Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 17
O garoto do vinho fala a verdade.


Notas iniciais do capítulo

Bom aqui temos mais um pedacinho da festa. Tem mais uma parte... desculpe eu falei que viriam mais dois capítulos mas eu decidir deixar um pouco mais longo e serão só três partes de "festa". SE ALGUÉM CONHECE ALGUMA MOLLY ou se chama molly, não se ofenda pelo comentário que está na fic é só um comentário de uma menina ciumenta.


ESSE CAPÍTULO É TOTALMENTE DEDICADO A LuLerman e a Flásimões, QUE MEIO ME PEDIRAM ESSA PARTE LOGO, ENTÃO ACABEI JOGANDO O MEU PLANEJAMENTO DE LADO E FAZENDO O QUE ELAS PEDIRAM. ESPERO QUE TANTO ELAS QUANTO OS OUTROS QUE NÃO FORAM DEDICADOS GOSTEM!



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Não fiquei simplesmente revoltz.

 

Eu simplesmente o deixei falando sozinho, acredito que nem percebeu que sua minúscula platéia tinha sumido... estava preocupado demais em manter seu ego alto demais. Aproximei-me o mais rápido e graciosamente que os saltos permitiam mas ainda assim pareceu demasiado lento. Cheguei até onde os dois estavam e tentei parecer simpática.

 

- Olá Liam. – abri meu melhor sorriso.

 

- Lola. – retribuiu o sorriso. – Está é Molly. – falou.

 

- Tive uma cadela com esse nome. – murmurei, Liam não pareceu ouvir.

 

- O que houve? – perguntou ela.

 

- Nada não. – era verdade eu lembro da Molly, ela devia estar lá em casa com a mamãe, tinha um ano.

 

- Então, o que estava fazendo? – perguntou Liam.

 

- Falando com o Jack. – apontei para ele que estava meio perdido, deveria ter acabado de notar que eu saíra.

 

- Seu namorado? – perguntou Molly presunçosa.

 

- Não, fique a vontade. – ela me fulminou com os olhos.

 

- Ele é um filho de Ares, não faz o meu tipo. – falou.

 

- O que faz seu tipo? – perguntei fingindo interesse. – Cães? – falei para mim.

 

- Sei lá, algo mais verde. – falou

 

Tentei segurar a risada, acho que eles notaram mas não falaram nada. Ela queria namorar uma alface? Foi o meu pensamento. Percebi que estava diferente nunca falaria assim de alguém que mal conheço...

 

- Mas seria incesto não? – perguntei. Ela parecia confusa. – Sabe você com um irmão... – disse

 

- Er... eu não falei de filhos de Deméter... – disse.

 

- Falou de quem? – perguntei. – Já têm planos? Às vezes as pessoas não gostam da gente da mesma forma. – falei.

 

- Er... não... bem... – ela começou a gaguejar. – Com licença. – e saiu.

 

Assenti e observei ela sair. Eu completaria quinze anos pouco antes das férias de inverno, aquela garota tinha dezesseis. Nunca esperava que ela desistisse tão rápido.

 

- Lola... er... você está bem? – perguntou Liam.  

 

- Ah! Ótima.

 

- Isso foi estranho... – disse pensativo.

 

- Oh! Eu não gosto dela... mas se você quiser vá atrás dela. Eu vou achar a Flávia. – sai sem esperar a resposta.

 

Nunca fiquei assim na frente dele, mas vi que não sabia o que dizer... Eu estava completamente confusa e esse não era o meu estilo. Achei a Flávia com o Dan, provavelmente com sorte eles não estavam se agarrando. Estavam sentados em volta da fogueira ela entre as pernas dele.

 

- Lolita! – revirei os olhos. – O que te traz para cá? – perguntou.

 

- Sei lá. Precisava arejar a cabeça. – falei.

 

- Ah! Então você vai adorar o meu próximo plano. Lá pelas dez, vamos ter um luau. Então por favor compareça. – disse sorrindo. – E leve o Liam. – me olhou maliciosa.

 

- Não temos nada. – a lembrei.

 

- Ainda... Ainda... Não vai demorar muito Lola. – sorriu.

 

- Viu a Clara? – decidi mudar de assunto.

 

- Ta por aí com um emo. – deu ombros.

 

- Flávia você não presta! É o irmão dela!

 

- Grande coisa. – falou.

 

Sentei-me ao lado deles.

 

- A festa está maravilhosa! Flávia você é mágica. Todos estão se divertindo um monte. – exclamei.

 

- Pode ser verdade mas a festa só pode ir até as duas da madrugada. O Quíron me fez prometer isso. Bem é melhor que nada né?

 

- É sim, amor. – falou o Dan.

 

 

Eles eram perfeitos juntos.

 

- Vocês conheciam uma Molly? – perguntei.

 

- A garota de Deméter? – indagou Flá.

 

- Sim. – respondi.

 

- O Liam comentou sobre ela. Disse que a garota não dava folga para ele, que vivia em cima dele. – respondeu Daniel.

 

- Hm... - foi a única coisa que consegui “dizer.”

 

- Daniel Wings! Deixe de ser insensível homem! A Lola gosta dele e você me fala da ... dessa garota! – ralhou Flávia.

 

- Hey foi mal... Mas mudem de assunto, aí vem ele e não parece muito amistoso. – comentou o Dan.

 

- To indo gente. O luau vai ser aonde? – perguntei.

 

- Na praia. – responde Flá.

 

- To indo para lá. – disse por cima do ombro.

 

Lá estava sereno. Ninguém tinha tido a idéia de ir para lá. A provável fogueira do luau já fora deixada pronta. As tochas também mas nada estava ligado. Tinha o brilho inconfundível da lua. Sorri com a imagem que vi. A água estava tão limpa que era possível ver o reflexo da lua, de onde eu via duas perfeitas e imaculadas bolotas pratas. Ouvi um barulho na floresta e me pus de pé, então vi uma menina, era mais nova que eu. Deveria ter um doze anos, seus cabelos ruivos, foram dispostos em uma trança e trajava uma veste simples mas ainda muito bonita branca.

 

- Olá. – disse serena.

 

- É um prazer Lady. – me limitei a dizer.

 

- Sou de fácil reconhecimento? – perguntou sorrindo.

 

Não sabia o que responder, não queria soar grosseira.

 

- Retome sua posição. – indicou a areia. – Vim apenas para conversar. – explicou.

 

Sentei e ela sentou ao meu lado.

 

- O que te aflige? – seus olhos duas safiras me encaravam, era impossível mentir.

 

- Estou apenas preocupada. Acho que meus sentimentos estão confusos. – respondi.

 

- Homens. – murmurou – São uma verdadeira ruína para nós. Normalmente lhe convidaria para a Caça, mas acredito que seu pai já está o suficiente estressado pela ultima filha dele. Então vou lhe dizer outra coisa... pode parecer inútil, mas se você for ver é a verdade. Não peça ajuda para os outros, peça ajuda para si mesma, a melhor resposta virá de ti. – e olhou para lua.

 

- Lady ... – ela me silenciou.

 

- Não fale tudo bem? Estão vindo e eu preciso ir... – nisso se pôs de pé.

 

- Minha irmã como está? – ao perguntar isso um sorriso de criança brotou em seus lábios e ela foi embora como se fosse uma miragem.

 

Continuei sentada mesmo tendo ouvindo o barulho pela trilha. Provavelmente seria algumas pessoas que ficaram encarregadas de deixar tudo pronto para o luau, afinal era um pouco antes das dez horas. Conhecendo a Flávia como conhecia ela não deveria fazer nada que impedisse as coisas de acontecerem perfeitamente. Lembrei que ela provavelmente me mataria por sentar na areia mas não me importava. Resolvi tirar as sandálias sentia falta da areia nos meus pés, eu nunca tinha vindo a essa parte do acampamento antes e fazia anos que não ia a praia. Assim que enterrei meus dedos na areia ouvi o barulho de alguém se aproximando. Ele não se sentou, ficou de pé, pela primeira vez não tinha idéia de quem fosse.

 

- Preciso conversar com você. – merda.

 

- O que houve, Liam? – perguntei seca.

 

- Preciso esclarecer umas coisas. – explicou.

 

- Se sou eu que te impede... – falei.

 

Ele se sentou do meu lado. Olhei para ele mas ele não olhou de volta.

 

- O que houve, Liam? – falei exatamente como antes.

 

- Pode parar por favor? – disse hostilmente. Ergui as sobrancelhas. - Eu quero saber...

 

- O quê? – murmurei.

 

- Você.

 

- Esperava mais de você. Péssima cantada. – consegui fazer um sorriso brincalhão aparecer em seu rosto que andava sério.

 

- O que aconteceu hoje com a Molly? – olhou nos meus olhos pela primeira vez.

 

- Se quer que eu peça desculpas para ela... – ele me interrompeu.

 

- Não é só... Que bem, na hora que você chegou para “falar” com a gente. – fez aspas com a mão. – Eu estava disposto a ir falar com você e o Jack. Fiquei confuso tentando entender o que estava acontecendo comigo. – falou sincero.

 

- Estava com ciúmes Sr. Winer? – disse zombeteira.

 

- Se eu estava... você também estava. Ou você acha que eu não reparei quando disse que tinha uma cadela com o nome da Molly. – senti meu rosto ferver corando.

 

- Er... eu não gosto dela, só isso. – respondi no automático.

 

- Ah, claro! – revirou os olhos. – Ou seja, é impossível você gostar de alguém... como eu? – disse sério.

 

Como eu ia mentir?

 

- Não. Só falei que não gosto da Molly. – respondi. – Que nem não gosto de aeromoças. – murmurei para mim, lembrando do dia no avião que ela interrompeu minha conversa com o Liam.

 

Ele riu.

 

- Certo. Acho que temos algo em comum.

 

- Como? – perguntei.

 

- Também não gosto de aeromoças. – respondeu.

 

Se pudesse meu rosto já estava em chamas. Ele apenas riu, numa gargalhada gostosa.

 

- Você ainda lembra o que me perguntou aquele dia? – ergueu uma sobrancelha.

 

- Sim. – respondi, ele me olhou como se fosse para eu continuar. – Perguntei para o que você ligava. Afinal você não ligava para eles. – disse

 

- Eu não pude responder né? – neguei com a cabeça. – Quer saber mesmo a resposta? – assenti, não sabia nada coerente para dizer. – Com você. – ele falou num sussurro.

 

- S-sé-rio? – perguntei gaguejando.

 

- Lola, você às vezes finge que não vê né?

 

- Ã?      

 

- Eu sempre gostei de você. Achei-te linda desde o primeiro momento que pus os olhos em você. Mas não me deixei levar por isso. Esperei queria te conhecer melhor. Aí tu me mostra uma menina, na real aparência de menina, mas tu toma a frente de tudo, defende os teus amigos como pode e não pode. Mas é tão frágil, aquela vez que te vi chorando quando pensou que não era meio-sangue aquilo me destruiu desde então eu sempre fui apaixonado por você. – aquilo me deixou sem palavras. – Eu entendo se não se sentir assim.

 

- Liam... eu, não sei o que dizer.

 

- Tudo bem. – ele disse. – Vou te deixar em paz.

 

- Liam! Não foi isso que eu quis dizer. Eu só não sei o que dizer depois desse discurso. O que eu queria dizer parece tão bobo agora.

 

- O que seria? – perguntou.

 

- Depois de tudo o que tu falou eu vou ficar quieta. – virei minha cabeça para a água, a maré tinha subido e agora molhava meus pés.

 

Ele tocou o meu queixo e me virou para olhar de volta para ele.

 

- Fale. – aquele garoto tinha poder sobre mim. Sua voz, seu cabelo, seus olhos tudo era inebriante.

 

- Eu te amo. – respondi simplesmente. Ele continuou me fitando. – Para mim, tudo que você tem é como um vicio. Seus olhos quando me olham me fazem sentir que você sabe tudo sobre mim, qualquer coisa que você me peça eu sou capaz de fazer só para ver um sorriso no seu rosto maravilhoso. – senti que falara demais, mas mesmo assim consegui o sorriso que esperava.

 

- Então posso fazer um pedido? – perguntou ainda sorrindo.

 

- Qualquer que for. – respondi sorrindo.

 

- Posso te beijar? – meu peito se apertou não tinha respostas.

 

Assenti.

 

O beijo iniciou calmo, como se não quisesse me assustar, depois se tornou mais urgente. Apaixonado, nos encaixávamos. Subi minhas mãos para os seus cabelos e ele passou minhas mãos em torno da minha cintura me puxando mais para perto dele. Tudo sem interromper. Então nos afastamos ainda ofegantes.

 

Eu me sentia abobada. Um sorriso besta estava nos meus lábios. Estávamos muito próximos, então encostei minha cabeça em seu peito, ele mesmo sentado ao meu lado era mais alto do que eu, seu braço me envolveu perto dele. Então afundei minha cabeça em seu peito, sentindo seu cheiro. Ele passou as mãos na minha cabeça. Decidi olhar para ele, me afastei um pouco e olhei para o seu rosto perfeito. Ele retribuiu o olhar e pude ver que seus olhos negros agora assumiram o tom de roxo característico. Não podia resistir, novamente passei as mãos pelo seu pescoço e o beijei novamente dessa vez mais ternamente, mas foi tão bom quanto. Então um pigarro.

 

- ALELUIA! – berrou uma voz conhecida. – Viram isso? ALELUIA!

 

- Flávia... você esta fazendo a Lola corar. – disse outra voz familiar.

 

- Hey garotas. Vocês podiam ficar quietas um segundo? – ouvi o som de dois tapas.

 

Virei-me e ali estavam minhas duas melhores amigas e um pateta no meio.

 

- Er... oi? – disse insegura.

 

- Eu sabia, Lola! Eu te avisei! – Flávia dava pulinhos.

 

- Não posso dizer que eu falei, por que me mantive muda, mas sério vocês dois se enrolaram demais. – disse minha anã favorita.

 

- O que fazem aqui? – perguntou Liam.

 

- Tem um luau marcado. E eu gostaria que os pombinhos ajudassem a gente a deixar tudo pronto por aqui. – pediu Flávia. 

 

Olhei pro Liam e me levantei indo em direção a eles.


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Notas finais do capítulo

Acho que tá valendo alguns reviews né? Gente os próximos capítulos eu vou dedicando as pessoas que vão me pedindo e tudo mais.

Espero que vocês tenham gostado. Meninas não sei se narrei bem aquilo que vocês queriam... mas sei lá, tentei encaixar na história beijos e comentem, nem que seja para criticar!