Boy Love Boy escrita por Ikary3000


Capítulo 16
16º Capítulo - O Passado de Bruno Parte 1




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Eu queria entender no que eu estou envolvido, mas talvez essa seja uma verdade que eu não vou conseguir compreender, queria saber por que o tempo parece passar muito rápido.

Faz uma semana que Gabriel foi embora, perguntei a Beatriz para onde ele pode ter ido? Mas nem ela é a melhor amiga dele, ele disse para onde ele foi?

Apesar de que eu estou confuso, aquele garoto chamado Rodrigo disse coisa que me abalaram um pouco, mesmo Gabriel contando sobre o seu passado e que ele havia mudado de alguma forma ainda sentia medo de que fosse verdade.

Gabriel, eu queria saber por que esta acontecendo agora? Por que você foi embora, eu sei que fui idiota, seu eu amo tanto você deveria ter acredito nas suas palavras, eu achava que você era infantil de mais por que não estava preparado para poder encarar as coisas do mundo, mas na verdade quem esta parecendo crianças sou, queria pode volta ao tempo e tentar corrigir o que eu fiz, mas agora é tarde, eu não sei o que fazer, você sumiu de repente.

— Bruno, eu sei que esta sendo difícil para você, mas Gabriel deve estar bem, ele não é mais criança.

— Eu sei, mas eu fui idiota. Gabriel disse que me amava de verdade, mas o que eu poderia fazer, aquele primo dele consegui me deixar abalado e agora eu não sei o que fazer.

— Eu desde principio sabia da relação de Gabriel com Rodrigo. Quando eu o conheci, a única coisa que ele falava é sobre o primo dele, Eu ficava ate irritada com isso, naquele tempo, ele parecia um robô, parecia que Rodrigo tem uma grande influência em Gabriel.

Fique pensando em como deveria ser o Gabriel bem antes de conhece o.

— Você precisava ver como ele ficou depois que o Rodrigo foi embora. Naquele mesmo dia que Rodrigo foi embora, encontrei Gabriel, sentado sozinho, perto dos portões da escola, eu fui conversar com ele, quando cheguei perto dele, estava chorando por causa do Rodrigo, foi aquele dia que ele começou a mudar dramaticamente, ele não parecia mais ele. Gabriel sempre foi quietinho, nunca gostou de ser envolver com muitas pessoas, ele começou a freqüentar alguns lugares, aquele Gabriel que eu conheci, já era outra pessoa, eu soube por intermédio de algumas pessoas que viram ele saindo com alguns caras mais velhos, Gabriel andava muito a noite, de vez quando ele faltava na escola, os professores começaram a notar as atitudes estranhas, como um aluno excelente, começou a mudar. Mas depois de algum tempo ele mudou.

— Eu queria saber onde Gabriel pode estar.

— Você tentou falar com o Rodrigo?

— Eu nem quero saber dele, ele falou uma coisa que esta me atormentando, eu fui idiota em não acreditar no Gabriel.

— Rodrigo, eu não posso lhe ajudar muito, deve ter algum motivo para ele não ter avisado ninguém.

— Eu tentei no serviço dele descobrir alguma coisa, mas eles me disseram que não poder dar qualquer informação de funcionário.

As noites pareciam ser engraçadas, eu sentava na minha cama e sentia falta de alguma coisa, olhava para o quarto e vi a cadeira que Gabriel sempre estava sentado quando estava no nosso quarto, peguei a nossa foto e fique vendo aquele rosto angelical que ele tem,  eu queria chorar, mas parecia que as lagrimas tinha secada.

Lembrei que a ultima vez que eu tinha visto ele, ele estava sentando naquela cadeira e chovia muito, ele estava tentando montar um quebra cabeça, e eu estava distraído lendo livro, ele sentou ao meu lado e me deu beijo de leve em meu rosto.

— Será que amanhã ainda vai continuar chovendo?

— Acho que sim.

— Que chatice ficar aqui em casa, eu queria pode sair com você faz tempo que não saímos juntos.

Aqueles foram as ultimas palavras de Gabriel, ele como sempre tentou fazer que a nossa relação desse certo e no final da historia, eu acabei caindo no jogo do Rodrigo,  mas agora eu não sei o que é verdade e o que é mentira, e eu estou sofrendo pela idiotice que eu acabei de cometer.

Gabriel, aonde você esta agora?

Eu me sinto muito sozinho sem você. Tenho medo de ficar sozinho. As lembranças trágicas do meu passado gostam de me atormentar quando não tenho ninguém para pode me ajudar nessa hora, eu preciso esquecer aquilo, eu não tive culpa no que aconteceu, eu não tive culpa.

A primeira vez que eu conheci Guilherme, eu tinha 13 anos, eu era um garoto que só queria saber de estudar, nunca ligue para as coisas que acontecia ao meu redor, eu sempre vivia meio que isolado de todo mundo.

Eu gostava da vida que eu tinha, achava que aquilo era perfeito, naquele tempo eu sabia os meus sentimentos, eu sabia que eu estava numa fase de mudança, e eu tentava esconder tudo o que eu sentia, eu sabia que se alguém soubesse que eu fosse gay, a minha vida não teria mais aquele sossego que eu sempre gostei.

Estava sentado como sempre na minha carteira, quando entrou aquele garoto na minha sala, eu continue fazendo as minhas coisas, eu não estava ligando para quem ele fosse.

Ele sentou na carteira vaga que tinha na frente da minha, eu continue rabiscando as minhas folhas, fingindo que estava estudando, quando aquele garoto começou conversar comigo:

— Oi tudo bem?

Olhei para ele com aquele ar de indiferente e respondi rapidamente sem tirar os olhos do que eu estava fazendo:

— Oi, Eu estou bem.

Eu não queria conversar com ele, mas ele continua insistindo.

— O que você esta fazendo?

— Nada demais.

— Me deixa ver.

Ele pegou algumas das folhas e vi alguns desenhos que eu estava fazendo.

— Legal, eu não sou muito bom com o desenho, eu espero que possamos ser ótimos amigos, meu nome é Guilherme.

— Bruno.

Aquele foi o nosso primeiro contato, Guilherme parecia ser um garoto meio estranho, eu achava muito engraçado as idiotices que ele contava para mim, fora isto, eu preciso admitir, ele é muito bonito.

A pele dele era branquinha, ele tinha a minha altura, os seus olhos pretos, sempre me deixava vidrado, ele tinha a mania de aparecer de repente nos lugares que eu estava, a única hora que ele não me atormentava, era quando eu estava no curso.

Mas quando eu chegava a casa encontrava a bicicleta dele encostada no muro de casa, e ele como sempre conversando com a minha vizinha, esperando eu chegar.

Quando ele me via. Ele já saia correndo gritando o meu nome, eu fica meio sem graça por causa da reação dele, mas aquele era o seu jeito de dizer que gostava de mim.

Numa certa tarde estava sozinho em casa, quando eu ouvi o barulho de alguém batendo palmas, foi correndo ver quem era, quando cheguei ao portão encontrei Guilherme como sempre com aquela cara de garoto safado.

— Você não cansa de vir aqui?

— Eu estou voltando da casa da minha tia e decidi parar aqui para ver o meu amigo do peito.

Como sempre ele dizia essas mesmas palavras para mim.

— Guilherme, você pode ficar a vontade enquanto eu vou tomar um banho, eu prometo que não vou demorar muito.

Deixe-o na sala jogando videogame e subi para o meu quarto, peguei a toalha e fui para o banheiro, liguei o chuveiro e pensei nele na minha sala jogando videogame, tive vontade de beijar aquela boca, queria que ele estivesse tomando banho comigo, fique pensando no que poderia estar fazendo agora.

Sai do banheiro e fui para o meu quarto e eu esqueci que o Guilherme estava na sala e deixa a porta do meu quarto aberto, eu estava distraído procurando uma cueca no meio da bagunça que estava o meu quarto que nem percebi na hora que ele subiu a escada e fico me observando.

— Você demorou em tomar banho.

Tomei um susto quando escutei a voz dele e deixa a toalha cair no chão.

— Desculpe Bruno, não queria assustar você.

Tentei disfarçadamente pegar a toalha, sem que ele vê se que eu estava excitado, mas foi difícil esconder já que com o susto acabei virando na direção da porta, onde justamente ele estava parado.

— Você deveria bater na porta antes de entrar no quarto de alguém.

Peguei a toalha e enrolei de volta na minha cintura e continue procurando uma cueca naquela bagunça, depois de muito esforço, finalmente eu achei.

 Sentei na cama e vi a bagunça que eu fiz no meu quarto, se minha vê se aquele bagunça, ela vai ficar uma fera.

Guilherme sentou ao meu lado e ficou me encarando um pouco.

— Sabia que você tem olhos bonitos, eles fazem me lembrar o céu.

Essa era para ser uma cantada, pelo amor Deus, ele poderia melhor nessa.

Ele passou a mão no meu rosto.

— Eu gosto muito de você.

Os meus instintos estavam dizendo alguma coisa, eu fique com um pouco de medo e afastei um pouco dele, mas ele segurou a minha mão e senti um frio passar em todo em meu corpo.

Ele foi aproximando o seu rosto perto do meu e eu pudesse sentir a sua respiração, coloque a mão em seu peito e pude sentir o seu coração acelerar cada vezes mais, fechei os meus olhos e deixe em ser levado naquele beijo.

Eu me sentia na nuvem de estar ao lado dele, quando o beijo terminou, eu olhei para e fique surpreso pelo o que tinha acontecido.

— Desculpa Bruno, eu não queria...

— Não precisa se desculpa Guilherme, o que aconteceu, aconteceu.

— Desculpa, eu me deixe ser levado pelas as minhas emoções e desde quando eu tive pela primeira vez, eu senti algo por você. Eu gosto muito de você, eu não queria estragar a nossa amizade.

Naquela hora, eu não sabia o que dizer, Guilherme chorava muito como se tivesse feito algo criminoso, eu queria falar alguma coisa para ajuda, mas eu não sabia o que dizer a única coisa que eu soube fazer naquela hora, e beija o novamente.

 


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