Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 8
Nada que um Ipod não resolva.


Notas iniciais do capítulo

capítulo novo na area.



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Eles tinham conseguido, mais uma tarefa fora para o saco, eram duas e tínhamos oito dias a partir do próximo, eu calculava sete afinal o ultimo dia era o que teríamos de estar lá. Sete dias, três missões.

- Vamos. – ela falou nos levando para perto deles.

 

Nada que um Ipod não resolva

Chegamos lá e percebi olhares curiosos, tanto para ver se eu estava bem, quanto para saber a nova missão.

 

- Bem, vamos a próxima missão. – sinalizou para que eu fosse ao lado dos meus amigos. – Sexto trabalho de Hércules, esse é um pouco mais complicado acredito. Vocês precisam livrar os pântanos perto do lago Estínfalo de certos animais pragas, com penas e bicos de metal. Nunca ninguém soube a origem, mas eu acredito que são de Hefesto.

 

- Tudo bem. – disse.

 

- Bem, Clara já que você está segurando a corça e eu não estou afim de segurá-la, você vem comigo. Até mais ou Adeus, meio-sangues. – disse sarcástica.

 

Ela sumiu, eu olhei pra cima, instintivamente mas nem que quisesse via vestígio algum das duas.

 

- VOCÊ VOLTOU! – disse a Flá me abraçando.

 

- Lógico, você precisa de mim. – sorri retribuindo o abraço.

 

- Sonhe. – saiu.

 

Depois dessas palavras, nos fomos para o tal lago, a visão era conturbada por grande neblina que ficava ali.

 

- Os pássaros atacavam pessoas. – lembrei-me. Por mais que meu padrasto fosse inútil, ele me contava histórias da mitologia, por ser professor do colegial e não ser bom com contos de fadas.

 

- Como? – perguntou Dan.

 

- Bem, essas aves elas atacavam algumas pessoas. – repeti.

 

- Merda! Como vamos fazer isso? – perguntou Flávia.

 

- Sinceramente, to sem idéia. – falou o Liam – Alguém aqui se pronuncia?

 

O silêncio foi absoluto, andamos calmamente até perto do lago, por trás de obviamente alguns arbustos. Os pássaros eram enormes, novamente bichos enormes. Qual o problema em pássaros do tamanho normal?  Pensei. Sinceramente os olimpianos, tinham uma mania de grandeza super inconveniente.

 

- Enormes. – verbalizei minha idéia.

 

- Sinceramente. Posso saber para que aquela coisa precisa das missões? – perguntou a Flávia, o desprezo era sentido em suas palavras.

 

- Primeiro, a pele do leão é ótima para usar de armadura, nada passa. Segundo a corça é uma jóia viva. Terceiro, bem esse eu não sei. – disse o Liam.

 

Era estranho, a Perséfone não fazia nada sem uma segunda intenção. Na primeira eu achava que era pelo bem da cidade... não era e na segunda eu pensava que ... Bom eu não pensava absolutamente nada.

 

A noite já estava chegando, decidimos acampar o mais longe possível dali, seria desconfortável, para não dizer outra coisa, dormir com certos animais por perto. Fomos para o lado oposto dos pântanos, acredito que estávamos numa ilha, pois montamos acampamento na beira da praia. Íamos dormir com a areia fofa e em cima das mochilas não havia muitas opções, tinha duas trocas de roupas ainda. Os meninos foram atrás de madeira, já eu e a Flá, fomos tomar um banho no mar mesmo. Estávamos de biquíni por baixo, então não houve problema algum.

 

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

 

Por mais tenebroso, por mais terrível que fosse o lugar, ele sempre tinha um por do sol. Minha hora favorita do dia, simples assim, pode até ser por causa do meu pai, mas acredito numa filosofia maior. O por do sol nos diz que o dia acabou, por mais fácil ou difícil que foi, acabou. Amanhã é um outro dia disposto para começar do zero, e quando se erra constantemente, é bom demais ter essa possibilidade. Lá se vai o sol, a luz alaranjada já era, agora seria escuridão.

 

- Oi. – disse sentando ao meu lado.

 

- Por que fala como se eu fosse uma estranha? – perguntei.

 

- E não é? – olhei-o confusa – Lola, nos conhecemos a menos de uma semana, mas não impediu que criássemos uma confiança relâmpago, mas mesmo assim somos completos estranhos.

 

- Certo Liam. Você tem razão. – respondi.

 

- Estou sem sono. – mudou completamente de assunto.

 

- Hm... interessante? – arrisquei. Ele riu.

 

- Bom, vamos nos conhecer então. – propôs. Eu assenti. – Pergunte... – falou.

 

- Deixa-me pensar... Da onde é? Irmãos? Idade? – questionei.

 

- Nasci no Canadá, mas moro nos Estados Unidos. Sim, uma irmã, tem 5 anos. Eu tenho 13. – respondeu. – E você?

 

- Sou americana. Não tenho irmão algum. Vou fazer 13. – simplifiquei.

 

- Bom já é um começo... – ele riu. – Vou deixar você dormir.

 

- Não está atrapalhando. – menti, meus olhos já caiam.

 

- Sei que estou. – deu uma piscadela e saiu.

 

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

Amanheceu cedo. Eu queria acabar com aquela missão o mais rápido possível, mas sabia que isso seria meramente impossível. Voltamos ao pântano e havia por volta de dez aves. Teríamos que tirá-las dali, de uma forma ou de outra, seja qual for.

 

- Eu sei que virou clichê, mas ideias? – perguntou Flá.

 

- Como Hércules fez? – perguntou o Dan.

 

- Sinceramente, das outras vezes o “como Hércules fez” só nos atrasou. – falou Liam.

 

- MAS PODIA SER ALGUMA COISA! – berrou o Dan.

 

- Cala a boca. – sibilei.

 

Tarde demais, uma ave que mantinha o ninho ali perto, não me pergunte eu só vi no desespero, ouviu o grito do desesperado e saiu correndo atrás de nós achando que éramos ladrões de ninhos. Começamos a correr, éramos, pouca coisa mais rápida do que ela, dava para fugir das bicadas. Os outros pássaros devem ter achado que éramos arbustos ambulantes, pois nem se moveram atrás de nós. Enquanto corria atirava flechas, mas elas batiam nas suas penas de metal e não acontecia nada.

A seguir, tudo foi rápido demais. O Liam fez crescer uma parreira e amarrou as pernas e o bico do animal. Eu subi em cima de sua cabeça, cheguei perto da veia do pescoço, tirei o punhal da cintura. Menos um, mas não podíamos nos dar o luxo de matar todos, eles teriam de ser espantados, não mortos. Ele se dissolveu como os outros, nada restou.

 

- Eu... matei... um... inocente. – disse entre ofegadas.

 

- Calma, calma passou. – a Flávia me tratou como uma criança, mas era exatamente o que eu precisava.

 

Andamos em volta do pântano sem sermos vistos, eu pensei até em acertar umas flechas, mas não acertaria de tamanha distancia, afinal era necessário para nossa segurança. Ouvimos um baque surdo, deveria ser uma arvore que provavelmente tinha caído por não ter agüentado, mas a ave perto da arvore com o susto saiu voando. As outras não a seguiram, ou não acharam importante ou não ouviram. Seja o que for isso me deu uma idéia.

 

- Liam, suba todos nós, para aquela árvore. – apontei para ela.

 

Ela era enorme, maior que um prédio de quinze andares provavelmente. Estávamos os quatro em cima dela, em galhos, graças aos deuses, mais precisamente Deméter e Ártemis essas arvores eram fortes. Nos suportou com facilidade. Procurava algo na minha mochila, algo que eu não tinha certeza se estaria ali, mas ao ouvir aquela arvore cair um estalo deu na minha cabeça, algo raro. Quando achei o que procurava, meu pé resvalou no tronco e cairia se não fosse o Dan me segurar. Quando achei o que procurava, peguei a mochila do Dan e comecei a procurar.

 

- Hey? O que ta fazendo? – perguntou.

 

- Achei! – falei, levantando um som portátil com entrada para Ipod.

 

- Para que isso? – perguntou novamente.

 

- Tem bateria? – o ignorei.

 

- Tem sim. – desistiu de fazer perguntas.

 

 

Pedi para ele segurar o som enquanto eu pegava o Ipod da Clara. Coloquei no tocador e escolhi uma música de metálica, com bastante ruídos para mim, se a Clara ouvisse diria “Lola, você é com certeza, um crime para a música.” Não é que eu não gostasse de metálica, é que depois de você ouvir todas as músicas possíveis umas quinhentas vezes por que sua amiga vai ter surdez crônica com o volume dos fones, isso irrita profundamente.

 

- Tampem os ouvidos e se abaixem. – avisei.

 

Eles fizeram aquilo que avisei. Apertei play, certamente o barulho era alto o suficiente para todos ouvirem da onde for. Descobri isso graças à “piadas” em alto e bom som dos animais, que assustados, se bem que até eu estava, saíram voando, passando perto o suficiente para nos derrubar se estivéssemos em pé.

 

- Deuses, como soube? – perguntou a Flávia.

 

- Verdade ou Mentira? – propus.

 

- Mentira.

 

- Eu sei de tudo. – fiz falsa cara de orgulho.

 

- Bem agora a verdade. – pediu o Dan.

 

- Você tinha razão, Hércules assustou os pássaros com o barulho de um guizo dado por Hefesto, tudo que eu fiz foi arrumar a história para o cotidiano. – respondi.

 

- Lola, você ligou o fato da arvore caindo com aves assustadas? – questionou Flávia.

 

- Sim, quando aquela arvore caiu. – por intermédio da Clara, quase disse, mas não podia avisá-los disso, Perséfone foi direta. – Eu lembrei da história de Hércules.

 

- Mas, mas como você sabia que tinha o som na mochila do Liam e o que o Ipod da Clara fazia na sua mochila? – pronunciou-se Liam pela primeira vez.

 

- Eu lembrei que a Clara tinha pedido para colocar o Ipod dela na minha mochila, ela também tinha comentado algo como “você já viu o som portátil do Dan? Cabe até o meu Ipod!! Me dá um?” então eu simplesmente juntei tudo. – falei.

 

 

- Boa percepção Lola – disse Clara, que já estava de volta.


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Notas finais do capítulo

quem viu a minha nova fanfic valeu. É HP só pra avisar mesmo asiojiojs

bom o capítulo de hoje ficou mais ou menos, mas me digam o que acharam. bjbj comentem