraso.

— Escutando assim, até parece que o Neal é uma aberração. – brincou Mary fingindo estar chateada.

— Claro que não! – Daniel disse rapidamente – Ele é o único de cabelo preto entre um mar de loiros e morenos. Ele é único e lindo como os pais.

— Acho bom mesmo achar meu filho lindo também. – brincou Mary mostrando a língua.

— Ai prima, deixa de ser chata. – comentou Killian em tom de brincadeira – Nosso afilhadinho é muito fofo também.

Os olhos de todos ali se abriram surpresos – Se Daniel já tem um afilhado, acho muito justo ele sair da disputa para ver quem será as madrinhas dessas três fofuras. – comentou Aurora que agora segurava George em seus braços.

— Sim, eu também concordo. – comentou Anna agora segurando Samuel.

— Nem sonhando diva irmãs, eu ainda estou no páreo para a vaga. – comentou Daniel esperando sua vez de segurar George.

— Sim, afinal você já tem o Neal de afilhado, nada mais justo que você, caso seja, convidado, recuse, e nos dê a chance de sermos madrinhas também. – comentou Elsa olhando Samuel nos braços de sua irmã.

Emma parou ao lado de Regina e Ruby, que tinha ao seu lado Kathryn – Será que tiramos as crianças? – perguntou a loira receosa, ao ver que a “discussão” estava começando a ficar acalorada, enquanto os três bebês iam passando de colo em colo Fica de olho Emma! Com certeza ficarei mente!

— Ficaremos de olho, e qualquer menção deles protagonizarem um UFC igual ao do nosso casamento, jogamos água fria, mas claro, antes tiraremos nossos filhos dali. – sugeriu Kathryn dobrando a manga inexistente de sua camiseta, se preparando para a luta.

— Vocês já escolheram alguém para ser madrinha do Sam? – quis saber Regina com os olhos atentos em seus dois meninos, e principalmente em qualquer movimentação estranha deles Fique atenta mesmo! Ficarei mente!

— Ainda não. E vocês? – quis saber Ruby com o olhar atento em Samuel.

Regina suspirou – Ainda nem conversamos sobre isso. – respondeu – O clima parece que está esfriando. – comentou ao ver a discussão diminuir Que bom, assim não precisaremos tomar medidas mais drásticas!

— O que está acontecendo? – perguntou Ângela ao aparecer na sala. Ela junto com Eugenia e Cora foram para a cozinha terminar o jantar.

— Eles estão conversando sobre quem será madrinha dos bebês. – respondeu Regina olhando rapidamente para a mulher mais velha, voltando sua atenção aos seus filhos Mais para discutindo, não Regina? Sim, mente, mas vamos abafar isso!

— Entendo. – comentou Ângela – E eles chegaram a um acordo? – brincou, pois sabia que a escolha dos padrinhos dependia e muito, ou somente da escolha dos pais.

— Que Daniel por já ser padrinho de Neal, está fora da disputa pela vaga de padrinho dos bebês. – respondeu Emma, com um sorriso de lado Eles se esqueceram que ainda tem Jú e Tom ainda não tem padrinhos! Então diga isso a eles! Ainda não mente, vamos ver como as coisas ficam, pois ainda a morena e eu não conversamos sobre os padrinhos de ninguém!

— Ele aceitou? – perguntou Ângela surpresa.

— Claro que não. – respondeu Ruby – Por isso a discussão acalorada.

— E como acabamos com isso? – quis saber a cozinheira.

Emma olhou para Ângela – Talvez anunciando que o jantar está pronto? – sugeriu sem muita opção Afinal comida gera paz, e é o que estamos precisamos!

Ângela sorriu travessamente – Crianças! – falou alto o suficiente para ter a atenção de todos – O jantar acabou de ser servido. – anunciou Ângela sorridente. Emma e Regina seguraram cada uma, um bebê, enquanto Ruby se encarregou de Samuel – Eu vou chamar as crianças. – informou Ângela já indo na direção da sala de tv.

Todos estavam sentados a mesa, as crianças não demoraram também para se juntar a eles. Emma aproveitou para colocar George no carrinho para cuidar das mamadeiras, ao escutar Benjamin começando a reclamar de fome Logo eles irão reclamar de fome, já que são meus filhos!

— Vamos lá meu pequeno esfomeado. – brincou a loira ao pegar o menino do carrinho, uma vez que Regina já estava amamentando Benjamin Não disse! Samuel que não quer ficar para trás também anunciou que estava com fome, assim Ruby o amamentou juntamente com os primos. Emma e Regina trocaram os bebês para continuarem amamentando. Emma cheirou no ar e sentiu algo diferente Se me lembro bem, a deliciosa comida de Ângela não tinha esse cheirinho estranho! — Acho que temos uma situação número dois aqui. – comentou cheirando o bebê em seus braços Ow e pelo visto está bem recheado! — Hora de trocar fraldas. – informou assim que colocou a mamadeira sobre a pia e saiu na direção do banheiro do andar de baixo.

Regina sorriu e depois que terminou de amamentar o outro filho, sentiu também que ele havia sujado a fralda E eles funcionam ao mesmo tempo! — Mas vocês fazem tudo junto, não? – brincou ao se levantar – Eu já volto. – anunciou indicando que iria trocar a fralda do menino.

— Ah pelos botões da minha avó! – exclamou Ruby ao terminar de amamentar o filho, e sentir um cheiro diferente – Olhe Sam, George e Ben que são gêmeos, você nasceu no dia seguinte, então não precisa fazer as coisas juntos com os dois. – brincou – Situação número dois também. – disse e foi atrás de Emma e Regina.

— Acho que acabei de desistir de ter filhos e ser madrinho. – comentou Daniel depois de tomar um gole do vinho, já que os pratos da mesa eram apenas massas. Nhoque com e sem recheio, rondelli e macarronada.

— Maravilha! – exclamou Zelena – Você está agora oficialmente fora da disputa. – brincou, mas havia um fundo de verdade na brincadeira.

— Ser padrinho de Neal já está de bom tamanho. – se conformou voltando a se deliciar na macarronada. Outra que estava se deliciando era Violet, a menina tinha paixão por macarronada.

Alguns minutos depois as três mulheres juntamente com os bebês estavam de volta a mesa, se juntando a conversa leve que pairava e a comilança – Por meu chapéu! – exclamou Emma assim que garfou uns dois nhoques e os levou a boca – Estava com saudades desse nhoque recheado. – mais uma garfada generosa na massa Com muitas saudades mesmo!

— Se quiser posso dar a receita e ensinar como fazer. – sugeriu Ângela tomando um gole de vinho – Afinal estamos em família. – sorriu.

— Emma, aproveite a chance que dona Ângela não é de ficar oferecendo a receita de seus pratos. – comentou Jane degustando sua garfada de rondelli recheado com frango ao molho branco e muito queijo.

A loira sorriu – Eu posso até pegar a receita, mas com certeza não saberei fazer. – respondeu – Afinal eu só sei fazer chocolate quente. – sorriu travessamente.

— Não tem problema. – Regina se inseriu na conversa – Pode passar para mim que eu sei cozinhar, claro que as receitas não ficarão iguais as suas, mas vale a tentativa. – disse se deliciando com o nhoque recheado.

— Receitas se seguidas corretamente, não tem como darem errado. – comentou Maura ao terminar de tomar um gole de seu vinho.

— Isso não é garantia, Maura. – discordou Glinda – Uma vez fui inventar de fazer um bolo, e fiz como a receita pedia e quando vi, meu bolo havia explodido dentro do forno.

— Provavelmente o problema não foi você ter seguido a receita, e sim quais eram as quantias escritas nessa receita. – falou Maura depois de dar uma garfada em seu rondelli.

— Seguindo ou receita, eu ensinarei algumas. – sorriu depois de tomar um gole de vinho – Amanhã eu passo todas as receitas que eu sei.

— Eu também quero. – adicionou Eugenia – Afinal sempre é bom aprender coisas novas para se fazer.

— Eu não vou ficar de fora também. – Cora comunicou assim que engoliu o pedaço de rondelli que estava comendo.

— Aula de culinária com Ângela, eu também não perco por nada. – informou Kiki.

— Pena que amanhã entro a tarde no plantão. – Elsa suspirou derrotada – Pelo menos me passe a receita da sua macarronada. – pediu – Violet é apaixonada por macarronada.

— Tudo bem, depois eu passo a receita. – Ângela piscou, sorrindo satisfeita ao ver a menina se deliciar com o prato que ama – Quem vier amanhã eu ensinarei alguns truques e receitas famosas. – tomou um gole de seu vinho.

— Praticamente um programa de culinária. – brincou Ruby sorrindo – Eu também até gostaria de aprender algo, mas como não gosto de cozinhar, não nem arriscar.

— Cozinhando com Ângela Rizzoli! – anunciou John entrando na brincadeira.

— Imagina o cenário? – comentou George também entrando na brincadeira – Com certeza colocaria Martha Stewart.

— Quem? – perguntou Daniel, curioso.

— Martha Helen Stewart... – começou Maura - é uma apresentadora de televisão e empresária, porém em Março de 2005, teve sua prisão decretada por envolvimento com fraude e outros possíveis crimes relacionados a investimentos na ImClone Systems, uma companhia de biotecnologia dirigida por um amigo. – parou assim que terminou sua explicação.

— Ow ela parece ser bem vivida. – brincou Daniel depois de escutar tudo. Maura apenas sorriu.

A conversa continuou descontraída até terminarem de comer, para logo em seguida comerem a sobremesa, que era sorvete de chocolate para a alegria da criança e de algumas crianças crescidas. Depois que as crianças terminaram, pediram para voltar para a sala e continuarem brincando.

Sobrando ali somente os adultos, que apenas continuaram bebendo vinho, suco e jogando conversa fora. Daniel como sempre fazendo suas tiradas – Mas me contem como foi a primeira vez que vocês trocaram as fraldas dos bebês magias. – pediu o paisagista.

— Nossa, nem me lembre... – comentou Emma com a mão espalmada em seu rosto Que coisa horrorosa foi aquilo! — Foi tenebroso, a segunda foi melhor.

— Melhor? – repetiu Regina olhando sua esposa Ela está de brincadeira, não? — Se aquilo foi melhor, nem quero saber quando você ficar “master” em trocar fralda.

— Quero saber de tudo. – pediu Daniel sorrindo, assim que tomou um gole de seu vinho. Regina apenas sorriu se preparando para começar a contar.

Não fazia nem quinze minutos que os gêmeos haviam mamado e estavam em seus berços – Ah morena, eu ainda não acredito que eles estão aqui conosco, e nós estamos em casa. – disse Emma visivelmente encantada com os filhos. As outras três crianças estavam na escola.

— Eu também não acredito. – disse se sentando na poltrona novamente para descansar – Agora é só esperar os nossos outros três filhos e teremos a nossa primeira noite com todo juntos.

— Sim. – sorriu radiante a loira. O momento fora quebrado por um choro vindo do berço de George – Hey, o que foi garoto? – disse ao se aproximar do berço – Fome de novo? – pegou o filho no colo – Será fome? – perguntou olhando para sua esposa – Mas ele não acabou de mamar?

Sorrindo Regina se levantou e foi até os dois – Não, Emma. – respondeu pegando o filho do colo da esposa – Cheire. – ergueu.

Emma encostou o nariz onde estava a fralda do filho – Ow! – exclamou franzindo a cara – Que cheiro é esse? – puxou a gola da camiseta que estava por baixo da camisa xadrez – Ele estava cheirosinho até agora a pouco.

— Bebês são assim, em um minuto cheiroso, no outro todo fedidinho. – disse sorrindo ao colocar o filho deitado no colchãozinho do trocador, começando a abrir o body que estava usando – Vem aqui para você aprender a troca fralda. – chamou.

Ainda com a camiseta em seu nariz a loira se aproximou do trocador – Ok, vamos ver como se faz isso. – falou confiante – Não deve ser tão pior que as cacas dos cavalos. – comentou e assim que Regina abriu a fralda – Ow por meu chapéu! Isso é pior que caca de cavalo. – se controlou para não colocar nada para fora.

A advogada apenas balançou a cabeça, com um sorriso nos lábios – Primeiro, temos que tirar a fralda suja... – comentou e foi falando cada passo – E agora ele está limpinho e cheirosinho novamente. – colocou o filho no berço, e no segundo seguinte Benjamin começou seu choro.

— Caquinha também? – questionou Emma olhando para sua esposa, que apenas assentiu com a cabeça – Houston, temos uma situação número dois aqui novamente. – brincou com a voz como se viesse através do rádio.

— Você quer tentar ou quer que eu faça mais uma vez? – quis saber a morena pegando o outro filho, que estava chorando, mas estava rindo da esposa.

Emma respirou fundo, com a camiseta ainda em seu nariz – Não, eu vou tentar, mas você fique ao meu lado para ver se estou fazendo certo. – pediu ao mesmo tempo em que Regina deitou o menino no trocador – Bom, vamos lá. – soltou a respiração – Primeiro abrir o body... – murmurou abrindo a roupinha do menino – Agora a fralda, certo?

— Sim.

— Ow pelos botões de Eugenia! – exclamou – O que esses meninos comem? – perguntou incrédula.

— Apenas leite. – respondeu Regina sorrindo do drama que sua esposa estava fazendo – Se apenas leite você já está fazendo todo esse escândalo, quero ver quando eles começarem a comer papinhas. – brincou.

— Tem como ficar pior? – perguntou surpresa.

— Emma, nós ainda ajudamos nossos dois meninos mais velhos a se limparem. – comentou Regina vendo atentamente sua esposa.

— Ah morena, não sei te explicar o porque, mas a situação é diferente. – tirou a fralda e começou a limpar o filho – Argh!! Por seus saltos!! – foi limpando e fazendo todas as etapas – Está tudo certo? – perguntou faltando somente fechar a fralda.

 - Sim, agora só fechar a fralda. – comentou Regina aprovando o trabalho de sua esposa.

Emma fechou a fralda – Pronto, meu segundo garoto, limpinho e cheirosinho. – o colocou no berço depois que o fez dormir novamente.

Daniel gargalhava – Ai Diva Sapa Boazuda, não te recrimino, pois não sei como será a minha reação quando tiver que trocar a minha primeira fralda.

— Se você quiser essa primeira experiência Daniel, Neal está pronto. – brincou Mary sabendo que o padrinho pelo menos nesse momento iria recusar.

— Nem em sonhos que troco uma fralda hoje. – brincou ele, mas dizendo a verdade. Mary sorriu e se levantou caminhando na direção do banheiro.

— Me contem sobre a segunda vez. – pediu Daniel terminando seu vinho – Pois a primeira vez maravilhosa, a segunda deve ser esplendorosa.

Emma estava com Benjamin no colo. Eles estavam no cômodo que havia deixado de ser o escritório. Regina estava sentada no sofá, apenas olhando para a janela, enquanto George estava deitado ao seu lado. O cômodo estava quase vazio, com exceção dos sofás e uma estante ao canto. Elas estavam pensando em como remodelariam o cômodo.

— Hey que cara é essa? – perguntou Emma a ver o menino que estava em seu colo fechar a cara e como se fizesse força – Ow! Por meu chapéu! – disse assim que sentiu um cheiro diferente – Houston, temos novamente uma situação número dois aqui. – fez sua voz como se estivesse vindo de um rádio.

— Quer que eu o troque? – perguntou Regina se divertindo com aquilo.

— Nah, tudo bem. Está tudo sobre controle. Vamos até o banheiro. – disse Emma levantando seu menino não alto, o fazendo rir. Caminhou até o banheiro, e o deitou no trocador, começando a fazer tudo que havia aprendido com a sua esposa. No momento que abriu a fralda um jato quente que atingiu seu rosto – Ow seu pilantrinha! – exclamou surpresa, tentando desviar, mas inutilmente.

Uma sonora gargalhada foi ouvida, então Emma se virou e viu sua esposa parada a porta, com o outro menino no colo, que ainda dormia tranquilamente – Quer ajuda?

— Você sabia que isso poderia acontecer e não me disse, não é? – perguntou Emma tentando se enxugar e olhando com certa revolta para sua morena.

— Ops! – brincou ainda sorrindo divertida – Meninos vêm com esse ataque surpresa. – brincou – Você quer que eu o troque?

— Não! – olhou para seu filho que sorria divertido – Agora é questão de honra, Benjamin Swan-Mills. – apontou para o menino, que ainda sorria divertido – E você, fique aqui. – apontou para sua esposa, e no momento seguinte saiu do banheiro, voltando minutos depois – Voltei! – anunciou ao aparecer a porta do banheiro.

— Mas o que? – perguntou Regina em um misto de surpresa e riso.

— Não ria, o momento pediu medidas extremas! – apontou o dedo para sua esposa assim que entrou no banheiro. Emma estava usando um avental que ia do peito até a altura dos joelhos. Luvas amarelas de borrachas usadas para limpeza, em uma mão uma enorme tampa, que era praticamente um escudo, e na outra, um pegador de salada, que mais parecia uma pinça gigante. Em seu rosto aquelas máscaras usadas por médicos e óculos transparente de esquiar – Pronto seu pilantrinha, estou pronta para você e seu jato sacana. – se aproximou de seu filho que ainda ria de sua mãe loira.

— Fabuloso! – exclamou Daniel batendo palmas e rindo cheio de satisfação – Que história maravilhosa. – encheu seu copo com vinho mais uma vez – Prometo que quando criar coragem usarei essa sua tática fabulosa.

— Ah, mas na próxima vou usar aquelas máscaras de proteção facial completa toda transparente, além daquela parte das máscaras de gás no nariz. – brincou Emma sorrindo, então se inclinou e depositou um beijo na bochecha de sua esposa, que sorria Claro que isso é apenas brincadeira, mas nunca se sabe! Com certeza mente, ainda mais agora que estou começando a pegar o jeito disso!

— Mesmo com tudo isso, eu ainda quero “concorrer” a uma vaga de madrinha. – comentou Jane ao terminar sua taça de vinho Ângela com certeza está explodindo de felicidade escutando isso! Ah mente, ela explodirá mesmo quando Jane e Maura derem netos para ela! Fato Emma! — Afinal tudo tem seu lado bom e seu lado ruim.

— Olha depois dessas histórias, sei que não tenho nenhum direito, mas também quero “concorrer” a vaga de madrinha. – disse Kiki encantada com tudo.

— Olha que a concorrência é grande. – brincou Kathryn com o filho no colo.

— Eu sei, mas não tem como não querer participar disso. – comentou Kiki Realmente é impossível não ser contagiada com toda essa loucura que é essa família! Não mesmo Regina!

Assim continuaram conversando até Mary e David anunciarem que estava na hora de colocar Neal na cama, além de já estar tarde. Não muito depois Zelena com Elsa, juntamente com a família também foram embora, mesmo Violet tentar convencer a sua mãe deixá-la dormir junto com os amigos, o que não aconteceu. O pessoal da construtora também se despediu prometendo que assim que pudessem voltariam e dessa vez para fazerem um churrasco. Kiki e Vincent foram os últimos a irem embora.

No dia seguinte, como prometido Ângela deu uma aula de culinária para o pessoal que estava interessado, isso incluiu Giuseppe e Killian na turma. Os dois homens disseram, que sempre é bom aprender alguma coisa nova, uma vez que sempre estão cozinhando também. Depois almoçaram todos juntos novamente e já no meio da tarde a família Rizzoli se despediu e partiu rumo a Boston. Com a promessa de voltarem todos para o churrasco, assim como esperam a visita do pessoal da fazenda lá na cidade.

—SQ-

— Bom dia! – anunciou Korsak entrando na delegacia logo no primeiro minuto de sua nova jornada de trabalho.

— Bom dia xerife. – cumprimentou Damon ao se levantar e ir de encontro ao chefe – Aqui estão os relatórios da semana passada. – mostrou uma pasta ao homem mais velho, enquanto eles caminhavam na direção da sala do xerife.

— Ah deixe em cima da mesa, que daqui a pouco eu dou uma olhada. – pediu ao observar a sala – Eu poderia fazer algumas modificações na sala?

— Claro xerife, afinal agora a sala é sua. – respondeu o oficial indo até a mesa do xerife. Abriu a primeira gaveta e dali tirou o distintivo de xerife e uma arma – Aqui. – entregou os dois ao Vincent.

— Obrigado. – colocou o distintivo no cinto de sua calça, e depois fez o mesmo com o coldre de sua arma – Alguma ocorrência até o momento? – quis saber.

— Nada xerife. – respondeu Damon – Daqui a pouco a senhora Fergunson liga pedindo ajuda que seu gato subiu na árvore e não consegue descer. – riu.

— Isso não é um serviço para os bombeiros? – quis saber Vincent olhando para o oficial.

— Seria, se o bombeiro não tivesse dito que aquilo não era emergência para eles ficarem saindo. – respondeu o homem mais novo com um sorriso nos lábios.

— De certo modo o bombeiro está certo. – concordou Vincent – Mas porque você faz isso?

— Ah xerife, não se tem muita coisa para fazer aqui na cidade, pelo menos é um jeito de distrair do marasmo. – explicou – Bom, vou deixá-lo se acomodar e qualquer coisa é só pedir.

— Tudo bem. – disse Vincent tirando o blazer e o pendurando no encosto de sua poltrona. O oficial apenas assentiu e saiu da sala deixando o xerife sozinho – Bom, vamos dar uma melhorada nessa sala que o antigo xerife tinha um gosto terrível para decoração. – murmurou pegando um caixa de papelão para colocar as coisas que não ficariam mais na sala.

—SQ-

Júlia e Meghan estavam andando pelo corredor de fora da escola conversando tranquilamente, o horário de almoço estava quase terminando. Caminhavam na direção da sala de aula.

— Olha lá! – disse uma das meninas que estava junto no banheiro falando de Júlia e Meghan – As duas sonsas!

— As duas adotadinhas metidas a sabichonas na sala de aula. – falou Amanda, a menina que se auto intitulava líder do grupo de cinco meninas – Sabe, eu não entendo como a senhora Arnold ainda não mandou vocês calarem a boca durante as aulas. Vocês só atrapalham.

— É, porque vocês ficarem perguntando e respondendo toda hora é muito chato. – disse a outra menina que estava ao lado da “líder”.

— Pelo menos a gente sabe pensar por conta própria e não ser uma repetição de um disco riscado. – soltou Meghan olhando para o grupinho.

— Não responde Meggie. Isso só piora as coisas. – pediu Júlia olhando para sua amiga – Deixa-as falarem o que quiserem, não importa.

— Importa sim, Jú. – disse Meghan olhando para sua amiga – Elas não têm o direito de falar isso da gente. Não fizemos nada para elas ficarem pegando no nosso pé.

— Isso mesmo, vamos falar de vocês quando queremos, e o que queremos. – disse a “líder” praticamente cuspindo sobre elas.

— Já que quer falar de nós que fale certo. – Meghan devolveu – Vamos falar de vocês quando quisermos e o que quisermos falar. – corrigiu. Amanda ficou vermelha de raiva.

— Meggie!- pediu Júlia – Não continue.

— Mas Jú!

— Isso mesmo escute a sua amiga imbecil e eu falo do jeito que eu quero. – cuspir raivosa a menina olhando com raiva para as duas meninas.

— Ela não é imbecil! – retrucou Meghan novamente, mas Júlia segurou a mão de sua amiga e começou a puxá-la para longe do grupinho.

— Além de imbecil é adotada! – soltou venenosamente, mas viu que Júlia nem ligou para o que havia dito e estava de costas para ela. Aquilo a deixou furiosa – Não fique de costas para mim. Eu estou falando com você, sua adotada imbecil. – empurrou Júlia pelas costas, fazendo a menina cair, pois não estava esperando por isso.

— Jú! – Meghan se ajoelhou ao lado da amiga – Você está bem?

— Só dói o meu joelho. – olhou e viu que estava com um pouco de sangue, pois havia ralado no chão áspero – E a minha mão. – viu que também estava ralada devido a queda. Seus olhos úmidos pelas lágrimas.

Meghan se levantou furiosa – Quem você pensa que é? Para ficar empurrando as pessoas? – disse ao se aproximar do grupo. Amanda empalideceu – Você não tem direito de ficar nos xingando e muito menos de nos machucar. – empurrou a menina com toda a força que tinha, e a fez cair sentada no chão. O grito que a Amanda soltou acabou chamando a atenção das pessoas que começaram a se aglomerar ao redor delas.

— Você não pode fazer isso comigo. – Amanda tentou se levantar, mas Meghan a impediu comas duas mãos sobre os ombros da menina.

— Posso sim, pois você começou isso. – a empurrou contra o chão novamente.

Amanda olhou com raiva para Meghan – A imbecil e a selvagem. Só podiam ser mesmo adotadas, pois nem os verdadeiros pais quiseram vocês.

Aquilo fez a raiva dentro de Meghan explodir de vez – Você vai ver o quanto eu sou selvagem... – rosnou entre os dentes e avançou para cima da menina no chão, mas antes que suas mãos chegassem a tocar em Amanda, Meghan fora impedida por par de braços do inspetor de aluno.

— Senhorita Lucas-Midas, contenha-se. – pediu o homem segurando a menina. Olhou ao redor – Vocês andando que o show acabou. E rápido. – bradou seriamente e no segundo seguinte estavam apenas Amanda, Meghan e Júlia ali – Vou levar as três para o diretor Hopper, mas antes vou levar a senhorita Swan-Mills até a enfermaria. Só posso dizer que vocês estão encrencadas.

—SQ-

— Fazenda Vale dos Sonhos! – Emma disse ao telefone, assim que o atendeu. Ela estava no escritório novo trabalhando em suas planilhas e relatórios – É ela... Da escola da Júlia? Aconteceu alguma coisa? Ela está na diretoria?... Já estou indo imediatamente. – desligou o telefone, salvou o que estava fazendo e saiu em disparada a procura de sua esposa na casa principal Mas que droga! Jú não é de arrumar briga! Aposto que foram aquelas meninas de novo!

— Morena? – chamou assim que entrou na casa, pela cozinha, e a viu sentada conversando com Eugenia, Cora e Ruby.

— O que foi Emma? – viu que sua esposa estava séria O que aconteceu?

— Acabaram de ligar da escola, parece que Júlia se envolveu em uma briga e foi parar na diretoria. – respondeu – Temos que ir para lá imediatamente.

— Ruby! – chamou Kathryn entrando pela porta do fundo da cozinha esbaforida – A escola ligou. Meghan está na diretoria.

— Vão meninas, que nós olhamos os bebês. – disse Cora. Regina apenas assentiu com a cabeça, juntamente com Emma correram para a pick-up. Ruby e Kathryn correram para o carro da advogada.

—SQ-

Júlia tinha um curativo no joelho, e estava sentada ao lado de Meghan. Elas estavam do lado de fora da sala do diretor, esperando por suas mães. Uma vez que a mãe de Amanda já havia chegado e estava com a filha dentro da sala e conversando com o diretor.

— Jú! Meggie! – chamaram as mulheres assim que viram suas filhas. Emma e Regina se ajoelharam a frente de sua filha, assim como Ruby e Kathryn.

— Você está bem, Jú? – perguntou a loira ao ver o joelho machucado, enquanto Regina olhava a mão ralada Mas que porcaria, te machucaram mais uma vez minha filha! Agora foi físico o machucado Emma! Eu vi mente!

A menina assentiu com a cabeça – Sim, estou. Apenas com o joelho e a mão ralados. – sua voz chorosa. Imediatamente suas mães a abraçaram Ah minha doce menina, não fique assim, nós estamos aqui e tudo ficará bem agora!

— Sshh tudo bem... – disse Regina Sim, tudo bem agora!

— Sim, tudo irá ficar bem. – comentou Emma Estamos aqui!

— E você Meggie, está tudo bem? – perguntou Ruby examinando a menina de cima a baixo.

— Está machucada? – quis saber Kathryn também examinando minuciosamente sua filha.

— Sim, estou bem e não estou machucada. Só machucaram a Jú. – respondeu Meghan, ainda levemente com raiva dos acontecimentos.

— Mas o que aconteceu? – quis saber Kathryn respirando fundo.

— Foram aquelas meninas de novo? – Emma perguntou olhando para sua filha. Júlia apenas assentiu com um aceno de cabeça Eu vou ter uma conversa muito séria com o esse diretor e as mães dessas meninas! Isso não pode ficar assim! E não vai mente!

Antes que as duas garotas pudessem verbalizar uma resposta a porta da sala do diretor se abriu – Senhoras, por favor, o diretor Hopper as esperam. - indicou para que entrassem.

De mãos dadas com suas mães, todas entraram na sala do diretor – Boa tarde senhoras, fico agradecido que puderam vir rapidamente.

— Mas se morassem na cidade nos pouparia mais tempo. – resmungou a mãe de Amanda Sério? Até depois de velha ela ainda surge na minha vida para me atormentar, e agora atormentar a minha filha!

Emma reconheceu a voz de imediato – E se não é a rainha do baile. – murmurou ao se lembrar de seu antigo desafeto escolar Achei que nunca mais teria problema com ela!

— Claro que a adotadinha teria que estar envolvida nisso. Ela e amiga selvagem. – desdenhou cruzando os braços sobre seu peito.

Ruby sorriu travessamente – Olha se não é a drama Queen do tempo da escola, e pelo visto a filha saiu igual.

— Senhoras, por favor. – pediu Archie tentando acalmar os ânimos – Estamos aqui para resolvermos um problema e não criar outro.

— Sim, o problema que as filhas dessas duas criaram. – comentou Mendy ainda em tom de deboche.

— Mentira! – exclamaram Júlia e Meghan ao mesmo tempo – Não criamos nada. Estávamos quietas e ela que veio nos atormentar. – disse a filha de Ruby olhando desacreditada para a menina que começou tudo.

— É verdade! – disse Amanda na maior cara de pau Mas que serzinho petulante! Só podia ser filha daquela louca mesmo Emma! E pelo visto saiu igual a mãe mesmo, como disse Rubs!

— Isso é mentira, e você sabe muito bem. – disse Meghan começando a ficar com raiva novamente.

— Não é o que o inspetor de alunos disse. – retrucou Mendy – Ele disse que viu você partir para cima da minha filha, que estava sentada no chão.

— E fui mesmo, ainda mais depois que ela empurrou a Jú e falou um monte de coisas horríveis para nós. – replicou Meghan, que se acalmou um pouco ao sentir os braços de sua mãe morena ao seu redor.

— Isso sim é mentira! – exclamou Amanda se fazendo de vítima – Eu estava passando e vocês que começaram e depois me empurraram.

— Eu não estou mentindo! – falou Meghan cuspindo fogo e olhando raivosa na direção de Amanda.

— Você está mentindo. – comentou Júlia, seu tom baixo – Nós estávamos indo para a sala de aula, e você com suas amigas começaram a falar coisas horríveis para nós e não revidamos, e quando eu estava de costas você me empurrou. – mostrou a mão e o joelho machucados Eu posso dar uma surra nessa menina por ser tão covarde? Não pode Emma! Mas você pode abraçar e encher a sua filha de beijos! Isso eu irei fazer quando chegar em casa! — Só depois que Meggie foi para cima de você e a empurrou também, que caiu sentada.

— Olha como suas filhas são selvagens. Atacando a minha filha indefesa. – disse Mendy indignada.

— Foi a sua filha que começou tudo! – acusou Emma com raiva Abusada como sempre! Argh que vontade de quebrar a cara dessa mulher nojenta! — E acho que de indefesa ela não tem nada.

— Senhoras! – pediu Archie mais alto que todas – Por favor, vamos conversar e não discutir.

— Com tanto que não venham acusações contra a minha filha, eu até converso. – murmurou Mendy petulante Mas que mulherzinha mais convencida, Regina! E muito mente, mas eu vou colocá-la em seu devido lugar! Adora Regina modo advogada em ação!

Archei soltou um suspiro e fez um gesto com a mão para que Emma não comentasse nada – Júlia, por favor, você pode nos contar o que aconteceu?

— Mas a minha filha já disse o que aconteceu. – Mendy interferiu – Ela disse que estava com as amigas quando essas duas apareceram e começaram a tirar sarro e depois a empurraram. E o que o inspetor disse apenas comprova isso.

— Senhora Turner, eu não posso me basear em apenas uma versão. – comentou Archie, continuou antes que ela pudesse abrir a boca novamente – A história tem várias versões e eu quero escutar a versão de Júlia também. – foi incisivo, a mulher apenas assentiu com a cabeça soltando uma respiração frustrada Muito bem diretor, coloque essa mulher para escanteio! Sim Emma, de preferência lá na arquibancada! — Júlia, por favor, você pode nos contar o que aconteceu?

A menina apenas assentiu com a cabeça – Nós estávamos andando pelo corredor de fora, já tínhamos almoçado e estávamos esperando dar o sinal para voltar para a aula da senhora Arnold, quando uma das amigas de Amanda nos apontou e foi que a Amanda começou a falar coisas horríveis de nós. – fez uma pausa.

— O que ela disse a vocês? – o diretor quis saber.        

— As duas adotadinhas metidas a sabichonas na sala de aula. – Meghan respondeu em uma imitação quase perfeita de Amanda.

— Meghan! – repreendeu o diretor.

— Desculpe. – murmurou.

— Júlia? – ele disse depois de assentir aceitando a desculpa – O que Amanda disse?

— O que Meggie disse... Ela nos chamou de adotadinhas e sabichonas. – respondeu – Meggie ainda respondeu e eu disse que não importava o que ela e as amigas dissessem. – soltou um suspiro – Meggie disse que importava sim, pois elas não tinham o direito de falar assim com a gente. Pedi para Meggie para sairmos dali, foi então que Amanda me chamou de imbecil. Meggie falou que eu não era imbecil, segurei a mão de Meggie para irmos embora para acabar com aquilo. – fez uma breve pausa e percebeu Archie olhando atentamente para Amanda enquanto ela dizia o que tinha acontecido – Quando eu estava de costas a Amanda me empurrou bem forte e eu caí no chão machucando o joelho e a mão. – mostrou os machucados – Foi então que a Meggie empurrou a Amanda que caiu no chão, sentada.

— É, ela deu com a bunda no chão! – disse Meghan sorrindo satisfeita Essa minha sobrinha é demais! E como Emma! ~ Não deveria ficar feliz por isso, afinal não se resolve nada com violência, mas estou aplaudindo a minha sobrinha neste momento! Ela merece, Regina! ~ Eu deveria repreender Meghan, mas estou extremamente orgulhosa da minha filhotinha! Ah Ruby, a menina não nega ser sua filha! ~ Essa menina é meu orgulho, pois eu também teria feito o mesmo! Ops, eu fiz o mesmo que Rê e eu estávamos na escola! Isso aí Katy, ela é filha de vocês! Sim mente!

— Meghan! – exclamou Kathryn repreendendo a sua filha, que apenas encolheu os ombros, mas em seus lábios assim como nos lábios das quatro mulheres tinha um sorriso arteiro Minha menina!

— Meggie disse que ela não tinha o direito de nos xingar e muito menos de nos machucar. – continuou Júlia – Amanda até tentou levantar, mas Meggie a empurrou novamente e ela caiu sentada de novo. Amanda continuou nos xingando. Eu de imbecil e Meggie de selvagem... – soltou um suspiro segurando o choro – Foi então que Amanda disse que só podíamos ser adotadas mesmo, pois nem nossos pais verdadeiros nos quiseram. – respirou fundo, ao sentir suas mães a abraçando Isso não é verdade Jú, e você sabe disso! Sua mãe biológica te amava e muito! Nós te amamos muito também! — Então Meggie com muita raiva foi para cima da Amanda e nessa hora o inspetor Bush chegou.

— Mas que história mais mal contada. – desdenhou Mendy Mal contada é a plástica nesse seu nariz de anão da Branca de Neve! Daqueles bem narigudo, Regina!

— Senhora Turner, por favor. – pediu Archie firme – Não comece.

— Senhor Hopper, posso falar? – pediu Emma. O homem assentiu com a cabeça Vamos lá! — Semana passada minha filha chegou em casa triste, horas depois eu vim a saber do que se tratava a tristeza dela. – fez uma pausa Eu me vi nela, quando eu era criança e passava por isso! — Ela me contou que havia escutado algumas meninas ficarem falando mal dela e de Meggie com as mesmas palavras: adotada e sabichona. Então creio que isso não é tão recente assim. – fez uma pausa – Eu mais que ninguém nessa sala sabe o quanto esses tipos de palavras magoam, e a minha filha e sobrinha não precisam passar por isso se outras pessoas souberem apenas respeitarem o próximo.

— Isso é verdade Júlia? – perguntou Archie a menina – Que já haviam dito isso para vocês?

— Sim. – respondeu em fio de voz.

O diretor apenas soltou um suspiro longo – Senhora Turner, a senhora sabe que a escola tem um regulamente rígido no caso de todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa.

— Sério que você irá acreditar nelas? – questionou a mulher indignada Hey, a minha filha não mente!

— Senhora Turner, Júlia está dizendo a verdade. – comentou o diretor Boa diretor, Júlia não tem porque mentir! — Enquanto Júlia ia contando, Amanda ia tendo reações de culpa, o que faz acreditar que realmente seja verdade a versão de Júlia. Claro, além dos machucados. – fez uma pausa – Ou acha que se sua filha tivesse sido empurrada primeiro, como ela mesma diz, como Júlia teria esses machucados? – fez uma pausa – Júlia me parece uma menina muito sensata para se jogar no chão e se machucar apenas para mentir sobre tudo isso.

— Poderia ter vindo de casa assim? – tentou Mendy Mas com certeza ela não veio, pois cuidamos muito bem dos nossos filhos, sua bruaca! Sim Emma, e quando eles se machucam avisamos os professores!

O diretor negou com a cabeça – A enfermeira me disse que havia cuidado dos ferimentos de Júlia, então não creio que ela tenha vindo assim de casa.

— E não veio mesmo! – Regina finalmente havia se pronunciado Hora de começar a participar da conversa, pois essa mulherinha já me irritou o suficiente! Sim, vamos mostrar para essazinha com quem ela está se metendo!

— Uma coisa eu posso garantir, Júlia não é de agredir ninguém. – comentou Emma É a menina mais doce que já vi!

— Já a amiga não. – murmurou Mendy ainda ultrajada.

Ruby abriu um sorriso arteiro – É que ela puxou a mãe selvagem dela.

— Senhoras, por favor. – pediu Archie mais uma vez – Diante de tudo que foi dito aqui e de acordo com o regulamento de nossa escola, nada mais posso fazer do que suspender Amanda por quatro dias, sem entrar em seu histórico escolar.

— Mas isso é muito injusto! – exclamou a mãe indignada Injusto nada! Acho que ainda é pouco! Emma! Apenas acho mente! Archie levantou a mão para que ela ficasse quieta.

— Amanda está sendo punida de acordo com o regulamento da escola, afinal ela provocou agressões físicas e verbais, e não foi a primeira vez. – disse – Tomarei medidas para que esse tipo de coisa não volte a acontecer novamente, mas se ela reincidir, então isso entrará em seu histórico escolar.

— Por que só a minha filha está sendo punida? – perguntou Mendy – Aquela menina... – apontou para Meghan – Também empurrou a minha filha, e isso também é agressão.

— Sim. – concordou Archie e voltou sua atenção para Meghan – Mesmo que seu ato tenha sido de proteger sua amiga, o empurrão foi um ato de agressão Meghan, e por isso te suspenderei por um dia apenas, que também não irá entrar no seu histórico escolar, a não ser que se repita. – fez uma pausa – Entendido? – perguntou para as mães da menina que apenas assentiu com a cabeça – Eu irei conversar com a senhora Arnold sobre o que aconteceu hoje e pedirei para que ela fique de olho nas meninas.

— E a outra menina, não será punida? – quis saber Mendy.

— Júlia a todo momento não quis brigar, e ainda acabou sendo vítima de sua filha, não tenho porque puni-la. – respondeu Archie sereno, mas seu olhar era enfático Toma essa no meio do peito, sua ridícula! Acho que ela vai dormir com dor no peito por uns quatro dias, Emma! Com certeza vai mente! — Então creio que resolvemos o problema de hoje e os futuros, não?

— Da parte de nossas filhas, o senhor diretor pode ter a certeza que não teremos futuros problemas quanto a esse assunto. – confirmou Regina ao se levantar Pois eu confio em minha filha e sobrinha que não irão arrumar brigas! Mas você não confia na filha dessa mulherzinha, certo? Corretíssimo mente, e por isso já irei tomar minhas providências!

— Sim, iremos conversar com elas sobre o que aconteceu hoje. – enfatizou Kathryn ao se levantar também.

— Claro, afinal as adotadas não fizeram nada, não é? – debochou Mendy assim que se levantou.

Regina e Kathryn fuzilaram a mulher com o olhar – Elas serem adotadas ou não, não é do seu mínimo interesse. – comentou Kathryn com o tom baixo e entrando no modo advogada no tribunal Agora a coisa vai pegar para o lado dessa mala sem alça!

— Por isso que essas...

— Espero que você não termine essa frase. – interrompeu Regina em seu modo advogada no tribunal também Colocando as medidas em prática, modo: on! — E só vou dizer uma coisa, espero que a sua querida filha não mexa mais com a minha filha e sobrinha, porque se eu ficar sabendo, eu acabarei com você. – rosnou entre os dentes.

— Só porque tem dinheiro acha que pode mandar nas pessoas. – comentou Mendy em tom de ironia Eu não sei se dou risada ou apenas ignoro esse argumento frívolo! Eu daria risada Regina, mas acho que no momento não seria tão propicio! Sim mente, eu também faria isso!

Regina deu dois passos a frente, invadindo o espaço pessoal da mulher Regina em modo ameaçadora: on! — Ter dinheiro realmente não me dá o direito, mas você mexer com a minha família me dá todo o direito. – rosnou novamente e viu que a mulher iria falar mais alguma besteira – E espero que realmente você meça as suas próximas palavras, porque eu posso processá-la por coisas que não imagina. – viu o medo nos olhos da mulher, a advogada sorriu de lado – E eu não entro em um tribunal para perder. – olhou seriamente – Espero que eu tenha sido clara quanto a esse assunto, senhora Turner. Estamos entendidas? – quis saber. Mendy assentiu com a cabeça tremulamente Será que ela molhou a calcinha de medo? Não me importo, que ela pode se molhar inteira de medo! — Ótimo! – deu dois passos para trás e se virou para o diretor – Senhor Hopper, como disse quanto a isso nossas meninas não irão mais dar problema, tenha nossa palavra. – fez uma breve pausa – Hoje estarei tirando meus dois filhos mais cedo também. – comunicou.

— Eu confiarei em sua palavra senhora Swan-Mills. – concordou Archie assim que se levantou de sua cadeira – Tudo bem, estão autorizadas a tirar os dois meninos mais cedo hoje.

— Ah senhora Turner, só para constar, se as coisas não pararem eu posso fazer a sua vida um inferno. – comentou Kathryn Minha vez de falar algumas coisinhas para essa boçal! — Afinal Regina e eu somos advogadas, e você sabe do que os advogados são capazes. – sorriu cordialmente.

— Isso é uma ameaça? – questionou indignada.

— De modo algum. – respondeu Kathryn já porta, uma vez que sua esposa e filha já estavam no corredor, depois de se despedirem do diretor – É apenas um aviso, e como Regina disse, não mexa com a minha família e sua vida será bem pacífica. – se virou para o diretor – Senhor diretor, até mais. – saiu da sala encostando a porta.

—SQ-

— Chegamos! – anunciou Emma entrando com a esposa, e os filhos. Ruby, Kathryn e Meghan logo atrás.

— Estamos aqui na cozinha. – veio a voz de Cora. Assim que chegaram os netos foram abraçadas pelas avós. As mulheres contaram tudo que havia acontecido e o resultado.

— Acho que merecemos uma caneca de chocolate quente, o que acham? – Emma perguntou olhando, principalmente, para as duas meninas Hoje todos merecem!

— Sim! – disseram as crianças sorrindo – O meu com canela. – pediu Júlia e Henry Esses dois sabem o gosto bom da vida! Canela não é tudo na vida, Emma! Mas que dá um sabor a mais, você não pode negar mente! Nisso eu concordo com você!

— O meu sem canela. – falou Meghan.

— A gente vai poder sair mais cedo da escoia todo dia? – perguntou Thomaz esperando seu chocolate quente sem canela Ah meu pequeno príncipe, que você nunca perca essa sua ingenuidade! Mas ele irá crescer Regina! Sim, mas que ele continue tendo um bom coração!

— Não! – respondeu Regina sorrindo para o filho Hoje foi um dia atípico!— Somente hoje, amanhã horário normal. – terminou de responder quando George deu sinais de estava com fome – Vem aqui meu pequeno glutãozinho. – pegou o menino e imediatamente Emma tirou da geladeira duas mamadeiras.

— Já estou esquentando.  – informou a loira ao colocar os dois frasco dentro do micro-ondas – Porque logo Ben também irá reclamar de fome.

— O guloso do Sam não ficará atrás. – comentou Ruby sorrindo e já trazendo o carrinho para perto de si. E não deu outra, segundos depois Benjamin começou a chorar de fome. Emma terminou os chocolates colocando uma caneca a frente de cada criança, assim como uma para si. Ruby e Regina, e foi pegar Benjamin no berço. Eugenia havia feito café para os demais. No minuto seguinte foi Samuel reclamando de fome. Ali a família continuou conversando enquanto amamentavam as crianças, até dar a hora do jantar com George, Péppe e John chegando para se juntarem a elas.

 

Cena extra de presente para vocês:

Devaneios de uma mente doida: em um futuro talvez não muito distante (essa cena veio a minha cabeça depois de ler os comentários do pessoal shippando Júlia e Meghan – agora crescidas – Só não sei se fará parte dos capítulos futuros)

 

A chuva caía sem trégua, apesar de não estar forte. A noite já se fazia presente. Júlia andava rapidamente pela rua, sua roupa e seus cabelos todos encharcados – Droga! Droga! – murmurava enquanto não diminuía a velocidade de seus passos apressados. Parou em frente ao prédio que Meghan estava morando, uma vez que havia se formado e se mudado para Boston, onde conseguiu um emprego em uma clínica veterinária. Rodeou o prédio até achar a janela do apartamento da outra morena – Meggie! – gritou na direção da mesma. Júlia também havia se formado, mas estava em seu primeiro ano de residência no Massachusetts General Hospital, o qual havia ido muito bem na prova seletiva, e tinha escolhido fazer residência com os médicos cardíacos. A morena havia se apaixonado a primeira vista pela medicina cardíaca – Meggie! – chamou mais uma vez e mais alto – Vamos Meggie, eu sei que você está aí! – disse – Se for preciso Meggie, eu vou acordar o prédio todo até você me atender.

A nova veterinária estava sentada em seu sofá, e havia escutado Júlia lhe chamar logo na primeira vez – A luz do apartamento de baixo já acendeu. – disse Júlia do lado de fora – Quantos mais apartamentos terei que acordar até você me atender? – Meghan ainda estava em silêncio, sentado no escuro do seu apartamento – Agora a luz do apartamento de cima acendeu. – escutou e por fim soltou um longo suspiro e acendeu a luz do seu abajur. Abriu o vidro da janela.

— O que você quer? – perguntou olhando para Júlia e vendo seu estado.

— Eu preciso falar com você. – respondeu Júlia aflita – Por favor. – suplicou. A médica viu que Meghan não falaria nada e continuou – Me desculpa Meggie, eu sei que fui uma idiota ao sair com aquele cara. – começou, mas parou ao ver Meghan entrar e fechar a janela de sua sala – Droga! – suspirou derrotada, esperou e nada da mulher aparecer, então decidiu voltar para casa, deu meia volta.

— Sim, você foi uma idiota. – escutou a suas costas, assim que deu um passo a frente na intenção de ir embora – E agora vai embora? – questionou Meghan com a porta principal do prédio aberta. Ela só não foi morar junto com Júlia assim que conseguiu o emprego, porque a médica ainda morava no alojamento da faculdade. A veterinária estava usando um shorts jeans, chinelo e um blusa de frio vermelha com gorro do Red Sox.

Júlia se virou imediatamente e correu na direção da amiga – Meggie me desculpe. – pediu. A veterinária não sabia se no rosto de Júlia haviam lágrimas ou era a chuva, mas por fim achou que era a mistura dos dois – Por favor, podemos conversar? – pediu em tom de súplica. Seu cabelo todo molhado, a blusa que usava estava grudada ao corpo, a calça jeans mais colada ainda as pernas, e seu all star vermelho parecia uma piscina de tanta água que tinha dentro.

Olhou para cima e viu que tinha algumas pessoas as olhando – Vem, vamos entrar em conversar em casa. – comentou e deu espaço para Júlia entrar. Meghan havia ficado poucos centímetros mais alta que Júlia, mas diferente de sua amiga, ela mantinha seu cabelo curto levemente bagunçado. Júlia apenas assentiu e sem falarem nada entraram e foram direto para o elevador – Fique a vontade. – falou ao abrir a porta e deixá-la entrar primeiro – Vou buscar uma toalha e uma muda de roupa, pois você está toda molhada e isso não te fará bem. – sorriu, então sumiu na direção do quarto. Júlia ficou no mesmo lugar para não ensopar mais o piso do pequeno, porém aconchegante apartamento – Aqui! – entregou a toalha e uma muda de roupa – Tem um shorts e um blusa de frio também. O banheiro é ali. – apontou a porta no meio do corredor. Júlia sumiu atrás da porta do banheiro, e finalmente Meghan deixou a respiração sair. Caminhou até a cozinha para preparar chocolate quente para elas.

— Hey! – Júlia disse assim que surgiu na sala, seus braços ao seu redor, adorando a sensação da blusa de Meghan em si, mas principalmente do perfume da veterinária que vinha da peça de roupa. Viu Meghan olhando para a janela, com a luz do abajur acesa e duas canecas de chocolate quente sobre a mesa de centro. A veterinária apenas indicou o lugar ao seu lado. Julia sem dizer nada apenas assentiu e se sentou ao seu lado.

— Para tirar o gelado da chuva. – disse entregando a caneca com canela por cima para a amiga.

— Obrigada. – agradeceu e tomou um gole da bebida marrom – Precisava disso. – suspirou e tomou outro gole. Meghan apenas a olhava enquanto tomava seu chocolate quente – Me desculpe, Meggie. – pediu Júlia depois de alguns minutos em silêncio, e sua caneca pela metade sobre a mesa de centro novamente – Eu fui uma idiota aceitando sair com aquele cara. – soltou.

— Você não precisa me pedir desculpas. – comentou Meghan ao terminar seu chocolate quente – Você é adulta e solteira, pode sair com quem bem entender Jú. E não me deve nenhuma satisfação.

— Não! Eu tenho que me desculpar sim, pois eu vi o quanto você ficou triste quando aceitei o convite para sair. – respondeu Júlia olhando para suas mãos – Eu só fiz aquilo... – deixou sua voz sumir.

— Você fez aquilo por que? – perguntou Meghan depois de alguns segundos em silêncio, vendo que Júlia não iria continuar.

Júlia respirou fundo – Porque eu estava com ciúme de você com aquela garota. – respondeu por fim – Sei que eu não deveria me sentir assim, mas eu não consegui me controlar. Aquela mulher todo folgada passando as mãos em você como se estivesse alisando a roupa em seu corpo. – comentou visivelmente enciumada, aquilo fez um pequeno sorriso brotar nos lábios da veterinária – Argh que droga! – resmungou – Eu fico com raiva só de me lembrar daquela lambisgoia e eu não tenho esse direito. – completou soltando uma bufada de raiva.

— Por que você acha que não tem direito? – Meghan quis saber mais uma vez – E só para constar, eu também não estava gostando daquela mulher me tocando como se fosse touch screen. – fez uma pausa e viu Júlia sorrir com o que havia dito – Mas por que você acha que não direito? – perguntou novamente.

— Por que você é minha amiga, e não é direito me sentir assim. – Júlia respondeu baixo.

— Se sentir assim como? – Meghan instigou novamente, querendo saber até onde aquela conversa iria.

— Me sentir confusa, insegura, em dúvida... – foi listando sem olhar para a sua amiga – Perdida sem saber o que fazer...

Meghan olhou para Júlia fixamente – Por que você está me dizendo tudo isso?

— Eu não sei, estou uma confusão só. – respirou fundo – Eu não sei mais o que estou sentindo. Não estou conseguindo mais separar as coisas. – Júlia voltou a olhar para suas mãos em seu colo – Eu sinto algo por você, Meggie, que talvez não devesse sentir, além do que amigas devem sentir. – confessou por fim.

— O que você sente? – Meghan instigou mais uma vez.

— Ai, você e suas perguntas. – resmungou Júlia, mas sorriu ao ver Meghan com um pequeno sorriso – Eu não sei desde quando o meu gostar de você mudou a forma... Do gostar de amiga passou para o gostar de gostar mesmo... E eu fiquei com muita raiva daquelazinha praticamente te esfregando como se fosse um sabonete, e para tentar fazer ciúme, eu acho... Aceitei o convite para sair daquele bolha. – confessou – Mas a minha convicção foi por água abaixo quando vi sua tristeza. – fez uma pausa – Foi impressão minha que te vi triste?

Meghan passou a mão em seu curto cabelo, soltando um longo suspiro – Sabe Jú, desde a época que passamos na faculdade eu sempre gostei gostei de você, mas não disse nada porque iríamos para cidades diferentes e muitas coisas aconteceriam em nossa vida. – começou – Achei que você tivesse percebido que eu gostava e muito de você... – soltou um suspiro – Mas você continuou saindo com outras pessoas mesmo eu estando aqui, então achei que você não queria nada comigo além de amizade, então me conformei e fiquei na minha.

— Ai Meggie, eu só saia com as outras pessoas porque você nunca me deu um sinal de que queria alguma coisa comigo. – confessou a médica – E pensei a mesma coisa, fiquei na minha e continuei como sempre fomos amigas. – alcançou pela sua caneca de chocolate quente e tomou um gole a devolvendo – Fomos bobas, não? – perguntou depois que o silêncio pairou no ambiente.

— Sim, fomos. – concordou Meghan sorrindo para sua amiga – Nós nos gostando e não dizemos nada, achando que nos gostávamos apenas como amigas. – riu mais uma vez olhando para os lábios de Júlia.

— Pois é, fomos muito bobas. – comentou e viu Meghan a olhando intensamente – O que foi?

— Você tem chocolate quente no canto da boca. – respondeu Meghan – Não! – pediu no momento que viu a língua de Júlia iria tirar o chocolate quente – Deixe que eu faço. – ergueu sua mão até a altura do rosto da médica e com o dedão direito tirou o chocolate e imediatamente levou o dedo a sua boca – Chocolate quente com gosto de Júlia. – brincou. A médica apenas observando tudo – Muito bom.

Júlia sorriu travessamente – Eu tenho outro jeito de você saborear chocolate quente com gosto de Júlia. – se insinuou sensualmente.

— É? – murmurou Meghan hipnotizada – Como seria? – conseguiu, com um esforço hercúleo, verbalizar o pensamento.

— Assim. – segurou a gola da blusa de frio de Meghan e a trouxe para perto de si, assim colando seus lábios. O cérebro de Meghan entrou em curto, e demorou alguns segundos para entender o que estava acontecendo, mas quando se deu conta, respondeu ao beijo com muita intensidade. Suas mãos foram imediatamente na cintura da mulher menor a trazendo para mais perto, e passou a língua nos lábios de Júlia pedindo passagem, a qual foi prontamente atendida e intensificou o beijo. As mãos ganharam vida e começaram a percorrer os corpos. As bocas travando uma batalha de dominância e prazer. Continuaram se beijando até finalmente os pulmões clamarem por oxigênio. As duas mulheres ofegantes quando se separaram, mas sorrisos adornavam seus lábios levemente vermelhos devido aos beijos.

— Sabe, gostei mais do seu jeito do que o meu. – brincou Meghan dando um selinho rápido, fazendo Júlia sorrir – E por mais que eu queria ficar aqui apreciando o seu jeito de degustar chocolate quente com gosto de Júlia, precisamos dormir, que já está tarde e nós duas amanhã acordamos cedo para a vida adulta. – e fez menção de se levantar, mas a mão de Júlia a segurou no lugar.

— Mas antes de irmos dormir, como fica a nossa situação? – perguntou.

Meghan a olhou, confusa – Acho que está bem clara, não? – respondeu de volta.  Médica apenas negou com a cabeça. Meghan respirou fundo e disse em tom de brincadeira – Você realmente é filha da tia Emma, oh mulher lenta. – sorriu e salpicou um beijo na bochecha de Júlia ao ver a médica fingir estar brava – Júlia Swan-Mills aceita namorar comigo? – pediu Meghan segurando as duas mãos da possível namorada.

— Quero! Aceito! – disse Júlia sorrindo, tirou suas mãos das de Meghan e as colocou no rosto de sua, agora, namorada e selando seus lábios em um beijo afetuoso.

— Ótimo! Agora cama! – disse Meghan sorrindo e puxando Júlia consigo.

— Mas que depravada você. – brincou Júlia seguindo sua namorada para dentro do quarto – Mal me pediu em namoro e já está me levando para a cama. – sorriu ao entrar no quarto.

— Eu apenas sugeri, e você aceitou. Então eu acho que a depravada é você. – piscou puxando a coberta e as duas mulheres deitaram com Júlia na concha menor – Ah esqueci de colocar o despertador do celular para tocar amanhã cedo. – se levantou e buscou o aparelho que havia ficado na sala – Pronto! – se deitou novamente atrás de Júlia, depois de deixar o aparelho em cima da mesinha ao lado da cama, e a envolveu em um abraço carinhoso – Agora vamos dormir. – deu um beijo no ombro de sua namorada, e se aconchegou melhor na cama soltando um suspiro de satisfação. Júlia apenas sorriu dentro do abraço ao sentir o beijo em seu ombro, e assim como Meghan se ajeitou dentro do abraço e soltou um suspiro de pura satisfação antes de deixar o sono tomar conta.

Enquanto isso na fazenda...

Ruby estava deitada lendo um livro quando escutou seu celular apitar. Kathryn estava ao seu lado dormindo tranquilamente. A veterinária pegou o aparelho e leu a mensagem imediatamente um sorriso surgiu em seus lábios – Katy, acorda! – chamou mexendo em sua esposa.

— O que foi? – perguntou abrindo os olhos e olhando para sua esposa.

— Veja isso! – entregou o celular para sua loira.

Imediatamente os olhos de Kathryn se arregalaram felizes, pois era uma mensagem de sua filha mais velha que dizia: Julia e eu estamos namorando oficialmente!— Já não era sem tempo essas duas. – comentou feliz entregando de volta o celular para a esposa que encaminhou a mensagem para Emma.

— Com certeza, as vezes Júlia é bem lenta como a mãe loira. – brincou Ruby. Deixou o aparelho de lado e envolveu sua esposa em um abraço – Acho que agora estou pronta para dormir. – brincou salpicando muitos beijos no pescoço de sua loira.

— Dormir é a última coisa que quero fazer agora. – Kathryn entrou não brincadeira e retribuindo os beijos em sua esposa.

Na outra casa...

— Hum? – perguntou Emma ao tirar a cabeça do travesseiro ao escutar seu celular apitar, ela estava deitada de barriga para baixo. Pegou o aparelho e viu que tinha uma mensagem de Ruby – Por meu chapéu! – exclamou alto o suficiente para acordar por completo e acordar Regina ao mesmo tempo.

— O que aconteceu? – resmungou Regina ao perceber a movimentação de sua esposa ao seu lado e a exclamação.

— Veja isso, morena. – pediu Emma se virando para ficar de barriga para cima e entregou o aparelhou para sua esposa.

— Por meus saltos! – exclamou Regina se sentando imediatamente – Nem vou dizer nada dessas duas, finalmente elas se acertaram. – comentou sorrindo devolvendo o aparelho para a esposa.

— Elas demoraram em perceber que se amam. – completou Emma colocando o aparelho de volta no lugar e se deitou novamente – E olha que teve algumas vezes que fui lenta, mas Jú me superou. – brincou, mas tinha um sorriso nos lábios.

— Com certeza ela te superou. – concordou Regina soltando um bocejo e se deitando novamente – Aposto que amanhã Jú nos liga contando a novidade. – se aconchegou no abraço que Emma abriu.

— Ficarei ao lado do telefone esperando por essa ligação. – respondeu Emma dando um beijo no topo da cabeça de Regina e aconchegando em seu abraço, deixando o sono tomar conta mais uma vez.

 


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Notas finais do capítulo

Ta dá!! Enfim tivemos o jantar com quase todos presentes, e as histórias acontecendo. Daniel para variar sendo Daniel como sempre. Ângela bancando a Palmirinha e dando aula de culinária. Vincent finalmente começando seu novo trabalho na delegacia como xerife. Júlia e Meghan tendo problemas na escola mais um vez por causa daquelas meninas idiotas. Emma e Ruby encontrando um desafeto da época escolar. Regina e Kathryn dando o recado logo de cara. Adoro! E mais uma cena extra presente para vocês!

Até a próxima!

Bom, me pediram para colocar fotos de como estaria pensando nos bebês. Eis que achei algo parecido com o que tenho em mente, sintam-se livres para imaginá-los diferentes se quiserem ;)

Ah para a cena extra desse capítulo e do anterior, pensem em Júlia mais como a Gal Gadot, com o cabelo estilo a lá mulher maravilha, e Meghan como a Morena Baccarin (sei que estão muito diferentes de quando crianças, mas a beleza evolui ;) ) – Ah isso é só para terem uma noção de como elas estão adultas, mas se vocês pensarem diferentes sem problema também ;)

http://www.rockandglamour.com.br/wp-content/uploads/2012/09/Morena+Baccarin+Dresses+Skirts+Evening+Dress+4WlK5yy6XfNl-c%C3%B3pia.jpg (primeiro corte da foto - Meghan)

http://www.purepeople.com.br/midia/principe-george-brincou-animado-durante_m1610085 (George, sim penso nele como o príncipe George da Inglaterra)

http://indecisaeu.blogspot.com/2010/06/porque-nao-gosto-de-jogador-de-futebol.html (Benjamin)

https://bebemamae.com/desenvolvimento-do-bebe/cabelo-do-bebe-esclareca-suas-duvidas (Samuel)