Heart Attack escrita por Ciin Smoak


Capítulo 4
I'm putting my defenses up, cause I don't wanna fall in love


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou com mais um capitulo meus amores...Queria agradecer a todos que estão comentando e pedir para lerem as notas finais, é importante....



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Três semanas já haviam se passado desde a chegada de Dimitri. Durante os primeiros dias, nós nos aproximamos muito, tipo muito mesmo, trocávamos mensagens o dia inteiro e ficávamos grudados na escola, até as meninas haviam reparado nisso e estavam me azucrinando sempre que podiam.

Eu demorei a perceber esse fato, mas quando vi o que estava acontecendo eu tive um mini surto, eu não podia ficar tão próxima dele, eu não podia ficar dependente de alguém, eu não podia me apaixonar, então eu tinha que fazer algo antes que aquele sentimento se concretizasse dentro de mim. Pensando em tudo isso eu tomei a decisão mais sensata, me afastei.

Nos últimos dias eu quase não falei com ele e sempre que ele chegava perto eu dava um jeito de sair ou inventar uma desculpa.

Flash Back On

Saí da aula de historia que tinha sido um tédio e fui direto pro meu armário para poder trocar os meus livros, peguei o que era necessário pra aula de espanhol e quando estava virando o corredor dei de cara com o Dimitri. Ele sorria pra mim.

—Ei, não te vi hoje, quando cheguei na escola seu carro já estava estacionado e eu não te achei em lugar nenhum. –Ok Rose, não se deixe levar, você precisa erguer as defesas que sempre foram tão uteis pra você, você não pode em hipótese alguma se apaixonar. –Sim, eu cheguei cedo mesmo, tinha umas coisas da aula de espanhol pra resolver, a proposito eu já tô atrasada, a gente se vê depois. –Falei isso e saí rápido dali, vi que ele me olhava confuso, mas decidi ignorar, bom, pelo menos eu tentei ignorar.

Flash Back Of

Essa foi só a primeira das tantas desculpas que eu dei pra fugir dele, no intervalo eu ficava na biblioteca estudando, quando o sino tocava indicando o final das aulas eu já estava com o material arrumado e saía rapidamente da escola, entrando no carro e acelerando antes mesmo que qualquer aluno tivesse deixado o colégio. Nas aulas era mais complicado, nós tínhamos química e álgebra juntos, mas eu logo dei um jeito, pedi desculpas a ele alegando que a Bianca, uma colega nossa, tinha muita dificuldade em química e precisava de uma dupla que pudesse ajuda-la, então eu iria fazer dupla com ela. Nesse momento meu coração pesou, vi o semblante dele murchar e ele concordou em voz baixa. Saí de lá e me sentei com a minha mais nova colega de classe e tentei em vão não olhar pra ele sempre que percebia que ele não estava olhando.

Na aula de álgebra foi a mesma coisa, passei a me sentar na primeira cadeira da sala, as meninas começaram a se sentar com Dimitri no fundo e quando me perguntaram o por que da minha mudança de lugar, eu aleguei que estava com dificuldade na matéria e achei que sentando na frente eu iria assimilar melhor. Vi de cara que elas não compraram isso, mas deixaram passar.

Dimitri não mandava mais mensagem, acho que havia entendido que eu o estava evitando, eu tentava ficar feliz com aquilo, afinal tudo o que eu fiz tinha funcionado, eu tinha conseguido afasta-lo antes que eu pudesse sofrer.

“Mas agora é ele quem está sofrendo.”

Eu tentava a todo custo tirar esses pensamentos da minha cabeça. Pelo amor de deus, ele me conhece a três semanas, não é como se ele fosse sofrer por não estar falando comigo. Ele ficaria bem, daqui a alguns dias nem estaria mais se importando comigo.

Meu coração doía com essa possibilidade, de ele parar de se importar, mas o meu racional me dizia pra ser inteligente e que isso seria o melhor que poderia acontecer.

Eu tentava não pensar nele, então comecei a preencher todo o meu tempo em casa, quando não estava estudando, estava lendo algum livro. Sempre mantinha minha mente ocupada.

—Rose, você tem visitas. –Era minha mãe. Olhei pra ela com as sobrancelhas erguidas e ela respondeu a minha pergunta silenciosa. –É a Lissa, quer que eu a peça pra subir ou você desce?

Que estranho, eu e Lissa não tínhamos combinado nada, ela é minha melhor amiga e tinha liberdade pra vir aqui em casa, mas amanha ela tinha uma prova e digamos que Vasilisa Dragomir ficava um pouco surtada em vésperas de prova, ela não saía de casa por nada, ficava estudando.

—Pede pra ela subir mãe.

—Ok, eu já vou indo pro hospital tá. Tchau querida, te amo.

—Tchau mãe, te amo.

Minha mãe se retirou do meu quarto e segundo depois Lissa apareceu na porta, eu indiquei o meu lado da cama e ela logo veio se sentar ao meu lado. Ela parecia séria, era uma coisa difícil de ver, Lissa era sempre tão alegre.

—Aconteceu alguma coisa Liss? –Eu estava assustada com a cara dela. –Eu não sei Rose, me diga você, aconteceu alguma coisa? –Eu a fitei sem entender. Do que ela estava falando? –Peraí, que?

Lissa respirou fundo e olhou pra mim, ela parecia irritada.

—Posso saber o por que de você estar evitando o Dimitri, Rose? E nem adianta falar que não está, porque não vai colar. –Eu olhei pra ela e suspirei, Lissa me conhecia bem demais, é claro que ela logo ia perceber que tinha algo errado. –Então você percebeu não foi? –Lissa bufou pra mim. –Eu e todo mundo Rose, e mesmo que eu não tivesse percebido, eu ficaria sabendo já que o Dimitri veio falar comigo hoje. –Tá, agora eu fiquei surpresa.  Acho que eu estava de boca aberta. Vendo que eu não falaria nada, ela continuou. –Ele veio me perguntar o que tinha acontecido, se ele tinha feito algo pra te magoar, eu disse que não sabia, que você não havia me dito nada. E mesmo sabendo que você está realmente evitando o menino, eu tentei aliviar a sua barra e disse que ele não precisava ficar preocupado, que você ficava assim mesmo quando estava preocupada com alguma matéria da escola e mais um monte de baboseiras. Ele concordou, mas dava pra ver nos olhos dele que ele não acreditou em mim, ele me parecia realmente triste Rose.

Uau, Dimitri se importava ao ponto de ir falar com Lissa? Isso tinha me pegado desprevenida.

—Eu não sei o que dizer Lissa.

—Bom, comece me dizendo o porquê desse afastamento sendo que você parecia estar gostando dele.

—E eu gosto muito. –É não adiantava negar, eu só estava me enganando ao falar que tinha que me afastar antes que esses sentimentos confusos ficassem concretos, eles já estavam, eu já gostava de Dimitri, mais do que gostaria de admitir. Lissa me olhou confusa. –Então por que você tá evitando ele? –Suspirei e me preparei, eu nunca tinha contado essa parte da minha vida pra Lissa. –Você sabe que o meu pai morreu não é? –Ela apenas confirmou com a cabeça. –Bom, o que você não sabe, é que ele nunca esteve com a minha mãe, eles ficaram por uma noite juntos, uma só e depois ele chutou ela. Ela descobriu que estava grávida e foi atrás dele, mas ele disse que não ia assumir, então ela me teve e me criou na infância sozinha, já que os meus avós haviam morrido. Alguns anos depois ele veio atrás dela, ele disse que estava arrependido e que sabia que tinha sido um babaca, disse que queria uma chance pra fazer parte da minha vida. Minha mãe relutou e muito, mas acabou deixando, ela sabia que eu precisava de um pai, eu era pequena, não entendia muita coisa. Não conseguia ver o sofrimento dela.  –Lissa parecia meio chocada e ao mesmo tempo consternada pela minha mãe. –Mas, ele voltou não foi? Apesar de tudo ele quis ficar com você e com a sua mãe.

Olhei pra Lissa e ri sem nenhum humor, essa era a parte que doía.

—Não Lissa, você não entendeu, ele voltou pra ficar comigo, não com ela, ele conheceu uma mulher e se casou com ela. Ele voltou só por mim, ele não deu a mínima pros sentimentos machucados dela. Ele ainda disse que ele e a tal da Sheilla poderiam cuidar melhor de mim, já que eles eram um casal e minha mãe estava sozinha. Minha mãe não concordou, é claro e eles entraram na justiça. O juiz decidiu que a guarda continuaria com a minha mãe, e que eu passaria os finais de semana na casa dele. Eu não sabia de nada, então me apeguei a ele muito rápido, mas conforme eu fui crescendo eu via a dor no rosto dela, até que um dia eu a coloquei na parede e ela me contou. Foi bem no dia do acidente, meu pai morreu e eu não tive a oportunidade de falar com ele sobre isso. Ele até que foi um bom pai pra mim, mas foi um babaca com todo o resto.

—Eu sinto muito Rose, principalmente pela sua mãe. Mas o que isso tem a ver com o seu afastamento do Dimitri? –Tem tudo a ver minha amiga, tudo. –Desde aquele dia eu comecei a juntar as peças Lissa, ele era um bom pai pra mim, mas adorava desprezar a minha mãe, e as vezes eu via marcas roxas pelo corpo da Sheilla, e as vezes também a pegava tentando esconder o rosto inchado com maquiagem, ele batia nela. Ele machucou a minha mãe, e quando voltou, continuou machucando. Eu o amo porque ele foi um bom pai, mas o odeio porque ele a fez sofrer. Quando eu percebi essas coisas eu vi que não queria aquilo pra mim, vi que não queria sofrer por alguém como ela sofreu, não queria ficar dependendo dos sentimentos de uma pessoa por mim, então afastei qualquer um que pudesse ter a chance de entrar no meu coração.

—Mas com o Dimitri foi diferente. –Continuei. –Eu não pude evitar, assim que o vi meu coração acelerou, uns dias depois, quando o conheci melhor eu percebi que já estava completamente apaixonada. Então eu me afastei, porque era o melhor a se fazer. –O semblante de Lissa mudou, agora era carinhoso. –Mas Rose, Dimitri é um cara legal, ele nunca te machucaria dessa forma. –Abaixei a cabeça e falei sem olhar pra ela. –Meu pai também era um cara legal no começo.

Disse isso e me deitei na cama, logo Lissa colocou minha cabeça em seu colo e começou a fazer carinho, ela viu que eu não falaria mais nada sobre esse assunto e decidiu ficar quieta também. Um tempo depois ela disse que tinha que ir, que tinha que revisar as matérias da prova. Eu a abracei e a levei até a porta, mas antes de ir embora ela segurou forte em minhas mãos e falou.

—Rose, às vezes é melhor sofrer pelo que deu errado, do que viver arrependida por nunca ter tentado. –Dizendo isso ela beijou a minha testa e foi embora.

Eu voltei pro quarto e fiquei deitada encarando o teto, nem sei quanto tempo fiquei assim. Em algum momento eu peguei no sono.

Quando acordei com o despertador tocando, vi que já era de manha. Meu Deus, quanto tempo eu tinha dormido? Umas dezesseis horas pelo menos.  Levantei um pouco grogue e fui pro banheiro, tomei banho e quando voltei pro quarto decidi dar uma olhada no celular. Eu tinha duas mensagens recebidas, meu coração acelerou quando vi que eram de Dimitri.

“Rose, por favor, a gente pode se encontrar no final da aula?”

“Caso você decida me encontrar, vou estar na biblioteca te esperando.”


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Notas finais do capítulo

Ai ai ai em...O que será que o Dimitri quer falar com a Rose? Será que ela vai continuar se mantendo afastada?
O que eu quero falar com vocês é o seguinte, eu sei que é chato pedir comentários, mas essa é a unica forma do autor saber se estão gostando ou não da fic.. A historia já está com 16 acompanhamentos, então da pra sair um numero legal de comentários ne? Afinal, se você tem cinco minutos pra ler, tem um pra comentar....
O próximo capitulo já está pronto, e já adianto que o Adrian vai aparecer juntamente com outra personagem não tão querida assim, mas só vou postar o capitulo assim que tiver um numero bom de comentários...É isso meu povo...
Beijoooooooooooos!



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