Heart Attack escrita por Ciin Smoak


Capítulo 20
Heart Attack


Notas iniciais do capítulo

Voltei e confesso que chorei como uma criancinha escrevendo esse capitulo, mas vamos deixar a choradeira pro epílogo né? Por enquanto, vamos apenas apreciar o ultimo capitulo dessa fanfic que conquistou um lugar eterno no meu coração!!!



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Eu me sentia dormente, como se minha mente estivesse acordando de um longo sono. Ainda não conseguia abrir os olhos ou falar, era como se eu ainda dormisse, mas eu estava começando a ter consciência de tudo a minha volta.

Onde eu estava?

Por que eu não abria os olhos?

Por que eu não conseguia sair desse limbo de inconsciência?

Senti uma mão segurando a minha e a sensação foi reconfortante.

—Roza acorda, por favor.

Dimitri? O que ele estava fazendo aqui? Aliás, onde era aqui?

Eu queria apertar a sua mão e dizer que eu estava bem, que eu o ouvia e que meu amor por ele era gigantesco, mas eu não conseguia, eu não conseguia me mover ou abrir os olhos. Era como se a minha alma estivesse viva, mas o meu corpo estivesse totalmente morto, eu estava presa dentro de mim mesma.

Tasha!

De repente tudo começou a voltar a minha cabeça, a minha noite com Dimitri, Tasha aparecendo na minha porta armada e a queda do telhado. Será que eu estava morrendo? Seria esse o motivo que me impedia de acordar e olhar nos olhos dele?

Senti o aperto em minha mão se intensificando e tentei me concentrar naquela sensação, eu não podia me desesperar agora, ele precisava de mim.

—Precisamos ter fé Dimitri, minha menina é forte. –Era a voz da minha mãe, se eu pudesse chorar, choraria de alivio por saber que ela estava bem.

—Eu sei Janine, mas ela já está assim há três semanas. Eu não aguento mais isso, não suporto ver a minha Roza nesse estado.

Três semanas? Eu estava desacordada durante todo esse tempo? A voz dele emitia tanta dor e minha mãe não estava muito diferente, minha única vontade era de colocar a cabeça dele em meu colo e dizer que tudo ficaria bem. Aos poucos minha mente me lembrava dos outros, Lissa, Mia, Eddie, Christian, como eles estariam com tudo isso? E Tasha, ela estava bem?

Eu passei boa parte da minha adolescência a odiando, mas agora eu via uma garota solitária e confusa. Tasha não era má, só estava muito doente e não tinha consciência dos seus atos, ela precisava de ajuda e ninguém enxergou isso antes.

Ouvi passos se afastando e de alguma maneira eu sabia que minha mãe estava saindo para que Dimitri tivesse um momento a sós comigo, senti sua mão afagar os meus cabelos e suspirei internamente. Era estranho, sentir tudo e não poder demonstrar nada, saber que minha mente estava ativa, mas meu corpo estava completamente inerte. Era assustador.

—Ei meu amor, por favor. Se você estiver me escutando, volta pra mim. Eu te amo, eu preciso de você Roza. Eu sei que você é forte e por isso eu te peço, luta Rose, luta pra acordar, não desiste de mim, da gente. Sua mãe, Lissa, Eddie, Christian, Mia, Bianca, Adrian, Vikka, minha mãe, todos te amam e precisam de você, volta pra gente.

Eu queria dizer que eu estava tentando, mas era como se um peso enorme estivesse em cima de mim, me impedindo de acordar. Eu queria dizer que o amava e que eu queria voltar pra ele e pra minha família. Eu estava fazendo tanta força pra conseguir falar e quanto mais eu me esforçava, mas eu sentia um aperto no peito. No começo eu estava ignorando esse aperto, falar com Dimitri era mais importante, mas foi ficando difícil fingir que nada estava acontecendo quando aquele aperto foi se transformando em uma dor incômoda.

A dor foi aumentando gradativamente e eu fui ficando mais desesperada, aquilo não passava e meu peito já doía tanto que eu queria voltar ao estado de inconsciência onde eu não sentia nada.

—Roza? Meu Deus, não. Janine socorro! –Em meio à dor pude ouvir Dimitri gritando e logo senti sua mão soltando a minha, eu queria gritar pra que ele ficasse eu não queria ficar sozinha, estava doendo tanto e eu tinha medo de me perder em meio à dor.

—Ela está tendo uma parada cardíaca, tragam o balão de ar e o desfibrilador agora!

Era a voz da Janine, ela estava com o modo “super médica” ativado, mas eu podia ouvir o desespero por trás da fachada.

Depois de ouvir a frase da minha mãe tudo voltou a ficar escuro, eu não ouvia mais nada e não sentia nada além da dor dilacerante no meu peito.

Eu estava tendo uma parada cardíaca.

Eu estava morrendo.

A dor já havia chegado a um nível tão insuportável que eu faria qualquer coisa pra que ela parasse, eu não aguentava mais, eu não era forte o suficiente. Senti as mãos da escuridão me puxando pro fundo e me deixei ir, eu estava tão cansada e sabia que assim que ela me levasse completamente eu iria poder descansar, a dor iria finalmente parar e eu poderia ficar em paz.

Algo me dizia que eu deveria ficar e lutar por algum motivo, mas eu não conseguia me lembrar que motivo era esse, nada mais existia além da dor e da escuridão que tentava me livrar dela. Cansada de lutar, eu apenas relaxei e desisti.

Quanto mais afundava, mais leve eu me sentia. Eu sabia que tudo estava acabando e logo eu poderia descansar, quando já estava quase que submersa no manto da escuridão, percebi uma fraca luz brilhando acima de mim, o que era aquilo?

A luz acima de mim foi ficando mais forte e eu logo percebi o que era...

Lembranças!

—Ei você tá bem? –A menina loira apenas negou com a cabeça e continuou chorando enquanto apertava o joelho que sangrava. –A minha mãe cuida de gente doente e ela me ensinou a cuidar também, eu posso cuidar do seu dodói. –Os olhos dela pareceram brilhar e ela concordou com a cabeça, corri pra dentro da minha casa e peguei o remédio e o esparadrapo que minha mãe sempre usava quando eu caía e ralava o joelho e corri pra fora.

Cuidei do machucado dela e quando terminei ela parecia feliz, já havia parado de chorar.

—Pronto, agora o seu dodói vai sarar. –A menina loira sorriu e me abraçou. –Eu sou Lissa. –A abracei de volta e fiquei feliz por ter ajudado ela. –Eu sou a Rose. –Lissa sorriu e eu percebi que ela estava com uma janelinha assim como eu. –Obrigada por cuidar do meu dodói Rose, você quer ser minha amiga? –Eu também sorri e me sentei ao lado dela. –Quero!

...

—Mamãe, eu pintei errado. Agora o meu desenho tá feio. –Eu sentia uma dor estranha no coração e chorei pra que a dor passasse. Minha mãe me pegou no colo e me abraçou forte até que eu parasse de chorar. –Querida, sabe o que nós fazemos quando algo dá errado? –Eu neguei com a cabeça. –A gente conserta, podemos pintar o desenho de novo, só não quero que você chore está bem? Você tem um sorriso tão lindo. –Eu sorri e abracei minha mãe, a dor no coração tinha passado, ela ia me ajudar a pintar outro desenho e agora eu estava feliz.

...

Meu pai sorria pra mim enquanto afagava os meus cabelos, eu estava em seu colo e estava quase dormindo. –Você sempre vai ser a minha princesa dos olhos castanhos querida!

...

—Lissa e Christian tão namorandooooooooooo... –Todos nós fazíamos um coro bem alto no meio do estacionamento e minha amiga parecia um pimentão. –Hahaha muito engraçado, vamos Mia. A gente tem aula de física. –Lissa saiu puxando Mia pelo braço enquanto a mesma ria, eu comecei a andar junto com o Eddie quando ouvi Christian nos chamando. –É, eu só queria agradecer, vocês sabem, por me ajudarem a pedir a Lissa em namoro. Eu sei que foram os dois que armaram pra que a gente se encontrasse no parque ontem.

Eu e Eddie trocamos sorrisinhos cumplices e nos aproximamos do esquentadinho. –Nós te amamos Christian, você é nosso amigo.

—É, nós faríamos qualquer coisa por você, mas eu espero que você guarde bem essas palavras garoto tocha, porque elas nunca mais vão se repetir. –Christian nos puxou para um abraço enquanto sorria abertamente. –Amo vocês dois seus trouxas, obrigada!

...

—Obrigada por tudo Mia, eu tava tão perdida quando cheguei em casa, não sabia o que fazer. De alguma forma, eu não me sentia a vontade pra falar disso com ninguém, mas foi simples falar com você.

—Não precisa agradecer, você é minha amiga e eu sei que você faria o mesmo por mim.

Sim, eu faria o mesmo por ela. Ela, Lissa e minha mãe eram as pessoas que eu mais amava no mundo.

...

—Com licença, você esqueceu isso. –Dizendo isso ele me estende o meu celular. Droga, como eu pude ser tão desastrada?  Olhei pra ele e me segurei pra não me perder naqueles olhos. –Éééééer, obrigada. –Ele sorriu pra mim e levantou as sobrancelhas.

—De nada? –Percebi que ele queria saber o meu nome. –Rosemarie Hathaway, mas pode me chamar de Rose.

—Ok Rose, eu sou Dimitri, Dimitri Belikov, é um prazer conhece-la. –Ele beijou a minha mão como os caras faziam naqueles filmes antigos e juro que nessa hora senti uma eletricidade passar pelo meu corpo, acho que ele também sentiu já que se afastou rapidamente e deu um sorriso de canto.

...

—Ah Rose, pode me chamar de Vikka. –Eu franzi o cenho. –Pensei que os russos eram sérios com apelidos, do tipo, só a família e os mais íntimos podiam chama-los assim. –Ela sorriu travessa pra mim. –E quem disse que você não é da família?

...

—Roza, você tá bem? Eu te machuquei? –Sorri diante da sua preocupação e entrelacei nossas mãos. –Não, foi incrível. Obrigada por ter sido tão carinhoso comigo. –Mesmo sem olha-lo eu sabia que Dimitri estava sorrindo. –Eu te amo. –Apoiei a cabeça no seu peito e olhei em seus olhos. –Eu também te amo meu amor.

..............

E assim, uma por uma, todas as lembranças foram voltando. Não foi um processo doloroso, foi fácil, como respirar.

Agora eu sabia porque precisava lutar, agora eu sabia porque precisava ficar viva. Eles me amavam e precisavam de mim, o quão decepcionados todos ficariam caso eu desistisse? Eu os amava incondicionalmente, minha família, eu aguentaria qualquer dor pra ficar ao lado deles.

Lutei pra sair das sombras, quanto mais elas tentavam me puxar, mais eu tentava me erguer. Eu sabia que precisava chegar até onde a luz estava, era o único modo de continuar perto daqueles que me amavam.

Quanto mais longe das sombras eu ficava, maior era a dor no meu peito, mas eu lutaria contra aquilo, nenhuma dor iria me parar. Eu iria viver!

“Eu não vou desistir camarada!”

Esse foi o meu ultimo pensamento antes de adentrar a luz.

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Abri os olhos com dificuldade e a luz feriu as minhas retinas, pisquei diversas vezes até conseguir os manter abertos e respirei aliviada quando pude enxergar novamente. Havia sido tão difícil abandonar o conforto das sombras e lutar pra viver, por um momento achei que não fosse conseguir.

Memórias!

Foram as minhas lembranças que me deram forças pra lutar, eu tinha pessoas que me amavam muito e eu não podia desistir delas, Deus sabe como eu ainda precisava importunar a vida de muita gente.

—Ai meu Deus, Rose?

Movi lentamente a cabeça em direção à voz e me deparei com Lissa e Mia me olhando espantadas. Dei um sorriso fraco pra elas e olhei em direção à jarra de água, Mia rapidamente entendeu e correu para buscar um pouco pra mim, Lissa me ajudou a erguer a cabeça enquanto ela me ajudava a beber, mesmo engasgando algumas vezes, aquilo havia sido revigorante.

—Fica com ela Lissa, eu vou chamar a tia Janine. –Mia já ia saindo do quarto quando eu finalmente achei a minha voz. –Espera. –Minha voz estava fraca e soava mais como um grunhido, mas as duas pareciam emocionadas em poder ouvi-la novamente. –Eu amo vocês duas, pra sempre.

Mia e Lissa sorriram pra mim e correram pra me abraçar levemente.

—Nunca mais faça isso, ficamos tão preocupadas com você. Não podemos viver em um mundo onde Rose Hathaway não exista. –Sorri diante das palavras de Lissa e percebi que assim como eu as duas choravam silenciosamente.

Eu havia conseguido. Eu havia lutado pra viver e venci!

—Minha filha! –As meninas se afastaram o suficiente pra dar espaço pra minha mãe, ela correu até mim e me abraçou o mais delicadamente possível, mas ao contrario das meninas ela segurou as lágrimas. Eu sabia o quanto minha mãe estava emocionada, mas ela ainda era uma médica e agiria como tal. –Você está sentindo alguma coisa? Tontura? Náusea? –Eu apenas neguei com a cabeça e ela suspirou aliviada, acho que isso deveria ser um bom sinal. –Meu bem, você vai ter que fazer muitos exames, mas tenho quase certeza que ficará bem, Deus sabe que eu preciso de você querida.

Engoli a força o bolo em minha garganta e sorri pra ela, mas duas questões ainda me atormentavam e vi que minha mãe seria a pessoa mais indicada para responder uma delas.

—Mãe, o que aconteceu comigo? –Ela respirou fundo e segurou minha mão. –Bem, você quebrou duas costelas, teve a panturrilha perfurada e sofreu um traumatismo craniano mediano, por isso ficou desacordada por tanto tempo.

—Quando tempo eu fiquei desacordada?

—Bem querida, ao total foram quarenta e dois dias. Mas...

—Mas? –Eu estava curiosa, será que eu apenas imaginei toda aquela situação? Não, não era possível.

—O seu quadro era instável até você completar três semanas de coma, você teve uma parada cardíaca e por alguns segundos achei que realmente tínhamos perdido você, mas o pior não aconteceu, graças a Deus e depois disso o seu estado clínico passou a melhorar consideravelmente e então nós sabíamos que era uma questão de tempo até você acordar, precisávamos apenas esperar que sua mente e seu corpo se recuperassem e voltassem à ativa.

Assoviei enquanto revirava os olhos e arranquei risadas das mulheres da minha vida.

—Onde ele tá? –Não precisei dizer nome nenhum, todas ali sabiam a quem eu estava me referindo. Dessa vez foi Mia a me responder. –No começo ele não queria sair do seu lado pra nada, mas nós o convencemos de que ele ficar nesse estado não ia te ajudar. Ele ficou aqui no hospital todo esse tempo, comia e tomava banho por aqui mesmo, só ia pra casa na hora de dormir por muita insistência da mãe dele. Agora ele tá na praça de alimentação. –Meu coração parecia inflado dentro do peito diante do amor gigantesco que eu sentia por esse garoto, ele não me abandonou por nenhum momento. –Mãe, chama ele por favor?

—Claro querida, mas vocês precisam conversar rapidamente, você tem que fazer uma série de exames mocinha. –Apenas assenti com a cabeça e observei minha mãe saindo pela porta.

Assim que ela deixou o quarto, virei o rosto pras meninas e me ajeitei mais confortavelmente na cama.

—O que aconteceu com a Tasha? Ela tá bem?

As duas se entreolharam e Lissa se aproximou um pouco mais.

—Ela teve alguns ferimentos, mas está bem, pelo menos fisicamente. Ela está internada e vai ter que passar uma temporada em um hospital psiquiátrico, é por pouco tempo, só até o tratamento começar a fazer efeito.

—Nós devíamos ter percebido que ela estava doente, ela só precisava de ajuda. –As duas concordaram com a cabeça e Mia também se aproximou a da minha cama. –No final das contas a Vacasha não era tão vaca assim, ela estava perdida e acho que quando ela sair desse tal hospital, podemos dar uma chance pra ela, uma chance de verdade. Mas tenho que dizer que é muito nobre da sua parte perdoar ela, depois de tudo o que aconteceu. –Dei de ombros e senti as minhas costelas protestarem com o movimento. –Não tem nada a ser perdoado, ela está doente, isso pode acontecer com qualquer um.

—Roza? –Dimitri estava na porta ofegante e estava mais lindo que nunca, ele se aproximou lentamente da minha cama e pelo canto do olho pude ver as meninas deixando o quarto pra nos dar privacidade. –Oi meu amor, eu tô bem agora. –Ele parecia prestes a chorar. –Senti tanto a sua falta, achei que fosse te perder.

Apenas neguei com a cabeça e segurei sua mão.

—Quando sua mãe me ligou me dizendo que você estava no hospital eu surtei, vim correndo pra cá e quando cheguei e te vi ligada a todos aqueles aparelhos o meu chão sumiu, eu fiquei com ódio da Tasha por alguns dias, mas quando ela veio falar comigo eu percebi que ela estava doente e aí não teve como manter esse rancor, além do mais eu não tinha tempo pra isso, minha única preocupação era você. –Senti o aperto da sua mão se intensificando ao mesmo tempo em que sua mão livre ia diretamente pros meus cabelos, fechei os olhos suspirando satisfeita diante da carícia. –Não tenha raiva da Tasha, eu não tenho. Ela é sua amiga e apesar de toda a minha implicância hoje eu percebo que ela estava doente e só precisava de um amigo, você foi esse amigo camarada.

Ele apenas deu um leve sorriso e assentiu.

—Sabe, no dia que você teve aquela parada cardíaca eu achei que morreria também, eu estava do seu lado, conversando com você e de repente você começou a ter convulsões e o aparelho ligado a você começou a apitar loucamente, me colocaram pra fora do quarto e a única coisa em que eu pensava era no quanto queria que você tivesse escutado tudo o que eu te falei naquele dia. –A essa altura do campeonato, as lágrimas já caíam livremente dos olhos dele e eu não estava muito diferente. –Mas eu escutei camarada.

Dimitri me olhou surpreso e abriu a boca como se quisesse falar algo, mas nada saiu.

—Eu ouvi você, dizendo que me amava e me pedindo pra não desistir. Quando eu comecei a sentir aquela dor no peito, eu estava tentando acordar e te dizer que eu também te amava, mas tava doendo tanto e por um momento eu deixei a escuridão me levar, eu quis morrer, porque eu queria descansar. Mas aí eu me lembrei de todas as pessoas que eu amava, me lembrei de você me pedindo pra não desistir e eu lutei, lutei pra ficar viva porque eu precisava te falar que eu jamais desistiria de você. Você é o amor da minha vida, camarada!

—Você também é o amor da minha vida Roza, Deus sabe o quanto eu amo você. –Percebi que ele parecia desconfortável naquela posição devido a sua altura e me afastei dando espaço pra ele se sentar na cama. –Acho melhor não Roza, você ainda está em um estado delicado, ai. –Ele me olhou espantado enquanto eu o encarava feio e sim eu o belisquei. –Dimitri Belikov, senta nessa droga de cama agora e me beija, não me faça levantar daqui ou eu vou me machucar mais e depois eu machuco você, não se esqueça de que eu ainda posso jogar aquela escrivaninha na sua cabeça. –Dimitri gargalhou e rapidamente se sentou ao meu lado cuidadosamente. –A senhorita manda!

Meu russo se abaixou e encostou os lábios nos meus, a sensação foi enervante e pela primeira vez desde que acordei eu me senti realmente completa, movimentei os lábios contra os de Dimitri e logo ele pediu passagem com a língua, o beijo foi suave e cauteloso, mas não deixou de ser maravilhoso. Logo nos afastamos por falta de ar e Dimitri voltou a segurar minha mão.

De repente eu comecei a rir descontroladamente, pelo menos o tanto que as minhas costelas me permitiam. Dimitri pareceu espantado e me encarou com dúvida.

—Eu nunca disse sim pro cara certo, sempre achei que se eu me apaixonasse teria um ataque cardíaco e não é que eu tive um? –Dimitri me olhou estupefato, mas logo começou a rir também. O humor negro de Rose Hathaway havia voltado.

—Eu te amo Roza. –Dimitri se abaixou novamente e voltou a colar a sua boca na minha, sorri em meio ao beijo ao constatar que depois de tanto fugir do amor, ele havia conseguido me encarcerar e eu sabia que seria uma eterna refém desse sentimento.

Amar Dimitri era a melhor coisa que havia me acontecido e eu definitivamente estava ansiosa pelo nosso “felizes pra sempre”!

Sim, eu havia me tornado um clichê ambulante e quer saber?

Eu não poderia estar me importando menos...


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Notas finais do capítulo

Aí está meninas, o que acharam? Gostaram do final da fanfic? Aguardem o epílogo meus amores...
A proposito, leitores fantasmas, vamos comentar que a chance já está acabando né? Quem quiser recomendar a fic e me dar esse ultimo presente pode ficar a vontade também viu? kkkkkkkkk
Beijooooooooooooooooooooooooooos!!!!!



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