Crônicas de um assassino escrita por Ahelin
Notas iniciais do capítulo
Como colocar nessas 200 palavras todos os sentimentos confusos do Nick?
Amanhã é o último capítulo...
Espero que gostem :3
O objeto é o relógio de pêndulo!
O som de relógios de pêndulo como o da minha antiga casa deixava-me calmo na infância, mas cada "tic toc" daquele na biblioteca parecia um novo tiro no meu peito. Um segundo a mais para mim, logo poderia significar uma vida a menos; eu já não tinha mais controle. Viver era uma agonia.
Cheguei a rezar pedindo ajuda a alguma divindade indefinida, porque eu era covarde demais para acabar com tudo sozinho.
Por mais que tentasse me concentrar nos livros que havia escolhido aleatoriamente, não conseguia passar dez segundos sem olhar para alguém e implorar em silêncio que me reconhecesse.
Não funcionou nenhuma das vezes. Me matava por dentro que um assassino procurado pudesse sentar numa biblioteca pública sem ser identificado — talvez por burrice, talvez porque nenhuma daquelas pessoas se importava.
A segunda opção parecia ser a correta, o que extinguia qualquer fé na humanidade que ainda pudesse restar em mim.
Num impulso, levantei-me. Derrubei uma cadeira no processo e me olharam feio por isso; que irônico.
Caminhei vários quilômetros, decidido a fazer o certo. Apenas uma vez bastava.
Juro, nunca vira alguém tão pálido quanto o guarda da delegacia que recebeu minha confissão.
Devo dizer-lhes que, finalmente, senti-me livre.
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E aí?
O que acharam?
Tô com um peso no coração uheuheuheu