Heart Attack escrita por Ciin Smoak


Capítulo 10
And there's no one else to blame


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora, prometo que não vou demorar tanto pra postar o próximo capitulo..
Agora PARA TUDO, a fic recebeu a sua primeira recomendação e foi da linda Jéssica Salvatore, muito obrigada pelas palavras e pelo carinho, por estar sempre comentando e me cobrando no pvd por capítulos novos kkkkkkkkkkkk...
Esse capitulo é dedicado a você flor!!!
Leiam as notas finais em.



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Filha da puta, desgraçada, miserável!

Eu vou matar essa vaca, quem ela pensa que é? Mal conhece o Dimitri e já está cheia de intimidade? Já está rolando até beijinho no rosto, daqui a pouco ela vai querer beijar outro lugar, oferecida.

“Mas, ele também te deu um beijo no rosto e ainda por cima no primeiro dia em que vocês se conheceram.”

Rapidamente eu mandei a minha consciência ficar quieta, eu estou com raiva, não quero ser racional, quero quebrar a cara de alguém. Eu realmente precisava me acalmar, eu não sou uma pessoa violenta, nunca tive um ataque desses, mas por mais que eu quisesse negar estava bem claro o motivo da minha explosão: ciúmes. Respirei fundo e continuei o meu caminho pra biblioteca que era o lugar perfeito pra mim nesse momento, ela estaria vazia já que a bibliotecária também fazia uma pausa no intervalo e eu poderia sentar e me acalmar.

Dei graças a Deus quando entrei no recinto, decidi procurar algum livro, ler sempre me relaxava. Fui diretamente pras prateleiras do fundo, onde ficavam os livros de terror. Sim, eu precisava de terror agora, nada de romance ou drama. Mal comecei a olhar os títulos quando senti alguém me puxando bruscamente.

—Qual é o seu problema Rose?

Dimitri estava muito nervoso, os lábios formavam uma linha rígida e os olhos chocolate pareciam estar pegando fogo. Qual o meu problema? Ele fica de gracinha com a inimiga e eu tenho um problema? Péssima hora pra vir me atormentar camarada, péssima hora.  Puxei o meu braço com certa rudez e o empurrei pra que ele se afastasse.

—Qual é o me problema? Sou eu que tenho problemas aqui? O único que com certeza tem um problema é você Belikov. –Eu estava quase espumando pela boca, Dimitri não estava diferente. –Sim, é você mesma. Você chega à aula e não fala comigo, me viu chegando no pátio com a Tasha e deu as costas e é claro como se não bastasse estava de papinho com o Adrian no meio do corredor só pra me provocar. –Ele não disse isso. Meu Deus me segura. –Escuta aqui Belikov, eu converso com quem eu quiser, e só pra esclarecer eu não estava te provocando, eu sequer sabia que você estava naquele corredor e outra, quem você pensa que é pra vir querer tirar satisfações comigo? Você não é meu pai, muito menos meu namorado, você não é nada pra mim.

—E você também não é nada pra mim e em hipótese alguma eu iria querer ser o seu namorado. –Eu o machuquei com as minhas palavras e agora ele queria me machucar também, mas estávamos tão nervosos que não ligávamos pra isso. –Se você não quer nada comigo, por que está aqui agora? –A minha pergunta pareceu pega-lo de guarda baixa, ele parecia não saber o que responder então me aproveitei da situação. –O gato comeu a sua língua? Sem problemas, eu respondo por você. Você está aqui porque achou que eu ia ficar correndo atrás de você, está se doendo porque me viu conversando com o Adrian sendo que passou o tempo inteiro com a Tasha.

—A Tasha é minha amiga, eu a ajudei porque ela está com dificuldade em química, matéria essa que a proposito eu fazia dupla com você lembra? –Ele estava praticamente rosnando pra mim.

—Eu sei muito bem disso, agora me explica uma coisa, vocês são uma dupla só em química ou já viraram um casal? Porque com toda aquela intimidade, é o que parece. –Dimitri revirou os olhos e cruzou os braços, deixando os seus músculos em maior evidencia. –Ela é minha amiga, eu já disse e a proposito a minha amizade com a Tasha não te diz respeito. –Ele praticamente gritou essa ultima parte. Quer aumentar o tom de voz camarada? Beleza. –Não me interessa se ela é sua amiga, namorada, peguete, concubina ou o caramba e a minha amizade com o Adrian também não te diz respeito.

A cada palavra dita eu dava um empurrão nele, eu já estava prestes a soca-lo tamanha a minha raiva.

Os acontecimentos seguintes foram tão rápidos que foi difícil de processar. Em um minuto eu estava socando o peito de Dimitri com toda a força e raiva que eu tinha, no outro estava sendo jogada contra uma das prateleiras. Eu sentia o corpo de Dimitri encostado em cada parte do meu, sua respiração já se misturava com a minha.

Como se estivéssemos seguindo um instinto, eu levantei o rosto ao mesmo tempo em que ele abaixava o dele e logo nossas bocas estavam se encostando. Eu sentia o meu corpo quente, mas sabia que tinha que me afastar, então coloquei as mãos em seu peito e tentei empurra-lo, mas isso pareceu fazer com que ele ficasse mais decidido, Dimitri me apertou ainda mais contra si. Logo sua língua explorava a minha boca com fome e eu não pude evitar que minhas mãos se dirigissem ao seu pescoço e o puxasse ainda mais pra mim, se é que isso era possível.  Eu nunca tinha sido beijada daquela forma, era quente e eu não conseguia parar de ofegar, a língua dele se movia com força sobre a minha e suas mãos passeavam pelas minhas costas deixando rastros quentes onde ele tocava.

Em meio ao beijo eu mordi o seu lábio inferior e isso pareceu ser o fim do autocontrole do russo que já estava muito escasso, diga-se de passagem. Suas mãos desceram pra minha bunda e ele me puxou pra cima, automaticamente cruzei as pernas em sua cintura e senti a sua respiração quente eu meu pescoço, Dimitri começou a mordiscar a região enquanto eu colocava as mãos por dentro da sua camisa e o arranhava levemente.

Estava tudo muito rápido, eu não conseguia pensar direito com ele tão próximo a mim.

 Fomos interrompidos quando escutamos o barulho da porta se abrindo, num surto de consciência eu descruzei as pernas da sua cintura e o empurrei pra longe. Ambos estávamos ofegantes, eu tinha que sair dali agora. Arrumei meu cabelo e caminhei pra fora do corredor, com ele atrás de mim, demos de cara com a bibliotecária, apressei o passo e saí rapidamente da biblioteca enquanto escutava a senhora Dessen resmungar:

—Esses jovens de hoje em dia não tem mais juízo pra nada.

Eu me apressei mais ainda, precisava ir embora agora, não tinha condições de ficar na escola. Estava quase virando o corredor quando o senti segurando o meu braço, eu simplesmente não podia recomeçar aquela discussão, então respirei fundo e me virei lentamente pra ele com a maior cara de paisagem que eu consegui fazer.

—Nunca mais compare o Adrian com a Tasha, você a conhece há três semanas, eu conheço ele há três anos.

Dizendo isso, soltei o meu braço rapidamente e caminhei pra sala de português já que a minha mochila estava lá, peguei-a e praticamente corri pra fora da escola, ele não me seguiu.

Entrei no meu carro e joguei a mochila no banco de trás, as lágrimas já se acumulavam nos meus olhos e eu me obriguei a bloquear da mente essa discussão com o Dimitri, pelo menos até chegar em casa. Eu tinha que me controlar ou acabaria causando um acidente de transito.

Posso agradecer por ter um timing perfeito, a cada minuto ficava mais difícil de controlar as lágrimas que pareciam querer pular dos meus olhos e quando já não estava mais aguentando segurar avistei a minha casa.

“Vamos lá Rose, só mais alguns segundos.”

Estacionei o carro e saí correndo, graças a Deus minha mãe estava no hospital. Demorei um pouco pra conseguir colocar a chave na fechadura, já que minhas mãos tremiam, mas quando finalmente consegui, entrei em casa e desabei.

Sentei-me no chão da sala e chorei, chorei muito. Meus Deus, o que tinha acontecido? Nós falamos coisas horríveis um pro outro e eu sei que nada daquilo era verdade, ele gosta de mim assim como eu gosto dele, mas estávamos tão nervosos. Eu queria machuca-lo, faze-lo sentir a mesma dor que eu estava sentindo e Dimitri pareceu querer fazer a mesma coisa.  Estávamos em uma tensão tão grande que explodimos e nos beijamos daquela maneira. Eu ainda podia sentir os seus lábios no meu pescoço, as suas mãos passeando pelo meu corpo, eu já tinha percebido que não podia confiar em meu corpo quando estava perto dele.

Ao mesmo tempo em que eu me sentia triste, eu me sentia acalorada pelos beijos. Jesus, que confusão, as lágrimas desciam sem parar do meu rosto, minha cabeça doía. A culpa era minha, fui eu quem quis trocar de dupla, fui eu que me afastei dele, a Tasha tentaria de qualquer forma, mas se eu estivesse presente ela não teria a força que tem agora. Sobre o Adrian eu nem tinha o que dizer, ele teve atitudes ruins, mas se arrependeu e me pediu desculpas e eu não posso e nem quero dar as costas a um amigo antigo por causa de algo tão idiota.

 Levantei-me devagar e subi para o banheiro, peguei um comprimido pra dor de cabeça e lavei o rosto, eu estava um pouco mais controlada. Desci novamente pra poder tomar o remédio e o engoli com uma quantidade generosa de água. Estava voltando pra sala quando a campainha tocou, caminhei lentamente até a porta e quando a abri dei de cara com Mia que nem me deixou falar e já foi entrando.

—Eu vou pra cozinha fazer brigadeiro enquanto você sobe, toma um banho e coloca uma roupa fresca, isso vai ajudar você a se acalmar e depois nós conversamos. –Eu realmente não estava acostumada com a Mia bancando a protetora, quem fazia isso era a Lissa. –Como assim? Você me viu sair da escola? Os outros também viram? –Mia suspirou. –Não Rose, ninguém viu, só eu. Assim como também só eu vi você saindo do pátio e o Dimitri indo atrás de você. Agora, suba e tome um banho, daqui a pouco nós conversamos ok?

Eu apenas assenti e fui pro meu quarto. Entrei em baixo do chuveiro e deixei que a água levasse todas as minhas frustrações embora.

Mia estava certa, eu já me sentia um pouco melhor.


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Notas finais do capítulo

E esse é o famoso "entre tapas e beijos"... Agora como será que o Dimitri e a Rose vão concertar as coisas? Quem será que vai tomar a iniciativa? E a Mia bancando a responsável, isso não é típico dela.
Agora, um presentinho pra vocês...

—Mas você tem certeza que está bem né? -Suspirei, Lissa exagerava na preocupação. -É claro que estou, foi só uma dor de cabeça, eu vim pra casa e tomei remédio, pronto, estou nova em folha senhorita Dragomir. -Daqui eu podia sentir o alívio dela. -Ok então, mas qualquer coisa me liga tá, você sabe que eu me preocupo com você.
Sorri pro teto.
—Sim senhora mamãe. -Escutei Lissa rindo. -Idiota, até amanha e se cuida tá. Beijos.
—Até amanha, beijos.
Desliguei o telefone e o joguei sobre a cama, meus olhos pesavam, eu estava muito cansada afinal o dia tinha sido exaustivo, emocionalmente falando. Estava quase cedendo ao sono quando escutei um barulho na minha janela, parecia uma batida, mas quem estaria batendo na minha janela? Meu quarto fica no segundo andar!
Caminhei cautelosamente, estava preparada pra qualquer coisa. Vai que é um ladrão, sei lá.
Abri a janela rapidamente e levei um susto com o que vi.
—Você?

E aí, ansiosas pro próximo? Não deixem de comentar em e quem quiser e estiver gostando da historia deixa lá o seu favorito, a sua recomendação. E a proposito, me sigam no Twitter @Cinthya_dorileo ,sigo todos de volta, lá eu sempre posto coisas sobre os casais que eu gosto e sobre o andamento das fics, é uma forma pra gente interagir e se conhecer melhor...
Beijoooooooooooooooos!



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