Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 23
Ninfa "VS" Filha de Afrodite. (2ª temporada)


Notas iniciais do capítulo

vamos ao nosso primeiro capitulo e eu acho que ficou grandinho.



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Depois de um tempo você se acostuma com as aulas para os campistas, são um pouco diferentes mas nada impossível. Elas começam no mesmo horário que as outras e não exigem tanto de ti. Por exemplo, são poucos os campistas que ficam durantes as aulas, todos temos dislexia, então toda a aula é diferente. Não aprendemos espanhol, aprendemos grego. Não temos Educação Física, nesses períodos treinamos em alguma área do acampamento. Fora isso é exatamente igual, a matemática é a mesma, biologia é a mesma...  Infelizmente temos provas e as nossas professoras não são as mais equilibradas, são ninfas. Nada contra elas mas depois de um tempo a voz fininha delas irrita. Continuo com o mesmo gosto pela escola, ou seja, nenhum. Alunos do primeiro ano são sete. Então minha turma tem sete alunos. Eu, Clara, Flávia, Luiza, Henrique, Felipe e Gabriel. A Clara, Flávia e Luiza vocês já conhecem, sim, as garotas de Hades, Afrodite e Ares. Já Henrique era filho de Hefesto, algumas diferenças ele era loiro, mas nem por isso era bonito, só era diferente, era mais magro que os irmãos e um tanto franzino para a filiação que tinha. Felipe era filho de Athena, tinha os cabelos em um tom de castanho claro e os olhos cinzentos azulados, era bonito. Já o Gabriel era filho de Íris, isso mesmo a deusa do arco íris, o garoto era um colorido de mão cheia. Calças bizarras, que quase faziam a Flávia ter um ataque por estar tããão fora de moda, cabelos ventania, blusa com gola “V”, tênis Nike 6.0, não posso comentar nada, assim como a Flávia eu tinha uma certa aversão a ele.

 

Os primeiros meses de aula passaram voando, tínhamos os feriados em que podíamos visitar a nossa família, mas eu estava com tanta antipatia da minha que cada possibilidade de ficar no acampamento eu nem pensava. A Flávia e a Clara se mostraram grandes amigas e sempre que podiam ficavam, isto era sempre. Eu cada vez me afeiçoava mais com o acampamento, ele agora era a minha casa. Enfim eu não conhecia minha nova casa, não queria conhecer e para mim o acampamento servia. Mantive-me ocupada, nunca dando muito espaço ou tempo para ficar ocioso, mas nem sempre era possível. Com poucos campistas, e dentre estes tínhamos gostos tão variados que era difícil encontrar alguém para lutar ou para conversar. Agora eu estava sentada perto da casa grande conversando com a Clara, quando a Flávia vinha correndo até nós.

 

- Eu recebi uma carta do Dan. – disse ela animada.

 

- Legal. – disse num muxoxo, eu queria uma carta do Liam.

 

- Antes que você fique em depressão... Isto é seu. – e entregou um envelope para mim. – Isto Clara é seu... alguma idéia de quem possa ser? – estendeu para ela outro.

 

- Não. – deu de ombros e rasgou o papel.

 

Eu fiz o mesmo, a caligrafia não era das melhores mas era legível, parecia que estava nervoso em quanto escrevia no papel.

 

“Lola.

 

Você está bem? Pelo amor dos deuses, responda essa carta. Eu pensei em ligar, mas temos alguns problemas, primeiro não tenho seu telefone e bem celular aí não pega direito. Eu sinto muito mas não poderei ir ao acampamento no feriado de Halloween é que minha família decidiu ir para o interior visitar uns parentes. Estou com muitas saudades e espero poder retornar o mais rápido possível. Prometo que no dia de Ação de Graças retornarei, sei que é perto do seu aniversário, e não vou me perdoar se não estiver aí.

 

Sinto sua falta, te amo.

 

Liam.”

 

 

Pelo menos ele escreveu, eu li e reli a carta inúmeras vezes. Ele vinha para Ação de Graças, era perto do meu aniversário e sem duvida eu queria ele aqui comigo.

 

- Nico. – disse a Claribel do nada.

 

- Perdi alguma coisa? – disse erguendo uma sobrancelha.

 

- Foi o Nico que me mandou uma carta. – revirou os olhos. – Ele disse que chega no acampamento em uma semana. Alguns problemas no Mundo Inferior.

 

- Agora eu que perdi alguma coisa... – disse Flávia entendendo tanto quanto eu.

 

- O Nico, passa um tempo no Mundo Inferior, ele viaja pelas sombras sabe coisas macabras pra vocês. – disse ela revirando os olhos pela segunda vez... ela vai ficar vesga.

 

- Eu morreria sem o sol. – disse fazendo drama.

 

- Morreria sem shopping. – disse fazendo mais drama a Flá.

 

- Agora vocês estão usando Hipérbole. – disse com certa ironia a Clara, que sabia do amor que a Flávia tinha pela professora de inglês.

 

- Baby, deixe isso para os dias irritantes com Alexia, ô ninfa insuportável. O ego daquela ali é algo irrecuperável! – disse Flávia.

 

Flávia nunca se dava bem com Alexia, as duas tinham uma beleza exorbitante e tinha plena atenção dos três garotos que habitavam a mesma sala que elas. Elas não se suportavam, mas ao contrário de Alexia, a minha amiga não fazia questão de fingir que gostava dela. Durante as aulas passava com os fones no ouvido, ou rabiscando no caderno, por inúmeras vezes já passou bilhetes dizendo. “Que ninfa o quê, isso ta mais para fúria.” Eu e a Clara tínhamos que segurar as risadas.

 

- Gente eu vou responder isso e a gente se encontra no refeitório? – elas assentiram.

 

Me levantei e fui caminhando para o meu chalé. Era incrível como aquele lugar que nas férias era superlotado agora estava vazio. De vez em quando, um ou outro campista andava até um estábulo ou até as Artes e Ofícios que agora contava com três habitantes. Entrei, e me senti confortável estava quente e imensamente aconchegante lá dentro. Tinha apenas duas pessoas além de mim. Miranda e Benjamim. Eles eram mais velhos que eu por um ano. Nunca tinha falando com eles até notarmos que só restávamos nós ali naquele chalé. Eram bem simpáticos e talentosos. Miranda tentava me ensinar a tocar um pouco de guitarra e Benjamim tocava bateria, mas era de poucas palavras, parecia tímido então nunca me prolonguei com ele. Eu sabia tocar piano e não pude deixar de sorrir ao ver que a Miranda tentava a todo custo acertar as notas da partitura no que tínhamos ali.

 

- Oi Miranda, Benjamim. – disse olhando para os dois enquanto me dirigia a escrivaninha.

 

- Hey, depois me da uma mãozinha? – Miranda pediu.

 

- Claro, depois do jantar. – respondi assim que me sentei.

 

Peguei uma folha na primeira gaveta a coloquei em cima da escrivaninha. Peguei uma caneta que estava no porta lápis.

 

“Liam.

 

Estou ótima e acredito que com a carta que me enviou você esteja bem. Sobre o número do meu celular eu te dou quando tu aparecer aqui... sim é uma chantagem. Halloween é feriado? Bom não vem ao caso. Você tem a obrigação de aparecer no meu aniversário, brincadeira, mas seria ótimo te ter aqui. To morrendo de saudade, as aulas aqui vão indo, são sete alunos todos com dislexia... mas sobrevivemos. Eu, a Flávia, Clara, a Luiza, chegou a conhecê-la? Bom o Felipe, Gabriel e Henrique. São os alunos do primeiro ano. Ano que vem vamos combinar para onde vamos os CINCO antes que tenhamos uma crise, eu e a Flávia obviamente.

 

Sinto sua falta, te amo muiiito.

 

Lola.”

 

Coloquei a carta dentro de um envelope depois de revisá-la e me levantei.

 

- Vou indo gente... a gente se vê na janta. – disse por cima do ombro enquanto passava pela porta.

 

Não esperei a resposta. Fui até a casa grande. Conferi o endereço das cartas. E coloquei numa grande caixa de correio que tínhamos ali. Depois elas eram enviadas por mensagens de Íris ou por ajuda de Hermes, eu não sei bem, na real não procurei saber também. Caminhei até o refeitório e lá era onde a Clara estava. Sozinha numa mesa enorme, a Flávia acompanhada de mais um irmão, o mesmo que tinha chamado a Clara de Nara. Os outros chalés também estavam assim, um ou dois campistas. Éramos proibidos de nos sentarmos todos juntos, mesmo em situações como essa. Quíron pensava sempre em nos deixar ficar numa mesa só e todo o dia eu tinha a esperança de entrar no refeitório e encontrar uma só mesa, pode parecer besta, mas era algo que eu queria. Sentei-me à mesa que respondia pelos filhos de Apolo. Esperei a comida chegar, lasanha, olhei para a Clara e sorri, ainda lembrava do incidente na nossa chegada ao acampamento. Fui até a chama que crepitava no centro e joguei metade de minha comida, além do mais estava sem fome. Quando ia começar a comer Miranda sentou na minha frente e Benjamim ao meu lado.

 

- Hey, Lola, não suma você vai me ensinar a tocar aquela joça. – falou Miranda.

 

- Não se preocupe e não chame aquilo de joça... você vai amar tocar, eu ando sem tempo... – lembrei de que no meu antigo quarto eu tinha um piano, simples, ele não tinha cauda como esse. Será que na minha futura casa eu teria um piano? Dei ombros, a minha casa era ali, forcei-me a pensar.

 

- Tocas só piano, Lutz? – perguntou Benjamim.

 

- Piano e consigo cantar legal. – dei de ombros. – E fixado em bateria, Benjamim? – eu não sabia o sobrenome dele.

 

- É, nos afins... – disse simplesmente. – Gostaria de aprender, Lola? – pela primeira vez me chamou pelo nome.

 

- Claro. Só deixe aprender violão e guitarra primeiro. – tentei ser simpática.

 

Ele assentiu e foi fazer a oferenda, assim que Miranda se sentou. Conversamos um pouco, soltamos algumas risadas que ecoaram por aquele lugar vazio que tinha poucos campistas, e assim que Benjamim se sentou começamos a falar de musicas. Me divertir bastante com eles, depois disso entramos e sentei no piano com Miranda do lado.

 

- O que você sabe? – perguntei olhando as teclas.

 

- Bem sei a posição das notas. Eu não consigo o ritmo da música. – confessou.

 

- Só se pega o ritmo ouvindo. – disse sincera. – Que musica ta tentando? – disse mexendo nas partituras.

 

- Essa aqui. – disse me entregando a partitura.

 

- Estreando com uma musica boa. – comentei. – Jealous Guy, John Lennon. Ele é fantástico.

 

Era uma musica calma que eu conhecia. Por sermos filhas do deus da musica, tínhamos grande facilidade com qualquer instrumento, então eu consegui tocar um musica tão bem quanto qualquer musico adulto comum. Enquanto tocava a Miranda cantou a letra. Foi legal, fazia muito tempo que eu não tocava nada, e mais tempo ainda que eu tinha saído das aulas de piano.

 

- Obrigada. – disse me abraçando.

 

- De nada. – correspondi.

 

Depois disso ela ficou tocando e eu tomei um banho e fui para de baixo do lençol.

 

 

Acordei cedo, como todos os dias de ano letivo. Eram oito horas quando eu marchei até o refeitório para tentar tomar café da manhã. Fiquei enrolando até as nove. Depois me levantei e fui para área mais afastada do acampamento onde tinham pequenas casinhas. Entrando nelas era uma aparência de sala de aula como qualquer outra, exceto que tinha oito classes.

 

Assim que sentei no meu lugar cotidiano, ao lado da Flávia, atrás da Luiza e da Clara. Na outra fila de mesas juntadas, sim juntamos duas mesas, querendo ou não elas tiveram que aceitar. Ao meu lado sentavam o Felipe e o Gabriel e atrás deles o Henrique. Ficamos conversando, até que a Flá fica muda. Sim Alexia chegou.

 

- Bom dia, classe. – disse animada.

 

- Medo. – disse a Clara, que tinha se inclinado para frente.

 

Segurei a risada.

 

- Então... o que temos pra hoje? – perguntou numa voz fininha.

 

A Flávia levantou a mão e ela assentiu meio a contra gosto.

 

- Você é a professora, certo? – ela assentiu. – Então você deveria saber. – concluiu.  

 

Foi o que bastou para a classe minúscula se encher de risadas. Algumas mais discretas como a minha e de Felipe, os nerds da turma, outras mais espalhafatosas como do Gabriel e da Luiza.

 

- Silêncio. – a voz doce tomou um som agressivo. – Esperava que vocês tivessem olhado o livro.

 

- Jura. – disse Luiza em um tom mais ou menos.

 

- Então abram o livro na página 75. Leiam e respondam as perguntas... – falou pouco se importando e sentou-se à mesa.

 

- Mereço? – disse me virando para trás.

 

- Merece, por ser a nerd da turma. – disse a Clara.

 

Revirei os olhos e comecei a fazer os malditos exercícios. Não era que eu quisesse ser a nerd da turma, mas não precisava muito por que a turma era de gente que não ligava, exceto o Felipe, ele por ser filho de Athena era a criança prodígio. Essa aula passou voando. A próxima era uma das que mais me agradava Artes.

 

- Classe. – a professora Calina entrou na sala.

 

Minha professora favorita. Ela era miudinha, de feições pequenas. Cabelos escuros longos presos em uma trança, o brilho deles era fantástico. Olhos azul-esverdeados. Era uma artista nata, podia fazer o que bem entender desde que olhasse para alguma coisa e isto a inspirasse.

 

- Então vamos desenhar. – entregou uma folha para cada um. – Porém quero que vocês trabalhem com uma cor apenas. Terão liberdade com tintas, pinceis, lápis de cor, canetas, seja o que for. Porém tudo em uma cor só. Trouxe tudo separado. – sinalizou para as caixas que dois sátiros trouxeram e colocaram em cima da mesa. – Contendo as mesmas coisas em todos. Além disso, cada um terá também direito ao preto e ao branco. Só para não dificultar tanto.

 

Pensei em uma coisa para desenhar, mas precisava conseguir uma cor exata.

 

- Vamos lá... Srta. Guess? A cor... – deixou para ela completar.

 

- Rosa. – a professora anotou o nome dela numa das caixas.

 

- Srta. Lutz. – chamou meu nome.

 

- Azul. – falei sorrindo abertamente.

 

E assim ela fez sucessivamente. A Luiza ficou com o vermelho, a Clara com o roxo, Felipe com o verde, Henrique com laranja e Gabriel com marrom.

 

- Antes de começarem. Vocês terão uma semana para fazerem esse trabalho. Contará muito na nota... – lembrou.

 

 

Peguei a folha e um lápis de escrever e comecei a fazer os traços de leve, o esboço, durante a primeira aula foi só o que eu consegui fazer mas provavelmente na próxima aula eu conseguiria terminar. Depois outras aulas se sucederam. Assim como os dias e logo em seguida o mês passou. O feriado de Ação de Graças ia se aproximando e o acampamento ficava mais movimentado, não por campistas, por que esses não retornariam aquele mês, nem no outro. Eles apareceriam em Janeiro e iriam embora em Fevereiro. Teríamos campistas circulando aqui de novo, apenas durante os meses de Junho, Julho e Agosto. Setembro era quando as aulas começavam. A única movimentação que tínhamos no acampamento era de sátiros e ninfas, os meios-sangues que habitavam o acampamento naquela época corriam de um lado para o outro, tentando ajudar. Quíron queria aumentar a fogueira central e colocar uma mesa do lado de fora, para que a gente pudesse comer todos juntos. Os dias foram se aproximando e a correria diminuiu. O meu aniversário era três dias depois do dia de Ação de Graças. Apenas quem estaria nele eram vinte campistas e se viessem, o Liam e o Dan... Eu não sabia direito, mas muitas vezes me peguei pensando no pior e aquela vez era uma delas.

 

Eu estava andando pelo acampamento com a Flávia e se os meninos fossem chegar, hoje era o dia.

 

- Então... esperar? – disse enquanto nos encaminhávamos para a colina.

 

- É. Eles vêm, eu tenho certeza. – respondeu ela.

 

- Bom, vamos esperar né?

 

- Com certeza.

 

Sentei na grama.

 

- Acha que vai demorar? – perguntei.

 

Nesse instante ouvimos o barulho de carro.

 

- Boca santa. – brincou Flávia me ajudando a me levantar.

 

Esperamos ali em cima, eram eles mesmos, mas deixamos eles chegarem no topo. Antes que ele falasse alguma coisa eu me joguei nele. Dei impulsão demais que acabou fazendo nós dois cairmos no chão. Eu em cima dele. Assim que sentimos o impacto começamos a rir. Era bom ouvir a sua risada perto do meu ouvido. Não deixei ele falar novamente, colei minha boca na sua. Demos um beijo urgente, matando a saudade, delicioso.

 

- Vou sumir mais vezes se for recebido assim. – falou comigo ainda em cima dele.

 

- Nem pense nisso. – falei rolando pro lado dele para poder me levantar.

 

Ele riu.

 

- Sentiu tanta a minha falta? – perguntou sério.

 

- Em alguns momentos foi um monte, outros nem tanto, afinal não éramos um casal há muito tempo, nem muito meloso, então sobrevivi. – disse séria.

 

- Deuses. Eu queria apenas, “sim, senti” – disse revirando os olhos e rindo.

 

- Não sou assim. – neguei com a cabeça.

 

- Não é mesmo.

 

- Liam! – disse a Flávia, vindo abraçar ele.

 

- Dan! – disse mexendo com ele. E nos abraçamos.

 

- Da próxima vez, nós cinco vamos decidir para onde vamos! – ordenou a Flá.

 

- Certo, baby. – disse mexendo com ela.

 

- Então como são as aulas aqui? – perguntou Dan.

 

- UM SACO! – berrou Flávia dando um susto.

 

- Nem é assim. – disse enquanto descíamos. – É que algumas professoras não são a melhor coisa.

 

- Só tem professora mulher aqui?! – questionou Liam.

 

- Sim. – dei um tapa na sua cabeça. – Por quê?

 

- Nada não. – disse beijando a minha bochecha.

 

- Tomem um banho, se arrumem. O jantar vai ser do lado de fora. – avisei.

 

Eles assentiram e foram para os respectivos chalés. Nós fizemos a mesma coisa. Dentro do chalé dourado, Miranda tocava graciosamente a mesma musica da noite anterior.

 

- Uma hora para o jantar. – lembrei-a.

 

- Certo. – disse sem dar muita bola.

 

Eu tomei um banho obviamente, coloquei um jeans e uma blusa qualquer que eu tinha pegado no meu baú anteriormente. Nada mais nada menos que o bom e velho All Star nos pés e sai do chalé. Do lado de fora tudo estava na mais devida perfeição. A fogueira estava acesa e o fogo maior que normalmente. Como eram poucos os campistas, uma mesa, do tamanho das que usávamos no refeitório, estava posta próxima à fogueira. Uma toalha branca, estava posta em cima. Quinze pratos, talheres e copos colocados de cada lado da mesa.  

 

Aos poucos os campistas foram chegando e tomando os seus acentos. Sentei de um dos lados da Clara do outro sentou a Flávia que ficou na ponta. Do meu outro lado a Luiza. Na frente da Flávia o Dan, na frente da Clara o Liam, a minha frente o Felipe e ao lado dele o Gabriel. Antes que a comida fosse servida aproveitamos para conversar um pouco.

 

- Ouvi musica vindo do seu chalé Lola, era você? – perguntou Luiza.

 

- Ontem de noite? – ela assentiu. – Então era... – O Benjamim deveria não ter fechado a porta. Logo pensei.

 

- O que estava tocando ? – perguntou Flá.

 

- Retomei o piano, há tempos não tocava. – dei de ombros.

 

- Isso é fantástico. – disse a Clara, sem um pingo de animação... mas era ela. – É bom que voltes a tocar.

 

- Deves tocar bem pelo que dizem... – Sorriu Felipe.

 

- Obrigada gente, mas não é pra tanto. – disse corando. Isso não passou despercebido pelo Liam que me olhou ressabiado, merda. – Então como foi na cidade, amor? – tentei soar o mais displicente possível.

 

- Legal. Nos divertimos um pouco. Deu pra viver um pouquinho. – respondeu simples.

 

- Aqui também... – disse a Flá.

 

- Como? – perguntou Dan.

 

- Nada não, apenas suspeitas. – falou desinteressada, ela se referia à tarde que os meninos saíram do acampamento.

 

- Hm... certo. – disseram os dois juntos.

 

Não sei o que eles estavam pensando, pra mim boa coisa não era, mas não ia esperar muito para a coisa engrossar...

 

- Falamos com vocês dois amanhã. – simplifiquei.

 

Isso pelo menos pareceu deixá-los mais seguros, seja o que for estavam incluídos. Eu queria descobrir, com a ajuda do Dan, talvez o segredo da espada fosse revelado com mais facilidade. Não sei. Logo em seguida a janta chegou e antes que comêssemos Quíron se precipitou.


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Notas finais do capítulo

Antes de tudo, NADA CONTRA COLORIDOS!

MEREEEEÇO REVIEWS? beijinhos