Saint Seiya - O Deus da Guerra escrita por Vegeto Sparda


Capítulo 3
Você não esta sozinho


Notas iniciais do capítulo

Esse cap é importante para em fim podermos entrar na trama da historia, os proximos capitulos serao narrados pelo proprio narrador, ou por um outro cavaleiro.

Espero que gostem



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Narrado por Saori

O local estava quase em silencio total durante a escolha dos dois primeiros lutadores, o público não tirava o olho do telão e até as armaduras que estavam guardadas nas urnas enfileiradas pareciam estar preparadas para a luta.

— E o primeiro combate vai ser entre Jabu de unicórnio e Kazuya de morcego

O telão parou e finalmente a primeira luta iria começar, as pessoas celebraram o início da competição como se fossem torcedores, o confronto seria entre Jabu e Kazuya, eu tinha uma visão privilegiada da luta do camarote em que estava e mesmo antes da luta começar eu já pude sentir o cosmo de Jabu enquanto ele saltava até a arena e vestia sua armadura, seu poder havia aumentado bastante desde de a última guerra galáctica, enquanto ele entrava o público o ovacionava e ele retribuía acenando de volta, por outro lado eu não conseguia ver Kazuya, ele não havia entrado com os outros cavaleiros da arena, por um momento senti um pouco de raiva por não vê-lo ali, mas não demorou até ele aparecer caminhando em direção ao local da luta, o público aplaudiu a sua entrada mas diferente de Jabu ele não respondia volta, ele simplesmente entrou e sua armadura saiu da urna para ir até seu encontro, era uma armadura de cor negra, porém diferente das dos cavaleiros negros ela brilhava como as dos outros cavaleiros comuns, pouco acima da cintura ficavam as asas, o peitoral tinha detalhes vermelhos de cor viva como se fossem sangue e o capacete eram bem detalhados com orelhas apontadas ao céu, essa era a verdadeira armadura do morcego de Atena e finalmente a luta iria começar.

— Hahaha, então você é o cavaleiro que apareceu aqui ontem? É muita coragem participar desse torneio sendo um novato – afirmou confiante o cavaleiro de unicornio

Jabu como sempre esbanjava confiança em todas as lutas que participava, ele preparava a sua pose de combate enquanto tentava abalar a confiança de Kazuya, no entanto o cavaleiro de morcego permanecia com a pose e expressão estáticas.

— Heh, esse Jabu sempre muito confiante – riu Seiya que estava sentado a meu lado

Seiya estava de braços cruzados e com um sorriso de canto no rosto, tanto ele quanto eu estávamos curiosos para ver Kazuya lutar, mas ele pegou um adversário muito difícil logo na primeira luta.

— Seu nome é Kazuya, não é? Infelizmente você teve o azar de ter de lutar comigo logo na primeira luta, mas não se preocupe acabarei rápido com isso!

Com uma velocidade enorme Jabu parte para cima de seu adversário, porém seu golpe acertou o vazio graças à boa esquiva de Kazuya que foi ainda mais rápido e surgiu atrás de seu oponente. O cavaleiro de unicórnio voltou a atacar dessa vez com vários socos simultaneamente mas ainda assim sem sucesso, Kazuya facilmente desviava de todos sem problemas. A velocidade dos dois era muito rápida e mal dava para acompanhar com os olhos, os telespectadores ficavam com os olhos arregalados tentando acompanhar a movimento dos dois. Jabu parou de atacar após ver que nenhum de seus ataques estava dando certo.

— Droga ele é rápido – resmungou o cavaleiro unicórnio

Kazuya permanecia o mesmo, nem parecia ter começado a lutar ainda, sua guarda estava baixa desde o começo da luta e isso estava deixando seu adversário irritado, parecia ser uma tática para desestabilizar Jabu.

— Um novato como você não vai tirar sarro de mim! Golpe do unicórnio!

Jabu partiu para cima de Kazuya com uma alta velocidade executando uma alta sequência de chutes que a olhos de uma pessoa comum parecia que era apenas um golpe, mas eram vários. Dessa vez Kazuya não desviou mas conseguiu bloquear todos os golpes com as mãos com uma enorme facilidade. Tanto eu quanto Seiya não imaginávamos que ele tinha esse grande poder.

— É incrível, ele nem mesmo aparenta estar se esforçando, eu nunca pensei que poderia ver um novato assim – Disse surpreendido

— Ele não é um novato Seiya

— Como assim Saori? Sabe alguma coisa dele?

— Sim .... Ele foi treinado por Máscara da morte, pelo o que pude sentir em seu coração ele guarda muito ódio dentro de si

— Está falando sério?! Máscara da morte!? Mas como você sabe sobre esse ódio todo Saori?

— É uma longa história, em outra oportunidade eu lhe contarei, por enquanto vamos prestar atenção na luta

Jabu já estava aparentando cansaço e estava ofegante, ele havia tentado seu golpe do unicórnio mais vezes e todos eram facilmente bloqueados ou desviados pelo cavaleiro de morcego, ele já estava ficando ofegante enquanto Kazuya ainda não havia derramado uma única gota de suor e por outro lado sua expressão facial calma e fria, como se estivesse em uma peça em que ele sabia exatamente o que fazer.

— Qual é a sua? Vai ficar apenas desviando? Não pense que só porque evitou meus golpes vai conseguir vencer essa luta, se prepare porque ainda tenho mais!

Jabu tentou ataca-lo com uma telecinesi a mesma técnica que ele havia usado para vencer Ban de leão menor na última guerra galáctica porém antes mesmo do ataque chegar perto de Kazuya o cavaleiro de morcego simples sumiu da Arena sem deixar um rastro. Todos ali na arena inclusive eu e Seiya, estávamos tentando procura-lo, mas não importa o canto que olhávamos não havia um sinal dele.

— Isso não é possível, onde ele está? – Jabu entre todos ali era o mais nervoso até que depois de um tempo ele notou uma sobra similar a um morcego no centro da arena e abaixo do próprio Jabu.

— Isso não possível! – Jabu o encontrou

Kazuya estava em baixo do telão, grudado nele com os pés, similar a um grande morcego em cima de uma árvore de cabeça para baixo, foi tudo muito rápido e mais impressionante ainda era que não foi possível sentir nem um pouco do cosmo dele, era como se ele escondesse a sua força para que não pudéssemos localiza-lo, com isso acontecendo apenas por causa da sombra formada ao chão.

— Muito bem morcego dessa vez eu vou ...

Jabu já se preparava para atacar quando estranhamento sem corpo caiu de joelhos no chão. Naquele momento eu percebi que foi o primeiro ataque de Kazuya.

— Esse cara não é um cavaleiro comum .... – Disse Seiya

Kazuya desceu ao chão enquanto Jabu estava ajoelhado e desnorteado, ele tentava se levantar para atacar, porém estava com muita dificuldade, o máximo que ele conseguiu foi se levantar e tentar acertar um soco no morcego no entanto mais uma vez bloqueado por apenas uma das mãos.

— O-oque você fez? – Perguntou Jabu paralisado

— Essa é uma das minhas técnicas, é conhecida como onda das sombras.

— Onda das sombras?

— Quando os morcegos caçam eles conseguem estalar a propria língua emitindo onda sonoras para localizar a sua presa. No meu caso essas ondas sonoras são criadas pelo meu cosmo que não só é capaz de localizar o oponente como também consegue atingir seu sistema nervoso.

— Como isso é possível!?

— Quando escutamos essas ondas sonoras chegam no nosso ouvido interno e através do nervo vão até o cérebro para reconhecermos o som, nesse caso as minhas ondas das sombras chegam nesse nervo e se espalham para seu cérebro e medula espinhal. É como se meu poder estivesse dentro de seus nervos agora.

Foi realmente bem rápido, mas eu pude sentir um estranho poder saindo do corpo de Kazuya, era ondas invisíveis e muito rápidas, meus olhos se fixaram no cavaleiro de morcego, eu nunca havia visto um cavaleiro de bronze tão habilidoso e técnico assim antes, sem falar que ele praticamente não lutou, naquela hora imaginei que tipo de treinamento ele teve com Máscara da Morte no monte Etna, será que ele seria seu possível sucessor? Apertei forte o vestido que cobriam a minha perna pensando sobre o assunto, torcendo para a luta acabar ali mesmo.

— Ei Saori, você está bem?

— Sim Seiya, apenas nunca imaginei que ele fosse tão forte assim

— Nem eu, seu poder é comparável ao nosso, e olha que ele nem suou nessa luta.

Mas Jabu não se dava por vencido, mesmo sem o controle do próprio corpo ele lutava consigo mesmo e se esforçava para tentar pelo menos ficar de pé para tentar fazer algum último movimento de ataque. Kazuya por outro lado permanecia parado apenas olhando seu adversário tentar fazer algo, que naquele ponto parecia ser impossível. Eu não sabia dizer o que ele queria naquela situação, se era apenas se divertir ao ver Jabu tentar gastar suas últimas energias para ficar em pé, ou se ele ainda estava querendo dá uma chance ao cavaleiro de unicórnio de continuar a luta, mas não pude deixar de sentir que seu cosmo crescia cada vez mais e de forma assustadora, tanto que uma áurea vermelha começava a rodear seu corpo.

— Unicórnio, serei breve, você não tem nenhuma chance de me vencer, desista e o pouparei de meu último ataque

— Hehehe, talvez tenha razão Kazuya, eu nunca imaginei que você fosse forte assim, mas .... como cavaleiro de Atena, eu não posso desistir, não na frente da própria Saori, então PODE DESISTIR DE ME FAZER DESISTIR!

— Você é patético, não é à toa que é tão fraco

— Como é?

— Lutar por alguém que abusou de você na infância que praticamente te tratou como lixo e ainda assim ser apaixonado por ela. Isso te torna um fraco

— Maldito, como ousa ....

— Esses seus sentimentos de amor ou amizade apenas te atrapalham a seguir com seus objetivos, você nunca chegará a ser forte se viver sempre presos a esses sentimentos. Eu tenho pena e você.

Aquelas palavras eram direcionadas não apenas a Jabu, mas a todos que estavam ali, ele estava mostrando a todos quem ele era, mas não apenas com seu poder, mas também com suas palavras. Pude perceber que Seiya serrou os punhos ao ouvir aquilo tudo e sua expressão demonstrava irritação com aquilo tudo. Quando voltei a olhar para os dois vi que o cosmo de Kazuya estava começando a se concentrar na palma de uma das suas mãos.

— Presas Diabólicas!

O ataque acertou Jabu de baixo para cima e seu corpo foi levado vários metros para o alto, como se vários golpes de enormes presas o tivessem acertado. A armadura quebrou por completo e o corpo de Jabu estava muito cortado, uma grande quantidade de sangue caiu na arena e também em cima de Kazuya, eu achava que já tinha terminado, mas antes do corpo do cavaleiro de unicórnio cair ao chão, Kazuya o acertou com um chute forte levando Jabu a bater forte seu corpo contra as paredes. Foi o final da luta. O telão dava Kazuya como vencedor, mas o público não estava aplaudindo ou encantado com seu poder, mas sim estavam assustados, o cavaleiro lambeu o sangue que estava na ponta dos dedos, deu meia volta e saiu caminhando calmamente para fora do ringue, as pessoas permaneciam em silêncio e até o narrador da competição demorou a se pronunciar.

— E a vitória é do cavaleiro Kazuya de Morcego!

Seiya se levantou da cadeira nervoso e com raiva, ele não parava de olhar para Jabu que estava recebendo atendimento médico e sendo levado de maca até o hospital, ele estava desacordado e com o corpo coberto de sangue, Seiya saiu correndo da sala do camarote e foi até os médicos, eu não consegui escutar direito, mas pela expressão dos rostos deles, Jabu não estava bem. Não era incomum cavaleiros se machucarem seriamente a ponto de precisarem ir a um hospital, mas nesse caso o golpe das presas demoníacas foram utilizadas com uma quantidade de poder desnecessária, sendo que Jabu já estava praticamente paralisado devido ao golpe anterior de Kazuya. Seiya apenas olhou seu amigo ir embora e logo ele foi rodeado pelos outros participantes, Seiya estava contando sobre o que os médicos tinham contado a ele e todos que ouviram o que ele disse e alguns responderam de forma triste, outros com raiva. Seiya olhou na minha direção com um olhar de fúria e depois voltou ao camarote. Os cavaleiros esperavam enquanto meus empregados limpavam o chão do ringue para tirar o sangue, para que pudessem dar continuidade as lutas. A porta do camarote se abriu e Seiya entrou, calado com os olhos fechados sem dizer uma palavra. Ele apenas se sentou a meu lado e baixou a cabeça levando as mãos a nuca enquanto expirava fundo.

— O que os médicos disseram Seiya?

Perguntei a ele, mas a pergunta parecia ter entrado em um ouvido e ter saído por outro, eu sei que ele me ouviu, mas parecia que ele estava tentando me proteger da resposta.

— Seiya, por favor me diga – insisti

— Saori, os dois últimos golpes foram mortais, ele perdeu muito sangue por causa das presas demoníacas e o por causa do último golpe a espinha dele parece ter fraturado, sem contar com a armadura completamente destruída. Isso quer dizer que talvez ele nem ande mais Saori

Após aquelas palavras virei meu rosto para Jabu que sumia pelos corredores sendo levados pelos médicos. Voltei a olhar para Seiya que também me encarava, como se nossos olhos estivessem conversando entre si.

— Saori, sei que você fez uma promessa a ele de tentar ajuda-lo a conseguir a armadura de câncer, mas esse cara não merece uma armadura de ouro!

— Primeiro ele precisa vencer o torneio e para isso ele precisa passar por dois cavaleiros ainda, ele é muito forte, mas os outros também são.

Mas eu não podia deixar de concordar com ele, eu pude sentir o ódio de Kazuya antes e pude sentir ainda mais agora, nem mesmo sei se eu poderia manter a minha promessa de leva-lo até a armadura de ouro se seu coração permanecesse assim. Inspirei e expirei fundo lamentando por Jabu, eu deveria visita-lo depois da luta, naquele momento Kazuya já deveria ter voltado a mansão Kido, acho que depois de visitar Jabu irei tentar conversar com ele, mas por enquanto eu deveria ficar aqui e acompanhar o resto das lutas.

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Todas os confrontos foram mais demorados porem menos intensos e com menos acidentes graves, foram boas lutas e o público dessa vez aplaudia os cavaleiros a cada final de um combate. Para resumir Mii de golfinho derrotou Ban de leão menor graças ao ataque turbilhão celestial, June de camaleão derrotou o cavaleiro de urso com dificuldade após cansa-lo e utilizar seu chicote e Nachi de Lobo e Ichi de Hidra fizeram um ótimo combate, tanto que o veneno do cavaleiro de Hidra quase derrotou o cavaleiro de Lobo que no final permaneceu de pé e o derrotou com o ataque uivo do lobo. Foram realmente batalhas bem equilibrados excluindo a primeira, as últimas pessoas já estavam deixando o coliseu e então aproveitei para arrumar as minhas coisas e ir embora também.

— Seiya, vamos até o hospital visitar o Jabu?

— Me desculpe Saori, eu tenho que ir a algum lugar antes, amanhã eu vou visita-lo

Seiya afirmou e saiu com pressa, estranhei aquela reação dele, até porque pelo o que conheço dele, ele iria sair correndo para encontra-lo. Só gostaria que ele não fizesse nenhuma besteira.

— Tatsumi prepare o carro, vamos ao hospital

— Sim, senhorita Saori.

Rapidamente entramos na limosine e fomos para o Hospital onde Jabu estava internado, era um hospital particular onde recebia os melhores atendimentos do continente. Tatsumi estacionou o carro e abriu a porta para mim, entramos no hospital e fomos recebidos por um médico conhecido da família.

— Saori, deve estar aqui por causa de Jabu, por favor venha por aqui

Caminhamos até onde Jabu estava internado, e de longe eu pude ver que estava respirando com ajuda de aparelhos, seu corpo estava cheio de curativos, mas por sorte seus sinais vitais estavam estáveis.

— Saori eu vou lhe explicar, a coluna dele foi muito fraturada, ele tem boa chance de sobreviver depois de alguns dias, mas não tenho certeza quanto voltar a andar.

— Doutor se não se importa eu gostaria de ficar com ele a sós por favor

— O horário de visitas já acabou, mas vou abrir uma exceção para você, assim que terminar avise a enfermeira.

— Muito obrigada.

Também pedi para Tatsumi me deixar a sós com ele e assim ele fez, assim que ele saiu do quarto eu fechei a porta e abri a janela. Ver aquela cena de Jabu na cama, respirando por aparelhos me deixou triste, ainda mais por razão nenhuma, isso só mostra o quão longe Kazuya pensa em ir apenas para conseguir seus objetivos. Peguei uma cadeira qualquer e a coloquei ao lado de Jabu e me sentei a seu lado, não podia deixar aquilo acontecer com ele, então segurei a sua mão e liberei o meu cosmo para que pudéssemos nos conectar a partir dele. Eu podia sentir o coração de Jabu e cada célula do seu corpo, e até mesmo a dor que ele estava sentindo, utilizei a quantidade de cosmo necessária para curar a fratura da espinha e assim ele estaria apto a andar novamente.

— Desculpe pelo o que aconteceu Jabu, mas você vai ficar bem

Assim que terminei de falar senti as mãos de Jabu apertarem as minhas como se ele estivesse me respondendo, também pude sentir que seu cosmo estava mais notável, o que era um sinal de que ele melhorou muito. Abri um grande sorriso ao vê-lo reagindo assim e fiquei do seu lado por mais alguns minutos antes de partir. Assim que levantei Jabu abriu um pouco seus olhos e sussurrou meu nome seguido de um agradecimento, sorri para ele e o deixei descansar saindo do quarto.

Tatsumi me recebeu do lado de fora e saímos do hospital rumo a mansão, esperava que Seiya fosse mais tarde ao hospital para que soubesse que Jabu ia ficar bem logo, enquanto Tatsumi dirigia eu olhava o céu, infelizmente dentro da cidade não dava para ver as estrelas, mas eu sentia que olhando para ele eu poderia sentir como estavam os cavaleiros de bronze que foram até os outros cantos do mundo atrás de informações daquele cosmo enorme, quanto mais rápido soubéssemos de algo melhor.

Finalmente chegamos em casa eu já bem cansada e me dirigia para o quarto para descansar um pouco, mas algo me chamou atenção, uma discussão estava vindo do jardim, eu e Tatsumi corremos até lá para ver o que estava acontecendo e de cara reconheci os dois cavaleiros que protagonizavam a discussão, Seiya e Kazuya, rodeados por alguns funcionários da corporação Graad que tentava separa-los em vão.

— Você acha que o que você fez foi correto? Você quase deixou ele sem andar!

— Eu dei a chance de ele desistir, sendo assim a escolha foi dele

— Dizendo essas palavras arrogantes você acha que é digno de uma armadura de ouro? Com esse ódio todo você parece não se preocupar se machuca as pessoas a sua volta!

— Isso não é da sua conta Pégaso

Seiya pegou Kazuya pela camisa e a puxou para perto, se eu não fizesse nada poderíamos ter uma briga desnecessária por ali. Kazuya não estava alterado diferente de Seiya que parecia querer uma luta ali mesmo, Seiya segurou a gola da camisa por alguns segundos enquanto encarava Kazuya, mas depois ele se acalmou e a soltou. Parecia que dessa vez as coisas iriam se acalmar. Meus empregados se afastaram ao ver Seiya dando meia volta e saindo do local, mas não antes de dizer suas últimas palavras antes de partir.

— Não sei da sua história, mas você não é o único que sofreu, tenho um amigo que também passou por um inferno na terra e conseguiu vencer esse ódio, então não pense que você é especial! – Disse Seiya e em um salto sumiu da vista de todos

Me aproximei de Kazuya e pedi para que meus empregados saíssem do jardim pois queria conversar com ele a sós, eles me ouviram e entraram para dentro da mansão, foi só eu desviar o olhar e o garoto já estava afastado caminhando até a área da piscina já notando que ele queria me evitar, não demorou muito até ele perceber que seria inútil fugir de mim naquela hora sendo que eu realmente queria falar com ele.

Finalmente ele parou e logo em seguida meus passos também pararam.

— Porque está me seguindo Atena? Quer me dar um sermão também?

— Não, não preciso fazer isso já que você deve ter ouvido bastante de Seiya

— Seu cavalinho de estimação é mesmo muito emotivo, me pergunto como ele ainda estar vivo

Mais uma vez suas palavras eram ásperas e agressivas e ele nem se dava ao luxo de virar para me encarar enquanto conversava, me aproximei dele e toquei em seus ombros o fazendo virar para mim para que pudesse encara-lo no fundo dos olhos. Nos fitamos por um tempo e seu rosto parecia estar surpreso com a atitude que acabei e tomar. O barulho dos grilos e do chafariz da piscina eram a única coisa que faziam som por ali. Depois de um bom tempo em silêncio eu me expressei e disse tudo o que queria falar para ele naquele momento.

— Eu só quero que saiba que você não está mais sozinho

Com aquelas palavras sinceras eu pude tirar aquela expressão fria e séria do rosto dele, por uma expressão que demonstravam surpresa, pela primeira vez minhas palavras o atingiram. Kazuya foi mergulhado ao ódio desde pequeno aos 8 anos de idade, perdeu a família de forma trágica, perdeu seu mestre, seu companheiro de treino e estava sozinho no mundo desde então e mesmo assim tem um cosmo de dar inveja a muito cavaleiros, era inimaginável o que ele deveria ter sofrido e eu sabia que o que ele queria era ficar sozinho para não sofrer mais, mas eu queria que ele soubesse que sim, ele tem alguém do lado dele.

— Mesmo que você me odeie pelo meu passado, por termos vidas completamente diferentes, você é um cavaleiro de Atena, querendo ou não você assim como os outros é meu cavaleiro e mesmo que goste de agir como um lobo solitário, saiba que você tem a mim.

Após as palavras minhas mãos saíram de seu rosto, mas ainda assim o fitei por mais alguns segundos encarando seus olhos castanhos que eram sempre escondidos por uma franja.

— Apenas saiba, eu não recebo ordens suas e não tenho a intenção de servir a você quando esse torneio acabar, espero que cumpra a sua palavra e me leve até a armadura de câncer.

Sua face voltou a ficar como a de costume, séria e com um olhar que demonstrava que não me queria ali, mas àquela altura eu já tinha dado o meu recado a ele. Kazuya desviou o olhar e passou reto por mim indo de volta a mansão, fiquei o encarando de costas enquanto ele se aproximava da porta até que um clarão no céu aconteceu.

— Mas o que é isso? – Perguntou Kazuya surpreso.

— Esses cosmos ...

Um clarão no céu que se dividiu em doze partes, era como estrelas douradas que se separaram no céu e foram um para cada parte do mundo. E eu sabia que cosmos eram esses, sabia cada um deles.

— São os doze cavaleiros de ouro, mas como? – Perguntei a mim mesmo

— Como assim, mas eles não estavam mortos?

— E estavam, eles se sacrificaram no muro das lamentações, mas não sei como voltaram.

Algo estava acontecendo, primeiro um cosmo enorme comparável a Hades e Poseidon e agora os doze cavaleiros de ouro voltam a terra, talvez o melhor a se fazer é ir para o santuário para nos encontrar com os cavaleiros. Não temos tempo a perder!


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