Os lados da aceitação escrita por 6023X1023ina


Capítulo 3
Capítulo 3_Amizade Comprada PT1


Notas iniciais do capítulo

Galera, demorou mas finalmente chegou! O 3 capítulo, espero que gostem =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/724726/chapter/3

Capítulo 3

— Você sabe o que aconteceu ontem, portanto, antes começarmos essa conversa não tente nos evitar ou dizer que somos mentirosas. — ela olha no fundo dos meus olhos como se quisesse me furar bem no coração com uma estaca de madeira, que tolinha, sou algo pior que um vampiro. Assim que fica um silêncio constrangedor, eu desvio o olhar com certa cara de nojo, como se estivesse a bordo de um barco e sofrendo de maresia.

— Pois então, o que pretendem fazer comigo? Mesmo aqui, matá-las e devorá-las só me custará um período de aula perdido. — deixo que minha boca forma um U para baixo, tanto desgosto, tanto medo, puxo a manga do meu uniforme com força para baixo, arranho minha pele com minhas unhas de tão ansiosa que estou.

— Não nos ameace. — uma das meninas encolhidas atrás da maior grita para mim, quanta audácia.

— Satti-chan! — a menina do meio a repreende, a mesma me olha e suspira, devo dizer que enxergo sensatez em seus atos. Ela estende a mão em minha direção, para um comprimento de mãos, e eu, aceitei de bom grato.

Seu pulso em minha visão de Ghoul era azul com tons aquarelas da mesma cor, ele aumentava como se a tinta tivesse sido despejada em um frasco d'água, a tonalidade toma seu braço inteiro aos poucos e quando olho em seu peito, está apenas cinza.  Que mulher incrível, consegue disfarçar o nervosismo assim?

Sua pegada é bem forte, ela aperta minha mão determinada e sem demonstrar arrependimentos, pelo meu contrário, juro que vou vomitar ainda hoje.

— Meu...nome, é Kumiku Yui, por favor, me chame pelo sobrenome. — separamos nossas mãos e nisso ambas se abaixam em reverência.

— O meu é Futaba Hime, por favor me chame pelo sobrenome também. — ela cruza os braços e de postura erguida, olha para ambas suas amigas.

— Sou Harumi Satti.

— Sou Himura Kaede.

De forma rápida, ambas se apresentaram. Futaba tinha aproximadamente 1.65, cabelo curto e um óculos quadrado enfeitando seu rosto alvo e sério. Na Hirumi reconhece as faixas na sua mão, ela foi a que teve a má sorte de levar um corte enorme na mão, ela tinha cabelo longos pretos, olhos castanhos escuros e seu corpo inteiro estava vermelho, presumo que seja nervosismo ou medo, seu coração batia rapidamente.

Satti me olhava com ódio, com medo, definitivamente queria distância de mim. Ela era do tipo de garota vaidosa, que resmungava e olhava demais para suas unhas coloridas e compridas invés de estudar. Usava gloss rosa com brilhos e cílios postiços, cabelo liso e compridíssimo.

Respirei fundo, deixei que minha personalidade medrosa sumisse e me foquei naquela conversa.

— Queríamos conversar a sério com você. Porém antes, devemos lhe agradecer. — ela poe a mão na cabeça das duas e as empurra para baixo, as três falam ‘’ Obrigada por nos salvar ‘’ em voz alta.

— Não há de quê.

— Agora, queremos que nos responda, por que nos ajudou? — Kumiku perguntou-me.

Engoli seco, um choque de arrepio sobe dos meus pés até a cabeça e por inteira, meus pelos ficam ariscos. Minhas mãos se mexem como se estivesse brincando com uma bolinha e meus sentidos de ghoul florescem como uma Dama-Da-Noite em lua cheia.

— Por que uma pergunta tão de repente? — desviei de seus olhos sérios e óculos rígidos.

— Por que você é um Ghoul! Não é normal isso vindo de vocês.

— Sim! Tenho certeza que ela fez isso para se aproveitar de nós. — Satti exclama, desconfiando de mim.

— Cala a boca Satti. Se aproveitar do que? Nem nos conhecemos. — Kumiku responde grosseiramente. — A questão aqui é, nitidamente você tem algum problema em falar mas isso não importa. — ela puxou a camiseta dela até a linha do umbigo onde tinha uma carta, ela puxou aquele papel e estendeu até mim. — É pra você.

Quando peguei a carta, vi que minha mão estava tremendo, que medonho me sentir assim. O sinal toca lá fora e todas nós olhamos para a porta.

— Bem, até mais. — todas elas se retiram do banheiro me deixando lá. Com muita pressa as vi sair, porém, não era pressa porque queriam par a aula, era por que estavam comigo, sem ninguém no pátio, não tem ninguém para salvá-las. Não que desde o início tivesse alguém.

Após essa conversa estranha, sai do banheiro e comecei a subir as escadas apressadamente para a aula, ao chegar em meu andar acabo me esbarrando em um menino alto. Ele pede desculpas e segue seu caminho, em um relance da minha visão noto que uma parte do uniforme dele, mais precisamente a manga, estava suja com algo vermelho.

Olho para as suas costas tentando identificar qualquer índice que me levasse a crer que aquilo era sangue, porém, o segundo sinal toca e eu preciso entrar na sala antes do terceiro sinal.

Passei os períodos das aulas seguintes inteiros pensando sobre a devida carta. Fechei bem meus olhos e deixei que minha mente fosse livre por alguns instantes, o que eu irei ler nesta carta… uma ameaça? Um convite? Um agradecimento? ...Rasgo o selo da carta e abro, e o mesmo exala um perfume doce de flor, o inspirei com toda força dos meus pulmões e sou transportada para um lugar alegre momentaneamente. Ao puxar o papel de dentro, noto imediatamente a caligrafia tão chique e bordada.

‘’ Caro Ghoul, meu nome é Futaba Haru, sou um oficial da polícia militar de ??, e gostaria de lhe pedir algo muito importante.

Devido ao meu status alto, não podemos nos encontrar pessoalmente sem levantar suspeitas. Porém, lhe peço e lhe implore, se torne a segurança pessoal da minha filha, Futaba Hime.

Ela é o bem mais precioso que eu tenho na vida nojenta que possuo. E depois do que ela me contou no dia que foi pega no beco, seu ato heróico e nobre me encheu de esperanças.

Caso aceite, será recompensada com uma quantia exorbitante de dinheiro, e claro, não será suspeita de nenhuma pesquisa anti-ghoul.

Acredito que tenha sentindo na pele como é um dos equipamentos a armei, as armas anti-ghouls estão em um processo meticuloso de experiência e novamente, você ajudou a nós com isso também, um relato em campo.

Porém, você ainda está viva, logo, ela não atingiu seu propósito inicial.  

Por favor, pense com carinho na proposta.

Atenciosamente, Kumiku Haru, Oficial de Justiça da Polícia Militar de ??. ‘’

Sem acreditar no que li, deixo que o papel deslize entre meus dedos. Ele está querendo comprar meus serviços? Eu sequer sou uma segurança… ou melhor, sequer sei lutar direito. Como uma ghoul, sou a coisa mais patética que existe.

Mas… não é uma proposta tão absurda assim, ele vai me pagar e deixará que eu seja invisível em todo o caso que ocorrer na região, ou seja, estou longe de ser pega caso de-ei merda!

No final das aulas_

Espero pela Kumiku na porta da sua sala assim que o horário do fim das aulas bate, pouco pouco os alunos vão saindo e me olhando, porém não deixo uma brecha passar. Sinto os corações de cada aluno passar por mim, sua frequência cardíaca, sua respiração desenfreada e juvenil, o cheiro tão sortido.

Fechei meus olhos e inclinei a cabeça para frente, deixando que meu cabelo ficasse na minha frente. Meu rosto automaticamente sorri de forma maléfica, estou com tanta vontade de comer... ahh!

— Kumiku? — de repente, uma voz me chama e meu rosto volta ao normal. Me viro para ela e vejo que era Futaba. Puxo a carta da bolsa e a entrego.

— Pegue. — ordeno. — Minha resposta é sim.

Ela confiante e já sabendo do que se tratava tudo isso, pegou a carta e guardou em sua bolsa.

— Venha comigo então Kumiku-chan.

— Então… como isso vai funcionar? — perguntei.

— Você vai vir me buscar todos os dias em casa pela parte da manhã e irá me levar todos os dias de volta para casa, apenas isso. Uma acompanhante. — ela sorri amigavelmente. Dei de ombro, apenas me voltando para ficar ao seu lado.

— E, o dinheiro? — perguntei sobre a parte que mais me interessava.

— Isso é com meu pai, ele irá resolver com você.

Eu a levei até o portão da sua casa, era um quintal enorme e uma residência maior ainda, comparada com o padrão do Japão, é uma casa extravagante. Eu não fiz questão de entrar para me acertar com seu pai, como foi mencionado na carta, é suspeito nos falarmos, e também, ele pode se comunicar através de outros meios.

Fui embora para minha casa, em paz. Mesmo sentindo um cheiro intenso de comida, me segurei até chegar em casa, como sempre faço. Tenho novas para contar a minha avó, ela com certeza ficará feliz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo! Os vejo no próximo, até mais =)