Jane e Maura se encontraram em frente a escadaria do tribunal de justiça, abraçaram-se em cumprimento, mas não disseram nada alem de bom dia. Entraram juntas no local, e foram direto para a sala reservada às testemunhas de acusação. A promotora Hillary Dalson estava esperando pelas duas mulheres, a fim de dar algumas instruções à Maura, já que ela iria depôr em alguns instantes.

"Sei que você está apreensiva, doutora, eu sei que o quanto não é fácil lidar ou testemunhar contra esse tipo de coisa" Maura olhava para mulher alta, de cabelos lisos castos, o corte chanel com bico caía lhe bem. A loira estava sentada ao lado de Jane, pra falar a verdade, seus corpos estavam colados, braço com braço. Maura estava de perna cruzada, e Jane tocava a mão carinhosamente em seu joelho, querendo dizer que ela estaria ali pela loira. Hillary continuava dando as orientações para Maura.

"Colocaremos todos eles atrás das grandes para sempre. srta. Isles, você ira depôr contra Diego Montovanni"

A loira apenas assentiu. Ela sabia quem era Diego Montovanni, quando estavam ainda investigando o caso, esse nome surgiu dentro das investigações, o homem alto de origem italiana, liderava a máfia que agia dentro do território americano e caíra nas mãos de Jane. O homem totalmente sem patia. Quando fora pego pelos detetives, Maura estava junto, e ela se lembra até hoje da olhada que recebeu do homem, sentiu-se levemente nauseada.

"Tudo bem."

***

 O advogado de defesa de Diego tentava irredutivelmente safar o homem de suas atrocidades, como se traficar órgãos fosse algo corriqueiro, natural... O pior de tudo isso, para Maura, era saber que hospitais e médicos aceitavam esses órgãos sem saber da procedência deles, a corrupção era tanta que sua cabeça tonteava. Tirar a vida de alguém para dar vida a outra pessoa. Maura defendeu com sensatez e convicção que todos os crimes apontada exclusivamente para Diego, como mandante e líder da máfia, pelo menos em todo o solo americano.

"Não achas que está equivocada, doutora Isles? A senhorita está agindo e fazendo estas acusações por ter sido uma vítima dessa suposta máfia?"

Ele mexeu aonde não devia. Jane cerrou os punhos. Lembrar daquele sequestro, por poucos minutos que fossem, abalava a detetive, mexia com o seu psicológico. Maura se remexeu na cadeira, ficando levemente incomodada com a pergunta.

"Protesto, meritíssima!"

"Negado. Responda a pergunta, doutora Isles."

Maura cruzou seu olhar com o de Jane, seu coração bombeava o sangue e temia que o segurança da porta de entrada daquela sala de audiência oudesse ouvir.

"Não estou dando meu depoimento como vítima do acontecido. Estou aqui para dar meu depoimento sobre a perícia e tudo que envolve os corpos das verdadeiras vítimas desse caso. A ciência não mente. Temos aqui os laudos das perícias e nem todo crime é perfeito, senhor advogado de defesa."

"Sem mais perguntas"

"Palavra com a promotoria"

Hillary levanto-se e começou a falar olhando para o Júri e para todos presentes ali. Sua oratória era impecável, e as provas que seguia na tela ao lado, era capaz de provar que Diego Montovanni era mandante daqueles crimes, na semana passada, todos os envolvidos foram presos e com suas sentenças, aquele era o último dia de julgamento, logo seria dada a cartada final. Mais algumas horas de debate, mais algumas explicações científicas, mais provas apontado Montovanni. Aquele dia parecia não ter mais fim. Ambos estavam exaustos.

Após a pausa concedida pela juíza, a sentença fora dada. Prisão perpétua para Montovanni. 

Enfim os mocinhos ganharam.

***

Jane estava na casa de Maura, ambas deitadas lado a lado no colchão macio da loira. Cada uma em seus pensamentos, aquela semana cheia havia acabado, talvez a paz voltaria a reinar. 

"Estou precisando de umas férias, Jane..."

"Hm... o que está pensando?"

"Eu não sei, talvez poderíamos tirar umas férias juntas, irmos a algum lugar histórico, espairecer..."

"Por que espairecer em um lugar histórico é muito bom"

Maura riu e virou-se de lado para Jane, a morena fez a mesma. Queria perguntar algo para Maura, mas não sabia como abordar aquele assunto que ambas sentissem incomodadas... "Seus pesadelos, já passaram?" a voz da morena saiu mais grave e rouca que o normal, Maura suspirou "Sim, Jay. Você sabe, todo sequestro deixa sequelas, você fica com receio, fica com medo de que aquilo não acabe ali, mas você me salvou, como sempre faz. Obrigada"

Jane abriu os braços para a loira, e essa se encaixou em Jane em um abraço perfeito. Jane encostou o queixo na cabeça da loira.

"Eu sempre cuidarei de você, Maur... Sempre!"