Alone escrita por F Lovett


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

OLAR!

Hoje não venho com Hayffie, que tem sido o que eu mais postei nesses últimos 2 anos haha

Faz um tempo que eu tenho essa vontade de escrever algo relacionado a Delphi, mesmo não tendo simpatizado tanto assim com Cursed Child. A ideia dessa fic me veio ontem no trabalho e quando larguei tava quase terminando. Então consegui esse tempinho agora pra postar. Espero que gostem.

Boa leitura ;)



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A chuva caía fraca de início. E ali, no Largo Grimmauld, um pequeno terreno abrigava algumas lápides da família que residia no número 12. 

Narcissa havia chegado 10 minutos após o combinado. Acreditou que isso daria um pouco de privacidade à sua sobrinha. Chegava até a ser estranho pensar nessa palavra. Mesmo já tendo da parte de Andromeda, Narcissa jamais imaginaria sua outra irmã com um filho. 

Ela observou a garota de longe, de joelhos sob a chuva que não parava de cair. Por um instante Narcissa pensou em se adiantar até ela e oferecer seu guarda-chuva conjurado, mas achou melhor aguardar mais um pouco. Ela parecia precisar de mais um tempo de privacidade. 

Enquanto isso, Delphi estava avulsa a tudo ao seu redor. E mesmo que não esperasse que pudesse sentir tudo aquilo quando se deparasse com a lápide da sua mãe, uma lágrima arriscou descer pelo seu rosto, misturando-se rapidamente a água da chuva. Sua mente foi tomada por pensamentos de como seria se ela ainda estivesse ali, se eles ainda estivessem.  

Mas eles não estavam e ela havia aprendido a lidar com isso desde pequena. 

Mesmo assim, se pegou pensando nas possibilidades. No entanto, sua decisão já havia sido tomada.  

Delphi se demorou um pouco mais até se render a necessidade de conjurar seu guarda-chuva e se levantar, deixando o pequeno buquê improvisado jazer sobre a lápide. E esse foi o momento em que Narcissa achou mais conveniente para se aproximar da sobrinha, que logo pôde ouvir seus passos até parar ao seu lado. 

Ambas observaram a lápide por alguns instantes em silêncio. 

— Vocês conseguiram trazer o corpo dela... - Delphi diz, ainda com o olhar baixo. 

— Apesar de tudo, são os direitos da família - disse Narcissa. - Não conseguiria nem imaginar o que poderiam fazer se simplesmente... deixássemos lá. 

— Achei que tivessem fugido. 

— E fugimos – ela concordou. - Mas logo recebemos a notícia e resolvi tomar uma atitude. 

Delphi deu de ombros com um sutil sorriso nos lábios. 

— Foi legal da sua parte fazer isso. 

— Era o mínimo que eu podia fazer por ela – Narcissa fez uma pausa. Foi a vez dela de sorrir. - Se ela não fosse tão desequilibrada... Acho que teria sobrevivido – mais uma pausa. Delphi deu de ombros para fitá-la. - Na verdade, acho que não - ela deixou escapar um suspiro de lamento. - Ela era inteligente, forte... mas ao mesmo tempo tão burra! 

Aquilo acabou arrancando um leve sorriso de Delphi.  

A chuva começou a cessar e elas baixaram suas varinhas. Narcissa permanecia com seu capuz. 

— Delphine... - ela disse, virando-se de frente para a sobrinha, tomando as mãos dela nas suas. - Você é tão jovem, tão linda... Me prometa que não vai cometer os mesmos erros da sua mãe. 

Delphi respirou fundo, fitando suas mãos. 

— Agradeço sua preocupação - ela disse. - Mas eu já tomei a minha decisão, tia.  

Narcissa sabia que não conseguiria mudar a opinião da garota. Era a primeira vez que estava tendo uma conversa com ela, nada de apenas vê-la de longe, sem deixá-la saber quem é. Delphi já tinha sua opinião formada. Era tarde demais para tentar mudar isso e Narcissa já sabia muito bem. Ainda assim, franziu o cenho, preocupada com o que poderia vir a acontecer com aquela garota. Só a tinha acompanhado de muito longe, mas mesmo assim tinha uma grande afeição por ela.  

Por outro lado, não era da natureza de Delphi sentir carinho por alguém, como estava acontecendo naquele momento. Mas, de qualquer forma, não mudou sua decisão. 

Narcissa deu-se por convencida e assentiu com a cabeça. Um impulso a fez abraçar a garota e ela se sentiu melhor por ter sido retribuída. 

— Qualquer coisa que precisar, pode procurar essa velha aqui, tudo bem? 

— Claro – disse Delphi. - Lembrarei disso. Obrigada. 

Elas tomaram um pouco de distância até Delphi prosseguir: 

— Eu só quero pedir uma coisa: não conte a ninguém sobre essa conversa que tivemos. Se perguntarem por mim, diga que não me viu, invente alguma coisa, mas, por favor, não conte sobre o que aconteceu aqui. 

— Claro – disse Narcissa rapidamente. - Claro, Delphi. Não contarei. 

De alguma forma, ela achou melhor não contrariar a garota à sua frente. Deu um pequeno sorriso de despedida antes de vê-la de virar para ir embora. 

Delphi não olhou para trás. Continuou sua caminhada sabendo exatamente o que tinha que fazer. E ninguém poderia pará-la. Ela murmurava para si mesma: 

— Eu sou o novo passado. Eu sou o novo futuro. Eu sou a resposta que esse mundo procurava.


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Notas finais do capítulo

1. Narcissa é a forma em que o nome dela é escrito em inglês, antes que apareça alguém querendo corrigir. Eu gosto de escrever os nomes em inglês mesmo.

2. No LIVRO a Bellatrix não vira pó. Então tem corpo sim.

Comentem e deixem a Lovett feliz! ♥



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